Exposição de grafite no Vicentina Aranha

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O Parque Vicentina Aranha receberá a exposição “Parte de mim”, do grafiteiro Claudinei Oliveira, mais conhecido como Vespa. A abertura será no dia 28 de março (sexta-feira), às 19h30, e as obras ficarão expostas até o dia 19 de abril.

Vespa cresceu na região sul de São José dos Campos e descobriu sua aptidão artística por volta dos 9 anos, fazendo desenhos. Autodidata, o grafiteiro teve seus primeiros contatos com a arte em 1998, quando desenvolveu um trabalho autêntico e obteve reconhecimento pelo Brasil e América Latina. Premiado como Destaque do Graffiti em 2005 e com indicação em 2006 no Prêmio Hip Hop Vale. Em 2008, após 10 anos de experiência, recebeu o Prêmio HUTUZ, organizado pela CUFA – Central Única das Favelas – como Destaque do Graffiti no ano de 2008. Além disso, já teve seus trabalhos expostos em diversos eventos e exposições.

“Parte de mim” é a exposição individual de Vespa. As obras levam para o público a experiência do surrealismo tridimensional de seu trabalho autoral, que já se tornou referência no cenário do grafite joseense e se destaca no sul-americano. Para esta exposição, na essência de sua arte, harmonizou o grafema de nosso alfabeto com as formas metalizadas das engrenagens.

O coquetel de abertura será no dia 28 de março (sexta), às 19h30, no Pavilhão São José, e a exposição irá até o dia 19 de abril. O horário de funcionamento será de segunda a sexta, das 9h às 20h, e aos finais de semana, das 9h às 17h. A exposição é gratuita e aberta ao público. Para mais informações, acesse o site: www.pqvicentinaaranha.org.br.

 

Serviço

Exposição “Parte de mim”

 

Abertura: 28/03/14 (sexta-feira)

Horário: 19h30

Local: Pavilhão São José

 

Funcionamento da exposição “Parte de mim”

Período: de 28/03 a 19/04

Horários:

De segunda a sexta, das 9h às 20h

Finais de semana, das 9h às 17h

Local: Pavilhão São José

 

Parque Vicentina Aranha – R. Engº Prudente Meireles de Moraes, 302, Vila Adyana – São José dos Campos/SP

Coletores entram em greve e lixo se acumula nas ruas

Os coletores de lixo de São José dos Campos, que prestam serviço por meio de uma empresa contratada pela Urbam, entraram em greve na quarta-feira e paralisaram todo o serviço de coleta de lixo orgânico. A prefeitura  montou um esquema emergencial, mas apenas 85 toneladas das 400 produzidas diariamente, em média, estão sendo recolhidas. Devido à força-tarefa montada pela prefeitura, a coleta seletiva de material reciclável foi suspensa por tempo indeterminado. Os cerca de 150 coletores que trabalham na coleta orgânica são funcionários da Vale Soluções Ambientais e reivindicam R$ 1.300 do PPR (Programa de Participação no Resultados). A empresa oferece cerca de R$ 500, o equivalente a 60% do salário pago atualmente aos trabalhadores.

A empresa faz o serviço de coleta de lixo orgânico com 20 caminhões e todos estão parados. Uma ordem judicial determina que pelo menos 50% dos coletores retornem ao trabalho nesta quinta-feira. O sindicato não confirmou se a determinação da Justiça será atendida. Para evitar que as 400 toneladas de lixo coletadas diariamente em São José se acumulem nas ruas da cidade, a prefeitura montou um esquema emergencial usando 16 caminhões da Urbam e 17 da SSM (Secretaria de Serviços Municipais).  No entanto, como a  capacidade dos veículos é menor do que a dos compactadores utilizados, cerca de 315 toneladas de lixo deixam de ser coletadas.

Para que evitar acúmulo de lixo nas ruas, a Urbam (Urbanizado Municipal) está solicitando aos moradores que, nesse período, evitem colocar o lixo reciclável nas ruas. Segundo a Urbam, o lixo comum é a prioridade, já que e o lixo reciclável, sendo seco e tendo durabilidade maior, pode ser guardado em casa por mais tempo. A Secretaria de Serviços Municipais informou que já notificou a empresa contratada em relação à paralisação na coleta e está tomando as medidas cabíveis em relação ao caso para sanar o problema no prazo mais curto possível. Os munícipes que tiverem dúvidas podem obter informações sobre as regiões em que ela está ocorrendo a coleta de lixo por meio do telefone 3944-1000.

Terceirização do 190 vai liberar 65 PMs para as ruas

A nova medida do governo do Estado em terceirizar o atendimento emergencial 190, da Polícia Militar, colocará pelo menos 65 policiais a mais nas ruas de São José dos Campos. A estimativa é do secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, sobre o número atual de policiais que hoje trabalham no Copom (Comando de Operações da Polícia Militar) da cidade. Atualmente são 130 soldados que atuam no processo de atendimento e despacho das viaturas da PM para as ocorrências nas 39 cidades que formam a RMVale.  Segundo Grella, o edital para a contratação da empresa para o atendimento está em fase de finalização pela Secretaria de Governo.

A mudança na operação do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior 1) atende a um projeto-piloto do governador Geraldo Alckmin, que visa tirar os policiais dos atendimentos e coloca-los nas ruas a fim de aumentar o efetivo. Em todo o Estado, de acordo com a PM, o serviço 190 conta hoje com 700 policiais e atende uma média diária de 150 mil ligações, sendo que 80% delas não geram ocorrências policiais. Segundo a PM, para atender adequadamente a demanda seriam necessárias 1.200 pessoas no serviço.

O comandante e coronel Cássio Roberto Armani, avalia positivamente a medida do Estado e afirma ainda que a terceirização deve contribuir para o melhor emprego do policial militar. A formação do policial militar é extensa, voltada para procedimentos operacionais padronizados, treinamento de tiro, noções sobre matérias jurídicas e administrativas da Instituição, além de Direitos Humanos, entre outros. “Em diversos países mais avançados, os atendentes são civis bem treinados, portanto não se trata de novidade em termos de gestão pública. A supervisão continuará sendo feita por oficiais e sargentos.”

Segundo ele, esses profissionais (supervisão) possuem boa experiência profissional de atendimento operacional para orientar os casos que possam gerar dúvidas ou que sejam complexos, além de fiscalizar a atuação dos novos profissionais. Vale salientar que o despacho das ocorrências (comunicação entre o COPOM e as viaturas policiais) continuará sendo feita por PMs com experiência operacional.” O CPI-1 deve investir em treinamento junto à prestadora de serviço para que o padrão Polícia Militar continue, segundo Armani.  “E isto deverá ser um dos componentes da licitação que está sendo planejada pelo Comando, com a participação das Unidades onde ocorrerá tal mudança”, afirmou.

O Copom de São José dos Campos atende mensalmente cerca de 186 mil ligações, uma média de 6.200 pedidos de socorro por dia em todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte. Um velho problema ainda é o trote, responsável por 21% dos pedidos de emergência, o que gera uma média diária de 1.240 atendimentos perdidos. Segundo o comandante Cassio Armani, por meio do sistema de atendimento são despachadas viaturas do rádio patrulhamento, policiamento ambiental, rodoviário, bombeiros e ronda escolar. O despacho das viaturas e o atendimento são feitos pelo sistema de rádio comunicação. Além disso, o sistema permite o acompanhamento e o deslocamento de 100% da frota, por meio de um tablet chamado de Terminal Móvel de Dados, que permitem aos PMs acessarem o banco de dados da PM.

Ruas resistem como fonte de renda nas cidades da região

A maior vitrine do mundo. Quem trabalha nas ruas tem o privilégio de ser visto, ouvido e falado por muitos, gastando relativamente pouco em investimento. Ao mesmo tempo, contudo, anda muito perto da fronteira que separa a legalidade da clandestinidade. Das três maiores cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, apenas Jacareí ainda concede licenças para trabalhadores de rua, os chamados ambulantes. Ainda assim, a prefeitura segue critérios rígidos de escolha da área e exige análise prévia do pedido. São José dos Campos nega novas licenças aos ambulantes desde 1996, segundo a Adei (Associação de Economia Informal). Taubaté, que trava uma guerra com os comerciantes de rua, que não querem ser transferidos de lugar, também suspendeu a concessão de licenças.

Nos três municípios, o número de ambulantes chega a 5.500, sendo que apenas 1.632 são regularizados. Os demais batalham para sobreviver driblando fiscais e as dificuldades de trabalhar nas ruas. O VALE  foi atrás de histórias de pessoas que tiram o sustento das ruas, em atividades quase sempre informais, e descobriu pessoas como a lindeza pitoresca, o pastor do algodão e o Chaves das coxinhas. Todos eles têm uma coisa em comum: consideram as ruas mais do que uma fonte de dinheiro. É quase um palco para eles, um picadeiro de circo para desfilar algum tipo de habilidade artística. Nas ruas, segundo eles, não basta oferecer um produto. Tem que encantar.

Outro segmento que tende a crescer na região é o da comida de rua, que renderá R$ 1,6 bilhão em vendas nos Estados Unidos, neste ano. Em São Paulo, a Câmara aprovou projeto para oferecer mais do que lanches e salgados nas ruas.

Fiscais de São José retiram 2.000 cartazes das ruas

A Secretaria de Defesa do Cidadão retirou cerca de 2.000 cartazes colocados em lugares proibidos nas ruas de São José dos Campos. Lei municipal de 2005 proíbe cartazes, colagens, desenhos ou pinturas em prédios públicos, equipamentos de concessionárias e esculturas, sob pena de multa que varia de R$ 200 a R$ 2.000. No último mês, após ofensiva dos agentes de Fiscalização de Posturas Municipais, foram retirados das ruas 2.000 cartazes, de um total estimado em 4.000. Os responsáveis pelas propagandas foram notificados e tiveram cinco dias para retirar os cartazes.

Quem não cumpriu a norma recebeu multa de R$ 200 por cartaz. O valor é dobrado caso a publicidade esteja colada em esculturas, murais, monumentos ou imóveis tombados pelo patrimônio público. Segundo a Secretaria de Defesa do Cidadão, cerca de 70 empresas e pessoas receberam notificação para recuperar o dano ao patrimônio. “As pessoas têm que ter em mente que não é permitido colar cartazes em nenhum lugar da cidade. É lei”, disse José Luís Nunes, secretário de Defesa do Cidadão. “Há desde cartazes comerciais, de empresas, como colagens de moradores procurando cachorro perdido e até vendendo ovo caipira. Não pode nenhum deles.”

Segundo Nunes, a ofensiva vai continuar por tempo indeterminado. “Encontramos a maior parte dos cartazes na região central, por onde circulam milhares de pessoas. Agora vamos expandir a fiscalização para bairros mais distantes”, afirmou o secretário. De acordo com a Secretaria de Defesa do Cidadão, a notificação é encaminhada pela fiscalização à pessoa ou empresa identificada no material ou pintura. O pagamento da multa não exime o infrator de reparar o dano cometido. A lei se aplica também a menores de idade, que devem ter um representante legal, caso sejam responsabilizados. “Muitas vezes a fiscalização não consegue identificar o responsável pelo cartaz. Esse é o nosso desafio”, disse Nunes.

A regra que pune os “cartazeiros” é a mesma que proíbe pichações pela cidade, que também mereceram uma ofensiva da prefeitura. Após aparecimento de pichações em vários pontos da cidade, a Secretaria de Defesa do Cidadão intensificou a fiscalização contra os pichadores no final de agosto. A multa varia de R$ 100 a R$ 15 mil. A Secretaria de Defesa do Cidadão está criando um banco de dados sobre pichadores em São José dos Campos. A meta é agilizar a fiscalização contra as pichações, proibidas por lei municipal.

Segundo José Luís Nunes, secretário de Defesa do Cidadão, a Guarda Civil Municipal irá usar câmeras móveis para reforçar a fiscalização contra os pichadores. Um aplicativo para celular também está sendo testado. Com ele, qualquer pessoa poderá fotografar a pichação e enviar a imagem para a fiscalização. “Nossa meta é ter uma cidade mais limpa, livre de pichações e de cartazes colocados em lugares errados, que só deixam a cidade mais feia”, afirmou Nunes. Além disso, a Secretaria de Defesa do Cidadão fará parcerias com a Polícia Militar para conter as pichações.

Recapeamento da Rua Audemo Veneziani começa dia 9

Nesta segunda-feira (9), a Prefeitura de São José dos Campos dará início às obras de recapeamento da Rua Audemo Veneziani, no bairro Alto da Ponte, zona norte da cidade.  Durante os trabalhos, a via permanecerá parcialmente interditada e dois pontos de ônibus serão realocados. A previsão para conclusão das obras é de 40 dias.

Todo o trabalho será executado em meia pista. No sentido centro-bairro, o tráfego vai fluir em uma faixa de rolamento. Na direção oposta, bairro-centro, o desvio será feito pela Avenida Rui Barbosa. O estacionamento no local será proibido, provisoriamente. Paradas para carga e descarga serão permitidas, mas os comerciantes devem ficar atentos aos horários liberados pela fiscalização: das 8h às 11h30, das 15h30 às 17h e das 19h até às 7h.

A orientação é para que os motoristas utilizem rotas alternativas durante as obras. No sentido Santana – Vila Cândida, os motoristas deverão seguir pela ponte Minas Gerais, Rua Alziro Lebrão – Estrada Pedro Moacir de Almeida e Rua Maria Cândida Delgado.  Para quem está na Vila Cândida e segue em direção ao Centro, a alternativa é a Rodovia SP-50 e Avenida Rui Barbosa. Os desvios estarão devidamente sinalizados e agentes de trânsito permanecerão no local para orientar os motoristas.

Em função dos trabalhos, dois pontos de ônibus da Rua Audemo Veneziani serão temporariamente desativados: um em frente ao nº 196 e, outro, próximo ao nº 378. Os usuários deverão se dirigir aos pontos provisórios instalados na Avenida Rui Barbosa: próximo ao nº 3538 e outro próximo a Praça José Rubens F. Bonafé.

Confira as linhas que passarão pela Avenida Rui Barbosa:

  • 101- Represa /Terminal Central
  • 103- Costinha / Terminal Central
  • 104- Vargem Grande / Terminal central
  • 105- Bairro dos Freitas / Av. Eng. Francisco José Longo
  • 107- Vl. Paiva / Av. Eng. Francisco José longo
  • 108- Canindu – Vl. Cândida / Rodoviária
  • 116- Taquari / Rodoviária
  • 118- Sertãozinho -Vl. Cândida / Terminal Central
  • 124- BuquirinhaII /João Guilhermino
  • 125- Buquirinha – Vl. Dirce / Aquarius
  • 130B – Cachoeira do Roncador / São José dos Campos
  • Alt. 10- Canindu/ Av. Eng. Francisco José Longo
  • Alt. 14- Vl. Paiva / Centro
  • Alt. 35- Jd. Boa Vista / Centro
  • Alt. 38- Chácaras Havaí / Av. Eng. Francisco José Longo

Ruas terão nomes e CEP na Vila Araújo na cidade

Os moradores da Vila Araújo, na região leste de São José dos Campos, têm um encontro marcado neste sábado (27), às 16h, com representantes da Secretaria de Regularização Fundiária e do Departamento de Relações Comunitárias da Prefeitura.

Para a reunião, será montada uma tenda na travessa ao lado do Mercadinho da Dona Rosa. No encontro, a comunidade e os representantes da Prefeitura vão debater a regularização e a nomeação das ruas do bairro, de acordo com o projeto de lei votado pelos vereadores.

Conforme o Departamento de Relações Comunitárias, da Secretaria de Governo, o objetivo é reorganizar os números e dar nomes às ruas, o que permitirá aos Correios definir o Código de Endereçamento Postal (CEP). Atualmente nenhum morador da Vila Araújo recebe correspondência em casa, sendo utilizada uma caixa postal informal em um estabelecimento comercial do bairro.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 24/04/2013

Cidade tem passeata pedindo mais paz e fim da criminalidade

Pelo menos 200 pessoas participaram ontem de uma passeata promovida por amigos e familiares de Synésio Martins, 27 anos, que foi morto na madrugada do último domingo ao tentar apartar uma briga na saída de uma casa noturna na rua Luiz Jacinto, zona central de São José. Pedindo paz e justiça, os manifestantes levantaram cartazes com frases contra a violência e a impunidade. A família da vítima preparou 400 camisetas a serem entregues àqueles que participaram da marcha e também distribuiu apitos e balões brancos.

“Resolvemos fazer a passeata e criamos uma página com o evento em uma rede social. Convidamos 15 mil pessoas”, afirmou o irmão da vítima, Matheus Synésio, 21 anos. O ponto de encontro foi a própria rua José Luiz Jacinto, local do crime. Posteriormente, a passeata, que contou com o apoio de agentes de trânsito da secretaria de Transporte de São José.

Os manifestantes iniciaram o percurso pela rua Euclides Miragaia, depois avenida Dr. João Guilhermino e seguiram em direção à antiga Câmara, na praça Afonso Pena. De lá, o grupo voltou à Luiz Jacinto pela Orla do Banhado. Motoristas e motociclistas buzinavam e diziam palavras de apoio à causa. No fim, foi feita uma oração em homenagem a vítima. “É uma tristeza muito grande e uma saudade inexplicável dele. Éramos muito amigos desde a época da faculdade. Estávamos sempre juntos”, disse o engenheiro civil Felipe Cesar de Oliveira, 26 anos.

A comerciante Roseli Furtado, 43 anos, esteve lá porque passou por uma situação semelhante. Um amigo de seu filho foi morto durante um assalto no último dia 7 em Conselheiro Lafaiete (MG). “As pessoas estão perdendo os valores. Temos de levantar a bandeira contra a violência e, principalmente, contra a impunidade. É um absurdo o que tem acontecido”, afirmou.

Luigi Marcel dos Santos, 28 anos, amigo da vítima, ferido com cinco tiros pelo mesmo autor dos disparos que matou Martins, continua internado em um hospital de São José. “Nós o visitamos nesta semana. Ele está se recuperando bem. Esperamos que ele tenha alta em breve”, disse Synésio. Ontem, às 19h30, foi realizada uma missa na igreja São Dimas. Hoje, familiares e amigos se reencontrarão, às 10h, na Sagrada Família, na missa de sétimo dia. “Pretendemos distribuir panfletos, em continuidade a essa campanha pela paz, e velas brancas”, afirmou o irmão da vítima.

O Vale

Publicado em: 22/04/2013

Comerciantes temem volta dos camelôs para ruas

A direção da ACI (Associação Comercial e Industrial), de São José dos Campos, planeja promover debate sobre a situação dos camelódro-mos da cidade. O presidente da entidade, Felipe Cury, afirmou que há preocupação do comércio com a possibilidade de os ambulantes voltarem a ocupar ruas e praças do centro.

“Não podemos retroceder. Por isso, estamos colocando a ACI à disposição para debater a situação e buscar soluções para ajudar os ambulantes, especialmente para os do camelódromo da praça João Mendes, que enfrentam sérias dificuldades” declarou o dirigente. Na avaliação de Felipe Cury, o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT) precisa dar atenção para o grupo. “Não é admissível pensar na volta dos informais para as ruas”, frisou.

A decisão da direção da ACI partiu após a reportagem publicada por O VALE no domingo último, que mostrou a real situação dos dois Centros de Compras Populares, da praça João Mendes (Sapo), e da Rodoviária Velha. Os dois espaços estão em funcionamento há quase 10 meses.

A situação mais crítica é a do camelódromo da praça João Mendes. Dos 42 boxes, 28 estão fechados e muitos ambulantes já abandonaram o espaço, que praticamente não atrai público. Na Rodoviária Velha, que abriga 90 informais, as queixas são da iluminação precária, sistema de câmeras de monitoramento que não funciona, piso inadequado e do banheiro que, segundo os comerciantes locais exala mal cheiro para os boxes vizinhos.

Felipe relatou que pretende, nos próximos dias, propor ao governo municipal uma reunião na sede da entidade. “Vamos convidar o secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, representantes dos camelôs e de outras entidades para avaliar o assunto. É preciso fazer alguma coisa”, salientou Felipe. A ACI e o Sindicato do Comércio Varejista apoiaram a criação dos camelódromos, plano elaborado e executado na administração do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Camelôs consultados ontem por O VALE apoiaram a iniciativa da ACI. “É uma medida interessante. Se formos convidados, iremos”, disse Joelson Vieira, que trabalha no Centro de Compras Popular da João Mendes. O presidente da ADI (Associação de Economia Informal), Antonio Gonçalves Batista, o Tonico Pipoqueiro, afirmou que a reunião pode ser positiva, “se não houver conotação política”.

O Vale

Publicado em: 15/02/2013

Camelódromo acumula problemas na cidade

Solução encontrada pelo governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) para a remoção dos ambulantes das ruas e praças do centro de São José dos Campos, o projeto dos camelódromos fracassou e se transformou em dor de cabeça para o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT).

Em funcionamento há quase dez meses, os Centros de Compra Popular, nome oficial dos camelódromos, da praça João Mendes (Sapo) e da Rodoviária Velha (atual terminal central de ônibus urbano) acumulam problemas.

O camelódromo da praça João Mendes é o que apresenta situação mais crítica. O espaço praticamente faliu e os ambulantes transferidos para o local estão em situação de desespero. Dos 42 boxes, mais de 20 estão fechados. Alguns camelôs já abandonaram o local, que vive às moscas.

“Esse camelódromo simplesmente não funciona, é um fracasso. O espaço é apertado, mal iluminado, abafado, escondido e não atrai público”, disse Joelson Vieira, um dos informais que trabalham no local. Ele relatou que muitos ambulantes já desistiram e os que permanecem estão insatisfeitos.

O VALE apurou que muitos camelôs querem mesmo é voltar para as ruas e já sugeriram ocupar uma das laterais da praça João Mendes ou outra área nas imediações do Mercado Municipal. “Aqui não dá mais para ficar. Não conseguimos vender nem para pagar as contas”, disse um ambulante que não se identificou.

Até mesmo a ACI (Associação Comercial e Industrial) avalia que o local é inadequado. “Realmente, aquele espaço não oferece condições para os ambulantes”, afirmou o presidente da entidade, Felipe Cury
O camelódromo da Rodoviária Velha, que abriga cerca de 90 ambulantes, oferece melhores condições, mas também enfrenta problemas.

O camelódromo do Terminal Central de ônibus urbano (Rodoviária Velha) apresenta melhores condições, mas, mesmo assim, há problemas sérios, apontam comerciantes e ambulantes do local. O camelódromo abriga cerca de 90 ambulantes, além de pontos comerciais, que funcionam há mais de 30 anos.

Uma das principais queixas dos informais é o banheiro, que exala mau cheiro e está próximo dos boxes de alimentação. “O banheiro é um problema sério, ninguém aguenta o cheiro ruim”, disse o camelô José Holanda Bessa, o Dedé. Ele não se queixa das vendas. “A gente consegue garantir o suficiente para pagar as contas”, afirmou. “A nossa situação é bem melhor do que a do pessoal da praça João Mendes, que está passando dificuldades”, disse.

Estabelecido no terminal há 33 anos, o comerciante Charbel Nicolas relatou que o local ganhou mais movimento com os camelôs. “Foi importante eles virem para cá, porque ajudou a melhorar o movimento”, avalia o comerciante.

Charbel, no entanto, aponta problemas no terminal. “Além do banheiro, a iluminação é precária, as câmeras do sistema de segurança não funcionam e é preciso mudar o piso”, disse. O comerciante também disse que é necessário a volta da Guarda Municipal, de um administrador para o terminal e da volta de linhas de ônibus como do Jardim Colonial e de bairros da região norte.

No sábado passado, o presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal), responsável pelo terminal, Luiz Lima, visitou o local e conversou com ambulantes e comerciantes. Ele disse que mudanças no local dependem de conversações com outras esferas do governo municipal.

O Vale

Publicado em: 11/02/2013