Obras de duplicação do Viaduto Kanebo

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A Prefeitura de São José dos Campos assinará nesta quarta-feira (27), às 17h, o contrato com a empresa que fará as obras de duplicação do viaduto Kanebo no sentido do Parque Industrial para o centro e região norte da cidade, com início previsto para o mês de julho. A cerimônia será no auditório do Centro da Juventude (Rua Aurora Pinto da Cunha – 131), no Jardim América.

Atualmente, com duas faixas, uma delas utilizada para acessar a rodovia, o trânsito no viaduto fica carregado, apresentando filas nos horários de pico. Com o alargamento, serão quatro faixas de rolamento, uma delas para o acesso à alça da Via Dutra, além de calçada e adequação da avenida e dos acessos para melhorar a fluidez no trânsito.

São José é o 7ª no ranking dos 100 melhores em saneamento

São José dos Campos ocupa a sétima posição no novo ranking do Instituto Trata Brasil, feito com base em informações do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Em apenas um ano, o município progrediu da 21ª posição, em 2010, para a sétima, em 2011, segundo o estudo. O levantamento mostra a situação do saneamento básico das 100 maiores cidades do Brasil. Nelas vivem 40% da população, isto é, 78 milhões de brasileiros. O estudo levou em conta a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto, o tratamento de esgoto por água consumida, o índice total de perda de água tratada, a tarifa média praticada nos serviços, além do volume de investimentos em relação à geração de caixa dos sistemas.

Segundo a Secretaria de Obras de São José dos Campos, é provável que a cidade apresente hoje cenário ainda melhor do que o divulgado pelo estudo. “O SNIS trabalha com dados de dois anos atrás. O resultado deve ser ampliado, porque hoje já existe investimentos de R$ 80 milhões na cidade para elevar para 99% o percentual de tratamento de esgoto”, informou a Secretaria de Obras. Segundo o levantamento, o índice de tratamento de esgoto em São José era de 95,88% em 2011. Na 16ª posição do levantamento está Taubaté. Para o secretário de Serviços Públicos da Prefeitura de Taubaté Alexandre Magno Borges, a cidade também pode alcançar um posto mais alto. “Temos uma expectativa grande de que na pesquisa de 2014 já tenhamos condição de estar entre as dez melhores cidades do Brasil”, afirma. Taubaté está prestes a renovar o contrato com a Sabesp por mais 30 anos e estima investimento de R$ 20 milhões no tratamento do esgoto.

“O importante é estar entre as 20 primeiras colocadas, que têm indicadores positivos no tratamento de esgoto. São José está à frente de Curitiba, que é referência em termos de gestão, e a expectativa é que esteja no topo do próximo ranking”, disse o superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto. A Secretaria de Obras de São José e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) se reuniram anteontem para criar uma agenda de encontros para discutir a revisão do contrato entre a prefeitura e a concessionária no município.

De acordo com a pasta, a primeira reunião oficial para debater as propostas e modificações para o contrato será feita no dia 30 deste mês. O documento tem validade de 30 anos. O contrato assinado entre prefeitura e Sabesp foi firmado em 2008 e deveria ser examinado de novo em 2012, porém, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Obras, o documento não foi revisto pela gestão anterior. Segundo a Secretaria de Obras, o contrato está em vigor sob os mesmos moldes estabelecidos em 2008. As discussões terão como base os itens apontados pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado), que devem ser reavaliados e aprimorados. Um deles é o serviço de tapa-buraco feito pela concessionária, considerado falho.

De acordo com o superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, ainda não há nenhuma modificação anunciada no contrato mas a concessionária deve cumprir as metas já estabelecidas. “Até 2014, 100% do esgoto de São José deve estar tratado”, disse. Outra meta diz respeito à instalação de rede de esgoto na região leste da cidade. “Se o Ministério Público definir que os bairros podem ser regularizados, a Sabesp vai atuar na realização da estrutura”, afirmou.

FONTE: Ana Lígia Dal Bello – O Vale

Carlinhos estuda criação de agência para fiscalizar Sabesp

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), estuda criar uma agência municipal reguladora para fiscalizar a atuação da Sabesp na cidade. Hoje, esse trabalho de responsabilidade da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado), vinculada ao governo do Estado a quem a Sabesp também está subordinada. Segundo Renê Vernice, diretor do Departamento das Concessionárias da Secretaria de Obras, a intenção da prefeitura é criar a agência municipal para tornar mais rigoroso o acompanhamento dos serviços de água e esgoto de São José. Para tanto, como prevê o contrato entre a empresa e o município, renovado em 2008 por mais 30 anos, as partes têm que ser comunicadas sobre a criação da agência com um ano de antecedência, incluindo a Arsesp. Somente depois desse prazo é que o órgão municipal pode entrar em operação.

“São muitas as vantagens da agência, que aproxima a fiscalização da prefeitura. Além disso, também poderemos atuar na definição da tarifa e cobrar metas e investimentos”, disse Vernice. Segundo ele, a agência também poderá englobar, no futuro, serviços prestados por outras concessionárias, como telefonia, energia elétrica e gás. A criação da agência faz parte de um pacote de medidas que a prefeitura adotará na revisão do contrata com a Sabesp, que pode ser feito de quatro em quatro anos. A previsão é que as alterações à atual concessão estejam definidas até março do ano que vem. No final de 2013, segundo Vernice, a prefeitura irá realizar audiências públicas para ouvir a população sobre os serviços prestados pela Sabesp. “Há muitas reclamações sobre o atendimento da empresa e as intervenções que ela faz na cidade, que acaba deixando buracos em vários lugares”, disse o diretor de Concessionárias.

Entre as medidas que a prefeitura quer adotar com relação à Sabesp estão a definição de novas metas para ampliação dos serviços, definição de prazos para realização de obras e atendimentos aos cidadãos e aumento do valor das multas por descumprimento de cláusulas contratuais. Atualmente, as autuações só podem chegar a 0,1% do faturamento líquido médio mensal da empresa, o que representa até R$ 12 mil. A prefeitura quer elevar para 1%, ou R$ 120 mil.

Terceirização do 190 vai liberar 65 PMs para as ruas

A nova medida do governo do Estado em terceirizar o atendimento emergencial 190, da Polícia Militar, colocará pelo menos 65 policiais a mais nas ruas de São José dos Campos. A estimativa é do secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, sobre o número atual de policiais que hoje trabalham no Copom (Comando de Operações da Polícia Militar) da cidade. Atualmente são 130 soldados que atuam no processo de atendimento e despacho das viaturas da PM para as ocorrências nas 39 cidades que formam a RMVale.  Segundo Grella, o edital para a contratação da empresa para o atendimento está em fase de finalização pela Secretaria de Governo.

A mudança na operação do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior 1) atende a um projeto-piloto do governador Geraldo Alckmin, que visa tirar os policiais dos atendimentos e coloca-los nas ruas a fim de aumentar o efetivo. Em todo o Estado, de acordo com a PM, o serviço 190 conta hoje com 700 policiais e atende uma média diária de 150 mil ligações, sendo que 80% delas não geram ocorrências policiais. Segundo a PM, para atender adequadamente a demanda seriam necessárias 1.200 pessoas no serviço.

O comandante e coronel Cássio Roberto Armani, avalia positivamente a medida do Estado e afirma ainda que a terceirização deve contribuir para o melhor emprego do policial militar. A formação do policial militar é extensa, voltada para procedimentos operacionais padronizados, treinamento de tiro, noções sobre matérias jurídicas e administrativas da Instituição, além de Direitos Humanos, entre outros. “Em diversos países mais avançados, os atendentes são civis bem treinados, portanto não se trata de novidade em termos de gestão pública. A supervisão continuará sendo feita por oficiais e sargentos.”

Segundo ele, esses profissionais (supervisão) possuem boa experiência profissional de atendimento operacional para orientar os casos que possam gerar dúvidas ou que sejam complexos, além de fiscalizar a atuação dos novos profissionais. Vale salientar que o despacho das ocorrências (comunicação entre o COPOM e as viaturas policiais) continuará sendo feita por PMs com experiência operacional.” O CPI-1 deve investir em treinamento junto à prestadora de serviço para que o padrão Polícia Militar continue, segundo Armani.  “E isto deverá ser um dos componentes da licitação que está sendo planejada pelo Comando, com a participação das Unidades onde ocorrerá tal mudança”, afirmou.

O Copom de São José dos Campos atende mensalmente cerca de 186 mil ligações, uma média de 6.200 pedidos de socorro por dia em todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte. Um velho problema ainda é o trote, responsável por 21% dos pedidos de emergência, o que gera uma média diária de 1.240 atendimentos perdidos. Segundo o comandante Cassio Armani, por meio do sistema de atendimento são despachadas viaturas do rádio patrulhamento, policiamento ambiental, rodoviário, bombeiros e ronda escolar. O despacho das viaturas e o atendimento são feitos pelo sistema de rádio comunicação. Além disso, o sistema permite o acompanhamento e o deslocamento de 100% da frota, por meio de um tablet chamado de Terminal Móvel de Dados, que permitem aos PMs acessarem o banco de dados da PM.

Saída da Johnson para a Dutra será interditada na cidade

A saída da Avenida Deputado Benedito Matarazzo para a Via Dutra na altura do km 153,7, em São José dos Campos, será interditada a partir deste sábado (14). A interdição, que deve durar 20 dias, é necessária devido às obras de prolongamento das pistas marginais, entre os km 151 (altura do viaduto Kanebo) ao km 154 (altura da empresa Johnson & Johnson). De acordo com a concessionária, esse prazo pode aumentar dependendo das condições climáticas.

Durante essa fase das obras, o acesso dos motoristas à rodovia a partir da Avenida Deputado Benedito Matarazzo deve acontecer cerca de um quilômetro antes da saída atual, na altura do km 152,5. Outra alternativa será fazer o contorno pela Avenida João Batista Soares de Queirós Júnior (entre o viaduto da Johnson e o posto de gasolina), no bairro Jardim das Indústrias, e utilizar o primeiro retorno na rotatória para seguir em direção à Dutra.

As novas pistas marginais em São José dos Campos (SP) estão sendo implantadas entre o km 151 (altura do viaduto Kanebo) e km 154 (altura da empresa Johnson & Johnson), na pista sentido São Paulo. As pistas marginais terão 11 metros de largura e contarão com duas faixas de rolamento e acostamento. Após a conclusão das obras, o trecho terá maior capacidade de absorção do tráfego na pista sentido São Paulo, com a duplicação da quantidade de faixas de rolamento. Atualmente a pista expressa do trecho conta com duas faixas de rolamento e acostamento.

Obras do Viaduto da Kanebo terá apenas uma pista a mais

A principal obra viária do governo de Carlinhos Almeida (PT), a ampliação do Viaduto Kanebo, responsável por ligar o Anel Viário à estrada velha Rio-São Paulo, na zona sul de São José dos Campos, contemplará apenas a duplicação do viaduto no sentido centro-bairro. A informação foi dada pelo prefeito durante entrevista a um programa de rádio na última quinta-feira. “É a obra mais importante de São José e a segunda com a maior viga de sustentação do país”, disse. A obra se tornou uma importante vitrine da atual administração e um dos principais desafios da Secretaria de Transportes devido ao congestionamento constante de carros, ônibus e caminhões nos horários de pico.

Hoje, são apenas duas faixas e o motorista que quer acessar a estrada velha tem que esperar uma ‘brecha’ no tráfego no Anel Viário para acessar o principal corredor dos bairros Parque Industrial e Jardim Paraíso. O projeto de duplicação é para fazer com que o viaduto passe a contar com quatro faixas de rolamento, sendo três de circulação e uma somente para a aceleração dos veículos que acessam ao viaduto por meio da marginal da via Dutra. O custo das obras, que tiveram início no dia 24 de abril deste ano, está estimado em R$ 10 milhões. A previsão de término, segundo a empresa Empavi, é dezembro. A ampliação do trecho da estrada velha até a chegada ao Parque Industrial já foi finalizada.

Na sexta-feira, O VALE esteve no local e constatou que seis homens trabalhavam na construção de uma das vigas. A notícia de que o viaduto no sentido bairro-centro não será duplicado foi recebida negativamente por moradores, empresários e comerciantes. “Por mais que a prefeitura acredite que o trânsito no sentido centro seja tranquilo nos horários de picos, nós, acreditamos que daqui a dois anos no máximo a situação estará pior para quem sai da zona sul e vai para o centro”, disse o empresário Fernando Vilela, 34 anos. Para a administradora de empresas Carla Silvana, 28 anos, a prefeitura deveria fazer a duplicação total do viaduto. “Imagina o transtorno para a cidade quando uma nova obra surgir na região?”, disse.

Segundo o ex-secretário de Transportes e presidente do PSDB de São José, Anderson Farias Ferreira, a licitação feita à época da gestão passada (há cerca de um ano e meio), não incluia a duplicação do viaduto no sentido bairro-centro por ainda não apresentar gargalo. “Ali tem uma pequena retenção para quem acessa o Anel Viário no sentido centro, mas não a ponto de atrapalhar o trânsito. Mas isso no máximo por cinco anos”, disse. A Secretaria de Transportes não quis comentar o assunto.

Rio Paraíba tem melhoria na água, mais ainda não é ideal

O sol ainda nem nasceu e Andrelino Ramos, 73 anos, já está de pé. Ele acende o fogão a lenha, ferve a água e passa o café preto. Bebido fumegante, diz o homem, é o melhor remédio para o frio da madrugada. A receita ele aprendeu com o pai, pescador como Ramos, que vive às margens do rio Paraíba desde quando usava calças curtas. Ele mora em uma casa simples na região norte de São José, no bairro São Sebastião. Vão longe as memórias e a saudade dos tempos em que os peixes pululavam nas redes, as crianças mais ficavam dentro do que fora do rio e a vida seguia seu rumo tranquilo como as corredeiras do Paraíba. “A poluição quase matou o Paraíba”, alerta Ramos, com a sabedoria de quem conhece os segredos do rio. Hoje, ele nota que os peixes começaram a voltar. E não é mentira de pescador. “O cheiro de esgoto tá sumindo. Antes, a gente ponhava a rede e nada. Os peixes estão voltando agora”, conta Ramos, na tradicional linguagem dos ribeirinhos.

Viver na ribeira, às margens do rio, não é para qualquer um. A vida apresenta desafios que poucos conseguem vencer, tanto que os mais novos nem pensam em continuar o legado familiar. Eles preferem salário e carteira assinada. Não há estatísticas confiáveis sobre a quantidade de ribeirinhos que vivem na região. Segundo colônias de pescadores, eles não chegam a 0,5% dos 2,2 milhões de moradores do Vale. Em São José, a estimativa é que pelo menos 130 famílias vivam em várzeas. Elas moram em sub-moradias e sofrem com as cheias do rio. Com suas calças e camisas azuis desbotadas, os pés descalços e as mãos calejadas, Ramos é um exemplo de perseverança. Aceitou o convite para ensinar os mais novos a fazer barco de madeira. Mas o que gosta mesmo é de pescar e contar mentira. E isso é a pura verdade.

A volta de peixes ao rio Paraíba é resultado, principalmente, do aumento da coleta e tratamento de esgoto nas cidades da região. Em média, segundo a Sabesp, que cuida da água e esgoto em 28 dos 39 municípios da região, a quantidade de oxigênio diluído no Paraíba saltou de 0,5 miligrama por litro para 5 mg/l nos últimos cinco anos. A maior concentração de oxigênio, além de melhorar a qualidade da água, contribui para a proliferação de peixes. Mas há muito trabalho a ser feito. O Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) diz que a concentração ideal de oxigênio em um rio tem que ser entre 7 e 11 mg/l. A Sabesp investe R$ 519 milhões até 2014 para chegar a 100% de esgoto coletado e tratado nas cidades operadas por ela. Hoje, 10 têm acima de 90% do esgoto coletado e 19 superam 90% de resíduos tratados. “É fundamental cuidar do esgoto para que o rio melhore continuamente”, disse Oto Elias Pinto, superintendente regional da Sabesp.

À parte os dados científicos, são os ribeirinhos quem podem comprovar a recuperação do Paraíba, como confirma Antônio Cardoso, 74 anos, morador de Tremembé e pescador há mais de 60 anos. É no silêncio da canoa deslizando pelo Paraíba, na escuridão das madrugadas, que Cardoso celebra a chegada dos peixes. Ele diz que a quantidade ainda é bem inferior a obtida no passado, quando tirava até 30 quilos de peixe por dia do rio. Mas é melhor do que as redes vazias dos últimos 20 anos, quando a poluição escureceu o Paraíba. “Estou só esperando o calor chegar para pescar. Tiro até cinco quilos por dia. Vendo semanalmente e tiro um salário por mês”, conta o pescador, que criou os oito filhos com a renda da pesca.

Moradores da cidade cobram melhorias da Sabesp

A Prefeitura de São José dos Campos vai exigir mais qualidade dos serviços prestados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ao município. Essa é uma das propostas em estudo pelo governo Carlinhos Almeida (PT) no processo de revisão do contrato firmado pelo município com a concessionária em 2008 para operar o serviço de saneamento básico da cidade por 30 anos. Diretor de Concessionárias da Secretaria Municipal de Obras, Renê Vernice relatou ontem que há descontentamento com os serviços prestados pela empresa. Segundo ele, o município quer estabelecer uma série de mudanças no contrato para melhorar o desempenho da concessionária em São José dos Campos.

Entre os pontos mais críticos estão o serviço de tapa-buraco realizado pela empresa em suas obras e o estabelecimento de um cronograma de investimentos.Vernice relatou que a Sabesp precisa assumir, por exemplo, a sinalização do serviço de tapa-buraco para que a responsabilidade não seja atribuída à prefeitura. “Também é necessário melhorar esse serviço. A intenção é estabelecer indicadores e padrões de qualidade para que o município possa acompanhar e cobrar a empresa”, afirmou o diretor de Concessionárias. Ele citou o estabelecimento de prazos para a execução de serviços, como por exemplo, em caso de rompimento da tubulação da rede de abastecimento, como aconteceu no último sábado, na zona sul, na região da construção da ponte da avenida Guadalupe.

“A Sabesp precisa ter um plano de contingência para evitar falta d’água por muito tempo. No caso de falta de energia, o abastecimento sempre é afetado. A empresa deveria ter geradores próprio de energia para evitar isso.” Outro ponto que a prefeitura planeja mudar é o valor das multas que podem ser aplicadas à companhia. Atualmente, o valor máximo é de 0,1% do faturamento líquido mensal da empresa, o que representa no máximo em torno de R$ 10 mil. O município quer elevar esse percentual para 1%.

Maior interação entre os serviços de atendimento à população mantido pelas duas partes é outro ponto em discussão.  As negociações da revisão contratual são feitas com a participação da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado). O superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, admitiu ontem que há problemas com o serviço de tapa-buraco realizado pela empresa e disse que o mesmo é terceirizado. “Já conversamos com a prestadora de serviços, mas sempre é possível melhorar.”

Ele frisou que a Sabesp mantém cronograma de investimentos. “Estamos investindo R$ 150 milhões para ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade”, disse Pinto. O superintendente pontuou que nos próximos dias serão iniciadas obras para a troca de 24 quilômetros da rede de abastecimento de água. “São José tem 2.000 km de tubulação. Esses 24 kms que serão trocados são nas áreas mais críticas. É um investimento de R$ 24 milhões.”

Pinto disse que companhia está em tratativas com a prefeitura a respeito do contrato. “Vamos buscar maior entrosamento entre os serviços de atendimento à comunidade da Sabesp e os da prefeitura”. Segundo ele, ajudará no atendimento às ocorrências recebidas pelos serviços 156 (prefeitura) e 0800 (Sabesp). Já com relação à implantação de geradores para evitar paralisação do abastecimento, Pinto disse que é impraticável, pois seriam necessários pelo menos 700 geradores para atender toda a rede.

Prefeitura ganha verba para ampliação do Aeroporto

O prefeito de São José dos Campos participou na sexta-feira (5) da cerimônia de assinatura da ordem de serviço para o início das obras de ampliação e modernização do aeroporto de São José dos Campos. No evento, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) apresentou o projeto do novo terminal de passageiros, que prevê investimento de R$ 16,6 milhões.

“Esse investimento é fundamental para o futuro de São José e ele vai ser um elemento de desenvolvimento econômico”, disse o prefeito. Ele ressaltou que a cidade fica fica mais conhecida no plano nacional e internacionalfica, o que a torna atraente para receber investimentos e gerar mais empregos, especialmente na área de serviços, hotelaria, restaurantes, comércio, entretenimento.

De acordo com a Infraero, em cinco anos o movimento deverá crescer para 490 mil passageiros ao ano. Em 2012, o terminal atendeu 212 mil em operações de embarque e desembarque. A empresa prevê também o uso do aeroporto para auxiliar os aeroportos de Guarulhos e Campinas. “A nossa experiência mostra que primeiro você vem com a infraestrutura e depois as companhias aéreas vêm”, afirmou o presidente da Infraero, Gustavo do Vale. Na opinião dele, o aeroporto de São José dos Campos será uma alternativa os terminais de  Guarulhos e Campinas. “No curto prazo, como ele vai praticamente triplicar a capacidade do número de passageiros, ele tem condições de começar já esse processo de transferência.”

A modernização dará mais conforto aos passageiros, com diversas melhorias: novos portões de embarque, instalação de duas esteiras de bagagem no desembarque, mais balcões de check-in, Estacionamento com 320 vagas e espaço específico para motos e bicicletas. O terminal passará a ter capacidade para atender simultaneamente três posições de aeronaves no pátio.

O consórcio Tecman/MPE foi o vencedor do processo licitatório e terá até maio do próximo ano para executar os serviços. A finalização prevista em um prazo que permite ao município se preparar para receber alguma seleção estrangeira, caso seja escolhido como subsede da Copa de 2014, é possível porque a concorrência foi realizada pelo regime diferenciado de contratação. Este sistema é usado em obras incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, e permite reduzir o tempo médio de licitações em até 45%.

Cidade terá ampliação de Ensino Integrado junto a Fundhas

Remodelar o ensino municipal integral de São José dos Campos para incluir estudantes do Bolsa Família e ampliar o atendimento é um dos focos de parcerias que estão sendo formatadas em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação e a Fundhas (Fundação Hélio Augusto de Souza). Para este ano, uma das prioridades é o reconhecimento de que as cerca de 5.000 crianças e adolescentes assistidos pela Fundhas sejam considerados como estudantes de ensino integral, informou o secretário de Educação, Célio Chaves.

“Na prática, esses alunos já são de ensino integral, mas não têm o reconhecimento do Ministério da Educação”, disse Célio. Do total, 1.500 crianças frequentam escolas da rede municipal de educação. O restante estuda nas escolas da rede estadual. O secretário explicou que, com o reconhecimento, o município passará a receber mais recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Para este ano, o município estimou receber R$ 192 milhões do fundo.

O secretário destacou que outro projeto em estudo é a agregar pelo menos 2.000 crianças no ensino integral. “Ainda não temos um número fechado, mas queremos incluir pelo menos esse número de crianças”, disse. Atualmente, apenas oito das 45 escolas de ensino fundamental da rede municipal são de ensino integral. Três são em parceria com a Fundhas.

No total, 3.138 alunos são atendidos pelo ensino integral. A rede possui 39.700 alunos no ensino fundamental. A ampliação do número de escolas integrais também é tema de conversação entre a pasta e a Fundhas. No entanto, a expansão do ensino integral somente ocorrerá mais à frente. O secretário disse que uma das alternativas seria aproveitar a estrutura da Fundhas, que tem 20 unidades espalhadas por toda a cidade, para oferecer o denominado contra-termo, ou seja, atividades paralelas ao ensino oficial.

“É preciso fazer um planejamento para a expansão do ensino integral na rede”, disse. O Ministério da Educação determinou que até 2022 o ensino integral contemple 50% das escolas fundamentais ou 50% dos alunos das redes de ensino públicas.

Relator da Comissão de Educação da Câmara, o vereador Shakespeare Carvalho (PRB), disse que a expansão do ensino integral é importante, mas precisa ser feito com infraestrutura. “As atividades complementares do ensino integral permitem aos jovens descobrirem seus talentos”, afirmou. Valdemir Pereira da Silva, diretor do Sindicato dos Servidores, informou que a entidade apoia a expansão das escolas de ensino integral, mas alerta que é preciso ter infraestrutura para isso. “É preciso valorizar os profissionais e dar condições de trabalho”.

O Vale

Publicado em: 03/05/2013