Estudo traça esboço da São José do futuro

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O futuro da cidade começa hoje. Com planejamento, é possível traçar as tendências de crescimento e antecipar cenários a tempo de preparar o município para as novas demandas. O objetivo, claro, é manter a qualidade de vida de seus moradores.

Com o propósito de pensar na cidade do amanhã, o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) realizou o estudo ‘Cenários Prospectivos de São José dos Campos’ que visa compreender as opções de mudanças para a cidade nos próximos 19 anos para apoiar a elaboração de propostas estratégicas, capazes de entregar o futuro desejá vel, com qualidade de vida.

O instituto utilizou em suas projeções dados da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que preveem, por exemplo, que o número de habitantes de São José em 2030 será de 763.810 pessoas, 21,2% a mais do que o registrado no último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), feito em 2010.

“Essas projeções indicam que, até 2030, os idosos devem corresponder a 30% da população, sendo esse um aumento expressivo em relação à população atual”, disse Livia Toledo, gestora de projetos do Ipplan.

A modificação da faixa etária da população é um importante fator de mudanças para a cidade como conhecemos. Investir em novos padrões urbanísticos é a saída para atender esse público de maneira eficaz.

Cenários. O estudo prevê um novo cenário para São José com padrão urbanístico de um município mais denso e compacto, com espaços de uso misto, prioridade para a caminhada e a proximidade, sustentada por uma rede de transporte integrada.

“Nesse cenário, a posse do automóvel não estará vinculada ao uso diário. As pessoas possuirão um carro, mas não irão utilizá-lo nos seus deslocamentos diários. O transporte público, a bicicleta e as caminhadas serão alternativas melhores para ir ao trabalho ou estudar.”
É preciso democratizar espaços

O estudo do Ipplan diz que o melhor cenário futuro é aquele que evita grandes obras viárias, que causam impacto s urbanísticos negativos, e aquele em que o espaço viário é equilibrado em relação aos modos de transporte.

“Seguindo essa linha, os locais hoje destinados exclusivamente ao automóvel podem ser diminuídos em detrimento de melhores calçadas e ciclovias ou ciclofaixas”, afirma Livia Toledo, gestora de projetos.

Por outro lado, caso esse novo modelo não seja adotado, a previsão feita pelo instituto é a de uma cidade mais dispersa, mais centrada no automóvel, com elevado número de carros por habitante e pessoas que se deslocam por vias e viadutos construídos para melhorar o trânsito.

“Neste último exemplo, a segregação espacial da cidade deve persistir, assim como a dificuldade de integração e recuperação de territórios da zona rural.”

Fonte: O Vale

Cidade tem plebiscito para decidir futuro da Estação de Conexão

A Prefeitura de São José dos Campos realiza neste domingo (18) um plebiscito na região do Campos de São José, zona leste da cidade, para decidir o futuro da Estação de Conexão (ECO). A votação acontece entre 9h e 17h. Serão disponibilizadas urnas em dez bairros ao redor da ECO. Nelas, moradores e usuários do sistema de transporte coletivo da região poderão optar pela permanência ou pelo fim da estação. Cerca de 10 mil pessoas são esperadas para a votação.

Em fevereiro de 2013, a Prefeitura realizou pesquisa de satisfação dos usuários. O objetivo foi promover adequações no sistema e atender às solicitações dos usuários. Em maio, a região recebeu a primeira série de audiências públicas, onde foram apresentados os projetos de melhorias aos moradores. Com a permanência da ECO (que recebe melhorias desde o início do ano), a Prefeitura dará início às obras dos projetos apresentados. O plebiscito terá início às 9h. Para facilitar a participação popular, a Secretaria de Transportes vai disponibilizar urnas nos bairros Campos de São José, Mariana 1 e Mariana 2I, Pousada do Vale, Santa Cecilia 1, Santa Cecilia 2I, Serrote, Jardim Helena, Monterrey e Cajuru.

Para participar
Todos os moradores ou proprietários de lote poderão votar uma única vez. É necessário apenas ser maior de 16 anos e apresentar um documento com foto e o comprovante de residência. Serão aceitos quaisquer comprovantes emitidos pelo município como água, luz, telefone, além de contratos de locação em nome do próprio eleitor, dos respectivos pais ou cônjuge. Não serão aceitas correspondências particulares. Também não será permitido o voto por procuração. A coordenação do plebiscito é de responsabilidade da comissão organizadora formada por representantes dos moradores, Secretaria de Transportes, Secretaria de Governo e Defensoria Pública.

Fundo Social da cidade tem cursos gratuitos para moradores

O Fundo Social de Solidariedade de São José dos Campos abriu vagas para os cursos de artesanato, coordenados pelo Projeto Costurando o Futuro. Os interessados devem se inscrever pelo telefone 3924-7369, das 8h às 17h. A única exigência é que o candidato tenha mais de 15 anos de idade.

As aulas de artesanato serão ministradas nos núcleos dos bairros Campo dos Alemães, Jardim São José 2 e Alto da Ponte. Serão oferecidas 15 vagas para cada turma do curso de apliquê e nas oficinas de porta-treco com motivos de páscoa.

No Campo dos Alemães, serão três turmas para o curso de apliquê com início nos próximos dias 11, 21 e 25. No núcleo do Jardim São José 2, o curso será ministrado para duas turmas nos dias 20 e 26. E no Alto da Ponte, serão três turmas nos dias 15, 22 e 27. Em todos os núcleos as aulas ocorrerão das 13h30 às 16h30.

As oficinas de porta-treco com motivos de páscoa serão realizadas também das 13h30 às 16h30. No Jardim São José 2, a aula será na próxima terça-feira (12). No Campo dos Alemães, será na quarta-feira (13) e no bairro Alto da Ponte a capacitação ocorrerá na quinta-feira (14).

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 07/03/2013

Vale considerado referencia de Desenvolvimento Tecnológico

Hoje no laboratório, amanhã em sua sala de estar. As incríveis tecnologias desenvolvidas em empresas, polos tecnológicos e universidades, que muitas vezes dão ares futuristas aos negócios, se tornarão corriqueiras daqui a algumas décadas.

Basta lembrar que a frigideira, a calça e o pacote de bolachas devem muito à pesquisa espacial. Foram as tecnologias desenvolvidas para a conquista do espaço que permitiram a criação do teflon, do velcro e do código de barras.

Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba, especialmente em São José dos Campos, várias dessas novas tecnologias já estão em desenvolvimento. Elas são usadas hoje para monitorar frotas de veículos, descobrir áreas de risco, vigiar multidões, tratar efluentes industriais, reduzir o desperdício na construção civil e construir aviões.

Mas serão capazes de levar inteligência e conforto ao transporte coletivo, por exemplo, permitindo que o usuário receba, no celular, informações de quais ônibus estão chegando ao ponto em que ele estiver. Para Margareth Lopes Leal, assessora técnica da Coordenadoria de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, as tecnologias serão incorporadas à vida das pessoas naturalmente. Do contrário, não há sentido em investir nelas.

“A tecnologia vai interferir cada vez mais na vida das pessoas, principalmente na superação dos problemas de metrópoles urbanas”, diz. Na região, Margareth destaca a aplicação dessa ênfase no Parque Tecnológico de São José dos Campos, considerado referência para todo o Estado, que tem 14 parques instalados e outros 14 em implantação. “O parque de São José é a nossa ‘menina dos olhos’. Muito bem estruturado, com visão de futuro e na qualidade de vida das pessoas. Essa é a boa tecnologia.”

O Deinter 1 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), órgão responsável por gerenciar a Polícia Civil nas 39 cidades do Paraíba, investe em tecnologia para conter a onda de violência no Vale. Com 449 assassinatos em 2012, a região é a mais violenta do interior do Estado há três anos.

Além dos sistemas atualmente em uso pela polícia, como Alpha, Guardião e Ômega, a corporação usa novos softwares conhecidos como “I2” que permitem uma análise visual da investigação, além do cruzamento de bancos de dados dos mais diversos.

Trata-se de um sistema usado pelas melhores polícias investigativas do mundo, como o FBI (a polícia federal norte-americana), a Scotland Yard (Inglaterra) e a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Os italianos usaram o I2 para investigar e prender mafiosos e os americanos, a Al-Qaeda de Osama bin Laden.

“O sistema é conhecido como ‘teia de aranha’ porque permite cruzar dados e investigar ligações entre criminosos de maneira fácil e rápida, com suporte tecnológico de primeiro mundo”, disse João Barbosa Filho, diretor do Deinter 1.

Segundo ele, uma análise de dados que demorava 15 dias para ser feita pelos policiais leva alguns segundo com o I2. O sistema é operado pela Polícia Civil sob licença do fabricante. Uma espécie de versão beta está rodando nos servidores do Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia Civil) até que o governo do Estado feche contrato com a empresa detentora dos direitos. O valor não foi divulgado. Na sala de inteligência do Deinter-1, analistas trabalham em computadores conectados ao I2 para investigar os diversos crimes na região. Ele permite aos policiais entender tramas criminosas complexas.

O Vale

Publicado em: 25/02/2013

Futuro de Metálurgicos começam a ser decidido hoje (16)

General Motors e Sindicato dos Metalúrgicos iniciam hoje a série de três reuniões para definir o futuro de 1.500 funcionários considerados excedentes e que podem ser demitidos no próximo dia 26 em São José. O risco é iminente. Pelo menos é a opinião de dirigentes empresariais ligados à indústria e representantes do poder público.

O próprio sindicato admite que a montadora já deixou claro que só aceita negociar novos investimentos para a planta da cidade se o grupo for dispensado. O dia 26 de janeiro é o prazo final de negociação, segundo acordo fechado no ano passado que deu uma trégua temporária nas dispensas e colocou 779 operários em layoff (contrato de trabalho suspenso).

A reunião de hoje começa às 9h na planta de São José. Os próximos encontros serão na sexta e na terça-feira. Os 1.500 operários ameaçados de demissão atuam no MVA, setor onde antes eram montados quatro modelos e hoje restou apenas o Classic. “O sindicato não aceita a demissão dos trabalhadores”, disse Luiz Carlos Prates, o ‘Mancha’, diretor do sindicato local.

Entre lideranças empresariais, o temor de cortes é grande, já que afetaria toda a cadeia produtiva da GM na região. Estima-se que mais 4.500 empregos, além dos 1.500 da montadora, seriam afetados. Para Mário Sarraf, diretor da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o sindicato precisa mudar sua postura frente às negociações.

“Essa posição inflexível do sindicato não é inteligente. Essa linha de divergência não está dando certo, está na hora de mudar e concordar com a empresa para evitar que ela deixe de investir na cidade”, disse Sarraf. Segundo Almir Fernandes, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, um acordo para novos investimentos acertado hoje demoraria de dois a três anos para ser concretizado, o que não afastaria o risco imediato de cortes.

“A empresa vai investir, produzir onde tenha mais lucros. O sindicato não aceitou investimentos em 2008, agora precisa entender que não há como manter esses funcionários considerados excedentes que para a empresa”, afirmou ele.

As propostas feitas pelo sindicato, desde a primeira reunião realizada em agosto de 2012, são a continuidade da fabricação do Classic em São José, a produção local de modelos que hoje são importados, a retomada da produção de caminhões, novos investimentos e acordo que garanta a estabilidade do emprego. “A empresa disse que pretende negociar novos investimentos. Mas antes, quer demitir 1.500”, disse Mancha.

Anteontem, o prefeito Carlinhos Almeida (PT) se reuniu com a direção da GM. Em nota, Carlinhos informou que fez um apelo à empresa para que reveja a situação e evite a demissão dos trabalhadores. A nota ainda diz que a prefeitura se colocou à disposição para intermediar o diálogo entre sindicato e montadora. A GM teria se comprometido a se reunir com o sindicato.

“Estamos realmente muito preocupados com a situação e vamos esgotar todas as possibilidades para reverter as demissões”, disse o petista em nota. Procurada ontem, a GM informou por meio da assessoria que não comentaria o assunto.

Em entrevistas anteriores, o diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan, confirmou o excedente não só de funcionários no complexo de São José, mas também de maquinário e espaço físico. O complexo de São José, inaugurado na década de 50, já chegou a empregar mais de 12 mil pessoas mas hoje não passa de 7.500.

O Vale

Publicado em: 16/01/2013

Futuro de ex-prefeito pode ser definido na política

Um encontro nesta semana com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve selar o futuro político d ex-prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB). Os tucanos devem se encontrar em São Paulo. Nos bastidores, circula a informação de que o ex-prefeito tem chances de ser convidado a comandar uma das secretarias do Estado.

A pasta de Desenvolvimento Metropolitano seria um dos possíveis destinos. O tucano também pode ser nomeado presidente da CPOS (Companhia Paulista de Obras e Serviços), empresa de economia mista ligada ao governo do Estado.

O atual diretor-presidente da CPOS é Ernesto Aparecido de Albuquerque, nomeado para o cargo pelo então secretário de Planejamento Emanuel Fernandes (PSDB), deputado federal e ex-prefeito de São José. A empresa atua na elaboração de projetos, construções e reformas de prédios públicos do Estado.

Procurado, Cury não foi localizado para comentar o assunto. Ele, que concluiu no dia 31 de dezembro um ciclo de oito anos à frente da Prefeitura de São José, está em férias com a família no Litoral Norte. Mas pessoas ligadas ao tucano admitiram a sondagem de Alckmin.

“Existe um convite para conversar, mas nada de concreto. Ele deve ir a São Paulo esta semana”, disse uma fonte ligada ao ex-prefeito. A possível ida de Cury para o governo do Estado está atrelada à reforma no secretariado promovida por Alckmin de olho nas eleições de 2014.

A primeira mudança foi a transferência do então secretário do Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido (PSDB), para a Casa Civil pasta que passou a se dedicar prioritariamente à articulação política do governo. Na semana passada, Alckmin anunciou José Aurichio Jr. (PTB) como novo secretário de Esportes. Aurichio, que já foi prefeito de São Caetano por dois mandatos.

Aliados do governador apontam o nome do ex-prefeito como favorito no cenário político. Entretanto, a pasta ainda seria uma incógnita. “Como o governador Alckmin vai fazer uma reforma no secretariado, o ex-prefeito Eduardo Cury é uma excelente referência. Ele poderia contribuir no Planejamento e também na Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano”, disse o deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV).

O Vale

Publicado em: 15/01/2013

Futuro do PSDB fica ameaçado na cidade

Os tucanos de São José estão apreensivos e preocupados com o futuro do PSDB. Mais de um mês após as eleições, o partido ainda não curou totalmente a ressaca da derrota nas urnas. A cúpula tucana permanece em silêncio sobre os rumos da legenda. O prefeito Eduardo Cury, por exemplo, evita o assunto. Na semana passada, disse que o partido deve fazer reunião para definir diretrizes, mas foi evasivo. Limitou-se a dizer: “procurem o presidente do partido sobre isso”.

Nos bastidores, os tucanos têm trocado informações, mas cobram um posicionamento mais claro da direção do partido, comandada por Alexandre Blanco, que se encastelou após perder a eleição para Carlinhos Almeida (PT). Blanco foi procurado várias vezes por O VALE, mas se recusou a dar entrevista. “É natural que o Alexandre precisa de um tempo, mas já está na hora de ele começar a se movimentar. O partido precisa caminhar”, disse um integrante do partido.

Ex-presidente do PSDB, Sebastião Dominguez avalia que o desempenho de Blanco nas urnas foi melhor do que o esperado e que agora é preciso pensar no futuro e organizar o partido para ser oposição ao PT. “O Alexandre se saiu melhor nas urnas do que se prenunciava. Acho que agora temos que pensar no futuro, auxiliar bancada de vereadores e começar a pensar em 2014.”

Para Dominguez, o resultado das urnas mostra que o PSDB tem um grande espaço político na cidade. Blanco ficou em segundo lugar, com 153.011 votos (43,15%). Dominguez e outros integrantes da legenda, como a secretária de Defesa do Cidadão, Marina de Fátima de Oliveira, acreditam que nos próximos meses haverá uma depuração nos quadros do PSDB. “É natural que isto ocorra. Muitos que estavam no poder apenas por adesão vão deixar a legenda”, afirmaram.

Na Câmara, integrantes da bancada tucana que se reelegeram pontuaram que vêm insistindo para que ocorra uma reunião do diretório este ano para avaliar o quadro político. “Logo depois das eleições pedimos uma reunião do diretório. O encontro até chegou a ser marcado, mas não aconteceu”, disseram Juvenil Silvério e Fernando Petiti.

Uma das preocupações é com relação à atuação da bancada. “Já que ninguém sinaliza nada, os vereadores estão se virando sozinhos. Isso não é bom”, afirmou Juvenil. Para ele, o partido precisa se posicionar. “Vai haver unidade na bancada? Vamos ter eleição da nova mesa da Câmara. Como vamos nos posicionar?”, questionou o tucano.

Para o analista político Alacir Arruda, o PSDB precisa incentivar o surgimento de novas lideranças, principalmente jovens, para arejar o partido e ficar em sintonia com demandas da população. “A primeira coisa que o PSDB precisa fazer em São José é seus caciques acertarem os ponteiros. Emanuel e Cury precisam falar a mesma língua para que o partido possa sair dessa situação”, afirmou.

Segundo ele, é hora de o PSDB juntar os cacos. Na avaliação dele, o PSDB tem dificuldade de ser oposição. Arruda lembra que um dos pilares da democracia é a existência de oposição, senão vira ditadura. “É obrigação do PSDB fazer esse papel, sob o risco de assistir a um crescimento geométrico do PT”.

O Vale

Publicado em: 19/11/2012

Cidade cria novo modelo arquitetônico para o futuro

São José dos Campos precisa tomar uma decisão: crescer e garantir a qualidade de vida dos habitantes ou tornar-se um amontoado conflitante entre pessoas, veículos e edificações. Para arquitetos, empresários e urbanistas ouvidos pelo O VALE, o município está no limiar para responder à questão. O que se fizer a partir de agora terá repercussão pelas próximas décadas.

Nesse contexto, a arquitetura da cidade pode (e deve) contribuir mais para o desenvolvimento planejado, ousado e inovador da metrópole do Vale. É o que dizem os especialistas. É pouco o que foi feito até agora. Inspiradora, a arquitetura de São José tem em seu DNA grandes mestres do país, mas padece da falta de ousadia.

Arrojo que pode mudar o jogo em favor da qualidade de vida, diz Ricardo Veiga, considerado um dos mais importantes arquitetos da cidade. Para ele, antes de qualquer coisa, é preciso pensar em um plano de transporte de massa “ambicioso”, como um metrô de superfície.

“Se não incentivarmos as pessoas a deixarem o carro em casa, não haverá estrutura viária suficiente”, justifica, ponderando que tal plano deverá ser subsidiado pelo poder público. “Dizem que o metrô não é comercialmente viável, mas foi assim em todo lugar do mundo. Agora pense em São Paulo sem ele hoje em dia.”

Ainda mais crítico ao atual planejamento urbano de São José, o arquiteto Flávio Mourão aponta uma área sensível aos administradores e empresários: a integração entre espaço público e privado. Muros, barreiras fechadas e apropriação do espaço público pelo privado, segundo ele, são características de uma cidade que segrega cada vez mais seus cidadãos. “Ser sustentável não é só reaproveitar materiais e recursos, mas integrar as pessoas dentro da cidade.”

Ainda trabalhando aos 104 anos, mas atualmente internado em razão de uma desidratação, Niemeyer é autor do projeto que criou o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial). Levi é autor do desenho da casa Olivo Gomes, no Parque da Cidade, com paisagismo de Burle Max. O arquiteto também criou instalações para a Tecelagem Parahyba.

“Os modernistas Niemeyer e Levi, respectivamente representantes das escolas carioca e paulista de arquitetura, deixaram um acervo muito rico para os profissionais da cidade”, diz o arquiteto Ricardo Veiga. Segundo ele, a dupla deu impulso aos pioneiros da arquitetura feita na cidade, como Luis Erasmo de Moreira e Willi Pecher, ambos falecidos, e Rosendo Santos Mourão, em atividade aos 85 anos.

“Vim do Nordeste para trabalhar com Niemeyer no Rio e depois em São José. Acabei voltando à cidade e ficando de uma vez por todas”, conta Mourão, que projetou marcos da arquitetura moderna em São José, como o prédio San Marco, na avenida Madre Tereza.

Coordenador do curso de arquitetura da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), Emmanuel Santos também coloca o arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928), que projetou o Vicentina Aranha, entre as grandes referências da arquitetura na cidade. Para ele, tal acervo deixou de inspirar os projetos nas últimas décadas. “Falta ousadia formal, estilística e estética, com raras exceções”, diz ele. Ele sugere a novos profissionais que não sigam apenas os “movimentos de mercado”.

O Vale

Publicado em: 22/10/2012

Orçamento de R$2 bilhões é valor estimado para novo Prefeito

O futuro prefeito de São José dos Campos, que será escolhido no próximo domingo (7), terá um orçamento de quase R$ 2 bilhões para administrar em 2013. Essa é a previsão orçamentária encaminhada pela prefeitura à Câmara na manhã desta segunda-feira (1). De acordo com a previsão de arrecadação, o futuro prefeito terá à disposição um orçamento de R$ 1.837.493 bilhão no próximo ano.

O valor representa crescimento de 6,18% em relação à previsão orçamentária deste ano de R$ 1.730.600 bilhão. A prefeitura não informou até a manhã desta segunda-feira (1) de que forma o valor será gasto e não quis divulgar a previsão. A proposta ainda será votada na Câmara. Para efeito de comparação, Campinas tem orçamento 2013 previsto em R$ 3,7 bilhões e Arapeí, a menor cidade do Vale do Paraíba, tem orçamento previsto de R$ 14,8 milhões.

G1 (Vnews)

Leilão do oTrem Bala é definido depois de 2 anos

A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) divulgou ontem a minuta do novo edital e do contrato de concessão do trem-bala, que vai ligar o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, e marcou para o dia 29 de maio de 2013 o leilão da ferrovia de alta velocidade.

O TAV (Trem de Alta Velocidade) vai cortar a Região Metropolitana do Vale do Paraíba, onde terá obrigatoriamente pelo menos duas estações uma em Aparecida e outra a ser definida pelo operador do sistema. São José dos Campos é a cidade que tem maior possibilidade de ter a segunda prada do TAV.

A ANTT abriu audiência pública sobre as minutas do edital e do contrato de concessão do TAV aos interessados entre 23 de agosto e 24 de setembro de 2012, para receber contribuições de interessados.  A agência também irá promover audiências presenciais para apresentação da documentação disponibilizada e para receber contribuições ao projeto.

Na RMVale serão realizadas duas audiências. A primeira será no dia 13 de setembro, em um hotel de São José dos Campos. No dia seguinte, a audiência será em Aparecida, no Santuário Nacional. Ambas serão das 9h às 13h. Após o fracasso de dois leilões, realizados entre 2010 e 2011, o governo dividiu a concessão do trem-bala em duas etapas.

A primeira será para definir a empresa que vai fornecer e implantar a tecnologia do trem-bala (trilhos, sistemas e o material rodante) e da manutenção e operação do sistema. A segunda etapa, para a contratação das obras civis para a construção da ferrovia, deve ser em 2014.

A previsão da ANTT é que o TAV esteja em operação até 2020. Executivos da agencia acreditam que trechos do trem-bala devem ser operados a partir de 2018. Por enquanto, está mantido o custo inicial, no valor de R$ 33 bilhões, mas possivelmente deve ser revisto.

Segundo a minuta do edital, foi mantida a tarifa teto cobrada aos passageiros de R$ 0,49 por quilômetro, valor definido em setembro de 2008. Essa tarifa só vale para a viagem entre Rio e São Paulo pela classe econômica. Hoje, o bilhete para o trecho custaria no máximo R$ 201,88. A previsão da ANTT é que a demanda de passageiros para o TAV em 2020 será de 42 milhões de pessoas. A nova ferrovia medirá 510 km.

O Vale