O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ameaça fazer novas paralisações na Embraer. Segundo a entidade, em negociação realizada nesta quinta-feira, os representantes do setor aeronáutico mantiveram a proposta de reajuste de apenas 6,07% mesmo após a greve-relâmpago que paralisou a produção da empresa por quatro horas, na última terça-feira.
A negociação aconteceu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista. O sindicato fez uma contraproposta de 10% de reajuste sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical. A Embraer, segundo o sindicato, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial. Em outras empresas, os metalúrgicos teriam conquistado reajustes entre 8% e 10%.
Com o impasse, o sindicato informou que os trabalhadores devem partir para novas mobilizações nos próximos dias, a exemplo do que foi feito esta semana. Os trabalhadores pararam a produção na terça-feira para pressionar a empresa a reabrir as negociações da Campanha Salarial. Segundo o sindicato, 6.000 trabalhadores da produção e setor administrativo ficaram parados em frente ao portão principal da Embraer e ao longo da avenida Faria Lima. Após a paralisação, os representantes do setor agendaram uma nova reunião com o sindicato.