Carlinhos Sugere Acordo Com ‘retomada parcial’ do Teatrão

Município virou coautor de ação de despejo movida pelo MP contra a Águia do Vale; prefeito disse desconhecer processo.

Max Ramon*
Editor de Política

O prefeito Carlinhos Almeida (PT) disse ontem que é favorável a um acordo amigável com o São José Esporte Clube para a retomada do complexo do Teatrão, na Vila Industrial.
Ele admitiu até a possibilidade de a Águia do Vale continuar com uma parte do poliesportivo, que tem 64 mil metros quadrados.
“A situação do Teatrão é a seguinte: nós achamos que tem que haver um entendimento da prefeitura com o clube para que essa área retorne ao município. Não precisa ser a área toda. É possível, e eu acho que essa seria uma boa alternativa”, afirmou o prefeito.
“Nós temos toda abertura para conversar.”
O Teatrão foi construído pela prefeitura e cedido em 1981 ao São José por tempo indeterminado.
Desde o início da década passada, o imóvel, que serve de sede social para o clube, está praticamente abandonado, em precário estado de conservação.
Em maio de 2012, o MP ingressou com ação na Justiça pedindo que o complexo seja reincorporado ao patrimônio do município, em razão do “efetivo prejuízo ao interesse coletivo”.
Apoio.
Ontem, O VALE revelou que a prefeitura manifestou apoio à ação de despejo em novembro do ano passado, no final do governo Eduardo Cury (PSDB), e reivindicou a posse do Teatrão.
Na ocasião, o município pediu ainda à Justiça que fosse transformado em coautor da ação. Esse último pedido foi aceito há menos de duas semanas, no dia 24 de outubro.
O VALE apurou que a possibilidade de devolução parcial do complexo chegou a ser discutida pelo clube com o Ministério Público, como forma de por fim ao processo. Pelo acordo, a prefeitura ficaria com 70% do Teatrão e o São José, com os outros 30%. A proposta, no entanto, nunca chegou a ser formalizada na ação.
Na época, a Águia era presidida pelo vereador Robertinho da Padaria (PPS), aliado do prefeito na Câmara. Ele foi substituído no comando do clube em setembro pelo empresário Benevides Ferneda, o Geleia, candidato de oposição.
Surpresa.
Inicialmente, Carlinhos disse desconhecer o apoio do município à ação de despejo movida pelo MP contra o São José.
A administração municipal negociava havia pelo menos quatro anos com o clube a retomada do poliesportivo da Vila Industrial, se propondo a garantir uma compensação ao São José –que poderia ser até a construção de um novo centro de treinamento.
“A informação que meu jurídico passou é que a última movimentação da prefeitura no processo ocorreu em novembro do ano passado”, afirmou Carlinhos.
O petista não estabeleceu um prazo para discutir a questão com o São José, nem antecipou em que condições poderia ocorrer a retomada parcial do complexo do Teatrão.
O ex-prefeito Eduardo Cury foi procurado para comentar o assunto, não foi localizado pela reportagem.

Geleia terá reunião com governo
O novo presidente do São José, Benevides Ferneda, o Geleia, será recebido na próxima sexta-feira pelo secretário de Esportes João Bosco da Silva para tratar da relação entre o governo e o clube. O cartola, porém, disse que ainda aguarda um convite do prefeito.
“Ele [Carlinhos] não me deu nenhum telefonema até hoje. Ele não me recebe, não sei o porquê, mas respeito. É um direito dele”, afirmou.
Geleia disse que a possibilidade de devolução parcial chegou a ser tratada superficialmente em reuniões do Conselho Deliberativo do São José no início do ano, ainda durante a gestão de seu antecessor, Robertinho da Padaria.
“De concreto, não teve nada. Precisamos ver o que é bom para os dois lados. De minha parte, estou disposto a conversar. Sou um cara de diálogo”, disse o presidente.
Transição.
A reviravolta no caso do Teatrão ocorre em um momento de transição no São José. Geleia assumiu a presidência do clube no dia 16 de setembro depois de vencer uma eleição acirrada, decidida por apenas dois votos.

Fonte:O Vale

Acordo na Justiça determina fim da greve dos coletores de lixo

O fim da greve dos funcionários da empresa terceirizada que atua na coleta de lixo comum em São José dos Campos foi acertado na tarde desta terça-feira (1º), em acordo formalizado no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas. Com isso, os coletores da empresa Vale Soluções Ambientais (VSA) devem retornar às suas funções já na manhã desta quarta-feira (2). Independentemente do retorno, a Prefeitura aplicou as penalidades previstas pelo não-cumprimento do contrato firmado com a empresa durante os dias de greve. A multa é estimada em R$ 300 mil.

A Prefeitura e a Urbam também vão dar sequência ao mutirão de coleta para normalizar o serviço de recolhimento de lixo orgânico. No período de quarta-feira (25 de setembro) a segunda-feira (30 de setembro), foram recolhidas 2.069,49 toneladas de lixo orgânico pela URBAM e Secretaria de Serviços Municipais.

A expectativa é que até o final de semana a coleta de lixo comum esteja normalizada em toda a cidade e, na próxima segunda-feira, seja retomada a coleta seletiva Os trabalhadores da VSA ainda fazem uma assembleia na manhã desta quarta-feira, onde votam se aceitam ou não a proposta do sindicato que é pelo retorno imediato ao trabalho.

São José define a localização das 7 bases do Samu

A Prefeitura de São José dos Campos divulgou nesta quarta-feira os locais onde serão instaladas as sete bases do Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Segundo a administração,  os pontos foram escolhidos visando proporcionar agilidade no atendimento a moradores de todas as regiões da cidade.

O serviço deve entrar em operação no primeiro trimestre do ano que vem, e vai contar nove ambulâncias, sendo sete de suporte básico e duas de suporte avançado. Cada base do Samu terá uma ambulância de suporte básico. As duas de suporte avançado ficarão nas bases do Corpo de Bombeiros da Vila Industrial e do Parque Industrial.

Veja onde serão instalada as bases do Samu:

  • Zona Norte: Hospital Clínicas Norte (Rua Alziro Lebrão 76, Alto da Ponte)
  • Zona Sul 1: Base do Corpo de Bombeiros do Parque Industrial (Praça Natal 1210)
  • Zona Sul 2: UPA Campo dos Alemães (Avenida João Oliveria e Silva s/nº)
  • Zona Leste 1: Base do Corpo de Bombeiros da Vila Industrial (Rua Professor Felício Savastano 350)
  • Zona Leste 2: Base do Corpo de Bombeiros do Cajuru (Estrada do Cajuru 250)
  • Centro: Base do Corpo de Bombeiros da Vila Bethânia (Avenida Deputado Benedito Matarazzo 7.963)
  • UPA de São Francisco Xavier (Estrada Pedro Davi s/nº)

Embraer da cidade amplia acordos em Portugal

A Embraer, com sede em São José dos Campos, assinou no último dia 2 protocolo para desenvolvimen to comum de projetos na área industrial com a Universidade de Évora, instituição sediada na cidade portuguesa onde a fabricante brasileira mantém duas unidades fabris. A parceria prevê grupos de trabalho e projetos nas áreas de informática, mecatrônica e energias renováveis. “Com as competências instaladas na universidade e as necessidades da Embraer, podemos estabelecer projetos concretos de investigação e desenvolvimento”, disse João Nabais, pró-reitor da universidade, por meio de nota oficial.

Segundo ele, os projetos serão decididos nos próximos meses mas a primeira reunião já ocorreu logo após a cerimônia de assinatura do acordo. A Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais, possui duas fábricas em Évora, uma especializada em estruturas metálicas (de asas) e a outra em materiais compósitos.  O complexo fabril foi anunciado em 2008 e as unidades começaram a operar no final do ano passado.

Instalado em uma área de 877 mil metros quadrados, foi fruto de um investimento de 170 milhões de euros (cerca de R$ 429 milhões), dos quais 70 milhões de euros financiados pela Comunidade Europeia. Os materiais fabricados em Évora são exportados para montagem final nas unidades da Embraer no Brasil, na Flórida (Estados Unidos) e em Harbin (China).

Prefeitura tem acordo para instalação do SAMU

Prefeitos de oito cidades da RMVale assinaram ontem o protocolo de intenções para o consórcio do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A parceria prevê a aquisição de 20 ambulâncias e a contratação de 300 profissionais até o final deste ano. Agora, cada prefeito encaminhará para a Câmara de sua cidade projeto de lei que pedindo autorização para participar do consórcio. Fazem parte do consórcio São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Paraibuna, Monteiro Lobato, Santa Branca, Igaratá e Jambeiro. A parceria foi assinada ontem por todos os prefeitos durante solenidade na Prefeitura de São José. Com a projeção de custo mensal de R$ 1,2 milhão, as cidades terão de desembolsar 50% do total do valor gasto com a manutenção das ambulâncias, a folha de pagamento dos funcionários e a Central de Regulação (controle dos atendimentos emergenciais.

“O valor será rateado entre as prefeituras e de acordo com a demanda de cada município. Os outros 50% virão do governo federal”, disse o prefeito de São José, Carlinhos de Almeida (PT). Segundo ele, a assinatura do protocolo de intenções segue uma etapa para a implantação do Samu na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. “É o nosso primeiro passo para termos um sistema muito eficiente para o socorro. O Samu será um salto na qualidade de atendimento emergencial para todas as oito cidades que fazem parte do consórcio”, disse Carlinhos. A Central de Regulação será instalada na sede do Espaço Mário Covas, onde funcionava a antiga Câmara de São José e atualmente abriga o COI (Centro de Operações Integradas). “O Samu vem para atender a demanda não só de São José, mas de todas as cidades envolvidas. É um grande passo dos oito municípios, pois sabemos que muitas vítimas de acidentes, por exemplo, sofrem com a demora para serem socorridas”, afirmou o secretário de Saúde de São José dos Campos, Paulo Roitberg.

Estão previstas duas unidades equipadas com UTI para São José dos Campos e sete de suporte básico. Jacareí terá uma unidade de suporte avançado e três básicas e Caçapava receberá duas unidades básicas. Já Paraibuna, Santa Branca, Igaratá, Jambeiro e Monteiro Lobato receberão uma ambulância básica cada uma delas. A Central de Regulação tem papel fundamental no funcionamento do Samu, segundo a diretora regional de Saúde, Sandra Tutihashi. “O passo mais importante para o Vale do Paraíba é a formação do consórcio, o termo de compromisso. O sistema do Samu é uma receita que deu certo em algumas regiões e será um avanço para as oito cidades que aderiram o projeto”, disse Sandra.

Acordo que a GM realiza não é ideal, mais gera empregos

Nos últimos dois meses, São José dos Campos acompanhou apreensiva as negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos e a direção da General Motors para a vinda de um investimento de R$ 2, 5 bilhões. Nos ônibus, supermercados, elevadores, a pergunta era a mesma: o acordo entre a GM e o sindicato foi aprovado? O ‘fantasma’ das 598 demissões, ocorridas em março, e o medo de que os trabalhadores não aprovassem a proposta para que a GM investisse na produção de um novo carro, o que poderia causar mais demissões, fizeram com que todos torcessem pela aprovação.

No centro das discussões, o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o “Macapá”, um figura tímida, mas “bom ouvinte”, como ele mesmo se define, que teve importante papel nessa negociação. Em entrevista a O VALE, ele falou sobre como foi chegar ao acordo com a GM e conseguir a aprovação em assembleia com os funcionários do complexo. Leia a seguir os principais trechos.

Como o senhor avalia a aprovação da proposta da GM em assembleia?
No dia seguinte da assembleia, eu fui numa concessionária de veículos na cidade e, chegando lá, fui abraçado por uma senhora porque conseguimos aprovar a proposta com a GM. Percebi que existia uma expectativa muito grande da cidade. Acho que o sindicato teve um grande acerto, defender os empregos na GM é defender a cidade.

O Sindicato dos Metalúrgicos sempre foi acusado de ter uma postura intransigente. O senhor, como presidente, está mudando esse perfil?
Eu não acho que o sindicato mudou de postura. Sindicato existe para defender o trabalhador. Numa negociação difícil como foi essa, é preciso fazer mediação. Nós buscamos um ponto menos desfavorável. Nós sofremos uma derrota, não foi bom o acordo, banco de horas não é saudável, as empresas não tem necessidade de rebaixar salários. Antes de tudo, o resultado dessa negociação foi um trabalho de equipe. Aqui quero falar da participação do Mancha (Luiz Carlos Prates) e do Toninho (Antonio Donizete Ferreira).

Como é o ‘presidente Macapá’?
Sou uma pessoa que procura ouvir, o mundo pode estar desabando e eu vou estar te ouvindo com tranquilidade, mesmo não concordando às vezes, consigo ouvir bem. Eu acho que se constroem grandes lideranças em momentos de conflitos grandiosos como esse que nós estamos atravessando aqui. Esse é o teste, ou você passa ou você se arrebenta.

O que o senhor achou do resultado da assembleia?
O trabalhador sabe que nós chegamos ao nosso limite. Na visão dos trabalhadores, para o que a empresa queria, do que foi o produto final da negociação, tiramos leite de pedra. Ficamos numa situação muito desfavorável. Poderíamos ter saído deste acordo numa situação muito pior do que esta aí. Nos últimos sete dias, foi uma pressão muito forte contra o sindicato. Nós chegamos para negociar na última segunda-feira numa situação muito complicada. A empresa chegou mais fortalecida. O sindicato não ia abandonar as negociações, porque essa não é nossa postura política. No fim, chegamos a um acordo que não foi para o trabalhador e nós falamos a verdade para eles. O acordo traz flexibilização, reduz direitos e rebaixa salários. Poderíamos mentir, mas a seriedade do sindicato é tão forte que a aprovação foi reflexo disso aí.

E as 750 demissões no MVA, linha de produção do Classic? Por que o sindicato não conseguiu reverter essas demissões que devem ocorrer no final do ano?
Em janeiro, fechamos um acordo com a GM que garante a produção do Classic até dezembro. Como todo acordo, pode ser prorrogado ou não. A fábrica nova vai ser construída no MVA, que vai precisar ser desativado para construir a nova fábrica. Nos últimos 18 meses, as negociações da GM são a nossa principal preocupação. Na semana que vem, vai ser aberto um Plano de Demissões Voluntárias. Hoje a empresa tem 130 aposentados e 900 no período de pré-aposentadoria. Se a GM quiser, ela aposenta todo mundo, como ela já fez no passado. Esse processo de negociação entre o sindicato e a GM continua. O PDV aberto para a fábrica toda. Nós vamos tentar negociar a transferência dos funcionários. Também garantimos neste acordo que os demitidos terão preferência no processo de seleção da nova fábrica em 2017. A luta pelos empregos continua.

Acordo com GM e Sindicato é adiado

Após 9 horas e meia de reunião, representantes da General Motors e do Sindicato dos Metalúrgicos de São José chegaram ao final da noite de ontem sem um acordo que possa garantir investimentos de R$ 2,5 bilhões no complexo industrial da empresa na cidade. Nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, também na regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, a partir das 15h.

O encontro de ontem, o terceiro desde o último dia 27, começou às 13h e acabou apenas às 22h30. Na reunião de ontem, os representantes do sindicato e da GM deixaram a mesa de negociação com três impasses: o valor do piso salarial, o valor da PLR (Participação sobre Lucros e Resultados) e a estabilidade para os 750 trabalhadores do MVA (Montagem de Veículos Automotores), que encerra a produção em dezembro.

No encontro de ontem, houve um avanço em relação ao valor do piso. A GM ampliou a oferta de R$ 1.560 para R$ 1.700, aproximando-se da reivindicação do sindicato, que é de R$ 1.712. Na reunião do último dia 29, a empresa já havia aumentando sua proposta, que era de R$ 1.200. Se praticamente ficou selado o acordo em relação ao piso, o valor da PLR continua atrapalhando o acordo.

A GM reiterou a proposta de R$ 8.000, praticamente a metade dos R$ 15 mil atuais. Ontem, a montadora também apresentou novo PDV (Plano de Demissão Voluntária) para aposentados, pré-aposentados e funcionários que queiram aderir. Já o sindicato garante que não vai abrir mão da estabilidade para os 750 funcionários do MVA.

Após a reunião, o diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, avaliou que já houve um avanço, mas voltou a pedir a colaboração do sindicato para que o acordo seja fechado na reunião da próxima semana. “A GM já chegou ao seu limite. Fizemos novamente um apelo para o sindicato para nos ajudar a atrair este investimento tão importante para São José dos Campos”, disse Moan.

“Mas esta reunião de hoje [ontem] já representa um passo a mais”, completou o executivo. O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos, Luiz Carlos Prates, o ‘Mancha’, reconheceu que houve avanços na reunião de ontem e acredita ser possível o fechamento do acordo. “O sindicato já fez várias concessões. Acredito que houve avanços e agora temos mais um tempo para voltar à fábrica e conversar com os trabalhadores. Mas vamos continuar insistindo na defesa dos trabalhadores, já que com as concessões que fizemos houve precarização do trabalho”, afirmou ‘Mancha’.

Segundo ele, o sindicato quer que a PLR seja definida apenas após o início das operações da fábrica. “Além do valor proposto pela GM ser metade do atual da PLR, como querem definir valor sem saber quanto vão ser os lucros? Vamos insistir neste ponto na reunião de segunda-feira. Também não abrimos mão da estabilidade.” A meta é fechar uma proposta que torne mais competitiva a produção de um novo carro da GM em São José. A cidade disputa com outros dois países a fabricação do novo modelo.

O sindicato defendeu que os metalúrgicos fossem remanejados para outros setores do complexo industrial de São José. A GM não concordou e, até ontem, sustentava a proposta de abrir um PDV (Programa de Demissão Voluntária) em junho para os trabalhadores. Quanto ao valor da grade salarial que será aplicada para os novos contratados, a diferença entre sindicato e GM caiu de R$ 690 para R$ 152, o que deveria ser resolvido.

O pacote de investimentos é considerado vital para o futuro da GM em São José. Sem a chegada de um novo projeto, o complexo industrial pode começar a ficar obsoleto na cidade e perder em competitividade para outras fábricas da empresa no Brasil e no exterior. No dia 28 de maio, a Prefeitura de São José anunciou um acordo com a GM para a criação de um distrito industrial ao lado do complexo da empresa, na região leste da cidade.

Trata-se de um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados que seria transformado em distrito industrial para receber novas empresas, entre elas fornecedores da GM, que viriam até do exterior. A administração também poderá conceder redução de impostos para a GM. “Precisamos que a empresa e o sindicato cheguem a um acordo e, a partir daí, em um tempo muito rápido, teremos a definição do distrito e da isenção de impostos”, disse Carlinhos na semana passada.

O Vale

Empresa GM tem planos para tentar resgatar a fabrica

A General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos iniciaram negociações, com base no último acordo firmado entre as partes, em janeiro deste ano, para tentar viabilizar investimentos de R$ 2,5 bilhões na planta da empresa no município. A GM planeja lançar um novo carro e o complexo industrial de São José dos Campos é candidato a receber a nova linha de montagem.

Outros dois países também disputam os investimentos, segundo informou Luiz Moan, diretor de Assuntos Institucionais da GM. O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse que as conversações com a GM foram iniciadas em abril e são reflexo do acordo firmado pela entidade com a montadora em janeiro. “Uma das cláusulas do acordo prevê que qualquer novo investimento da empresa no Brasil precisa, primeiro, ser negociado com São José dos Campos. Foi uma conquista, depois de muita luta”, disse o dirigente.

Por questões de sigilo, o sindicato não dá detalhes sobre o que vem sendo negociado, mas Macapá disse que a entidade está “empenhada em fechar novo acordo para garantir que os investimentos sejam aplicados no complexo de São José”. Segundo o sindicalista, trata-se de um projeto de vulto que implica ampliação da fábrica de São José, caso seja escolhida para receber a nova linha de montagem.

Pelo último acordo firmado com a GM, o piso salarial que era de R$ 1.840 foi rebaixado para R$ 1.712, além de flexibilização da jornada de trabalho, entre outros itens negociados. A GM também mantém conversações com a prefeitura e com o governo do Estado sobre a concessão de benefícios fiscais para completar as negociações. O anúncio do local da produção do novo modelo deve ser feito no começo de junho, segundo Macapá.

O Vale

Publicado em: 06/05/2013

Funcionários da Limpeza se encontram com Prefeito

O prefeito de São José dos Campos esteve na manhã deste sábado (30), na sede da Secretaria de Educação, conversando com os ex-funcionários da empresa de limpeza Colp Urbanizadora que serão contratados pela Milclean. Os trabalhadores farão a limpeza das escolas da rede municipal de ensino.

No dia 21 de março, a Prefeitura de São José efetuou o pagamento dos salários atrasados pela empresa Colp  Urbanizadora aos cerca de 200 funcionários que prestavam serviços de limpeza às escolas municipais. A Colp rescindiu contrato com a Secretaria de Educação no início de março, deixando sem limpeza 40 escolas da rede.

A Justiça do Trabalho concedeu uma liminar autorizando a Prefeitura a utilizar o crédito pendente junto à Colp para o pagamento dos funcionários. O valor da folha de pagamento dos trabalhadores, passada pela própria empresa, foi de R$ 126 mil. Como o valor do crédito pendente é de R$ 192 mil, o saldo remanescente ficará depositado em juízo.

Prefeitura Municial de São José

Publicado em: 01/04/2013

Para garantir o emprego, metálurgicos aceitam acordo

Os funcionários da General Motors em São José dos Campos aprovaram, em assembleias realizadas ontem, o acordo fechado entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos no último sábado, após um ano de indecisão. Foram aprovados os 16 itens da proposta (veja quadro), entre eles a manutenção da produção do Classic em São José até dezembro deste ano e um pacote de investimentos de R$ 500 milhões até 2017.

Atrelado ao investimento, a GM garante o nível de emprego no setor MVA até dezembro de 2013 e um ano a mais nas demais divisões do complexo industrial de São José. Porém, a estabilidade não inclui os 759 trabalhadores que estão com o contrato de trabalho suspenso (lay-off) desde 27 de agosto de 2012.

Eles tiveram a suspensão estendida para mais dois meses e poderão ser demitidos após esse período. Porém, as futuras novas contratações terão um piso salarial mais baixo, de R$ 1.800, conforme foi aprovado no acordo estabelecido entre sindicato e a GM. A montadora também poderá flexibilizar a jornada de trabalho no caso de oscilação na produção.

Na prática, isso já começa a ocorrer. A partir de hoje, os 950 trabalhadores do MVA que não estão em lay-off entraram em férias coletivas até 14 de fevereiro. Todos eles trabalham na produção do Classic, que será reorganizada. Do total em lay-off, 150 têm estabilidade e terão que retornar à fábrica. Os demais receberão, se demitidos, três meses a mais de salário. Quem optar por pedir demissão a partir de hoje receberá cinco salários e os direitos trabalhistas.

Moeda de troca.
Trabalhadores da GM já aposentados ou que estão em vias de se aposentar podem virar ‘moeda de troca’ entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos. Eles estudarão uma forma de antecipar a aposentadoria de funcionários para evitar a demissão de outros trabalhadores. “Precisamos conversar com esse pessoal”, disse Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato.

Novos carros.
Na avaliação do sindicato, o acordo ficou no meio do caminho entre o que defendia a entidade e o que pretendia a GM, que admitiu o fechamento do complexo em São José caso não se chegasse a um entendimento.

Para Antônio Ferreira de Barros, o ‘Macapá’, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, a ‘briga’ agora será para a vinda de novos carros para a fábrica. “Lutar pelos empregos significa batalhar para trazer novos projetos para São José. A fábrica não fecha com novos carros na linha de produção”, disse. No sábado, Luiz Moan, diretor de Relações Institucionais da GM e responsável pelas negociações, afirmou que a empresa fará uma oferta de novos modelos para a planta de São José “em breve”, e que isso poderá trazer de volta o nível de produção na cidade.

Tranquilidade.
A aprovação do acordo aplacou um pouco a angústia na qual viviam os metalúrgicos da GM, que temiam pelo pior: o fechamento do complexo de São José. Ontem, nas assembleias realizadas na portaria da empresa, às 5h30 e 14h30, o clima era de serenidade, bem diferente do estado de tensão dos últimos seis meses, quando a crise se agravou.

“Acho que o sindicato acertou em fazer o acordo. O pessoal já está bem mais tranquilo na linha de produção. Quem esperava o pior está respirando aliviado”, afirmou José Antônio dos Santos, 44 anos, trabalhador da GM.

Outro metalúrgico, que está no grupo do lay-off e que pediu para não ser identificado, disse que o acordo “acalma a tensão dentro e fora da fábrica”. “Na verdade, a gente já estava esperando a demissão, mas o acordo trouxe benefícios e deu um tempo para pensar na vida fora da GM.” Com a aprovação do acordo, advogados da GM e do sindicato redigirão o texto que será assinado pelas partes, com validade de dois anos.

GM recusa rodízio de lay-off
Uma das propostas recusadas pela GM na negociação de sábado, segundo sindicalistas, foi a de fazer um rodízio com trabalhadores de São José em lay-off para evitar demissões na fábrica. O grupo de 759 metalúrgicos que está com o contrato de trabalho suspenso desde agosto de 2012 teve a medida estendida por mais dois meses. Depois disso, eles poderão ser demitidos.

Sindicato vai reunir funcionário afastado

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José irá reunir, na próxima quinta-feira, os trabalhadores da GM que estão com o contrato de trabalho suspenso (lay-off) desde 27 de agosto do ano passado. Eles estão sendo convocados para participar de uma assembleia, na sede da entidade, no centro de São José, para discutir o acordo com a GM. Hoje, 759 funcionários estão em lay-off. “Não é o acordo que nós queríamos, mas também não é aquele que a GM queria aprovar. Desde o começo, a empresa queria demitir os trabalhadores. Isso a gente conseguiu evitar. A luta continua”

Antonio Ferreira de Barros, Macapá, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José “Garantimos o nível de emprego no período de produção do Classic em São José. O investimento não é baixo. Mas o mais importante é colocar a cidade na rota dos investimentos” Luiz Moan,  diretor de Relações Institucionais da GM

O Vale

Publicado em: 29/01/2013