São José tem saldo positivo de empregos em 2013

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São José dos Campos obteve saldo positivo de 979 empregos com carteira assinada em 2013. Foram 103.531 admissões contra 102.552 desligamentos de trabalhadores. Os dados foram divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, nessa terça-feira (21).

No ano, o setor de serviços foi o que apresentou melhor desempenho, com 55.688 contratados, alcançando um saldo positivo de 1.253 novos postos de trabalho gerados no período. O comércio foi responsável pela contratação de 23.472 pessoas, enquanto a construção civil obteve um saldo de 279 trabalhadores empregados. A indústria contratou 10.846 operários e dispensou 11.778.

Para o ano de 2014, o objetivo da Prefeitura é ampliar os programas de qualificação de trabalhadores no município para que os profissionais possam acompanhar as mudanças no mercado de trabalho e adequar o perfil às necessidades dos setores econômicos da cidade.

Prefeitura abre inscrição para cursos gratuitos do ‘Qualifica’

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Serão abertas a partir de segunda-feira (13) as inscrições para diversos cursos gratuitos do programa Qualifica São José, coordenados pela Secretaria de Relações do Trabalho e oferecidos por meio de parceria com o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Senac.

Com essa iniciativa, a Prefeitura de São José dos Campos vai abrir, na primeira etapa, 1.163 vagas para 25 cursos nas áreas de indústria, comércio e serviços. Outros 14 cursos gratuitos começam a partir de março, oferecendo mais 2.452 vagas, totalizando mais de 3.615 vagas no semestre.

São cursos de formação básica destinados a desenvolver a capacitação para o trabalho em setores como os de turismo e gastronomia, prestação de serviços e aperfeiçoamento profissional, além dos segmentos de produção automobilística e vestuário.

Os interessados nos cursos do Senai poderão se inscrever a partir de 13 de janeiro. Para os cursos do SENAC, as inscrições começam em 27 de janeiro. As inscrições serão feitas pelo site da Prefeitura (www.sjc.sp.gov.br) e será aceita apenas uma por candidato, que deve ter idade superior a 16 anos.

A seleção vai priorizar pessoas desempregadas, com maior grau de vulnerabilidade social e necessidade econômica, determinada pelo próprio sistema, conforme as informações geradas pelos candidatos no ato da inscrição. O resultado da classificação poderá ser consultado também no site da Prefeitura.

Os cursos em parceria com o SENAC são os seguintes: a arte de encantar o cliente, agente de turismo receptivo, almoxarife, atendimento e segurança em condomínio, auxiliar administrativo, auxiliar de contabilidade, auxiliar de cozinha, bartender, camareira, copeiro, cuidador de idosos, garçons e garçonetes, gastronomia, higiene e manipulação dos alimentos, inglês para profissionais de turismo, mensageiro em meios de hospedagem, operador de telemarketing, pizzaiolo, recepcionista, salgadeira, vendedor, vigias e trabalhadores autorizados em espaços confinados.

Cursos em parceria com o SENAI, primeira etapa: pintor automotivo e pintor de obras. Cursos em parceria com o SENAI, a partir de março: Auxiliar de Funileiro, Costureiro de Costura Reta e Overloque, Excel Avançado, Informática Básica, Montagem e Manutenção de Microcomputadores, Pedreiro Revestidor, Programação e Operação de Torno CNC, Programação e Operação de Torno CNC.

Cidade tem mais de 300 vagas abertas pela Industria

Pelo segundo mês consecutivo este ano, o nível de emprego industrial na microrregião de São José dos Campos registrou saldo positivo, mostra pesquisa divulgada ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). A variação de contratação das indústrias em junho ficou em 0,58% o que significa um aumento de aproximadamente 300 postos. O bom resultado foi puxado pelos setores de Máquinas e Equipamentos que registrou variações positivas (4,57%) na geração de postos de trabalho. Também contribuiram os setores Outros Equipamentos de Transportes (1,49%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (1,45%), Produtos de Minerais Não Metálicos (0,48%) e Produtos de Borracha e Material Plástico (0,37%), mostra a pesquisa. No acumulado do ano, São José o saldo de criação de vagas ainda é negativo de 700 postos de trabalho.

“Os dados de maio e junho mostram leve recuperação de postos de trabalho. A expectativa para o segundo semestre também é positiva”, disse o gerente da representação regional do Ciesp em São José, Fabiano de Sousa. Ele lembrou que essa recuperação não significa abertura de novos postos. “O que ocorre é uma recuperação de postos de trabalho”, frisou. Em Taubaté, o resultado de junho interrompeu o bom desempenho verificado em meses anteriores. No mês passado, a variação do emprego na microrregião, que reúne 28 cidades, foi negativa em 0,73%, o que significa uma redução de aproximadamente 400 postos de trabalho.

No entanto, no acumulado do ano, o saldo é positivo, com acréscimo de 2.100 vagas. O diretor administrativo do Ciesp local, José de Arimathéa Campos, afirmou que o resultado negativo verificado no mês passado é sazonal. “Nos últimos três anos, junho teve desempenho negativo”, declarou. Ele avalia que deve ser por ajustes no quadro de pessoal das empresas. “A tendência para o segundo mestre é positiva, pois novas empresas estão se instalado na região e vão gerar empregos”, afirmou. Em Jacareí, o saldo de empregos na indústria da microrregião também foi positivo, de 0,63%, o que significou um acréscimo de aproximadamente 100 postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo permanece positivo, de 2,25%, o que representa acréscimo de 300 vagas.

Embraer cria nova geração de novos Jatos na cidade

Nove anos após ter entrado em operação, os jatos da Embraer para a aviação comercial entre 70 e 120 assentos vão ganhar uma segunda geração de aeronaves, que deve garantir a permanência da família no portfólio da empresa pelo menos por mais 20 anos. O lançamento oficial do projeto ocorrerá ainda este ano, mas sem data prevista.

Existe expectativa de que a companhia anuncie o lançamento durante a Paris Air Show, em Le Bourget, a maior e mais importante feira mundial de aviação, que será realizada em junho. A previsão é que a nova geração de jatos comerciais da companhia entre em operação a partir de 2018. Sucesso de vendas, os EJets 170/190 vão passar por modernização tecnológica, chamada de remotorização.

A Embraer já selecionou as empresas que vão modernizar a família para a segunda geração de aviões. Os novos jatos serão equipados com motores Pratt & Whitney e sistemas aviôni-cos da Honeywell. Os atuais voam com motores GE. A UTC Aerospace Systems fornecerá o sistema de geração e distribuição elétrica, rodas e freios de carbono, e a Unidade de Potência Auxiliar (APU) da Pratt & Whitney. Segundo a Embraer, os motores de última geração resultarão em melhorias de dois dígitos no consumo de combustível, manutenção e ruídos externos.

Desde o lançamento dos EJets, em 2004, a Embraer já comercializou 1.136 aeronaves da família, segundo informações da empresa. Já foram entregues 925 jatos e a companhia possui uma carteira firme de encomendas de 211 unidades. O Embraer 190 é o modelo mais vendido, com um total de 556 encomendas firmes e 264 opções. Foram feitas 459 entregas e a carteira tem 97 pedidos firmes, segundo o balanço financeiro do primeiro trimestre da empresa, divulgado no dia 29 de abril.

Após amargar um período de três anos de baixas vendas por causa da crise econômica mundial, a Embraer voltou a fechar bons negócios este ano na aviação comercial. O reaquecimento do mercado aeronáutico proporcionou à empresa retomar as vendas para os Estados Unidos, principal destino da suas aeronaves para a aviação comercial. O modelo Emb raer 175 é o destaque. As aéreas norte-americanas estão renovando a sua frota de jatos de 50 assentos para modelos de 70 a 80.

No começo do ano, a empresa anunciou a venda de 47 jatos desse modelo para a Republic Airways com opção para a compra de mais 47 unidades, negócio que pode atingir US$ 4 bilhões. Para a America Airlines, foram vendidos 30 jatos 175 com opção para mais 40. A Embraer registrou recuo de 67% no lucro líquido apurado no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa registrou lucro de R$ 61,7 milhões ante R$ 187,6 milhões no período comparado. A companhia faturou no primeiro trimestre R$ 2,156 bilhões. As entregas também foram menores em relação a 2012.

O Vale

Publicado em: 13/05/2013

Ecônomia deve ter investimento do PLR de Metalúrgicos

Os dois maiores sindicatos de metalúrgicos da região, o de São José dos Campos e o de Taubaté, que representam 65 mil trabalhadores, começaram a negociar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2013. A expectativa é que o benefício injete cerca de R$ 320 milhões na economia da região até o final do ano a PLR é paga, normalmente, em duas parcelas, em agosto deste ano e fevereiro do ano que vem.

Ambos os sindicatos iniciaram a campanha de negociação da PLR em março, que envolve cerca de 1.330 empresas em 15 cidades. Os sindicalistas estão realizando assembleias com os trabalhadores, desde a semana passada, para aprovar a negociação e encaminhar o pedido de reunião com os empresários. Os valores variam de acordo com a empresa, levando-se em conta o número de funcionários e o tamanho da companhia.

“Creio que vai ser uma negociação muito dura e difícil, em razão dos problemas com a economia”, disse Ademir Tavares da Paixão, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José responsável pelas empresas da região sul da cidade.

Em São José, a única grande empresa que já fez proposta para a PLR foi a TI Automotive, que ofereceu R$ 8.600 aos trabalhadores o valor também contempla o abono salarial. Segundo o sindicato, os trabalhadores rejeitaram o valor proposto, mas concordaram com o pagamento combinado de PLR e abono. Na General Motors, o acordo assinado com o sindicato no ano passado prevê o congelamento do valor da PLR, em torno de R$ 12 mil. Só as metas serão negociadas. Entre as grandes empresas, apenas a Embraer não negocia direto com o sindicato.

Ontem, os trabalhadores da LG Electronics de Taubaté aprovaram em assembleia a proposta para a PLR, que deve injetar R$ 15 milhões na economia da cidade. A LG de Taubaté tem cerca de 2.600 trabalhadores e produz celulares, notebooks, monitores e máquinas de lavar. “A proposta aprovada da PLR reafirma a agenda positiva de valorização dos trabalhadores e da busca de investimentos para a unidade de Taubaté”, disse Isaac do Carmo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.

O Vale

Publicado em: 19/04/2013

Cidade tem vaga aberta de estágio para Embraer

A Embraer, de São José dos Campos, abriu 200 vagas de estágio para estudantes do penúltimo e último anos de engenharia. O processo seletivo é conduzido pelo Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), de São José. As oportunidades são voltadas a estudantes dos penúltimo e último anos de cursos superiores de engenharias da computação, eletrônica, mecânica e produção, além dos ligados à tecnologia da informação.

Os candidatos devem residir em São José dos Campos, Caçapava, Jacareí ou Taubaté, informa o Ciee. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail: [email protected], indicando “Embraer” no campo assunto. O Ciee informa que as inscrições permanecerão abertas até o preenchimento de todas as vagas.

A Embraer oferece bolsa-auxílio de R$ 1.176 (para estudantes do penúltimo ano) e R$ 1.363 (para estudantes do último ano), além de transporte fretado, refeição no local e assistência médica. Conhecimento na língua inglesa é pré-requisito.

Após enfrentar um período de turbulências, entre 2009 e 2011 por causa da crise econômica internacional, a companhia voltou a recompor o seu quadro de funcionários em São José. No final do ano passado, a Embraer possuia 18.223 empregados, mais próximo do pico de contratação, que aconteceu em 2008, quando a empresa registrou quadro de pessoal com mais de 20 mil empregados em suas unidades. Segundo a companhia, 58% dos seus empregados possui ensino médio. Outros 34% dos funcionários têm graduação em nível superior. Os que possuem pós-graduação somam 5% dos trabalhadores.

O Vale

Publicado em: 16/04/2013

Embraer tem vistoria para garantir o mercado no Vale

A confirmação da Embraer Defesa e Segurança como fornecedora de 20 aeronaves Super Tucano para a Força Aérea dos Estados Unidos, anunciada anteontem, abre uma perspectiva positiva de mercado para o setor aeronáutico na região.

Para especialistas, a medida pode ‘desencantar’ o programa F-X2, que prevê a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira. Para empresários e lideranças da área, a Embraer, com sede em São José dos Campos, garante entrada no maior mercado de defesa do mundo, que deve beneficiar e fortalecer a cadeia produtiva no Vale do Paraíba.

“Avião brasileiro é símbolo de avião de qualidade. É mais uma demonstração de competência e tende a nos ajudar quando formos nos apresentar no mercado dos Estados Unidos”, disse Graciliano Campos, presidente da Novaer Craft, empresa incubada na Univap (Universidade do Vale do Paraíba). O objetivo de Campos é fabricar aviões monomotores de quatro lugares que devem ser vendidos no mercado brasileiro, América do Sul e, futuramente, nos EUA.

“Tudo o que a Embraer vende tem reflexo positivo na cadeia produtiva”, disse Agliberto Chagas, gerente do (Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista). Para ele, a vitória da Embraer pode gerar novos empregos na região e garante a manutenção de milhares de postos de trabalho. “Entrar no mercado da maior potência do mundo é o carimbo da competência”, afirmou Chagas. Segundo Sebastião Gilberti Cavali, secretário de Desenvolvimento Econômico e Ciência e Tecnologia de São José, a Embraer é um motivo de orgulho. “Sinônimo de competência e vitrine para o mundo”.

A vitória da Embraer na concorrência nos EUA trouxe à tona o programa F-X2 da FAB (Força Aérea Brasileira), que se arrasta desde 2001. Para Expedito Bastos, pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), a notícia pode, de alguma forma, apressar o andamento da escolha do vencedor.

“Quem sabe agora o F-X2 desencanta. A escolha da Embraer para fornecer equipamentos e aeronaves para o setor militar dos Estados Unidos é muito importante para todo o Brasil”, afirmou ele. O anúncio da vitória pode beneficiar o caça norte-americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing já apontado pela FAB como melhor opção para modernizar a frota brasileira. Em junho do ano passado, Embraer e Boeing assinaram um acordo de cooperação para o programa KC-390, que é um  projeto da Força Aérea Brasileira, para o qual a Embraer foi contratada, em abril de 2009, para desenvolver um cargueiro militar.

O acordo prevê o compartilhamento de conhecimentos técnicos específicos e a avaliação conjunta de mercados onde poderão estabelecer estratégias de vendas no segmento de aeronaves de transporte militar de médio porte. “É um ganho de integração de sistema e transferência de tecnologia”, disse Bastos.

Concorrência.
Ontem, a Força Aérea dos Estados anunciou a Embraer Defesa e Segurança como vencedora da concorrência avaliada em US$ 427 milhões para o fornecimento inicial de 20 aeronaves Super Tucano para o programa LAS (Light Air Support), ou apoio aéreo leve. Há expectativa de compra de mais aeronaves, podendo chegar a 55, em um contrato de até US$ 1,1 bilhão.
As aeronaves serão fornecidas em parceria com a Sierra Nevada Corporation e utilizadas em missões de treinamento avançado em voo, reconhecimento aéreo e apoio aéreo tático, com finalidade de operar em missões de vigilância de fronteira e ataques contra insurgência no Afeganistão e segurança nacional.

O Vale

Publicado em: 01/03/2013

Industria da região tem queda nos empregos em um ano

O setor industrial da Região Metropolitana do Vale do Paraíba amargou a perda de 4.750 postos de trabalho nos últimos 12 meses, o segundo pior resultado da história. O primeiro ocorreu de junho de 2011 a junho de 2012 quando foram fechados 5.000 empregos formais, com carteira assinada.

A retração do emprego na indústria da região, principal mola da economia da RMVale, tem pior cenário nas cidades da região de Taubaté, que reúne 28 cidades, onde foram fechadas 2.400 vagas entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano.

O setor industrial da região de São José dos Campos, que reúne oito cidades, perdeu 2.100 postos de trabalho no mesmo período. Já a região de Jacareí, composta por três cidades, perdeu 250 empregos com carteira assinada no período de 12 meses, segundo o estudo.

Dirigentes das delegacias regionais do Ciesp analisam que o cenário foi ruim em 2012 por causa da crise da economia na Europa, prejudicando a exportação, a alta carga tributária (custo/Brasil) e a competição dos produtos importados, principalmente da China e da Índia.

Para Fabiano de Sousa, gerente regional do Ciesp São José, a região de São José não ficou fora da realidade em geral que foi ruim, mas sentiu muito as perdas. “O número equivale ao fechamento de uma grande empresa. É é um dos piores resultados da história”. Segundo Sousa, os vilões da alta queda são os setores de autopeças, aeropeças e produtos químicos.

Para 2013, a perspectiva é de recuperação de parte dos postos de trabalhos perdidos. “Esperamos que em 2013 essa situação se reverta”. De acordo com Sousa, as medidas tomadas pelo governo federal, como desoneração na folha de pagamento e redução nos juros e de encargos sociais e redução de energia serão sentidas somente no segundo semestre deste ano.

Em Taubaté, o gerente regional do Ciesp, José de Arimathéa Campos, relatou que o setor de papel e celulose é o que enfrenta maiores dificuldades. “São números acumulados que devem ter melhora no meio do ano”, disse ele. Em janeiro de 2013, A região de São José registrou saldo negativo de 15 vagas comparado ao mesmo período do ano passado. Na contramão, a regional de Taubaté apresentou acréscimo de 800 postos de trabalho, alta de 1,52%. E Jacareí somou mais 100 empregos formais.

O Vale

Publicado em: 20/02/2013

Indústrias da cidade retomam ritmo de exportação

As indústrias de São José dos Campos estão recuperando o nível de exportações e ampliando a cada ano as vendas ao exterior. É o que demonstra o Balanço Comercial dos Municípios pelo Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (Mdic). Com exportações no valor de US$ 6,3 bilhões, São José se destaca como o quinto maior exportador no ranking de municípios do Mdic.

O resultado revela ainda que a cidade está recuperando o crescimento que vinha registrando antes da crise de 2009. Nos últimos quatro anos, o município recuperou 29% no volume das exportações e atingiu o patamar que vinha desenvolvendo nos anos de 2006 e 2007, acima dos US$ 6 bilhões. Os dados foram anunciados oficialmente nesta segunda-feira (28).

De acordo com o levantamento, as exportações registradas no município em dezembro passado somaram US$ 744.444.136 esse total é 8,8% a mais que o apurado em novembro e o mais expressivo de todo o ano. A balança comercial também foi positiva, com saldo final da ordem de US$ 506 milhões no ano, o saldo foi de US$ 2,68 bilhões.

Aviões, peças e equipamentos aeronáuticos, automóveis e eletrônicos foram os produtos com maior expressão no total das exportações de São José dos Campos. No ranking dos maiores exportadores, o município foi superado somente por São Paulo e Rio de Janeiro e pelas regiões portuárias de Angra dos Reis (RJ) e Parauapebas (PA).

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 29/01/2013

Em 2012 industrias da região tem baixo desempenho

As indústrias da região fecharam no ano passado 4.400 empregos formais, com carteira assinada, segundo levantamento divulgado ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Os números contrastam com o balanço dos dois últimos anos, quando o saldo foi positivo, de 2.200 em 2011 e 7.150 em 2010, mesmo ainda com o rescaldo da crise de 2008 que afetou a indústria.

Para os empresários, o mau desempenho é resultado da concorrência com produtos importados, principalmente os chineses. “O poder de compra do consumidor aumentou, mas a indústria não conseguiu acompanhar o ritmo e nem competir com os preços dos importados porque o ‘Custo Brasil’ é muito alto”, disse Almir Fernandes, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José.

Entre as três regionais, São José teve o pior resultado do ano com o fechamento de 2.200 postos de trabalho, contra a abertura de 1.300 vagas em 2011. Segundo Fernandes, os ‘vilões’ são os setores de aeropeças e autopeças que desde a crise de 2008 não conseguiram recuperar mercado. A regional de São José é formada por oito cidades, entre elas, Caçapava, Caraguatatuba e Jambeiro.

Formada por 28 cidades, a regional de Taubaté registrou saldo negativo de 1.950 empregos em 2012 contra saldo positivo de 100 postos de trabalho em 2010. Os setores de metal, borracha, plástico e químico foram os que mais demitiram na regional. “O crescimento da importação faz cair a produção dos nossos produtos. A competição é muito difícil”, disse José de Arimathéa Campos, diretor executivo do Ciesp de Taubaté.

O fechamento de 250 vagas no ano passado é resultado da má fase dos setores de transformação, borracha, papel, têxtil e metal em Jacareí. “Desde 2009, temos perdido empregos com carteira assinada. É preciso ser mais competitivo para voltar a crescer”, disse Ricardo de Souza Esper, diretor do Ciesp de Jacareí.

Os dados do Ciesp apontam que só em dezembro São José contratou 100 pessoas com carteira assinada, Taubaté demitiu 600 no mesmo período e Jacareí fechou 200 postos de trabalho. Após um ano ruim, as indústrias da região esperam a recuperação a partir do primeiro trimestre de 2013. O otimismo se deve às medidas tomadas pelo governo federal, como desoneração na folha de pagamento e redução nos juros e de encargos sociais. “Vamos sentir o impacto este ano. Tomara que 2013 seja melhor”, disse Fernandes.

O prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), decidiu reavaliar o projeto de lei de incentivos fiscais elaborado pelo seu antecessor, Eduardo Cury (PSDB). A proposta chegou a ser encaminhada à Câmara, mas encontrou resistência, o que levou o ex-prefeito tucano a recuar. Carlinhos disse anteontem, em um encontro com empresários da cidade, que vai retomar a discussão sobre a proposta com os vereadores.

“Vamos discutir o que é preciso para retomar esse projeto para que possamos definir se vamos retirar, apresentar outro, aperfeiçoar ou negociar com a Câmara alterações na proposta”, afirmou o prefeito. Carlinhos declarou ao empresariado que já determinou ao secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Sebastião Cavali, para que trate da questão.

Quando em tramitação no Legislativo, a proposta da nova lei de incentivos fiscais para dar mais competitividade ao município gerou muita polêmica entre vereadores do bloco governista. Entre os principais questionamentos estava a proposta de criação de um fundo para financiar a instalação de empresas com recursos públicos.

O projeto também foi taxado de muito elitista e de privilegiar apenas o segmento de alta tecnologia e deixar micros e pequenas empresas em segundo plano. Para o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, a proposta de Cury foi elabora sem consulta aos segmentos interessados.

O Vale

Publicado em: 23/01/2013