A parada de manutenção da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos, programada para começar no próximo dia 19 de setembro, abriu mais 2.000 vagas de emprego temporário na região. Na maioria, os postos de trabalho são para atividades na área da construção civil. Negociação entre a Prefeitura de São José, a Petrobras e o Sindicato da Construção Civil prevê o preenchimento de 60% das vagas com trabalhadores da cidade. Todos eles serão contratados por um período definido por empresas terceirizadas. O PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de São José criou um banco de vagas para atender os candidatos ao emprego. Eles têm que se cadastrar no serviço, que atende na região central da cidade, e indicar a vaga pretendida.
Segundo a Revap, a parada de manutenção começa dia 19 e deve durar 31 dias. Também serão feitas atualizações tecnológicas dos processos industriais e equipamentos da refinaria. Os principais serviços realizados serão na Unidade de Destilação Atmosférica e nas unidades mais novas, inclusive a de Coque. Para tanto, a Petrobras irá gastar cerca de R$ 300 milhões. “As paradas ocorrem de forma programada na Petrobras com o objetivo de manter o alto nível de segurança e o desempenho das instalações para maior confiabilidade e eficiência operacional”, disse a companhia, por meio de nota. Ao todo, o trabalho de manutenção e atualização exige força de trabalho extra de 6.500 pessoas, das quais ainda restam a ser contratadas 2.000. A preparação para a paralisação da refinaria vem sendo feita desde julho, segundo o Sindicato da Construção Civil de São José.
“Estamos conversando com as empresas para dar preferência à mão de obra local”, disse o sindicalista Antônio Santos do Nascimento. Segundo ele, o que pode atrapalhar a contratação de pessoas da região é a falta de experiência. “As empresas estão procurando gente com experiência em refinaria, por causa do tempo curto para treinamento.” Para Miranda Ueb, secretário de Relações do Trabalho de São José, os trabalhadores da cidade que preencherem os requisitos das vagas deverão ser contratados. “É o que foi negociado. As empresas estão respeitando essa questão. Estamos confiantes nessas vagas”, disse ele. Sobre a preferência na contratação, a Petrobras informou que “tem sensibilizado as empresas que assinaram os contratos de serviços a buscarem a contratação de mão de obra local”.
A contratação de 6.500 trabalhadores temporários para a parada de manutenção da Revap vai aquecer o mercado da construção civil neste final de ano, segundo o sindicato da categoria. Do total de vagas, ainda restam 2.000 a ser preenchidas. Os candidatos devem procurar o PAT de São José. Segundo Antônio Santos do Nascimento, diretor do Sindicato da Construção Civil de São José, a parada de manutenção da Revap compreende três fases: antes, durante e depois. “Há pessoas contratadas desde julho, quando começou a preparação para a parada. Isso está aquecendo muito o mercado na cidade e região”. Nascimento disse que muitos trabalhadores que haviam sido dispensados de outras obras na cidade, em razão da desaceleração do mercado, encontraram uma nova oportunidade na Revap, mesmo que por tempo determinado.
“Sabemos que os empregos serão por alguns meses, mas isso faz diferença no currículo”, afirmou o sindicalista. Ele não descarta, porém, que os trabalhadores que se derem bem no serviço possam ser efetivados. A Petrobras investiu R$ 9 bilhões em obras de modernização da Revap (Refinaria Henrique Lages), que praticamente dobrou de tamanho. O total de funcionários subiu de 500 para 900, sendo 60% contratados no Vale do Paraíba. A partir de setembro, a Revap vai gastar R$ 300 milhões em manutenção e R$ 100 milhões em obras de eficiência produtiva.
O PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de São José é o principal endereço para os candidatos às vagas na Revap. Segundo Anderson Martino, diretor técnico da Secretaria de Estado do Emprego e Relações do Trabalho, os interessados devem fazer o cadastro o mais rápido possível no PAT, que disponibiliza as informações às empresas.