ITA tem atividades paralisadas para reivindicar melhorias

Pela primeira vez na história do ITA (Instituto Tecnoló-gico de Aeronáutica) após regime militar, os alunos da entidade paralisaram as atividades em protesto contra a qualidade de ensino. A paralisação foi realizada ontem, das 8h às 12h, e contou com a adesão de 90% dos alunos e professores, segundo informou o presidente do CASD Centro Acadêmico Santos Dumont, Marcus Gualberto Ganter de Moura. O ITA possui cerca de 600 alunos e 150 professores em São José dos Campos. A paralisação de ontem foi aprovada em assembleia geral extraordinária do CASD, realizada na semana passada entre os alunos. Os alunos não participaram das atividades e apresentaram aos professores os pedidos de melhorias no ensino.

O presidente do Centro Acadêmico disse que os alunos estão desmotivados com o ensino oferecido pelo ITA. “Nós queremos que melhorem a didática de ensino, permitindo que os alunos realmente aprendam engenharia”, disse Ganter a O VALE. Em texto divulgado pelo CASD, os alunos afirmam que “são diversos os problemas que freiam a instituição e a mantém presa ao passado e a impedem de ser na prática, e não apenas na reputação, uma instituição de verdadeira excelência”, segundo texto da nota. O texto afirma também que “dentre os problemas está um sistema de avaliação coercivo, que, devido a regras e amarrações nas normas do ITA, cria um ambiente propício para abuso de poder, prática de injustiça e terror psicológico de professores para com alunos. Os alunos do ITA pedem a volta do Sistema de Aconselhamento (que existe no MIT), considerado fundamental na formação dos engenheiros e mais transparência na divulgação das notas.

“O ITA está com o programa de expansão, que prevê a duplicação do número de vagas. e outras inovações. O modelo atual possui falhas que queremos corrigir em conjunto com a administração, o quanto antes. Se não, passaremos de 600 alunos, para 1200 desmotivados”, disse Ganter. O reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco, disse que a instituição está aberta ao diálogo com os alunos e que há o interesse das duas partes em buscar a qualidade de ensino na instituição. O ITA foi criado em 1950, para ser um centro de excelência universitária aeroespacial. A entidade está sob a responsabilidade direta do Comaer (Comando da Aeronáutica).

A instituição tem um dos vestibulares mais difíceis do país. Os cursos oferecidos são de engenharia-aeronáutica, eletrônica, mecânica- aeronáutica, civil- aeronáutica, computação e aeroespacial. Para o vestibular 2014, o ITA aumentou de 130 para 180 o número de vagas oferecidas. Serão 170 vagas para civis e 10 para militares. O reitor do ITA, Carlos Américo Pacheco, negou ontem ações coercitivas da direção sobre os alunos e disse que há um diálogo maduro entre as partes. Ele não considerou o protesto como uma paralisação, mas sim como uma reunião onde alunos e professores puderam expor seu pontos de vista para buscar a melhoria da qualidade de ensino.

O reitor disse que convidou os professores para participar da reunião com os alunos. “Acho que foi um agenda positiva. O que os alunos querem é o que nós queremos, ou seja, discutir mecanismos que busquem o avanço institucional, buscando a melhoria do ensino”, afirmou. Segundo Pacheco, o ITA é uma escola mais rigorosa do que as demais, que exige um rendimento muito alto dos alunos. “Algumas medidas que os alunos reivindicaram são difíceis de serem feitas, como a demissão de professores. As decisões tem que ser bem ponderadas, respeitando a tradição do ITA e suas peculiaridades”, disse o reitor. Para buscar as melhorias de ensino no ITA, foi formada uma comissão entre alunos, professores e direção.

Moradores da cidade cobram melhorias da Sabesp

A Prefeitura de São José dos Campos vai exigir mais qualidade dos serviços prestados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) ao município. Essa é uma das propostas em estudo pelo governo Carlinhos Almeida (PT) no processo de revisão do contrato firmado pelo município com a concessionária em 2008 para operar o serviço de saneamento básico da cidade por 30 anos. Diretor de Concessionárias da Secretaria Municipal de Obras, Renê Vernice relatou ontem que há descontentamento com os serviços prestados pela empresa. Segundo ele, o município quer estabelecer uma série de mudanças no contrato para melhorar o desempenho da concessionária em São José dos Campos.

Entre os pontos mais críticos estão o serviço de tapa-buraco realizado pela empresa em suas obras e o estabelecimento de um cronograma de investimentos.Vernice relatou que a Sabesp precisa assumir, por exemplo, a sinalização do serviço de tapa-buraco para que a responsabilidade não seja atribuída à prefeitura. “Também é necessário melhorar esse serviço. A intenção é estabelecer indicadores e padrões de qualidade para que o município possa acompanhar e cobrar a empresa”, afirmou o diretor de Concessionárias. Ele citou o estabelecimento de prazos para a execução de serviços, como por exemplo, em caso de rompimento da tubulação da rede de abastecimento, como aconteceu no último sábado, na zona sul, na região da construção da ponte da avenida Guadalupe.

“A Sabesp precisa ter um plano de contingência para evitar falta d’água por muito tempo. No caso de falta de energia, o abastecimento sempre é afetado. A empresa deveria ter geradores próprio de energia para evitar isso.” Outro ponto que a prefeitura planeja mudar é o valor das multas que podem ser aplicadas à companhia. Atualmente, o valor máximo é de 0,1% do faturamento líquido mensal da empresa, o que representa no máximo em torno de R$ 10 mil. O município quer elevar esse percentual para 1%.

Maior interação entre os serviços de atendimento à população mantido pelas duas partes é outro ponto em discussão.  As negociações da revisão contratual são feitas com a participação da Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado). O superintendente de Negócios da Sabesp no Vale do Paraíba, Oto Elias Pinto, admitiu ontem que há problemas com o serviço de tapa-buraco realizado pela empresa e disse que o mesmo é terceirizado. “Já conversamos com a prestadora de serviços, mas sempre é possível melhorar.”

Ele frisou que a Sabesp mantém cronograma de investimentos. “Estamos investindo R$ 150 milhões para ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade”, disse Pinto. O superintendente pontuou que nos próximos dias serão iniciadas obras para a troca de 24 quilômetros da rede de abastecimento de água. “São José tem 2.000 km de tubulação. Esses 24 kms que serão trocados são nas áreas mais críticas. É um investimento de R$ 24 milhões.”

Pinto disse que companhia está em tratativas com a prefeitura a respeito do contrato. “Vamos buscar maior entrosamento entre os serviços de atendimento à comunidade da Sabesp e os da prefeitura”. Segundo ele, ajudará no atendimento às ocorrências recebidas pelos serviços 156 (prefeitura) e 0800 (Sabesp). Já com relação à implantação de geradores para evitar paralisação do abastecimento, Pinto disse que é impraticável, pois seriam necessários pelo menos 700 geradores para atender toda a rede.

Qualidade de ensino da Faculdade é apontada por Reitor

Um ano após assumir o comando da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), o reitor Jair Cândido de Melo, 73 anos, aponta a melhoria da qualidade do ensino e o resgate da credibilidade da instituição como suas principais conquistas. Na próxima quinta-feira, ele completa o primeiro de seus quatro anos de mandato, em processo que consolidou o fim da ‘Era Gargione’ na universidade, que possui unidades em São José, Jacareí, Campos do Jordão e Caçapava.

O professor Baptista Gargione Filho, 79 anos, dirigiu a Univap por 20 anos de 1991, ano em que ela foi criada, até novembro de 2011, quando foi demitido do quadro de funcionários. Ele também presidiu a FVE (Fundação Valeparaibana de Ensino), mantenedora da Univap, por 30 anos de 1981 a 2011. Durante este período, Gargione se envolveu em diversas polêmicas, chegando a ser alvo de um processo na Justiça decorrente de denúncias de nepotismo e corrupção o processo foi arquivado por falta de provas.

Para impedir novas perpetuações no poder, o Ministério Público conduziu um processo que resultou na mudança do estatuto da FVE e na troca do reitor da universidade, que agora só pode ser reeleito uma única vez. “O que me deixa mais feliz é ver que neste um ano voltou o entusiasmo dos alunos e professores. Acho que conseguimos conquistar o coração das pessoas. A Univap não tem só um dono. Ela só tem sentido se servir a coletividade”, disse Jair Melo.

Segundo o reitor, neste primeiro ano de mandato houve melhoria significativa na aproximação com a comunidade e na qualidade do ensino na instituição. Ele cita como exemplos medidas como o aumento de 3 para 4 horas na carga mínima de aulas por dia, o reforço de aulas de matemática e português para recém-aprovados no vestibular e a ampliação da capacitação de professores através de cursos.

“Quando assumi, fui taxativo. A melhoria do ensino é prioridade e por isto adotamos estas medidas. Não temos que fazer a história do passado e, sim, preparar os homens e mulheres do futuro.” Feliz com as conquistas, ele reconhece que ainda há muito a fazer. “Temos que aprimorar as mudanças, até porque a imagem da Univap ficou muito desgastada junto à comunidade. Quando aparecia na mídia, era quase sempre com notícias negativas. Vivemos novo tempo.”

Alunos da Univap consultados por O VALE reconhecem o esforço do reitor Jair Cândido de Melo para alavancar a instituição, mas continuam cobrando melhorias no ensino e no setor de pesquisa. “Houve avanços em relação à época do Gargione [Baptista, ex-reitor], mas ainda é muita propaganda e pouca prática”, disse Guilherme Tarquínio, que cursa o 5º ano de direito e é membro da Comissão Pró-DCE (Diretório Central dos Estudantes).

Segundo ele, a partir de amanhã começarão a ser recolhidas adesões por meio de abaixo-assinados em todos os cursos com pedido de melhorias para os alunos e professores. “Quando o reitor assumiu há um ano, foram prometidas melhorias nas bibliotecas, no sistema de internet e nas pesquisas. Como isto não foi feito, vamos voltar a passar o abaixo-assinados nos cursos e protocolar de novo esses pedidos de melhorias na reitoria”, afirmou Tarquínio.

Segundo ele, o grande mérito de Melo em seu primeiro ano de gestão à frente da Univap foi a ampliação do diálogo com os alunos. “Não resta dúvida de que hoje temos muito mais acesso ao reitor, ao pessoal da Secretaria-Geral e aos diretores do que na época do Gargione. Mas o que queremos mesmo é a melhoria efetiva na qualidade do ensino. Vamos continuar cobrando.”

O Vale

Publicado em: 15/04/2013

Fundação cultural da cidade recebe certificado de qualidade

A pressão popular aliada aos “pecados” cometidos ao longo da atual legislatura devem provocar mudanças na postura do colegiado de 21 de vereadores de São José dos Campos que assume em janeiro de 2013. Entre os novos eleitos e os que se reelegeram, há consenso de que é preciso dar mais transparência aos atos do Legislativo para evitar erros que transformaram a Câmara em alvo frequente de críticas e desgaste nos últimos quatro anos.

Entre eles, a tentativa de estabelecer um supersalário de R$ 12,9 mil para os parlamentares, partilha de cargos no governo, gastos exóticos e supérfluos (como compra de cofres para os gabinetes), falta de transparência de despesas com assessores, fracasso na realização de concurso, que resultou em prejuízo de pelo menos R$ 1 milhão aos cofres públicos, e atrelamento demasiado ao Poder Executivo.

Cotado para presidir a Câmara a partir de janeiro, o vereador reeleito Wagner Balieiro (PT) pontua que o Legislativo precisa ser mais “pró-ativo” e depender menos da prefeitura. “O Legislativo precisa ter mais autonomia e tomar iniciativas próprias, porque é porta-voz da sociedade”.

Ele avalia que a Câmara deve, por exemplo, promover audiências públicas, debates e fazer estudos técnicos sobre projetos do Executivo, e não apenas compactuar com o governo. “Proporcionar mais acesso da população aos documentos da Câmara e melhorar a comunicação institucional da Casa são outras questões que terão que ser abordadas pela nova mesa diretora”.

Quando menciona comunicação, Balieiro e os demais se referem ao projeto de criação de um canal de TV, em fase inicial de estudo, que pode custar até R$ 3 milhões. Para Angela Guadagnin (PT), uma questão emblemática que precisa ser resolvida é o funcionamento das comissões técnicas.

“As comissões não funciona. Os projetos não são analisados por elas. Isso leva à perda de autonomia do Legislativo, que não pode votar os projetos do Executivo sem discussão”, ponderou a vereadora. Para o atual presidente da Casa, Juvenil Silvério (PSDB), a nova mesa diretora deve promover melhorias na transparência dos gastos.

“Hoje, todos os gastos são em nome da direção da Casa. Acho que cada gabinete deveria ter verba própria e o vereador, a responsabilidade de prestar contas”, disse. Para Luiz Mota (DEM), a Câmara precisa dialogar mais com a sociedade. “É preciso diálogo com todos os setores”.

Entre os que se elegeram pela primeira vez, Calasans Camargo (PRP) avalia que é preciso evitar “votações na calada da noite, de última hora, porque isso só provoca desgastes”. “Temos que ter autonomia e transparência”, disse. Carlos Tiaca (PMDB) avalia que, se houve renovação de parte do colegiado, é sinal que a sociedade quer mudanças. “Temos que ter sintonia com a comunidade”, disse.

Fundação Cultural Cassiano Ricardo

Publicado em: 10/12/2012

Cetesb aponta melhoria no ar de São José dos Campos

A qualidade do ar em São José dos Campos melhorou no ano passado, de acordo com o relatório anual elaborado e publicado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). O documento, que compara os índices medidos dos últimos três anos, indica que os medidores dos PQAr (Padrões de Qualidade do Ar) mostraram menos registros de saturação em 2011.

A avaliação da Cetesb abrange o estudo de partículas e resíduos no ar que interferem diretamente na qualidade do ambiente urbano na cidade. De acordo com o nível de partículas presentes no ar, a tabela da Cetesb indica que estes fatores podem implicar desde danos à vegetação e contaminação do solo até originar formação de chuva ácida.

Os índices gerais na cidade não tiveram registro de terem ficado acima do ideal. “O Ozônio, por exemplo ficou 19 dias acima do ideal e 11 deles com qualidade inadequada, o que mantém a cidade com maior parte dos dias do ano com qualidade boa”, disse Maria Helena Martins, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb.

A avaliação da Cetesb abrange o estudo de partículas em suspensão (como poeira, aerossol e fuligem), fumaça e dióxido de enxofre (gás incolor, com forte odor, proveniente de processos de queima de óleo combustível e/ou refinaria de petróleo).

A gerente da Cetesb explica que na cidade há duas estações de coleta. “A do bairro Monte Castelo, que é automática e mede partículas inaláveis, ozônio e dióxido de enxofre, e a manual, que fica no parque Santos Dumont”, afirma. “Esta funciona de modo manual e dimensiona a quantidade de fumaça. Nela é feita uma medição de 24 horas a cada seis dias”, disse.

Para o arquiteto e urbanista Flávio Mourão, a cidade ainda pode oferecer mais possibilidades de áreas verdes aos moradores. “Por ser mais nova que as cidades vizinhas, São José é mais arborizada que Taubaté ou Caçapava, por exemplo. Porém, no miolo da cidade só há duas áreas verdes, que são os parques Santos Dumont e o Vicentina Aranha”, disse.

O especialista alerta para o conceito de área verde que pode ser utilizada pela população como espaços de vivência.“Pequenas praças e canteiros centrais de avenidas não se traduzem em áreas verdes que possam ser utilizadas pela população. Basta ver a quantidade de pessoas que vai ao Vicentina, por exemplo. Não há opções fora daquela região.”

De acordo com o urbanista, a demografia da região funciona como um local de concentração de partículas. “A região é considerada como crítica, porque tende a concentrar partículas e ter dispersão lenta. Temos parâmetros de poluição similares ao de São Paulo, logo, o clima pode ter favorecido a melhora.”

O Vale

Agência apresenta relatório com melhoria da água do Paraíba

O relatório “Conjunto dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2012” divulgado pela ANA (Agência Nacional das Águas) aponta melhorias da qualidade da água do rio Paraíba do Sul no Vale do Paraíba. No trecho de São José, o oxigênio dissolvido nas águas do rio subiu de1,2 miligrama por litro em 2009 para 5,2 miligrama por litro em 2011.

A maior concentração de oxigênio, além de melhorar a qualidade da água, contribui para a proliferação de peixes. No entanto, de acordo com o Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) concentração ideal de oxigênio dissolvido em um rio tem que ser entre 7 e 11 miligramas por litro. No Vale, a nota do rio Paraíba subiu em quatro pontos de medição espalhados por São José, Jacareí e Lorena.

Para fazer a comparação, a ANA utiliza o IQA (Índice de Qualidade das Águas). Esse parâmetro reúne diversas análises e é resumido com uma nota de 0 a 100.  De acordo com o relatório, em São José dos Campos a água do rio passou de regular para boa, saltando de 44 para 61 em um determinado trecho e de 50 para 65 em outro. Em Jacareí, o trecho analisado continua em situação considerada boa e a nota também subiu, de 56 para 66. Já em Lorena, a nota do Paraíba do Sul deixou de ser regular e saltou de 50 para 60.

De acordo com o relatório, a melhoria na qualidade da água estaria relacionada a investimentos em saneamento. O gerente distrital da Sabesp em São José dos Campos, José Carlos Vilela, informou que a Sabesp elevou o índice de tratamento de esgoto nos 24 municípios da região onde opera de 53% para 86%, por meio da Unidade de Negócios Vale do Paraíba. A meta é chegar a 100% até 2014.

Segundo ele, na semana passada foram iniciadas as obras do Sistema de Esgotamento da Bacia do Pararangaba, em São José, que devem ser entregues em 30 meses e beneficiarão diretamente 127,5 mil moradores da região leste. O serviço deveria ter sido concluído no ano passado, de acordo com cronograma inicial.

Para o ambientalista Vicente Cioffi, do Fórum Permanente em Defesa da Vida, estas medidas não são suficientes. “Só vamos conseguir reduzir realmente poluição do rio Paraíba com a revitalização das margens. É preciso também reduzir a ocupação imobiliária na região e a extração de areia no rio”, disse Cioffi.

O Vale

Comissão de Qualidade de Obras visitam Arena de Esportes

Os membros da Comissão de Qualidade de Obras conheceram a Arena de Esportes de São José dos Campos na manhã desta quinta-feira (28) durante a visita mensal. A Arena, que está sendo construída no Jardim das Indústrias, na região oeste da cidade, terá capacidade para 5 mil pessoas.

Os engenheiros responsáveis pela obra apresentaram fotos do canteiro desde o começo, das áreas da evolução da obra e também a maquete eletrônica que mostra como será a futura Arena.

Depois de tirarem todas as dúvidas, os integrantes da Comissão andaram pela obra e puderam ver de perto o avanço dos trabalhos da empreiteira. A área construída é de 10.213 metros quadrados e está em um terreno de 51.971 metros quadrados.

Para o vice-presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Kleber de Barros Fonseca, a obra será o divisor de águas na área de esporte da cidade. “É uma obra para mudar São José e colocá-la como referência no Brasil. Não tem nada parecido. A população e os esportistas de São José vão ganhar muito. Pudemos ver que é uma obra bem feita, com qualidade e bastante gente trabalhando. São José dos Campos merece esta obra”, disse Kleber.

A Arena terá cinco portarias, incluindo rampa para uso de Pessoas com Deficiêcia (PCD). O local terá catracas eletrônicas informatizadas com leitura de cartão personalizado, possibilitando implantação de vendas de ingresso pela internet. O estacionamento terá 739 vagas, com espaço para carros de apoio, pessoas com deficiência, idosos, ônibus, bicicletas e motos.

A área térrea ocupará 6.753 metros quadrados, com uma quadra poliesportiva para eventos de federações, confederações e ligas nas modalidades de basquete, futsal, vôlei e handebol, além de lutas como taekwondo, judô, luta olímpica e karatê. O local também poderá receber apresentações de dança para a comunidade e eventos esportivos que necessitem de espaço para grande público.

Além da quadra poliesportiva, no piso térreo haverá camarotes que poderão ser utilizados para coletivas de imprensa e para receber autoridades; vestiários para as equipes; galeria de troféus; sanitários; área administrativa; bilheteria e toda infraestrutura necessária, além de um hall social para recepções e exposições.

Rampas e dois elevadores darão acesso às cadeiras numeradas e ao piso superior, onde estarão as salas de imprensa e camarotes VIP´s. A arena terá um sistema de comunicação moderno com telefonia, dados, transmissão de imagens e som, incluindo pontos de acesso à internet via rede sem fio “Wireless”.

A arena municipal terá um placar eletrônico de quatro faces, que dará visibilidade a todos os usuários das informações das partidas com sistema de som especial. A infraestrutura ainda terá lanchonetes e ambientes de convivência com sistema de climatização.

O valor da obra é de R$ 33 milhões e a entrega está prevista para o mês de outubro.

A Comissão de Qualidade de Obras é formada por representantes da Prefeitura, Câmara Municipal, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea), Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos (AEA), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) e Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap). O grupo participa de reuniões e faz visitas periódicas nos canteiros de obras públicas do município.

Prefeitura de São José

Cidade ganha prêmio do ANTP pela Prefeitura

A Prefeitura de São José dos Campos aderiu nesta sexta-feira (15) ao Prêmio ANTP de Qualidade, promovido pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) para estimular municípios e operadores de trânsito e transportes a implantar modelos de planejamento e estratégias que busquem a excelência no setor.

A adesão foi formalizada por meio da Secretaria de Transportes durante um workshop da ANTP realizado no Parque Tecnológico com participação de gestores de transportes e trânsito, operadoras de transporte urbano, rodoviário e de fretamento de cidades do Vale do Paraíba. Significa que o município se compromete com esses princípios, visando melhorar o atendimento ao cidadão e ampliar a estrutura de mobilidade urbana.

“São José dos Campos é uma cidade que já tem um modelo de gestão responsável e uma postura voltada para a melhoria da qualidade no setor. Como polo regional é estratégica parceira nesse processo de busca pela excelência na área de transportes e trânsito”, afirmou o gerente de Mobilização e Capacitação do Prêmio ANTP de Qualidade, Alexandre Rocha Resende.

Também aderiram ao programa as três empresas que operam o transporte público na cidade e a prefeitura de Caraguatatuba. As cidades e operadoras do setor que participam do prêmio são avaliadas pelas atividades que desenvolvem para melhor gerir diferentes áreas como clientes (usuários do sistema), sociedade, pessoas (comunicação interna com funcionários), financeiro, planejamento, projetos e processos.

No encontro foi apresentado e debatido o tema “Como Melhorar o Desempenho das Organizações do Transporte e do Trânsito”. Também foram apresentados os casos de sucesso de organizações como a BHTrans, de Belo Horizonte (MG), e Medianeira Transporte, de Ijuí (RS), e também a experiência da Ceturb/GV, de Vitória (ES), ganhadora do último Prêmio ANTP de Qualidade.

Desde 95, a associação realiza o programa em ciclos bienais. No primeiro ano, o município ou instituição faz sua adesão e, no segundo, técnicos da associação avaliam os processos de gestão de cada participante e escolhem os que se destacaram e merecem ser premiados. A conquista do título é um atestado de qualidade reconhecido em todo o país.

Prefeitura de São José

Prefeitura pretende implementar melhorias no Provisão

A Organização Social em Saúde Pró Visão, que administra o Hospital de Clínicas Norte, no Alto da Ponte, zona norte de São José, pretende implantar medidas para melhorar a qualidade de atendimento e reduzir o tempo de espera.

As ações incluem a instalação de uma farmácia 24 horas, separar a ala da emergência em infantil e adulta, concluir o departamento de educação continuada, que oferecerá cursos de aperfeiçoamento profissional a médicos e funcionários, e implantar manuais e protocolos de conduta a serem seguidos no hospital.

A expectativa da OS é implantar as medidas até o final de junho. Além disso, em agosto, os prontuários dos pacientes serão eletrônicos. Segundo a gerente administrativa Mariana Moura, os prontuários eletrônicos vão impactar diretamente no tempo de espera.

“O médico terá um histórico do paciente e vai poder visualizar quantas vezes ele já esteve na unidade e os remédios que costuma tomar, além de facilitar os exames laboratoriais.” O Pró Visão assumiu a administração do Clínicas Norte em 12 de maio, após assinar um contrato de R$ 10,3 milhões com a Prefeitura de São José. O contrato tem duração de um ano e poderá ser renovado por mais quatro anos.

Durante a administração da prefeitura, a principal queixa dos usuários era o tempo de espera por atendimento. A doméstica Nair da Silva Santos, 54 anos, já esperou cerca de três horas para ser atendida no hospital. “Dessa vez demorou menos e as enfermeiras foram mais educadas e atenciosas.”

No último dia 2, o hospital recebeu uma demanda acima do normal de casos de emergência, o que ocasionou uma espera por atendimento de cerca de duas horas e meia. “Foi um dia atípico. Tivemos nove casos de emergência, sendo que normalmente recebemos três por dia. Isso gerou o atraso”, disse Mariana.

Segundo ela, a demanda por atendimento também aumentou. Pacientes de bairros como Jardim Paulista, na região central, Putim, na sudeste, e Jardim Satélite, na sul, têm procurado o hospital. Isso fez com que subisse o número de pacientes de 350 para 610 por dia.

Para agilizar o atendimento, a Pró Visão adotou a classificação de risco. Antes do atendimento, os pacientes passam por um enfermeiro, que avalia a gravidade do caso. “Priorizamos o paciente que esteja em estado mais grave, o que aumenta a sobrevida dele”, disse o gerente de assistência de enfermagem, Telson do Nascimento Santos.

O especialista em saúde pública Gilson Carvalho disse que as medidas são boas sob o ponto de vista gerencial, e poderiam ser tomadas antes. “Essas medidas não dependem de recursos financeiros.”

O Vale

Comissão de Qualidade, visita Casa do Idoso

A obra da Casa do Idoso na região leste recebeu nesta quinta-feira (24) a visita da Comissão de Qualidade de Obras do município e também de moradores da região. A unidade está sendo construída no bairro Vista Verde (na esquina das ruas Cidade de Washington e Aparecida Dalprat Souza) e tem previsão de término para outubro.

A área construída terá 3.100 metros quadrados com auditório, piscina, vestiários, sala de ginástica, de fisioterapia, salão de jogos, sala de estar, sala de vídeo, sala de alfabetização, consultório odontológico, consultório de psicologia, além de recepção e biblioteca. A obra está sendo executada pela Urbam (Urbanizadora Municipal) no valor de R$ 7 milhões.

Os moradores aprovaram a obra. “Só temos a agradecer esta iniciativa. Será maravilhoso ter uma Casa do Idoso pertinho da gente. Têm muitos idosos aqui na região. Eu tenho problema de coluna e quero muito fazer hidroginástica. Com certeza serei uma das primeiras a participar das atividades”, disse Marileide Bezerra da Silva, de 61 anos.

O aposentado Ozéias de Moraes, 87 anos, um dos primeiros moradores do bairro Vista Verde, comemorou o fato de ter uma Casa no bairro. “A Casa do Idoso é um sonho da gente que está sendo realizado. Muitos saem daqui para fazer as atividades na Casa do Idoso do centro e em breve teremos uma aqui no bairro”.

Assim como na Casa do Idoso da região sul, a da região leste possuirá o programa Centro Dia, que irá proporcionar a permanência do idoso semidependente no local, no período diurno, como forma de prevenção ao asilamento.

A capacidade de atendimento diário será para até 80 idosos, em caráter permanente (segunda a sexta-feira) ou temporário. A inserção dos idosos no Centro Dia se dará por meio do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), com prioridade para as pessoas de baixa renda.

O Centro Dia funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h30, oferecendo refeições, higiene pessoal e uma grade de atividades a ser planejada pela equipe técnica em conjunto com os idosos, e respectivas famílias, abrangendo apoio individual e sócio-familiar, atendimento psicossocial, atividades lúdicas, sociais, esportivas e de integração social.

A comissão é formada por representantes da Prefeitura, Câmara Municipal, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo (Crea), Associação de Engenheiros e Arquitetos de São José dos Campos (AEA), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) e Associação das Construtoras do Vale do Paraíba (Aconvap). O grupo participa de reuniões e faz visitas periódicas nos canteiros de obras públicas do município.

O Vale