São José dos Campos ocupa a sétima posição no novo ranking do Instituto Trata Brasil, feito com base em informações do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Em apenas um ano, o município progrediu da 21ª posição, em 2010, para a sétima, em 2011, segundo o estudo. O levantamento mostra a situação do saneamento básico das 100 maiores cidades do Brasil. Nelas vivem 40% da população, isto é, 78 milhões de brasileiros. O estudo levou em conta a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto, o tratamento de esgoto por água consumida, o índice total de perda de água tratada, a tarifa média praticada nos serviços, além do volume de investimentos em relação à geração de caixa dos sistemas.
Segundo a Secretaria de Obras de São José dos Campos, é provável que a cidade apresente hoje cenário ainda melhor do que o divulgado pelo estudo. “O SNIS trabalha com dados de dois anos atrás. O resultado deve ser ampliado, porque hoje já existe investimentos de R$ 80 milhões na cidade para elevar para 99% o percentual de tratamento de esgoto”, informou a Secretaria de Obras. Segundo o levantamento, o índice de tratamento de esgoto em São José era de 95,88% em 2011. Na 16ª posição do levantamento está Taubaté. Para o secretário de Serviços Públicos da Prefeitura de Taubaté Alexandre Magno Borges, a cidade também pode alcançar um posto mais alto. “Temos uma expectativa grande de que na pesquisa de 2014 já tenhamos condição de estar entre as dez melhores cidades do Brasil”, afirma. Taubaté está prestes a renovar o contrato com a Sabesp por mais 30 anos e estima investimento de R$ 20 milhões no tratamento do esgoto.
“O importante é estar entre as 20 primeiras colocadas, que têm indicadores positivos no tratamento de esgoto. São José está à frente de Curitiba, que é referência em termos de gestão, e a expectativa é que esteja no topo do próximo ranking”, disse o superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto. A Secretaria de Obras de São José e a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) se reuniram anteontem para criar uma agenda de encontros para discutir a revisão do contrato entre a prefeitura e a concessionária no município.
De acordo com a pasta, a primeira reunião oficial para debater as propostas e modificações para o contrato será feita no dia 30 deste mês. O documento tem validade de 30 anos. O contrato assinado entre prefeitura e Sabesp foi firmado em 2008 e deveria ser examinado de novo em 2012, porém, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Obras, o documento não foi revisto pela gestão anterior. Segundo a Secretaria de Obras, o contrato está em vigor sob os mesmos moldes estabelecidos em 2008. As discussões terão como base os itens apontados pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado), que devem ser reavaliados e aprimorados. Um deles é o serviço de tapa-buraco feito pela concessionária, considerado falho.
De acordo com o superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, ainda não há nenhuma modificação anunciada no contrato mas a concessionária deve cumprir as metas já estabelecidas. “Até 2014, 100% do esgoto de São José deve estar tratado”, disse. Outra meta diz respeito à instalação de rede de esgoto na região leste da cidade. “Se o Ministério Público definir que os bairros podem ser regularizados, a Sabesp vai atuar na realização da estrutura”, afirmou.
FONTE: Ana Lígia Dal Bello – O Vale