Protesto contra as demissões da GM na cidade fracassa

Fracassou ontem o último protesto contra a ameaça de demissão dos trabalhadores da General Motors, de São José dos Campos, que estão em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho). O lay-off termina hoje e um grupo de 602 trabalhadores corre risco de demissão a partir de amanhã.

Na semana passada, a empresa informou o sindicato que admite apenas o retorno dos empregados que têm estabilidade. Segundo o sindicato, 739 operários que estão afastados desde agosto do ano passado. Desse total, apenas 80 compareceram ontem à assembleia convocada pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

Durante a reunião, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, propôs que o grupo fizesse uma caminhada pelas ruas do centro, até a praça Afonso Pena, mas a manifestação acabou não ocorrendo por falta de adesão. Mais cedo, o sindicato também havia cancelado a assembleia na portaria da GM, programada para as 5h. Segundo o dirigente, a manifestação não teve a aprovação dos operários da montadora. “O sindicato é dos trabalhadores ”, disse.

No encontro com o grupo afastado, Macapá relatou que a GM informou que a sua listagem de operários com estabilidade soma 137. Para o sindicato, no entanto, esse número pode ser de cerca de 300. “Esse número é maior. Vamos conversar com a empresa caso a caso”, disse.

Se considerar o número da montadora, 602 empregados correm risco de demissão. Macapá afirmou que o sindicato vai “continuar lutando para que não ocorra demissões”. “O jogo ainda não acabou. Esperamos que a prefeitura pressione a empresa ou peça ao governo federal para evitar demissões, disse. O dirigente orientou os trabalhadores para não assinarem carta de demissão. Operários informaram que até ontem não haviam recebido nenhuma correspondência da empresa a respeito.

A prefeitura informou, por meio de assessoria, que conversou com a direção da GM e que a empresa mantém a decisão de cumprir o acordo firmado em janeiro, que prevê o fim do lay-off a partir de hoje. Entre os trabalhadores, o clima é de descrença quanto à possibilidade de retorno. “Acho difícil uma solução para o retorno do pessoal”, disse Elzon Antonio Querido de Olivera, 50 anos, funcionário da GM há 28 anos.

Para Marcelo Chagas, 43 anos, funcionário da montadora há 17 anos, o sentimento dos trabalhadores é de “abandono”. “Parece que fomos abandonados pela empresa e pelo sindicato”, desabafou. Na semana passada, a GM, em reunião com a direção do sindicato, informou que vigora o acordo fechado em janeiro que prorrogou por 60 dias o afastamento do grupo.

O Vale

Publicado em: 26/03/2013

Camelódromo acumula problemas na cidade

Solução encontrada pelo governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) para a remoção dos ambulantes das ruas e praças do centro de São José dos Campos, o projeto dos camelódromos fracassou e se transformou em dor de cabeça para o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT).

Em funcionamento há quase dez meses, os Centros de Compra Popular, nome oficial dos camelódromos, da praça João Mendes (Sapo) e da Rodoviária Velha (atual terminal central de ônibus urbano) acumulam problemas.

O camelódromo da praça João Mendes é o que apresenta situação mais crítica. O espaço praticamente faliu e os ambulantes transferidos para o local estão em situação de desespero. Dos 42 boxes, mais de 20 estão fechados. Alguns camelôs já abandonaram o local, que vive às moscas.

“Esse camelódromo simplesmente não funciona, é um fracasso. O espaço é apertado, mal iluminado, abafado, escondido e não atrai público”, disse Joelson Vieira, um dos informais que trabalham no local. Ele relatou que muitos ambulantes já desistiram e os que permanecem estão insatisfeitos.

O VALE apurou que muitos camelôs querem mesmo é voltar para as ruas e já sugeriram ocupar uma das laterais da praça João Mendes ou outra área nas imediações do Mercado Municipal. “Aqui não dá mais para ficar. Não conseguimos vender nem para pagar as contas”, disse um ambulante que não se identificou.

Até mesmo a ACI (Associação Comercial e Industrial) avalia que o local é inadequado. “Realmente, aquele espaço não oferece condições para os ambulantes”, afirmou o presidente da entidade, Felipe Cury
O camelódromo da Rodoviária Velha, que abriga cerca de 90 ambulantes, oferece melhores condições, mas também enfrenta problemas.

O camelódromo do Terminal Central de ônibus urbano (Rodoviária Velha) apresenta melhores condições, mas, mesmo assim, há problemas sérios, apontam comerciantes e ambulantes do local. O camelódromo abriga cerca de 90 ambulantes, além de pontos comerciais, que funcionam há mais de 30 anos.

Uma das principais queixas dos informais é o banheiro, que exala mau cheiro e está próximo dos boxes de alimentação. “O banheiro é um problema sério, ninguém aguenta o cheiro ruim”, disse o camelô José Holanda Bessa, o Dedé. Ele não se queixa das vendas. “A gente consegue garantir o suficiente para pagar as contas”, afirmou. “A nossa situação é bem melhor do que a do pessoal da praça João Mendes, que está passando dificuldades”, disse.

Estabelecido no terminal há 33 anos, o comerciante Charbel Nicolas relatou que o local ganhou mais movimento com os camelôs. “Foi importante eles virem para cá, porque ajudou a melhorar o movimento”, avalia o comerciante.

Charbel, no entanto, aponta problemas no terminal. “Além do banheiro, a iluminação é precária, as câmeras do sistema de segurança não funcionam e é preciso mudar o piso”, disse. O comerciante também disse que é necessário a volta da Guarda Municipal, de um administrador para o terminal e da volta de linhas de ônibus como do Jardim Colonial e de bairros da região norte.

No sábado passado, o presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal), responsável pelo terminal, Luiz Lima, visitou o local e conversou com ambulantes e comerciantes. Ele disse que mudanças no local dependem de conversações com outras esferas do governo municipal.

O Vale

Publicado em: 11/02/2013

Prefeitura amplia prazo da licitação para três anos do modo Wi-fi

Após fracassar no mês passado, a Prefeitura de São José dos Campos retomou, com um custo 50% maior, o pregão que selecionará uma empresa para implantar internet gratuita sem fio em 127 bairros da cidade.

O valor da licitação, que em agosto era de R$ 1,2 milhão, foi elevado para R$ 1,8 milhão. O novo pregão ocorrerá em 7 de outubro.

A mudança no preço é fruto de uma alteração no tempo de contrato com o objetivo de tornar o certame mais atrativo, conforme explicou o secretário de Administração, Sergio Pinto Ferreira.

“Estamos mudando de 24 para 36 meses a duração do contrato. O repasse mensal continua o mesmo, mas agora o pregão fica mais atraente comercialmente, já que são três anos de amortização”, afirmou Ferreira ao jornal O Vale.

Os repasses mensais para a empresa que ficará responsável por implantar e gerenciar o sistema de internet sem fio da prefeitura serão de R$ 52,5 mil.

No mês passado, apenas uma empresa apresentou proposta no pregão da internet gratuita. Entretanto, a mesma foi desclassificada por não demonstrar saúde financeira para realizar o projeto integralmente.

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Dificuldade adia internet Wi-Fi

Prefeitura adia internet gratuita modo Wi-Fi

Bairros de São José ganham internet gratuita

Fonte: O Vale

Dificuldade adia internet Wi-Fi

Fracassou o pregão realizado ontem pela Prefeitura de São José dos Campos para a escolha da empresa que vai implantar a rede de internet sem fio nos bairros. O projeto da prefeitura é oferecer internet gratuita a 127 bairros da periferia da cidade.

Apenas uma empresa apresentou proposta à administração municipal, mas acabou desclassificada porque sua oferta estava em desacordo com algumas exigências previstas no edital.

O teto do valor da licitação é de R$ 1,2 milhão, com contrato de duração de 24 meses –cerca de R$ 54 mil por mês.

A expectativa inicial da administração era que o sistema já estivesse disponibilizado até o final deste ano, o que pelo visto não vai mais acontecer.

O secretário de Administração, Sérgio Luiz Pinto Ferreira, disse que a empresa que participou do pregão ontem tem um prazo de três dias úteis (até sexta-feira) para reapresentar uma nova proposta. Dessa vez, dentro das regras exigidas pelo edital.

Caso contrário, será necessário reagendar uma nova data para a abertura dos envelopes das empresas participantes, que deve ocorrer na sexta-feira do dia 9 de setembro.

A baixa participação pode ser explicada por vários motivos como a dificuldade técnica do projeto ou o alto investimento que exigirá da empresa no início para a implantação da rede.

Entre os bairros que serão contemplados estão Jardim Santa Inês (zona leste), Recanto do Caetê (norte), e Campo dos Alemães (sul).

Fonte: O Vale