Sindicato Tenta Novo Protesto por Aumento Real na Embraer

Sindicalistas consideram insuficiente índice de 6,07% de reajuste, correspondente à inflação; empresa não comenta caso.
São José dos Campos

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos planeja para os próximos dias nova tentativa de paralisação dos metalúrgicos da Embraer.
O objetivo é pressionar a empresa a negociar diretamente com o sindicato a revisão do aumento salarial já concedido pela companhia, que ficou abaixo do reivindicado.
A Embraer já concedeu 6,07% de aumento, corresponde ao INPC do período, a partir de setembro, enquanto aguardava as negociações sobre aumento que ocorreu no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo),
Sem um acordo, as negociações foram finalizadas, segundo a direção do sindicato.
Agora, eventual reabertura das conversações deve ser diretamente entre as partes.
Segundo o sindicato, a empresa ofereceu mais 0,5%, além do INPC, mas a oferta foi recusada pela entidade.
“Até o momento, a Embraer não fez nenhuma sinalização”, disse ontem o vice-presidente do sindicato, Herbert Claros.
Segundo ele, a alternativa agora é mobilizar os trabalhadores para pressionar a empresa. “Vamos mobilizar a categoria nos próximos dias”, disse.
Há cerca de 15 dias, o sindicato conseguiu atrasar a entrada do primeiro turno em cerca de quatro horas.
Na avaliação dos sindicalistas, seria importante fechar acordo com a indústria, porque a Embraer lidera as empresas do setor aeronáutico.
Na campanha deste ano, a reivindicação base do sindicato é aumento de 13,5%.
Nos demais segmentos que negociou, a entidade conseguiu fechar acordos salarias com índices que variam de 8% a 10%. “A Embraer é a que menos ofereceu até agora”, disse o vice-presidente sindical.
A empresa não tem se manifestado a respeito.

Jornada.
Acontece amanhã, na Câmara, a pedido do sindicato, audiência, a partir das 18h, para debater proposta da entidade de redução da jornada de trabalho na empresa.
O sindicato reivindica redução de 43 para 40 horas semanais a jornada na Embraer.

Fonte:O vale

Sindicato ameaça fazer novas paralisações na Embraer

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ameaça fazer novas paralisações na Embraer. Segundo a entidade,  em negociação realizada nesta quinta-feira,  os representantes do setor aeronáutico mantiveram a proposta de reajuste de apenas 6,07% mesmo após a greve-relâmpago que paralisou a produção da empresa por quatro horas, na última terça-feira.

A negociação  aconteceu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista. O sindicato fez uma contraproposta de 10% de reajuste sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical. A Embraer, segundo o sindicato, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial. Em outras empresas, os metalúrgicos teriam conquistado reajustes entre 8% e 10%.

Com o impasse,  o sindicato informou que os trabalhadores devem partir para novas mobilizações nos próximos dias, a exemplo do que foi feito esta semana. Os trabalhadores pararam a produção na terça-feira para pressionar a empresa a reabrir as negociações da Campanha Salarial. Segundo o sindicato, 6.000 trabalhadores da produção e setor administrativo ficaram parados em frente ao portão principal da Embraer e ao longo da avenida Faria Lima. Após a paralisação, os representantes do setor agendaram uma nova reunião com o sindicato.

Sindicato ameaça greve no Cptec Inpe

Um grupo de 71 funcionários do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), de Cachoeira Paulista, que corre o risco de demissão, ameaça cruzar os braços a partir de sexta-feira, em protesto. Caso os profissionais decidam entrar em greve, poderá haver prejuízos às atividades de previsão do tempo, pois muitos trabalham diretamente nessa área. São meteorologistas e outros profissionais que trabalham com o Tupã, supercomputador do Cptec que processa os dados sobre a previsão do tempo e do clima.

O SindCT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Área de Ciência e Tecnologia) informou ontem que a decisão será tomada na manha de sexta-feira. “O pessoal vai se reunir com o diretor do Inpe, Leonel Perondi, às 8h. Em seguida, haverá uma assembleia para avaliação”, disse o presidente do SindCT, Ivanil Elisário Barbosa. Por determinação judicial, os 71 funcionários temporários serão demitidos a partir de 11 de outubro. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, esses profissionais foram contratados irregularmente como temporários para cargos efetivos do Cptec.

Embora defenda a realização de concurso público para o preenchimento das vagas temporárias, o SindCT é favorável a um acordo para evitar prejuízos ao Cptec. “Aguardamos negociações para a abertura de concurso público emergencial. O ideal é que os atuais servidores permaneçam nos cargos até a realização do concurso, mas é preciso sensibilizar o MPF”, disse Ivanil.

Demissões no Inpe comprometem a previsão do tempo, afirma sindicato

A 10 dias para o fim do prazo determinado pela Justiça para a demissão de servidores contratados irregularmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o governo federal ainda não definiu a liberação de vagas para abertura de um concurso público. Se os contratos de 71 funcionários forem suspensos a partir de 11 de outubro, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), em Cachoeira Paulista (SP), vai perder mais de um terço da mão de obra – o centro é o mais avançado em previsão numérica de tempo e clima da América Latina.

O Sindicato dos Servidores Públicos Federais da área de Ciência e Tecnologia no setor Aerospacial (SindCT) cobra agilidade da direção do Inpe e dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Planejamento na solução do problema com o objetivo de tentar suspender temporariamente a decisão judicial. De acordo com a entidade, a previsão do tempo poderá ser comprometida. A direção do Inpe nega que isso vá ocorrer e aguarda a decisão do recurso protolado no Tribunal Regional Federal (TRF-SP) em que pede prolongamento do prazo para solucionar o problema dos contratos irregulares.

O Inpe foi notificado da nulidade dos contratos em 27 agosto e, na ocasião, a sentença definiu prazo de 45 dias para promover as demissões – o prazo termina  no próximo dia 10. A ação do Ministério Público Federal (MPF) contesta 111 contratações feitas em caráter emergencial em 2010. Mas segundo Leonel Perondi, diretor do Inpe, um concurso realizado em 2012 possibilitou a substituição dos temporários e, atualmente, a situação se mantém irregular para um grupo de 71 servidores, entre os quais 52 que atuam na previsão do tempo. Outros nove profissionais trabalham no Laboratório de Combustão e Propulsão, onde testes de combustíveis para satélites são realizados. O Cptec tem atualmente um total de 146 servidores.

A maioria dos profissionais que serão desligados são meteorologistas, engenheiros analistas de sistemas e técnicos de computação. Parte dos funcionários que devem ter os contratos suspensos atuam na operação do Tupã, o supercomputador que custou R$ 50 milhões e ampliou a precisão das previsões de fenômenos climáticos extremos, como grandes temporais. O computador é o único no país, segundo o Inpe e, além do Cptec, também fornece informações ao Instituto Nacional Meteorologia (Inmet). Os contratos dos servidores temporários, caso não houvesse intervenção judicial, terminaria entre os anos de 2014 e 2015. Segundo o instituto, nenhum servidor foi demitido até o momento.

Ameaça de paralisação
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais da área de Ciência e Tecnologia no setor Aerospacial (SindCT) cobra agilidade. “Já se passou metade do prazo judicial para que as demissões aconteçam e as vagas não foram liberadas. Essa seria a única possibilidade de tentar suspender a decisão judicial. A previsão do tempo será comprometida, não temos efetivo para operar o Tupã e isso trará consequências a todo país, sobretudo na agricultura”, disse Fernando Morais, vice-presidente do SindCT.

A entidade informou que planeja fazer uma paralisação na próxima sexta-feira (4), envolvendo os 71 demissíveis na tentativa de sensibilizar o governo federal. “Não é possível esperar mais. Estive em Brasília para falar com as autoridades para tentar intervir no problema, mas é preciso que, se liberadas as vagas, esse edital seja lançado no dia seguinte”, afirmou Morais ao G1. Segundo o presidente do Inpe, dois avisos ministeriais solicitando a abertura de concursos ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão foram enviados pelo instituto desde novembro do ano passado, mas nenhuma resposta foi obtida. O diretor do Inpe vai a Brasília nesta terça (1º) tentar negociar a liberação das vagas. (leia mais abaixo)

Prejuízo
Os dados e informações fornecidos pelo supercomputador Tupã geram previsões meteorológicas diárias e a longo prazo do tempo. As informações são usadas na agricultura, pelas prefeituras e Defesa Civil que recebem alertas de desastres naturais por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) e também pela aviação civil. O supercomputador não pode ser desligado. “Essa máquina não foi feita para ser desligada, por isso está atrelada a geradores. O desligamento pode resultar em até 3 meses de serviço, envolvendo técnicos especializados, na tentativa de recuperá-lo. Isso vai envolver custos”, informou o vice-presidente do SindCT.

Ele destacou também que a abertura das vagas ameaçadas por meio de concurso público não traria impacto financeiro ao órgão. “Essas pessoas já tem seus salários inclusos na folha de pagamento do Inpe, não muda nada”, destacou. De acordo com Perondi, a possibilidade de desligamento do supercomputador está descartada. Ele informa que espera que o recurso sensibilize a Justiça quanto ao prolongamento dos prazos e, que paralelamente, tem estudado medidas para manter o serviço de previsão do tempo.

“Acredito que será possível fazermos um termo de ajuste de conduta e mantermos esses profissionais nas suas atividades até a realização do concurso. Não se contempla a possibilidade de parar a previsão, são dados para áreas críticas do país, vamos estudar alternativas para suprir a eventual falta destes profissionais”, disse ao G1. Perondi acredita que o ideal seria prolongar o prazo para a reagularização dos contratos em pelo menos um ano. O Inpe recebeu uma série de pedidos de órgãos como do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Defesa Civil. Os documentos foram anexados no recurso.

Acusação
As contratações irregulares no Inpe aconteceram durante a gestão de Gilberto Câmara. O SindCT acusa o então gestor de negligenciar as recomendações jurídicas e promover as contratações irregulares. “Existia um parecer desaconselhando essas contratações. Ele criou um imbróglio, nunca brigou pelas vagas, nunca pediu pela abertura de concurso e agora temos esse problema”, denunciou Morais.

Em missão na Alemanha, Câmara entrou em contato com a reportagem nesta terça-feira (1º) e rebateu as acusações. Segundo ele, as contratações já ocorriam antes de sua gestão e as terceirizações questionadas pelo Ministério Público, que ocorreram em 2010, estavam respaldadas por parecer da Advocacia Geral da União (AGU). Ele também encaminhou ao G1 cópia de ofícios solicitando a abertura de vagas para o órgão em 2007 e 2009.

O ex-diretor questionou ainda o modelo de contratação exigido para o Inpe, considerado por ele um prejuízo para o país. “O país precisa do serviço prestado pelo Inpe e não de mais servidores públicos. O melhor regime seria a criação de uma organização social (OS), como ocorre em vários institutos que recebem missões do governo. Não faz sentido contratar servidor público para a vida inteira. Entendo que o interesse público está servido enquanto o Inpe tiver servidores qualificados, exercendo seus cargos”, defendeu.

O último concurso público do Inpe foi realizado em 2012 para o preenchimento de pouco mais de 100 vagas, incluindo a regularização dos 40 profissionais que corriam risco de terem os contratos suspensos. Antes deste concurso, um outro foi realizado em 2004. A previsão é que até 2015, tendo como base a quantidade de 1.063 funcionários em atividade em 2010, o Inpe tenha uma redução de 36% no efetivo por motivo de aposentadoria. A idade média dos servidores é de 52 anos.

Entenda o caso
De acordo com o procurador Fernando Lacerda Dias, autor da proposta que resultou na anulação dos contratos, o Inpe fez manobras jurídicas proibidas pela lei para contratar pessoal. “Os contratos foram feitos com base em uma lei que autoriza essas contratações sem concurso. Mas é uma legislação específica para contratação temporária e não para funções de rotina, que é o que eles fizeram”, disse ao G1 no último dia 5.

O Inpe, ao longo dos anos, acumulou novas funções na sua área de atuação, mas o aumento de atribuições não foi acompanhado pela renovação de servidores, o que gerou defasagem quantitativa de mão de obra. Na tentativa de resolver o problema, o órgão passou a contratar servidores terceirizados, com base no decreto 2.271/97. O procedimento é considerado ilegal, porque a terceirização de mão de obra não pode servir para suprir as atividades finalísticas de um órgão público.

Em 2006, a União se comprometeu a substituir gradualmente os funcionários terceirizados irregulares por servidores concursados, mas em 2009, próximo a expiração dos contratos existentes, o Inpe tentou nova contratação de servidores terceirizados. A terceirização foi negada pelos órgãos internos de assessoramento jurídico do Inpe. Sem ter o concurso público aberto, o órgão alterou a forma jurídica das contratações, realizando processo seletivo para contratação temporária de 111 novos servidores, com base na lei 8.745/93. A manobra também foi considerada ilegal.

Outro lado
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, foi procurado e informou, por meio de sua assessoria de imprensa que a pasta pleiteou a liberação das vagas para a abertura do concurso. A assessoria da pasta recomendou inicialmente que o G1 procurasse o Ministério do Planejamento para obter informações sobre a liberação das vagas. O Ministério do Planejamento informou por e-mail que autorizou em 2013 o provimento de 832 vagas para o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a quem compete realizar a distribuição das vagas entre seus vários institutos de pesquisa e que autorizações adicionais dependerão de novas tratativas com o MCTI.

Informado sobre o retorno do Ministério do Planejamento nesta quinta-feira (26), a assessoria de imprensa do Ministério de Ciência e Tecnologia não informou até a tarde desta segunda-feira (30) o destino destas vagas liberadas, nem se elas estão disponíveis para o Inpe.

Operários de 14 fábricas estão parados, segundo sindicato

Trabalhadores de 14 fábricas em São José dos Campos, Jacareí e Caçapava estão parados desde o início desta sexta-feira, Dia Nacional de Paralisações, segundo informações do Sindicato dos Metalurgicos de São José. Na General Motors a paralisação  começou no terceiro turno e teria tido a adesão de 100% dos operários. Segundo o sindicato, os trabalhadores não chegaram a descer dos ônibus.

Por  volta das 7h30, operários de fábricas instaladas no bairro Chácaras Reunidas participavam de uma assembleia. Um dos acessos à área industrial do bairro estava bloqueado. Em Jacareí, grupo de trabalhadores planejava uma passeata ainda para esta manhã, na estrada velha. Segundo a assessoria o sindicato, estão paradas as seguintes fábricas: General Motors, Friulli, Wireflex, Enifer, Pirâmide, MS Ambrogio, Usimoren e Forming Tubing, em São José dos Campos; Parker Hannifin, Emerson, Volex e Wirex Cable, em Jacareí; 3C e Blue Tech, em Caçapava.

Carlinhos: ‘GM deve cumprir acordo’

O prefeito de São José dos Campos , Carlinhos Almeida (PT), defendeu ontem que a direção da General Motors cumpra o acordo firmado com o Sindicato dos Meta-lúrgicos e mantenha a linha de produção do modelo Classic até dezembro. A direção da GM anunciou na semana passada que pretende antecipar para o fim deste mês a desativação do setor, que teria se tornado economicamente inviável. Com fim do MVA, 897 trabalhadores que estão de licença remunerada serão demitidos. Carlinhos recebeu representantes do sindicato no final da tarde de ontem. Antes, na hora do almoço, sindicalistas haviam ocupado o saguão do Paço Municipal para cobrar o apoio do petista.

O prefeito disse que vai procurar a empresa para tentar uma mediação para o conflito. “É fundamental que a GM mantenha o acordo e garanta investimentos na cidade”, disse. Na fábrica, o clima é de muita apreensão entre os funcionários, afirmou o metalúrgico Jorge Henrique da Conceição, do MVA. “Nós precisamos do apoio da prefeitura, do governo federal e estadual para tentar reverter as demissões”, disse.

O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, “Macapá”, disse que a GM não pode romper o acordo e tem o compromisso de anunciar o investimento de R$ 2,5 bilhões em uma nova fábrica na cidade. “Esse anúncio já deveria ter sido feito em 6 de julho. A GM mundial já aprovou o acordo trabalhista feito aqui.” Amanhã haverá uma nova rodada de negociações entre a empresa e os sindicalistas na sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José para definir um plano de compensações pelos quatro meses a menos de trabalho dos funcionários.

Fim de fabricação de carro leva Sindicato as ruas da cidade

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai às ruas contra o fim da produção do Classic na fábrica da General Motors na cidade. Ontem, dirigentes estabeleceram uma agenda de mobilização até o próximo dia 30 de agosto, quando a GM promete encerrar a fabricação do modelo em São José. A data coincide com o final do período de licença remunerada de 897 trabalhadores ligados ao MVA. Eles estão em casa desde 5 de agosto.

Em anúncio feito anteontem, que surpreendeu os sindicalistas, a GM antecipou para agosto o fechamento do MVA. A empresa desconsiderou acordo assinado em janeiro deste ano, com o sindicato, que previa a continuidade da produção no setor até 31 de dezembro, com a manutenção dos empregos. “Criou-se uma nova situação que exige o fim da produção do Classic em São José, que tornou-se economicamente inviável”, explicou Luiz Moan, diretor de relações institucionais da GM, em reunião anteontem com o sindicato.

Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, disse que a mobilização começa na próxima quarta-feira, com uma assembleia, e segue no dia 30 de agosto, com um paralisação geral da categoria.

Sindicato dos Metalurgicos devolvem verbas para trabalhadores

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vai devolver R$ 2 milhões a 15 mil trabalhadores associados a partir desta semana. O dinheiro é referente à parte recebida pela entidade (60%) do Imposto Sindical, que é pago anualmente pela categoria. Junto à devolução, a entidade iniciou campanha nas fábricas para tentar ampliar o número de associados. Hoje, a base tem mais de 43 mil trabalhadores em empresas em São José, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Jambeiro, mas pouco menos de 35% são sindicalizados. A decisão de devolver o dinheiro vai contra decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo, que determina a obrigatoriedade da cobrança do imposto. Cobrado de diversas categorias trabalhistas, o Imposto Sindical corresponde a um dia de salário e é descontado compulsoriamente, todo mês de março, dos trabalhadores com carteira assinada, mesmo que não sejam filiados ao sindicato de sua categoria. Desde 1999, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José briga na Justiça com a União pelo direito de não realizar a cobrança. Durante todo esse período, o dinheiro não foi recolhido mas, em outubro de 2012, uma decisão judicial obrigou a cobrança neste ano.

A entidade aguarda agora avaliação de recurso encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. “Defendemos que o trabalhador deve contribuir voluntariamente para o sindicato, tornando-se sócio ou pagando as taxas negociais aprovadas em assembleia”, disse o presidente do Sindicato Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’. Pela legislação brasileira, do total descontado do salário dos trabalhadores, 60% é repassado aos sindicatos, 15% às federações, 5% às confederações e 20% fica com o Ministério do Trabalho. Por isso, o sindicato só poderá devolver os 60% referentes à sua parte do imposto.

Segundo o presidente do sindicato, a entidade está visitando as fábricas para tentar ampliar o número de associados. Um formulário de adesão é entregue nas entradas dos turnos. Os metalúrgicos que não são sindicalizados podem receber a devolução ao se tornarem sócios durante a campanha que começou esta semana nas fábricas da base.

Presidência deu sinal verde para começo de investimento na GM

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse ontem, após se encontrar com executivos da General Motors, que o acordo trabalhista firmado entre a entidade e a montadora em junho último para garantir que o município participe da disputa do investimento de R$ 2,5 bilhões foi aprovado pela matriz da companhia, nos Estados Unidos. O acordo trabalhista foi uma das exigências da GM para possibilitar que o complexo industrial da empresa no município participe da disputa com outros dois países não mencionados.

Esses recursos serão para a produção de um novo modelo de veículo. Segundo Macapá, a informação foi transmitida por José Eugênio Pinheiro, um dos diretores da GM no país. “Ele Pinheiro disse que o acordo foi aprovado pela matriz e que agora a empresa estaria finalizando estudos para definir o modelo do carro que irá produzir”, disse o dirigente sindical. O encontro com uma comissão de executivos da montadora ocorreu ontem em Guarulhos, segundo informou Macapá. O novo presidente da montadora no Brasil, Santiago Chamorro, não participou do evento. Na avaliação do presidente do sindicato, o sinal verde da matriz para o acordo é um fato positivo e indica que São José dos Campos deve “receber o investimento”. “Acreditamos que está tudo certo”, frisou.

Segundo Macapá, a GM não informou quando será divulgado o local do investimento. A assessoria da montadora informou que não há decisão sobre o local onde será feito esse investimento. Além do acordo trabalhista, que terá duração inicial de dois anos a partir do início das operações da fábrica e poderá ser estendido por até duas vezes em período equivalente, totalizando até 6 anos, a GM negociou com a prefeitura e com o Estado a concessão de benefícios fiscais. No caso do município, a prefeitura ofereceu isenção de tributos municipais entre eles IPTU e ISS e também irá colaborar na implantação de um distrito industrial nas proximidades da fábrica. Com o governo do Estado foi negociado benefícios relativos ao ICMS.

O Sindicato dos Meta-lúrgicos de São José informou que a GM vai cumprir o acordo firmado em fevereiro deste ano, que garante o funcionamento do MVA (Montagem de Veículos Automotores) e o emprego de cerca de 750 operários do setor até dezembro deste ano. O presidente da entidade, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, reafirmou que o acordo está mantido e que não há novidades a respeito. “A empresa concedeu licença remunerada para o pessoal porque está com alto estoque e precisa fazer adequações”, disse o dirigente. No MVA é produzido o Classic, que também é fabricado nas unidades de São Caetano do Sul e na cidade de Rosário, na Argentina. A licença remunerada do grupo foi iniciada na última segunda-feira, com previsão de término no dia 23 de agosto, segundo a empresa.

Investimento é cobrado do Presidente da GM pelo Sindicato

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, se reúne hoje com o novo presidente da General Motors do Brasil, Santiago Chamorro. O encontro será em Guarulhos e terá também a participação da direção dos sindicatos de Gravataí (RS), e de Mogi das Cruzes, cidades onde a montadora possui unidades industriais, segundo informou o dirigente sindical. “Será um encontro protocolar. A empresa chamou os sindicatos para apresentar o novo presidente da empresa no país”, disse Macapá. Ele frisou que, embora seja um encontro de cortesia, vai aproveitar a oportunidade para perguntar ao executivo sobre o investimento de R$ 2,5 bilhões que a montadora planeja fazer para a produção de um novo modelo de carro.

“Estamos no aguardo da definição do local onde será o investimento, mas acreditamos que só pode ser em São José dos Campos”, disse. Macapá afirmou que o sindicato fez a sua parte para que o investimento seja aplicado em São José. “Assinamos um novo acordo com a GM”, disse. Além de São José, a montadora informou, sem detalhar, que outros dois países também disputam o investimento. Inicialmente, o anúncio deveria ocorrer em junho, depois passou para julho e agora a empresa não tem data definida para a divulgação. Segundo o sindicato, no final de julho, a montadora encaminhou para a matriz, nos Estados Unidos, o acordo firmado com a entidade. A assessoria da GM informou ontem à tarde que não tinha conhecimento sobre o encontro do novo presidente da empresa com representantes sindicais.

O novo presidente da GM do Brasil é colombiano e tem 43 anos. É formado em Economia e fez pós-graduação em Finanças na Universidade de Los Andes, na Colômbia. Ele está na empresa há 20 anos. Trabalhou na GM americana e também presidiu a filial da Colômbia. Esta semana começou novo período de afastamento dos cerca de 750 trabalhadores do MVA (Montagem de Veículo Automotores), onde é produzido o Classic. A montadora abriu novo PDV (Programa Voluntário de Demissão) para todos os trabalhadores horistas do complexo de São José, que representam cerca de 95% do efetivo de pessoal da unidade. As medidas vigoram até 23 de agosto.

A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos iniciou assembleias nas fábricas da base para votação da campanha salarial 2013. Ontem, a proposta foi apresentada aos metalúrgicos da Embraer e da Sun Tech, ambas em São José, e Wirex Cable, Emerson e Rexam, em Jacareí. Nas cinco empresas, os trabalhadores aprovaram a reivindicação de 13,5% de aumento, informou a entidade. Na Embraer, além das cláusulas econômicas, o sindicato também voltou a defender a adoção da redução da jornada de trabalho para 40 horas uma das principais bandeiras dos trabalhadores da fábrica. A pauta de reivindicações dos metalúrgicos será apresentada aos empresários hoje, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Após a entrega, as entidades sindicais que participam da campanha ficarão no aguardo das reuniões setoriais.