Coleta seletiva de São José pode parar na 2ª feira

Funcionários da coleta seletiva da Urbam (Urbanizadora Municipal), de São José dos Campos, ameaçam entrar em greve a partir da próxima segunda-feira por equiparação salarial com coletores do lixo orgânico, contratados da Cavo Serviços e Saneamento.

Segundo Marcelo Ribeiro da Silva, presidente do Seaac (Sindicato dos Empregados Autônomos do Comércio), que representa os funcionários da Urbam, o salário dos coletores de lixo seletivo é R$ 120 menor do que os de lixo comum. “O piso deles é R$ 810 e o dos coletores de orgânico, de R$ 930. Os funcionários da Urbam estão indignados”, disse. O sindicalista afirmou também que os empregados reivindicam pagamento de 40% de insalubridade, índice igual a de outros funcionários da Urbam. “Não há justificativa para eles ganharem menos”.

Atualmente, 84 funcionários da Urbam trabalham na coleta seletiva, que recolhe 50 toneladas por dia. Se for confirmada a paralisação, será a segunda em menos de um mês na cidade. Entre 25 e 30 de setembro, a coleta de lixo comum ficou suspensa por causa de greve dos coletores. Outro lado. A Urbam disse que ficou surpresa com a reivindicação dos coletores, em razão de acordo coletivo que foi assinado na última semana. Os pedidos serão analisados.

Fonte: Xandu Alves – O Vale

Sindicato ameaça fazer novas paralisações na Embraer

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos ameaça fazer novas paralisações na Embraer. Segundo a entidade,  em negociação realizada nesta quinta-feira,  os representantes do setor aeronáutico mantiveram a proposta de reajuste de apenas 6,07% mesmo após a greve-relâmpago que paralisou a produção da empresa por quatro horas, na última terça-feira.

A negociação  aconteceu na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na capital paulista. O sindicato fez uma contraproposta de 10% de reajuste sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical. A Embraer, segundo o sindicato, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial. Em outras empresas, os metalúrgicos teriam conquistado reajustes entre 8% e 10%.

Com o impasse,  o sindicato informou que os trabalhadores devem partir para novas mobilizações nos próximos dias, a exemplo do que foi feito esta semana. Os trabalhadores pararam a produção na terça-feira para pressionar a empresa a reabrir as negociações da Campanha Salarial. Segundo o sindicato, 6.000 trabalhadores da produção e setor administrativo ficaram parados em frente ao portão principal da Embraer e ao longo da avenida Faria Lima. Após a paralisação, os representantes do setor agendaram uma nova reunião com o sindicato.

Sindicato ameaça greve no Cptec Inpe

Um grupo de 71 funcionários do Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), de Cachoeira Paulista, que corre o risco de demissão, ameaça cruzar os braços a partir de sexta-feira, em protesto. Caso os profissionais decidam entrar em greve, poderá haver prejuízos às atividades de previsão do tempo, pois muitos trabalham diretamente nessa área. São meteorologistas e outros profissionais que trabalham com o Tupã, supercomputador do Cptec que processa os dados sobre a previsão do tempo e do clima.

O SindCT (Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Área de Ciência e Tecnologia) informou ontem que a decisão será tomada na manha de sexta-feira. “O pessoal vai se reunir com o diretor do Inpe, Leonel Perondi, às 8h. Em seguida, haverá uma assembleia para avaliação”, disse o presidente do SindCT, Ivanil Elisário Barbosa. Por determinação judicial, os 71 funcionários temporários serão demitidos a partir de 11 de outubro. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, esses profissionais foram contratados irregularmente como temporários para cargos efetivos do Cptec.

Embora defenda a realização de concurso público para o preenchimento das vagas temporárias, o SindCT é favorável a um acordo para evitar prejuízos ao Cptec. “Aguardamos negociações para a abertura de concurso público emergencial. O ideal é que os atuais servidores permaneçam nos cargos até a realização do concurso, mas é preciso sensibilizar o MPF”, disse Ivanil.

Bancários cruzam os braços e ampliam onda de paralisações

Ampliando as ondas de greves na região, os bancários ameaçam cruzar os braços a partir de hoje. A categoria aprovou a greve no dia 12 de setembro, após rejeitar a proposta de reajuste salarial da Fenabam (Federação Nacional dos Bancos), de 6,1%. O Sindicato dos Bancários convocou uma assembleia para as 19h de ontem, quando seriam definidas as ações e estratégias que vão ser utilizadas durante a greve. Hoje, pela manhã, os sindicalistas devem percorrer as agências bancárias no centro de São José para convencer os funcionários a aderir à paralisação. A categoria reivindica um reajuste de 11,93% nos salários.

“A primeira ação é de convencimento para mostrar aos companheiros a necessidade da paralisação, e de acordo com adesões vamos fechando as agências”, disse Maria de Lourdes de Oliveira, diretora do sindicato. A greve também deve atingir outras cidades da região, como Taubaté e Jacareí. A diretora do Procon de São José, Aparecida Borges, disse que os clientes dos bancos devem buscar outras formas de pagamentos de contas se o atendimento nas agências for paralisado. A dica é buscar lotéricas e mercados com correspondentes bancários.

Duas fábricas de autopeças em São José iniciaram greve na manhã de ontem. Funcionários da TI Automotive e da Parker Filtros decidiram em assembleia parar a produção. Na Parker a greve é por tempo indeterminado e na TI Automotive a paralisação vai até hoje. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, em ambas houve 100% de adesão. Em reunião na terça feira entre o sindicato e empresas, novamente não houve acordo. As empresas oferecem 6,8% e a categoria reivindica 13,5% de reajuste. Por conta do impasse nas negociações com as empresas, sindicatos ligados à Conlutas e à CUT unificaram a campanha salarial. Ontem, segundo os dirigentes das duas centrais, houve paralisações em outras 19 fábricas no ABC.

Após cinco dias parados, os funcionários do Correios na região decidiram pela manutenção da greve. Ao todo já são 28 sindicatos parados nacionalmente.  A Fenabam informou ontem que está aberta às negociações, e que por enquanto mantém a mesma proposta apresentada anteriormente. Em nota, o Correios informaram que no interior de São Paulo, 94% dos empregados estão trabalhando normalmente.  O Sindpeças (sindicato das empresas de autopeças) não se manifestou. A paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.

Na impossibilidade de utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros. Lembrando que a greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras. De acordo com o Procon-SP, diante de um cenário de greve, as empresas são obrigadas a oferecer outro local de pagamento. Se o fornecedor se recusar a disponibilizar uma alternativa, o cliente deve documentar sua tentativa e registrar uma reclamação junto ao Procon.

O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. “No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo”, diz o Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor).

As contas de serviços públicos como água, luz e telefone não precisam necessariamente ser pagas nas agências bancárias. É possível quitar em casas lotéricas e em alguns supermercados. Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.

No caso dos títulos de cobrança condomínio, escola, academia, financiamentos- a orientação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é pedir ao cedente do título um novo boleto já com os valores atualizados ou fazer o pagamento pelo Débito Direto Autorizado (DDA). O DDA é um serviço de apresentação eletrônica de boletos bancários, que permite ao cliente realizar o pagamento de boletos eletronicamente. Caso o boleto seja do próprio banco e a agência estiver fechada, o pagamento pode ser feito no site do banco. Lá, é possível solicitar nova via de boleto em atraso, mesmo para pessoas que não são correntistas.

Basta acessar o serviço de atualização de boleto, na página inicial do banco emissor do título de cobrança. Em seguida inserir a numeração do código de barras do boleto, o site irá gerar um novo boleto para pagamento. Com o boleto atualizado, é possível pagá-lo pelos canais alternativos do banco.

Policíais Civil da cidade paralisam suas atividades

Pela segunda vez em menos de duas semanas, policiais civis da Região Metropolitana do Vale do Paraíba vão paralisar suas atividades hoje em protesto pela falta de valorização dos profissionais e pelas condições de trabalho impostas pelo governo estadual. A ‘Operação Blecaute’, encabeçada pela Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), mobilizará todas as delegacias do Estado. A paralisação será das 10h às 14h. Nesse horário, nenhum atendimento será feito nas delegacias da região. São duas horas a mais de protesto do que a primeira manifestação, no último dia 29 de julho, quando os policiais deixaram de atender a população entre 10h e 12h. Uma terceira paralisação relâmpago está prevista para o próximo dia 13, data em que os policiais lembrarão os cinco anos da greve da corporação, deflagrada em agosto de 2008 e que durou 59 dias.

Na ocasião, houve confronto entre policiais civis e militares no Palácio dos Bandeirantes, na capital, sede do governo paulista. “O nosso objetivo é protestar contra a desvalorização e o sucateamento da Polícia Civil em todo o Estado”, disse Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Adpesp. “A falta de investimentos do governo estadual ao longo dos anos impede a polícia de prestar um serviço de melhor qualidade, prejudicando o atendimento e o esclarecimento de diversos crimes.” Segundo ela, os policiais estão “cansados de promessas e de sentar para negociar”. “Queremos uma atitude diferente do governo, que sabe muito bem quais são as nossas reivindicações”, disse Marilda.

A expectativa da Adpesp é contar com 100% de adesão nas delegacias da RMVale, o mesmo índice alcançado no protesto do dia 29 de julho. Segundo Marilda, a atual situação encontrada pela polícia gera o aumento da impunidade e diminui a segurança entre a população. “Contamos com o apoio das pessoas para compreenderem que, lutar pela polícia, é lutar por mais segurança.” Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública disse que “respeita todo tipo de manifestação” e acredita que as autoridades responsáveis pelos departamentos e pelas unidades policiais vão assegurar “que não haja prejuízos à população”. Ainda na nota, a pasta afirmou que “tem tido muito empenho na negociação salarial com todas as categorias da polícia”, e que “anunciou um pacote de benefícios às carreiras policiais”, com medidas para “facilitar as promoções e a valorização de carreiras”.

Cidade tem greve na casa do Idoso por atraso de pagamento

Cerca de 70 funcionários da Casa do Idoso Centro, em São José, paralisaram suas atividades ontem em protesto pelo atraso de salários. Eles alegam não ter recebido os vencimentos que deveriam ter sido pagos no último dia 30 nem o adiantamento de anteontem. Segundo o grupo, os atrasos salariais são constantes e acontecem há cinco meses. “Enquanto não regularizarem os pagamentos, não iremos trabalhar”, afirmou Magda de Freitas Batista, uma das educadoras que paralisaram as atividades ontem. Os idosos estiveram junto dos funcionários em frente à Casa do Idoso em solidariedade. “Viemos dar apoio moral a eles. A prefeitura e a administradora têm de fazer algo. Sem funcionários aqui, quem perde somos nós idosos”, disse a aposentada Marilza Barranqueiros, 62 anos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social informou que acompanha com preocupação o caso e que “durante todo o dia estudou meios legais de resolver a questão, que ocorre devido aos atrasos na prestação de contas da entidade junto ao poder público”. A Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), administradora da Casa do Idoso, fará reunião hoje com governo. A prefeitura alega estar impedida de repassar verbas devido à falta de prestação de contas da Avape. Em nota, a Avape reconheceu que ocorreram problemas que impactaram diretamente no pagamento dos colaboradores, mas que a solução para a quitação dos débitos sairia ontem. No entanto, até as 20h os funcionários ainda não tinham recebido os salários.

Com obras paralisadas do Teatro prossegue sem soluções

Há cinco anos paradas, as obras do novo Teatro Municipal de São José continuam sem data para recomeçar.
Com os alicerces construídos de forma invertida, o caso foi parar na Justiça e atualmente o processo encontra-se na fase de produção de um laudo pericial. O objetivo é apurar um possível prejuízo aos cofres públicos e, consequentemente, os responsáveis pelas irregularidades. O novo teatro, que deve ser instalado em Santana, na zona norte, começou a ser erguido em 2007 com a frente virada para a Avenida Olivo Gomes, quando a mesma deveria ficar voltada para o Parque da Cidade.

O erro foi descoberto dois anos depois, já com as obras paralisadas. Na época, a bancada do PT na Câmara acionou a Justiça, pedindo a condenação do então prefeito Eduardo Cury (PSDB) e o ressarcimento aos cofres públicos dos valores gastos até aquele momento a Teto recebeu R$ 685,4 mil. Cinco anos depois da paralisação das obras, completados anteontem, as fundações invertidas continuam expostas ao sol e à chuva do dia a dia.

Agora, com o agravante de que no local há mato alto por todo lado, denunciando um estado de abandono. O VALE não teve acesso ao processo que corre na 2ª Vara da Fazenda Pública, já que os autos foram remetidos no último dia 23 de abril ao perito que realizará o laudo. Após o parecer técnico, o juiz Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos deverá anunciar sua sentença, mas ainda não há previsão de data.

Agora no comando da prefeitura, o PT sustenta que aguarda a decisão judicial para definir o destino da obra, mas não coloca a construção do novo Teatro Municipal entre as prioridades do governo Carlinhos Almeida. “Primeiro, temos que aguardar a decisão judicial. Segundo, a nossa prioridade é concluir obras em andamento. Esta obra do novo teatro está paralisada na sua fundação. Nós vamos avaliá-la num segundo momento. Tenho feito o seguinte: se temos duas obras e uma está começando e outra está na metade, vamos priorizar a que está na metade”, disse Carlinhos a O VALE no dia 10 de abril, durante balanço de 100 dias de gestão. A posição foi reafirmada pela Secretaria de Obras.

“Um representante da Secretaria de Assuntos Jurídicos tem acompanhado a ação judicial, que ainda não tem sentença. A Secretaria de Obras, em parceria com a Fundação Cassiano Ricardo, vem estudando a construção e a viabilidade econômica do projeto original para avaliar o melhor destino para a obra”, disse a secretaria, por meio de nota. Líder do PT na Câmara e uma das autoras da ação judicial, Angela Guadagnin foi direta. “Com a falta de dinheiro e o orçamento como recebemos, esta obra não é a prioridade.”

Diante do impasse envolvendo a obra de construção do novo Teatro Municipal, lideranças da área cultural em São José dos Campos defendem a reabertura do Cine Teatro Benedito Alves, que está desativado há mais de 8 anos. O governo Eduardo Cury (PSDB) chegou a desenvolver um projeto para conceder o espaço à iniciativa privada, mas a administração do prefeito Carlinhos Almeida engavetou a proposta. O prefeito delegou à Fundação Cultural a missão de definir o destino do prédio, localizado na região central.

“São José precisa de um teatro do porte daquele que começou a ser construído, até porque as grandes atrações não estão vindo mais para São José. Mas diante de todo este impasse, o mais viável seria reabrir o Cine Teatro e a iniciativa privada construir um teatro de grande porte”, afirmou o produtor teatral Juca Pugliesi. “É preciso solução rápida. Neste sentido, a melhor saída será revitalizar e reabrir o Cine Teatro”, disse o ator e diretor teatral André Ravasco.

O Vale

Publicado em: 06/05/2013

Em meio a crise, 30% dos bancos aderirão a Greve

A adesão à greve dos bancários chegou a 30% no Vale do e Litoral Norte ontem, no primeiro dia da paralisação, que é nacional e foi deflagrada por tempo indeterminado por conta do impasse na campanha salarial. Na base de São José, 885 dos 3.116 bancários cruzaram os braços. Na de Taubaté, não foi contabilizada a adesão. Na de Guará, 22 das 60 agências pararam.

Em todo a região, são cerca de 400 agências e 5.500 bancários. A expectativa da categoria é que a adesão aumente até o final da semana. As agências mais afetadas ficam na região central das cidades. Cartazes nos bancos avisavam ontem da greve. Nas agências, somente as os caixas de autoatendimento funcionaram.

Entre as reivindicações, os trabalhadores pedem reajuste salarial de 10,25%, sendo 5% de aumento real. Os bancos oferecem 6%. Em nota divulgada em seu site, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) lamentou a decisão de greve e afirmou que confia no diálogo. A federação também lançou comunicado na internet com as alternativas para serviços bancários.

O aposentado Benedito Alves Siqueira, 72 anos, criticou a atitude dos bancários. “O que eu vou fazer agora? Estou no meio de umas operações e não gosto de usar a internet.” A situação pode piorar a partir de hoje. Isso porque funcionários dos Correios ameaçam entrar em greve também por conta de impasse salarial. Na região, são 1.200 trabalhadores. A empresa diz que os serviços serão mantidos. Na segunda, funcionários das lotéricas podem parar.

O Vale

Região pode ter paralisação de Bancários nas cidades

Bancários de toda a região ameaçam greve a partir da próxima semana em função do impasse nas negociações da campanha salarial deste ano. Ao todo, cerca de 5.500 bancários e 400 agências podem parar. Em assembleias ontem à noite, a categoria reprovou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

No último dia 4, os bancos ofereceram reajuste de 6%, piso de R$ 2.014,38 e PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de no máximo 2,2 salários mais fixo de R$ 1.484. Os bancários reivindicam reajuste de 10,25%, sendo 5% de aumento real, piso de R$ 2.416,38 e PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Além disso, eles pedem mais contratações, proteção contra demissões, combate ao assédio moral e mais segurança.

A Fenaban tem reunião com o Comando Nacional dos Bancários na segunda-feira. Caso as negociações não avancem, os bancários entram em greve no dia seguinte. “A greve é o único modo que temos para conseguir nossos direitos. Os bancos têm cada vez mais lucros e não repassam para os funcionários”, disse o presidente-interino do Sindicato dos Bancários de Taubaté, Valdir de Aguiar Santos. A Fenaban informou somente que já apresentou sua proposta à categoria.

Cerca de 500 funcionários terceirizados da Revap (Refinaria Henrique Lage), de São José, paralisaram as atividades pelo segundo dia seguido. Eles são funcionários da Tenace, empresa do setor da construção civil, e cobram o pagamento do salário do mês de agosto. Hoje, os operários continuam em greve e prometem voltar ao trabalho apenas quando receberem o salário.

Metalúrgicos da empresa de autopeças Hydrostec, de Taubaté, aprovaram ontem a proposta da PLR(Participação nos Lucros ou Resultados) para este ano. A proposta aprovada em assembleia pelos trabalhadores garante a injeção de R$ 200 mil na economia de Taubaté e região. A PLR será paga em parcela única no mês de fevereiro de 2013 para cerca de 80 funcionários.

Trabalhadores de quatro empresas da região entraram em greve ontem como protesto por reajuste salarial. Na Parker Filtros, de São José, e na Parker Hannifin, de Jacareí, os funcionários declararam greve de 24 horas. Na Blue Tech de Caçapava e na Sun Tech de São José, metalúrgicos paralisaram por algumas horas. Hoje, as paralisações continuam em outras empresas.

O Vale

Devido a protesto, GM deve parar hoje na cidade

Metalúrgicos da região dão início hoje a uma escalada de paralisações nas indústrias para pressionar pelo fechamento dos acordos salariais deste ano. A primeira a ser afetada deve ser a General Motors, de São José. Não foi divulgado se o protesto será por 24 horas ou somente atraso nas entradas dos turnos.

Os protestos fazem parte da campanha salarial da categoria. Segundo os sindicatos, nenhuma empresa fechou acordo ainda em São José. Já em Taubaté, apenas Volkswagen e Ford já fecharam acordos antecipados, em 2011, com validade de dois anos.Ontem, houve mais uma rodada de negociação entre sindicato e GM. Até as 19h30, a reunião não havia terminado. Em São José, a pauta prevê 7% de aumento real mais inflação, que foi 5,5%. Já em Taubaté, o pedido é de 4,5% de aumento real, mais inflação.

Ontem à noite, na sede do sindicato de São José, lideranças sindicais da cidade se reuniram para definir como e onde seriam as paralisações nesta semana. Os detalhes mão foram divulgados. Segundo os sindicatos, as paralisações servem para pressionar as empresas a aceitarem as propostas da categoria. O sindicato de São José representa cerca de 44 mil trabalhadores e o de Taubaté, mais 22 mil.

O Vale