Motoristas da cidade ficam confusos com a sinalização

Com uma frota de 380 mil carros e um perfil voltado à tecnologia com vocação para o setor aeroespacial, São José dos Campos esbarra em um problema na malha viária: a falta de coerência nas sinalizações horizontal e vertical de trânsito. O VALE percorreu ruas e avenidas da cidade e constatou sete situações em que motoristas e motociclistas se confundem com as sinalizaç ões indicadas.

O problema se agrava pelo fato de os agentes de trânsito ficarem de ‘mãos atadas’ e não poderem notificar as infrações cometidas. Os repórteres Rodrigo Machado e Cláudio Vieira percorreram as vias com problemas nas últimas segunda, terça e quarta-feira. Logo no início da rua Teopompo Vasconcelos, na Vila Adyana, na calçada ao lado esquerdo há uma placa informando proibido parar e estacionar, na altura do número 574. A confusão começa quando o motorista vê a guia pintada de amarelo, mas a faixa na rua pintada na cor branca.

Outro endereço que apresenta irregularidade é a rua Manoel Rodrigues de Moraes, em Santana, na altura da curva sentido ponte Minas Gerais. A placa ‘Cruzamento Perigoso’ está virada para uma residência e não para os motoristas que trafegam no sentido centro-bairro.

A falta de informação também prejudica motoristas na estrada municipal Juca de Carvalho, mais conhecida como Estrada do Bonsucesso (altura do número 2.305). No local há duas placas em ambos sentidos que deveriam informar sobre a curva, mas elas estão sem nenhuma sinalização impressa. Até um problema de grafia foi identificado por O VALE.

Na avenida Carmerino dos Santos (Marginal B), no Jardim Motorama, há um erro na placa de ‘Limite de Velocidade’. Lá a fiscalização é ‘eletrôniça’. No trevo de acesso ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), a placa ‘Trevo do CTA/ITA’ esconde outra placa. Já na Antonio Saes, em frente à maternidade da Santa Casa há uma placa ‘E’ autorizando o estacionamento na faixa branca de segunda a domingo, 24horas, mas o espaço é destinado apenas para ambulâncias.

Em frente ao prédio da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito), na avenida São José, há um estacionamento específico para motos, mas a ‘saia justa’ surge quando o motociclista vê uma segunda placa com a informação de que é ‘Proibido Motocicletas’. Na opinião de especialistas e engenheiros de tráfego, o conflito de sinalização pode induzir a ocorrência de acidentes ou trazer prejuízo ao fluxo de veículos. “Há outros problemas como a falta de sinalização para pedestres, falta de faixas em cruzamentos e de sinais de tempo para os pedestres atravessarem vias com segurança”, disse o especialista em trânsito, Ronaldo Garcia.

Segundo ele, há casos em as árvores crescem e obstruem os sinais ou ventos fortes que viram as placas. “Os engenheiros e agentes de trânsitos devem ficar atentos dia e noite.” O motoboy Mario Lima, de 32 anos, que já se confundiu com uma placa na zona leste e foi multado, nem tinha percebido o erro na área permitida para motos em frente ao Ciretran. “É confuso. Qual, afinal, está valendo?”

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes de São José, a rua Teopompo Vasconcelos foi vistoriada pela equipe de trânsito e haverá readequação da sinalização existente no local. Quanto aos outros locais apontados por O VALE, eles serão vistoriados e, em havendo constatação de desconformidade na sinalização, ela será readequada.

O Vale

Publicado em: 20/05/2013

Prefeitura realiza obras no bairro Novo Horizonte na cidade

Para acabar definitivamente com os problemas de erosão e enchente na Avenida Trancedo Neves, no Novo Horizonte, região leste, a Prefeitura de São José dos Campos está realizando obras de contenção de águas pluviais. Entre os trabalhos, coordenados pela Secretaria de Serviços Municipais (SSM), está a construção de uma caixa e um muro de arrimo para conter o escoamento de 12 tubulações de águas pluviais lançadas no local em frente à Fundhas.

Em razão do grande volume de água lançado na área, havia o risco de parte da avenida ser atingida pela erosão, que já tinha provocado uma cratera de cerca de quatro metros de profundidade. Para tapar o buraco causado pela erosão foram usados cerca de 800 caminhões de terra. A tubulação da rede de esgoto foi reconstruída. “Era uma situação grave, mas que, com os esforços da Prefeitura o problema foi resolvido em definitivo”, ressaltou o secretário da SSM.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 12/03/2013

Camelódromo acumula problemas na cidade

Solução encontrada pelo governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) para a remoção dos ambulantes das ruas e praças do centro de São José dos Campos, o projeto dos camelódromos fracassou e se transformou em dor de cabeça para o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT).

Em funcionamento há quase dez meses, os Centros de Compra Popular, nome oficial dos camelódromos, da praça João Mendes (Sapo) e da Rodoviária Velha (atual terminal central de ônibus urbano) acumulam problemas.

O camelódromo da praça João Mendes é o que apresenta situação mais crítica. O espaço praticamente faliu e os ambulantes transferidos para o local estão em situação de desespero. Dos 42 boxes, mais de 20 estão fechados. Alguns camelôs já abandonaram o local, que vive às moscas.

“Esse camelódromo simplesmente não funciona, é um fracasso. O espaço é apertado, mal iluminado, abafado, escondido e não atrai público”, disse Joelson Vieira, um dos informais que trabalham no local. Ele relatou que muitos ambulantes já desistiram e os que permanecem estão insatisfeitos.

O VALE apurou que muitos camelôs querem mesmo é voltar para as ruas e já sugeriram ocupar uma das laterais da praça João Mendes ou outra área nas imediações do Mercado Municipal. “Aqui não dá mais para ficar. Não conseguimos vender nem para pagar as contas”, disse um ambulante que não se identificou.

Até mesmo a ACI (Associação Comercial e Industrial) avalia que o local é inadequado. “Realmente, aquele espaço não oferece condições para os ambulantes”, afirmou o presidente da entidade, Felipe Cury
O camelódromo da Rodoviária Velha, que abriga cerca de 90 ambulantes, oferece melhores condições, mas também enfrenta problemas.

O camelódromo do Terminal Central de ônibus urbano (Rodoviária Velha) apresenta melhores condições, mas, mesmo assim, há problemas sérios, apontam comerciantes e ambulantes do local. O camelódromo abriga cerca de 90 ambulantes, além de pontos comerciais, que funcionam há mais de 30 anos.

Uma das principais queixas dos informais é o banheiro, que exala mau cheiro e está próximo dos boxes de alimentação. “O banheiro é um problema sério, ninguém aguenta o cheiro ruim”, disse o camelô José Holanda Bessa, o Dedé. Ele não se queixa das vendas. “A gente consegue garantir o suficiente para pagar as contas”, afirmou. “A nossa situação é bem melhor do que a do pessoal da praça João Mendes, que está passando dificuldades”, disse.

Estabelecido no terminal há 33 anos, o comerciante Charbel Nicolas relatou que o local ganhou mais movimento com os camelôs. “Foi importante eles virem para cá, porque ajudou a melhorar o movimento”, avalia o comerciante.

Charbel, no entanto, aponta problemas no terminal. “Além do banheiro, a iluminação é precária, as câmeras do sistema de segurança não funcionam e é preciso mudar o piso”, disse. O comerciante também disse que é necessário a volta da Guarda Municipal, de um administrador para o terminal e da volta de linhas de ônibus como do Jardim Colonial e de bairros da região norte.

No sábado passado, o presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal), responsável pelo terminal, Luiz Lima, visitou o local e conversou com ambulantes e comerciantes. Ele disse que mudanças no local dependem de conversações com outras esferas do governo municipal.

O Vale

Publicado em: 11/02/2013

Novo Fórum já aponta problemas na estrutura do Prédio

Inaugurado no último dia 17 dezembro após sete anos de obras, o novo Fórum de São José foi reaberto ontem ao público, no Jardim Aquarius, na zona oeste, com inúmeros problemas estruturais e de segurança. Falta de detectores de metais e câmeras, falhas nos sistemas de computação e ar-condicionado, elevadores desligados e até corte de água transformaram o primeiro dia de atendimento em um verdadeiro caos.

Advogados e usuários reclamaram durante todo o dia da disponibilização de vagas de estacionamento no prédio somente para funcionários, enquanto nas ruas ao redor o estacionamento foi proibido. Na Avenida Salmão, por exemplo, agentes de trânsito aplicavam multas nos carros estacionados.

Iniciada em 2004 e concluída em novembro do ano passado, a obra custou R$ 30 milhões. Diante dos problemas, a direção do Fórum garantiu que o prédio estará em pleno funcionamento até o fim do mês. Entre os advogados, a maior reclamação era a proibição de estacionar dentro e no entorno do prédio. “Isto está errado. Onde vamos colocar o carro? Na cabeça? E ainda terei de andar pela rua carregando um monte de processos na mão”, disse a advogada Maria Clara Cartaxo, 59 anos.

A presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Sílvia Dias, afirmou que irá pedir solução para o caso. “Não tem onde estacionar ao redor do prédio. Estou enviando um ofício solicitando reunião com o presidente do Tribunal de Justiça.”

O prédio estava com o ar-condicionado desligado. Não bastasse o calor, um problema na bomba hidráulica cortou a água no período da tarde. Até o início da noite, o problema continuava. Os elevadores também não estavam funcionando.

Para piorar, o sistema de computadores sofreu uma pane que impediu a geração de novos protocolos e distribuição de processos este trabalho teve que ser feito manualmente, por meio de roleta de bingo operada pelo próprio diretor do Fórum, José Loureiro Sobrinho, que sorteava as varas que receberiam as ações. “O Colégio Recursal está com o sistema desligado e não tem como procurar meu processo. Disseram que talvez na quarta-feira amanhã”, disse o professor Cézar Cruz, 35 anos.

O VALE constatou que alguns computadores da sala permaneciam nas caixas. Funcionárias confirmaram a falta de sistema de computação. Outro problema dentro do prédio é a falta de informação sobre a localização das salas. Não há placas de sinalização. Ontem, apenas quatro guardas armados faziam a segurança no prédio, onde não havia detectores de metais nem câmeras de segurança.

O Vale

Publicado em: 08/01/2013

Setor da saúde é o que mais indica problemas na cidade

A Saúde é o principal problema de São José dos Campos e de Taubaté, revela a pesquisa O VALE/Mind. Os dados mostram que 22,8% dos entrevistados em São José dos Campos e o mesmo índice dos consultados em Taubaté apontaram o setor como o mais problemático.

Na estratificação do levantamento, considerando a idade, 27% dos entrevistados em São José na faixa etária de 45 a 59 anos, o maior índice, apontaram a saúde como o maior problema da cidade. Se considerada a faixa de renda familiar, os que ganham de 3 a 5 salários mínimos, 26%, são os que consideram a saúde o maior problema.

Considerada a zona geográfica, 26,7% dos consultados que moram na região sudeste disseram que a saúde é o grande problema de São José. Em Taubaté, 25% dos entrevistados com 60 anos ou mais apontaram o setor como o mais problemático na cidade.

Se considerada a renda familiar, o maior índice de crítica à saude, 24%, está entre os consultados com renda até 3 salários mínimos. Considerando a zona geográfica, 33,3% dos consultados que moram na região formada pelo Jardim Mesquita, Vila dos Comerciários, Esplanada Santa Terezinha e bairros adjacentes apontaram a saúde como o maior problema.

Em São José, a pesquisa foi realizada nos dias 30 e 31 de janeiro. Em Taubaté, nos dias 26 e 27 de janeiro. Foram ouvidas 600 pessoas em cada cidade e a margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

O secretário de Saúde de Taubaté, Pedro Henrique Silveira, afirmou que, “apesar dos avanços ocorridos no setor nos últimos anos, a demanda está muito além da capacidade oferecida pela rede municipal de saúde”. “Reconhecemos que ainda falta muito, que há problemas pontuais, mas é preciso ressaltar que Taubaté também é referência para outras cidades”.

“Temos 1.380 funcionários. Não é suficiente, mas temos limitações”, declarou. Em São José dos Campos, o secretário municipal de Saúde, Danilo Stanzani, afirmou que a avaliação da saúde é um “sentimento individualizado”. “Tem muita gente que critica a saúde sem nunca ter usado”.

Para o secretário, a expectativa da população sempre é de melhoria. “As necessidades da saúde são contínuas e devem melhorar sempre. Desenvolvemos ações que muitas vezes não são percebidas pela população”, declarou. Para o presidente da APM (Associação Paulista de Medicina) em São José, Sérgio Passos Ramos, a rede de saúde do município é bem estruturada e atende toda a cidade, mas existem problemas pontuais.

“Um gargalo é a falta de médicos. Isso ocorre pelo baixo salário inicial oferecido”, afirmou Ramos. A violência aparece na pesquisa como o segundo maior problema nas duas principais cidades da região. Ela foi citada por 16,5% dos entrevistados em São José e para 13,3% dos consultados em Taubaté.

O Vale

Aeroporto de São José tem futuro incerto

O aeroporto de São José dos Campos está com futuro incerto. A demora em aprovar o plano diretor, que prevê a construção de um novo terminal com acesso pela Rodovia dos Tamoios, e as sucessivas promessas (não cumpridas) de investimentos trazem mais dúvidas do que certezas.
Para especialistas, essas incertezas afastam empresas, dificultam o planejamento e colocam em risco o aeroporto como alternativa viável à demanda de passageiros durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.

O principal desafio é superar a limitação do atual terminal de passageiros, que coleciona problemas, como a falta de banheiros nas áreas de embarque e desembarque, ausência de esteiras nas companhias para carregar as bagagens, além de faltar ar condicionado no saguão.
O espaço já é insuficiente para o movimento de passageiros registrado entre janeiro e abril deste ano, com 64 mil pessoas, quatro vezes maior do que no mesmo período do ano passado, com 14 mil.
As responsáveis pelo salto foram as empresas Trip e Azul, que operam voos regionais para vários pontos no país a partir de São José.

Segundo Rodrigo Mendicino, gerente geral de Vendas, os voos de São José têm apresentado bons resultados. A tendência é darmos continuidade à expansão da malha aérea da Trip.
Quanto à possibilidade de receber cargas, o consultor de logística José Geraldo Vantine vê ainda mais limitações no aeroporto de São José.
Para ele, a mistura entre as áreas militar, industrial e comercial, que marca o aeródromo, precisa ser equacionada. A melhor saída é a construção de um novo terminal, com acesso pela Tamoios.
Valentine explica que, o futuro do aeroporto começou no passado, só não foi colocado em prática. A gestão deficiente da Infraero leva à instabilidade e as empresas não vêm.

Infraero

A Infraero está estudando meios de aumentar a capacidade de atendimento do terminal de passageiros do aeroporto de São José dos Campos.
Por enquanto, a alternativa mais viável será apostar em uma estrutura provisória, através de módulos operacionais com cerca de 1.000 metros quadrados. Eles elevarão a capacidade de atendimento de 100 mil passageiros por ano para 600 mil.
De acordo com a Infraero, com crescente aumento do movimento, esse estudo poderá ser modificado.

A empresa confirmou ainda que o aeroporto de São José está inserido no contexto estadual, podendo ser utilizado em ações que complementem as operações dos demais aeroportos de São Paulo.
Outra confirmação foi da prorrogação do contrato com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), proprietário da área do aeroporto, que vence em outubro deste ano. De acordo com o órgão militar, está em andamento uma nova portaria prorrogando até 2013.
As empresas regulares que operam no aeroporto são Trip e Azul, com voos diários para Rio de Janeiro, Curitiba, Confins e Belo Horizonte. O aeroporto recebe ainda aeronaves da aviação geral. A Infraero comentou que o terminal também recebe cargas de importação e exportação diariamente.

FONTE: OVALE