Operários da Embraer Param por 4 Horas em Eugênio de Melo

Sindicato quer pressionar empresa a retomar negociação salarial

Redação

Trabalhadores da Embraer, na unidade deo distrito de Eugênio de Melo, zona leste de São José dos Campos, pararam por quatro horas na manhã desta quarta-feira. A paralisação foi deflagrada para pressionar a fabricante de aviões a retomar a negociação do reajuste salarial.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a empresa propôs 6,6% de reajuste, o que significa 6,07% de inflação e 0,5% de aumento real, o que seria o menor índice da categoria metalúrgica em todo o estado de São Paulo.

A fábrica de Eugênio de Melo possui 2.300 trabalhadores. Segundo o sindicato, os funcionários dos setores de produção e administrativo do primeiro turno, que deveriam entrar às 6h, entraram às 10h. O sindicato  ainda avalia se novas paralisações serão realizadas na fábrica.

Fonte: O Vale.

Operários de 14 fábricas estão parados, segundo sindicato

Trabalhadores de 14 fábricas em São José dos Campos, Jacareí e Caçapava estão parados desde o início desta sexta-feira, Dia Nacional de Paralisações, segundo informações do Sindicato dos Metalurgicos de São José. Na General Motors a paralisação  começou no terceiro turno e teria tido a adesão de 100% dos operários. Segundo o sindicato, os trabalhadores não chegaram a descer dos ônibus.

Por  volta das 7h30, operários de fábricas instaladas no bairro Chácaras Reunidas participavam de uma assembleia. Um dos acessos à área industrial do bairro estava bloqueado. Em Jacareí, grupo de trabalhadores planejava uma passeata ainda para esta manhã, na estrada velha. Segundo a assessoria o sindicato, estão paradas as seguintes fábricas: General Motors, Friulli, Wireflex, Enifer, Pirâmide, MS Ambrogio, Usimoren e Forming Tubing, em São José dos Campos; Parker Hannifin, Emerson, Volex e Wirex Cable, em Jacareí; 3C e Blue Tech, em Caçapava.

Metalurgicos devem assinar acordo nesta Segunda-feira (28)

Os trabalhadores da GM (General Motors) de São José dos Campos realizam assembleia nesta segunda-feira, às 5h30, para votar a proposta de acordo elaborada sábado pelo Sindicato dos Metalúrgicos e pela montadora, em uma reunião que durou cerca de nove horas. A votação da proposta será no estacionamento da portaria do MVA (Montagem de Veículos Automotores).

O acordo encerrou uma negociação iniciada há cerca de seis meses, quando a direção da GM comunicou o sindicato sua intenção de encerrar a produção do modelo Classic em São José e demitir pelo menos 1.598 operários  considerados excedentes.

A proposta estende por mais dois meses o período de layoff  (suspensão do contrato de trabalho), que mantém 779 afastados da empresa desde agosto do ano passado e garante a manutenção da produção do Classic até dezembro deste ano. Porém, quando acabar o layoff, a empresa poderá demitir cerca de 650 funcionários, pagando uma  multa de três salários-base.

Caso a proposta seja aprovada na assembleia desta segunda-feira, os funcionários que trabalham na produção do Classic entram em férias coletivas a partir de amanhã até o dia 14 de fevereiro. Nesse período a GM deve repor as peças necessárias para a retomada da produção do Classic, que seria desativada caso não se chegasse a um acordo no sábado.

A proposta também prevê que a GM invista R$ 500 milhões no período de 2013 a 2017 na Powertrain, fábrica do complexo de São José que produz motores e câmbios. O pacote ainda permite jornada flexível de compensação em caso de oscilações na produção e nova grade salarial para novos operários, caso a GM venha a contratar na cidade.

“O acordo que foi fechado não é o nosso sonho, mas certamente é o que foi possível de ser reconstruído neste momento”, disse Antonio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do sindicato. Luiz Moan, diretor de Relações Institucionais da GM e responsável pelas negociações, ressaltou a manutenção do emprego de 950 dos 1.598 considerados excedentes.

“Nós garantimos o nível de emprego no período de produção do Classic. O investimento não é baixo. E mais importante é colocar São José na rota dos investimentos”, disse Moan. Moan ressaltou que a produção de novos modelos será oferecida à planta de São José em breve, o que poderá trazer de volta o nível de produção na cidade.

Do lado de fora da sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), onde aconteceu a reunião, cerca de 100 sindicalistas e funcionários da GM acompanharam o resultado da reunião. O grupo passou o dia em uma espécie de vigília no local. O impasse entre GM e sindicato se estende desde meados do ano passado, mas a ameaça aos empregos começou bem antes, em 2008.

O Vale

Publicado em: 28/01/2013

Operários da Arena de Esportes paralisam atividades

Operários da obra da Arena Esportiva, empreendimento de maior valor da Prefeitura de São José dos Campos, cruzaram os braços ontem de manhã em protesto pelo atraso no pagamento de salários e benefícios. O custo inicial da Arena, que está sendo construída no Jardim das Indústrias, na região oeste, é de aproximadamente R$ 33,3 milhões.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, um grupo de 80 trabalhadores cruzou os braços após assembleia realizada no canteiro da obra por volta das 7h. “O salário do quinto dia útil ainda não foi depositado e também não foi liberado o tíquete refeição. Além disso, há trabalhadores em férias não remuneradas”, disse o secretário geral do sindicato, Erlon de Oliveira.

A empresa Recoma, de São Paulo, é a responsável pela obra da Arena. No entanto, segundo a direção do sindicato, a paralisação de ontem aconteceu em uma empresa contratada pela Recoma. Durante o dia, sindicato e empresa negociaram um acordo para acabar com a paralisação, mas os funcionários não retornaram ao trabalho ontem.

“A empresa informou que tudo será acertado até amanhã(22). Mesmo assim, programamos uma assembleia na obra para amanhã hoje de manhã”, disse o diretor do sindicato. Para a Recoma, a paralisação promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil na obra da Arena Esportiva não passou de um “equívoco”.

“Nós já conversamos com o sindicato. O problema aconteceu em uma empresa que está executando um serviço na obra. Os funcionários da Recoma trabalharam normalmente”, disse o diretor da construtora, Sérgio Schlidt. Segundo ele, 10 ou 12 funcionários estavam com seus salários com um pequeno atraso. No final da tarde, o executivo informou que tudo havia sido resolvido e que o grupo volta ao trabalho hoje. “Não há nenhum problema com a obra”.

A Secretaria de Obras informou, por nota, que a empresa foi notificada no Diário de Obras de que precisa retomar os trabalhos entre hoje(21) ou amanhã (22) sob risco de ser autuada. A Secretaria de Obras informa ainda que os pagamentos, a medição e o cronograma da obra estão em ordem e que não interferem no andamento dos serviços contratados.

A obra, ‘vitrine’ do governo Eduardo Cury (PSDB), começou em novembro de 2011 e deveria ter sido concluída em agosto último, mas pode ficar pronta só em 2014.  A obra da Arena Esportiva é um dos problemas que o prefeito Carlinhos Almeida (PT) terá que equacionar.

De acordo com a Secretaria da Fazenda, até o mês passado foram pagos à construtora o montante de R$ 12,9 milhões. “Ficou um saldo a pagar de R$ 20.673.911,08 parcialmente descoberto, comprometendo o orçamento de 2013 em pelo menos R$ 8,152 milhões”, informou em nota o titular da pasta, José Walter Pontes.

A Secretaria de Obras informou ainda que a construtora Recoma deve pedir reajuste de preço e mais prazo para a conclusão da Arena Esportiva. A pasta aguarda o envio de novas planilhas para fazer uma análise técnica e estabelecer novos prazos para término da obra. Os vereadores acompanham o caso. “Estamos acompanhado o assunto”, disse o relator da Comissão de Obras, Walter Hayashi (PSB).

O Vale

Publicado em: 22/01/2013

Funcionários da Embraer ameaçam greves na cidade

Funcionários da Embraer ameaçam entrar em greve a partir de hoje em São José em função do impasse nas negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a empresa sobre o reajuste salarial da categoria neste ano. Pela quarta vez não houve acordo em uma reunião realizada ontem em São Paulo entre o sindicato e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa legalmente a empresa e o setor aeronáutico da região.

O encontro teve início às 14h e, após quase seis horas de negociação, o resultado ainda não havia sido anunciado até as 20h de ontem. O grupo faz assembleia hoje às 5h30 (entrada do 1º turno), às 7h (administrativo) e às 15h (2º turno) em frente ao portão da fábrica. Na reunião, os sindicalistas vão submeter aos trabalhadores a possibilidade de cruzar os braços.

O impasse se arrasta desde agosto. A categoria reivindica reajuste salarial de 4,58% de inflação, 2,5% de aumento real e a ampliação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva como adicional noturno e licença-maternidade.

Já a empresa ofereceu 4,58% de inflação, 1,5% de aumento real e a manutenção das cláusulas sociais da última Convenção Coletiva. A oferta foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia. “A empresa só tem lucro. Uma fábrica que anuncia quase 35% de lucro não pode ser tão intransigente. Todas as outras fábricas já entraram em um acordo e fecharam a campanha salarial. Só falta a Embraer”, disse o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Hebert Claros.

Para ele, o trabalhador é o maior prejudicado. “Estamos lutando pelo bem do operário. Assim, nesse impasse todo, o maior prejudicado é, sem dúvida, o funcionário.” A Embraer tem cerca de 12 mil funcionários na planta de São José. Ainda de acordo com a categoria, não há previsão de novas reuniões com a empresa.

Em nota, a Embraer informou que não houve acordo entre as partes com relação à seguinte proposta apresentada pela Fiesp, como a manutenção da data-base em setembro, reposição integral da inflação do período (novembro de 2011 a agosto de 2012) de 4,58% a ser aplicado nas empresas com mais de 35 empregados, reajuste salarial a título de aumento real de 1,5% no período considerado (10 meses) e a manutenção das cláusulas sociais da última Convenção Coletiva

Ainda segundo a fabricante, como em 2011 a data-base era novembro, o período de apuração do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) compreende 10 meses (novembro de 2011 a agosto de 2012). Considerado um período de 12 meses, o aumento real de 1,5% oferecido equivale a 1,8%.

A nota também diz que esgotadas as possibilidades de avanço nas negociações num segmento que passa por dificuldades por depender de exportações, diante do esforço já feito pelo setor patronal, a Fiesp continua aberta a ir à mesa, “embora não se vislumbre perspectivas de novas propostas no que se refere a maiores aumentos reais”. A Embraer ainda afirma que, por liberalidade, já antecipou a todos seus funcionários, no mês de setembro, o aumento de 4,58% relativo ao INPC integral.

O Vale

Publicado em: 30/10/2012

Sindicato afirma fim da greve dos Trabalhadores da Tamoios

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil informou na manhã desta quinta-feira (25) que terminou a greve dos trabalhadores da obra de duplicação da Rodovia dos Tamoios (SP-99). A decisão ocorreu após assembleia.  A greve dos trabalhadores durou 18 dias. As partes chegaram a um acordo para pôr fim à greve após audiência de negociações no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas. Cerca de 1.200 trabalhadores paralisaram as obras no último dia 8 de outubro.

De acordo com o Sindicato, o acordo propõe o pagamento de R$ 1.069 de participação nos lucros e resultados e R$ 125 de ajuda de custo até abril. O banco de horas será extinto, os trabalhadores receberão melhores condições de trabalho e a garantia de 60 dias de estabilidade no emprego. O último item pode ser prorrogado por mais 30 dias. Além disso, os 17 dias de paralisação serão abonados.

Duplicação
O trecho de planalto a ser duplicado corresponde a quase 50 km, divididos em dois lotes: o primeiro vai do km 11,5 ao km 35,8 e o segundo, do km 35,8 ao km 60,5, abrangendo os municípios de São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Paraibuna. O custo da obra totaliza R$ 557,4 milhões, o que representa um deságio de 32% na conclusão da licitação, de acordo com Alckmin. O valor previsto inicialmente no processo licitatório pelo Estado era de R$ 821 milhões.

G1 (Vnews)

Publicado em: 26/10/2012

Operários da Tamoios continuam greve na Rodovia

A greve dos operários das obras de duplicação da Tamoios entrou em seu segundo dia nesta terça-feira (9). Pela manhã, um assembleia com os trabalhadores decidiu pela continuidade do movimento grevista.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil cerca de 1.000 trabalhadores aderiram ao movimento. A categoria reivindica principalmente melhores condições de trabalho e benefícios, como participação nos lucros. Os trabalhadores estão paralisados nos dois canteiros de obras, no trecho de Jambeirox e Paraibunax.

A assessoria de imprensa do Consórcio Encalso manteve a posição de que as reivindicações relacionadas à falta de infraestrutura não procedem porque os problemas têm sido sanados. Sobre os benefícios, foi informado que há uma negociação em andamento com os trabalhadores

G1 (Vnews)

Publicado em: 10/10/2012

Operário da Tamoios entram em greve na obra

Os operários que trabalham nas obras de duplicação da Rodovia dos Tamoios entraram em greve ontem, por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, convênio médico, PLR (participação nos lucros e resultados) de R$ 2.500 e ajuda de custo de R$ 250.

Segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, todos os 900 funcionários aderiram à paralisação. Eles são contratados do Consórcio Encalso-S.A. Paulista, que venceu a licitação para a obra no trecho de Planalto, que começou em maio. O valor do contrato é de R$ 557,4 milhões.

No total, o governo do Estado vai gastar na duplicação da Tamoios R$ 4,9 bilhões. A previsão de término das quatro fases do projeto é para dezembro de 2013. Segundo o diretor do sindicato, Jorge Luiz da Costa, os operários são coagidos a se submeterem a uma jornada de trabalho considerada excessiva.

“Eles trabalham 12 horas por dia, mas são obrigados a fazer hora extra, inclusive aos sábados e domingos. E caso se neguem a trabalhar, os encarregados ameaçam com punição”, disse Costa. O sindicalista afirmou ainda que a alimentação é ruim. “As marmitas são frias, a carne é ruim, o arroz é sem tempero. É péssimo”, disse.

Costa afirmou que, por enquanto, as empresas só apresentaram proposta de ajuda de custo de R$ 30. As negociações já estariam ocorrendo há cerca de 20 dias. O VALE entrou em contato ontem, durante todo o dia, com a assessoria do Consórcio Encalso-S.A. Paulista, que não retornou as ligações.

Na entrada do turno das 6h, os funcionários ficaram às margens da Rodovia dos Tamoios, nos trechos de Jambeiro e Paraibuna. Após uma assembleia com o sindicato na porta da sede do consórcio, os operários foram orientados a voltar para casa.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, não houve lentidão no trânsito por conta do movimento grevista. Porém, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) cancelou uma detonação de rochas que estava prevista para ocorrer ontem no km 17 e km 52. O órgão não confirmou se motivo da mudança foi a greve.

Para hoje, está prevista a interdição total em dois trechos da rodovia para a detonação de rochas: do km 15,9 ao km 16,9 e do km 49 ao km 50. A pista será bloqueada a partir das 12h. A previsão é que a via seja liberada até as 14h. A Secretaria de Estado dos Transportes não comentou a paralisação dos operários.

O Vale

Publicado em: 09/10/2012

Depois de acordo, Operários voltam a produção na GM

Os funcionários da General Motors votam hoje em assembleia se aprovam ou não o acordo firmado no sábado entre montadora e Sindicato dos Metalúrgicos para evitar a demissão em massa na fábrica de São José. Além de suspender o contrato de 940 empregados dos 1.840 considerados excedentes, o acordo abre a partir de hoje brecha para discussão de nova grade salarial e flexibilização de jornada na montadora, condições apontadas como essenciais pela direção da companhia para tornar a planta mais competitiva e assim garantir investimentos futuros.

Historicamente contrário à flexibilização de jornada, o sindicato local já admite debater o tema com os operários para evitar que a unidade do Vale, que já chegou a ter 12 mil empregados e hoje não passa de 7.540, perca de novo investimentos para as demais plantas no país.  Dos R$ 5 bilhões aplicados pela empresa no Brasil nos últimos cinco anos, São José levou R$ 800 milhões.

O grupo que terá o contrato suspenso trabalha na linha de montagem conhecida como MVA, esvaziada com o encerramento da produção do Corsa, Meriva e Zafira. Só o Classic é feito hoje no setor. A direção do sindicato definiu no final da tarde de ontem que vai reunir todos os empregados do complexo, que abriga oito fábricas, em assembleia às 5h30 de hoje na portaria do MVA.

A expectativa é reunir pelo menos 4.000 dos 7.540 funcionários da fábrica, segundo informou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá. “Vamos apresentar o que foi definido na reunião com a GM para apreciação da categoria”, disse o dirigente.

O pacote acordado entre a entidade e a GM prevê a suspensão do contrato de trabalho, medida conhecida como ‘layoff’, de 940 funcionários do MVA até o final de novembro, abertura de PDV (Programa de Demissão Voluntária), continuidade da cadência atual de produção do Classic, que mantém o emprego de 900 operários, e negociação de medidas para aumentar a competitividade da planta.

Para a GM, o aumento da competitividade só será possível com a flexibilização. O acordo prevê ainda que as negociações entre as partes sobre esse quesito acontecerão nos próximos 60 dias, quando também será tratado o futuro dos operários que tiverem o contrato de trabalho suspenso. No período de suspensão, os trabalhadores receberão auxílio de R$ 1.163 do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e complemento salarial da empresa.

Eles terão que frequentar cursos de qualificação. “Esse acordo foi uma vitória, ainda que parcial. Vamos continuar a luta para garantir que, após esse período, os empregos sejam preservados, que a fábrica tenha mais competitividade e que a GM faça novos investimentos em São José”, disse Barros.

Sobre a flexibilização trabalhista, o dirigente disse que o sindicato “está aberto a negociações”. “Primeiro vamos cuidar dessa primeira etapa e depois analisar a segunda fase, que é negociar com a empresa medidas para a fábrica de São José”, afirmou o dirigente.

O Vale

Devido a crise na indústria, semana é decisiva para metálurgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos e a General Motors têm uma semana decisiva sobre o destino dos cerca de 1.500 trabalhadores da linha de produção conhecida como MVA, da planta de São José dos Campos. A empresa pode definir ainda esta semana medidas com relação à linha de produção, onde são montados os modelos Corsa e Meriva, que enfrentam dificuldades de mercado.

A possibilidade de demissão na unidade não está descartada pela montadora, que também analisa a possibilidade de transferir funcionários para outras fábricas da planta de São José. Oficialmente, a GM informa que a decisão será tomada em conjunto com o sindicato e com base no mercado consumidor.

Nos bastidores, entretanto, é dado como certo que a montadora deverá reduzir drasticamente as atividades da linha MVA, conforme apurou O VALE. Os modelos montados na linha do MVA são antigos e devem sair de linha.
Há dez dias, a GM suspendeu a montagem da minivan Zafira, que também era produzida nesse setor.

Na próxima quarta-feira, a GM e o sindicato voltam a se reunir, com a mediação do Ministério do Trabalho, em São José dos Campos. No encontro pode ser selado o futuro dos empregados do MVA. “Acreditamos que pode ser uma reunião decisiva”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.

A direção do sindicato tenta uma última cartada para evitar demissão em massa, com mobilização da comunidade e espera por uma ação concreta do governo federal nesse sentido. O assunto foi tratado pela entidade com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Na semana passada, o prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB), disse que o corte de trabalhadores é um fato que pode acontecer. “A empresa não deu nenhuma garantia de emprego”, disse o prefeito, depois de se reunir com representante da montadora. Até o final de julho, a GM toma uma decisão.

O Vale