Representantes de entidades ligadas à Polícia Militar se reuniram ontem em São Paulo para discutir o reajuste salarial que será dado à categoria. O encontro começou de manhã e invadiu a noite. De acordo com David Francisco da Silva, presidente da Associação dos Sub-tenentes e Sargentos do Vale do Paraíba, a reunião teve como objetivo reafirmar a posição da PM e também os valores de reajuste pedidos. “Nós queremos que seja concedido um aumento de 15% para todos os policiais, seja da Civil ou Militar, neste ano e outros 11% para o ano que vem”, afirmou Silva.
A discussão sobre os reajustes começou na última semana, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou reajuste de 7% para as duas corporações e um adicional de 10,5% para os delegados e de 18,5% para escrivães e investigadores. A principal queixa dos policiais militares é que esse reajuste dado aos policiais civis comprometeria a paridade salarial, estabelecida no governo Franco Montoro, em 1983. Como retaliação, alguns policiais da capital cogitaram fazer uma ‘operação tartaruga’, como reduzir o número de escalas. Silva não confirmou que isso vai, de fato, acontecer. “Vamos esperar qual será o resultado da reunião para saber o que vai ser feito”, disse. Até as 21h de ontem, a reunião não tinha chegado ao fim, segundo a polícia.