PM pede aumento de salário e ameaça operação tartaruga

Representantes de entidades ligadas à Polícia Militar se reuniram ontem em São Paulo para discutir o reajuste salarial que será dado à categoria. O encontro começou de manhã e invadiu a noite. De acordo com David Francisco da Silva, presidente da Associação dos Sub-tenentes e Sargentos do Vale do Paraíba, a reunião teve como objetivo reafirmar a posição da PM e também os valores de reajuste pedidos. “Nós queremos que seja concedido um aumento de 15% para todos os policiais, seja da Civil ou Militar, neste ano e outros 11% para o ano que vem”, afirmou Silva.

A discussão sobre os reajustes começou na última semana, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou reajuste de 7% para as duas corporações e um adicional de 10,5% para os delegados e de 18,5% para escrivães e investigadores. A principal queixa dos policiais militares é que esse reajuste dado aos policiais civis comprometeria a paridade salarial, estabelecida no governo Franco Montoro, em 1983. Como retaliação, alguns policiais da capital cogitaram fazer uma ‘operação tartaruga’, como reduzir o número de escalas. Silva não confirmou que isso vai, de fato, acontecer. “Vamos esperar qual será o resultado da reunião para saber o que vai ser feito”, disse. Até as 21h de ontem, a reunião não tinha chegado ao fim, segundo a polícia.

Carlinhos ‘usa’ Urbam para engordar salário de secretário

O governo do PT em São José dos Campos repetiu a fórmula da gestão anterior, comandada pelo PSDB, para “engordar” o salário de secretários da administração e contemplar aliados políticos. Trata-se do uso político das indicações para compor o conselho administrativo da Urbam (Urbanizadora Municipal S/A), empresa de economia mista que tem a prefeitura como acionista majoritária. No atual grupo de oito conselheiros, que tomou posse em janeiro deste ano, participam quatro secretários do governo petista, o presidente da Urbam e três aliados políticos (veja quadro nesta página). Todos eles recebem R$ 2.700 mensais a título de subsídio. Na administração petista, após aumento aprovado na Câmara no início do ano, o subsídio de cada secretário saltou de R$ 9.697 para R$ 10.182.

Estão atualmente no Conselho Administrativo da Urbam os secretários José Walter Pontes (Fazenda), Marcos Aurélio dos Santos (Governo), Paulo Rogério Martins Toledo (Administração) e Luís Carlos Lima (Chefe de Gabinete). Somam-se a eles o presidente da Urbam, o jornalista Luís Roberto Cândido, e o presidente do PT em São José, João Gilberto Ribeiro, o ‘Giba’. Há espaço ainda para dois aliados políticos do governo: Cristiano Pinto Ferreira (PV) e Jonas Mota (PMDB).

Ferreira deixou o PSDB em março de 2011 e concorreu à Prefeitura de São José, no ano passado, pelo Partido Verde. Conhecido pelo apelido de ‘Pinóquio’, Mota fez parte da equipe de coordenação da campanha do vice-prefeito, Itamar Coppio (PMDB). A nomeação de aliados e secretários da administração para o Conselho da Urbam foi uma prática comum durante os oito anos do então prefeito Eduardo Cury (PSDB). Não raro, a medida era criticada por vereadores do PT e de outros membros da sigla. Para o vereador Fernando Petiti (PSDB), a nomeação feita pelo governo não é ilegal, mas levanta dúvidas sobre a atuação isenta dos conselheiros. “Fica um pouco estranho. Parece que eles nunca irão contra a administração”, disse. Membro da base governista na Câmara, Carlinhos Tiaca (PMDB) defende a composição do conselho com aliados e acredita na competência do grupo. “São pessoas de confiança do governo que estão ajudando a recuperar a Urbam, que estava à beira da falência”, afirmou.

Ferreira disse que foi convidado pelo prefeito Carlinhos Almeida a integrar o Conselho por sua “experiência na vida pública e currículo”. Segundo ele, as reuniões têm sido regulares, com mais de uma por mês. “Perdi a conta”, disse. Em nota, a Urbam informou que a composição do Conselho foi feita de forma transparente e seguindo o estatuto da empresa. “É natural que pessoas da própria administração façam parte do conselho”, disse a nota. O Conselho Administrativo da Urbam é formado por oito pessoas, sendo quatro secretários da prefeitura, o presidente da Urbam e três aliados políticos (PT, PMDB e PV) Luís Cândido (Urbam), José Walter Pontes (secretário da Fazenda), Marcos Aurélio dos Santos (secretário de Governo), Luís Carlos Lima (Chefe de Gabinete), Paulo Rogério Toledo (secretário de Administração), Cristiano Pinto Ferreira (PV), João Gilberto Ribeiro (PT) e Jonas Mota (PMDB)

Especialista em Direito Administrativo pela USP, Odete Medauar disse que a prática de indicar aliados e membros do governo para conselhos de empresas está disseminada pelo país. “Infelizmente, ninguém faz nada”. Odete não considera a prática ilegal, mas duvidosa. “É uma questão mais de moral. Se é apropriado ou não, é duvidoso”.

Prefeitura quer atrair médicos aos UPAs com aumento

A Secretaria de São José dos Campos elabora proposta para melhorar a remuneração dos médicos plantonistas das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento). A intenção é reduzir o número de faltas dos profissionais, principalmente nos finais de semana. Segundo o secretário de Saúde, Paulo Roitberg, um dos gargalos da rede de saúde do município é o funcionamento das UPAS nos finais de semana.  “Temos sérias dificuldades porque há muitas faltas. Além disso, há profissionais que se recusam a trabalhar em algumas unidades, pela sua localização”, disse.

A UPA de São Francisco Xavier é uma delas. “Quem quer trabalhar em São Francisco?”, indagou Roitberg. As outras UPAs são de Eugênio de Melo, Novo Horizonte, Campo dos Alemães e Saúde Mental. Segundo Roitberg, a expectativa é de que a proposta seja encaminhada à Câmara ainda este mês. “Estamos trabalhando para isso”, declarou. Os salários hoje são de até R$ 6.652,29 (incluindo adicionais) para jornada de trabalho de 24 horas. O secretário não detalhou que benefício será oferecido e nem o valor. “Ainda estamos estudando”, afirmou. Roitberg relatou que busca recursos no orçamento da pasta para cobrir os benefícios que serão propostos aos profissionais. Ele destacou que irá fazer uma reorganização administrativa na secretaria com a redução de cargos de chefia e de horas extras. Segundo Roitberg, muitos cargos de chefia serão extintos e os profissionais vão ser deslocados para prestar serviço nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

O secretário frisou que o volume mensal de horas extras na secretaria é muito alto, de cerca de 1.300. “Há muita realização de hora extra e temos que reduzir”, afirmou Roitberg. O secretário aguarda para esta semana a conclusão do levantamento dos médicos que estão afastados. Ele planeja iniciar diálogo com esses profissionais em no máximo dez dias para saber quem planeja voltar às atividades na rede.

“Vamos chamar um por um para saber como ficará a situação desses médicos. Há profissionais que estão afastados há quase dez anos”, disse. Para Roitberg, após sete meses de governo é preciso começar a agir, pelo menos na área de saúde. “Não dá para esperar mais. É preciso ações para melhorar o atendimento na rede básica, como nas UPAs”, afirmou. No caso das UPAs, a proposta é fazer uma triagem dos pacientes, de acordo com a gravidade do caso. Outro foco do secretário é o atendimento nas UBSs. “Temos que mudar a forma de atender a população e humanizar o atendimento.” Ele pontuou que serão realizados cursos e treinamentos para os profissionais com esse objetivo.

Proposta: A Secretaria de Saúde de São José elabora proposta para melhorar salário de médicos que atendem nas Unidades de Pronto-Atendimento
Gargalo: Segundo o secretário Paulo Roitberg, a intenção é acabar com o grande número de falta registrado nas UPAs, principalmente nos feriados e nos finais de semana
Previsão: A previsão é de que a proposta seja finalizada neste mês para ser enviada à Câmara
Mapa: Nesta semana, deve ser finalizado também o relatório sobre o número de médicos que estão afastados da rede municipal
Conversa: Com o relatório, o secretário irá chamar os médicos que estão afastados para saber se planejam continuar na rede
Corte: Entre as medidas que serão adotadas estão a redução das horas extras dos funcionários e outros profissionais e do número de cargos de chefia, informou ontem o secretário Roitberg

Cidade tem greve na casa do Idoso por atraso de pagamento

Cerca de 70 funcionários da Casa do Idoso Centro, em São José, paralisaram suas atividades ontem em protesto pelo atraso de salários. Eles alegam não ter recebido os vencimentos que deveriam ter sido pagos no último dia 30 nem o adiantamento de anteontem. Segundo o grupo, os atrasos salariais são constantes e acontecem há cinco meses. “Enquanto não regularizarem os pagamentos, não iremos trabalhar”, afirmou Magda de Freitas Batista, uma das educadoras que paralisaram as atividades ontem. Os idosos estiveram junto dos funcionários em frente à Casa do Idoso em solidariedade. “Viemos dar apoio moral a eles. A prefeitura e a administradora têm de fazer algo. Sem funcionários aqui, quem perde somos nós idosos”, disse a aposentada Marilza Barranqueiros, 62 anos.

A Secretaria de Desenvolvimento Social informou que acompanha com preocupação o caso e que “durante todo o dia estudou meios legais de resolver a questão, que ocorre devido aos atrasos na prestação de contas da entidade junto ao poder público”. A Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), administradora da Casa do Idoso, fará reunião hoje com governo. A prefeitura alega estar impedida de repassar verbas devido à falta de prestação de contas da Avape. Em nota, a Avape reconheceu que ocorreram problemas que impactaram diretamente no pagamento dos colaboradores, mas que a solução para a quitação dos débitos sairia ontem. No entanto, até as 20h os funcionários ainda não tinham recebido os salários.

Cidade está prepara para eleições no Conselho Tutelar

O CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), em conjunto com a Prefeitura de São José dos Campos, abre as inscrições para eleição dos novos membros do Conselho Tutelar no próximo dia 20. As inscrições seguem até 5 de abril e as eleições acontecem dia 16 de junho. Os conselheiros eleitos vão cumprir mandato do dia 7 de julho deste ano até janeiro de 2016 e  receber R$ 4.755,78 por mês. A escolha será feita pela comunidade local, por meio de votação facultativa e secreta.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, entre os requisitos para inscrição, o candidato deverá ter reconhecida idoneidade moral; idade superior a 21 anos; residir no município há mais de dois anos; reconhecida experiência na área de defesa dos direitos ou atendimento à criança e ao adolescente há mais de dois anos; ter concluído curso superior, entre outras.

São José dos Campos tem dois Conselhos Tutelares (Sul e Centro) e cada um será composto por cinco membros titulares e cinco suplentes. A escolha dos conselheiros será feita pela comunidade local, por meio de votação facultativa e secreta. Podem votar na eleição do Conselho Tutelar pessoas com idade a partir de 1 6 anos que tenham título de eleitor. O quórum mínimo para validação do pleito é de 0,5% do total de eleitores registrados nas zonas eleitorais de São José.

Os interessados em disputar a eleição devem fazer a inscrição na sede do CMDCA (Avenida Dr. João Guilhermino, 429, 1º andar, s/11 – Edifício Saint James), região central da cidade. A escolha dos conselheiros será feita em quatro etapas classificatórias e eliminatórias: inscrição; participação em curso com no mínimo 80% de frequência; prova de conhecimentos específicos, composta por prova escrita e eleição.

Calendário oficial

  • Publicação de Edital: 08/03/2013;
  • Período de inscrição dos candidatos de 20/03/2013 a 05/04/2013;
  • Publicação dos inscritos: 12/04/2013;
  • Período para apresentação de recursos: 15 e 16/04/2013;
  • Publicação do resultado dos recursos: 19/04/2013;
  • Datas de realização do curso preparatório: 22 a 27/04/2013;
  • Data da prova escrita: 29/04/2013;
  • Publicação das notas e classificação dos candidatos: 07/05/2013;
  • Recurso do resultado da prova: 08 e 09/05/2013;
  • Publicação do resultado dos recursos e lista de candidatos habilitados a continuar no pleito: 15/05/2013;
  • Registro de candidaturas e credenciamento dos fiscais: 20 a 23/05/2013;
  • Publicação dos registros de candidaturas: 28/05/2013;
  • Apresentação dos candidatos: 03 a 07/06/2013;
  • Publicação da relação dos fiscais: 02/06/2013;
  • Eleição: 16/06/2013;
  • Publicação do resultado: 17/06/2013;
  • Prazo para recurso do resultado da eleição: 18 à 21/06/2013;
  • Publicação do resultado dos recursos: 27/06/2013;
  • Divulgação final dos eleitos em jornal local: 28/06/2013;
  • Posse dos eleitos: 02/07/2013

O Vale

Publicado em: 14/03/2013

Novos salários são sancionados na Câmara da cidade

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), ignorou a polêmica em torno do aumento de 103,9% para o seu vice-prefeito Itamar Coppio (PMDB) e sancionou o projeto de lei na última sexta-feira que aumenta o salário do vice de R$ 6.658,03 para R$ 13.576,66.

Carlinhos também garantiu um reajuste de 5% para seus secretários e em seu próprio subsídio. O salário do prefeito saltou de R$ 19.395 para R$ 20.365 e dos secretários municipais, de R$ 9.697 para R$ 10.182. Com a sanção do prefeito, o novo reajuste já será creditado na conta dos agentes políticos a partir de amanhã primeiro mês de trabalho.

Justificativa.
Por nota, o governo justificou que a lei é de autoria da mesa diretora da Câmara e que foi aprovado por unanimidade pelos vereadores. Entretanto, o aumento não tinha parecer jurídico e não passou por consulta às comissões temáticas da Casa. O governo argumentou que a aprovação do reajuste “evita a defasagem salarial dos agentes políticos”, aplicando a correção da inflação, e restabelece o valor do subsídio do vice-prefeito a patamares que eram praticados no município.

“Nos últimos 16 anos, o cargo de vice-prefeito sempre foi exercido concomitantemente com o de secretário municipal”, diz a nota do governo. “Em função disso, na prática o subsídio foi sofrendo contínua defasagem, chegando a ser superado pela remuneração dos diretores e equivalente a dos chefes de divisão da Prefeitura”, informou.

Defesa.
Ontem, o vice-prefeito Itamar Coppio falou pela primeira vez após o reajuste e atribuiu aos vereadores a decisão de aumentar os subsídios. “Não vou entrar no mérito do valor. Foi uma decisão da Câmara adequar. Nunca me preocupei com salário quando eu fiz campanha. Nem sabia qual era o valor. Sempre tive um bom salário como médico”, disse.

Itamar afirmou que reduziu sua jornada como médico em 80% para se dedicar ao trabalho na prefeitura promete exercer a profissão apenas seis horas por semana. “Quase não tenho operado e agora me dedico apenas aos pacientes mais antigos.”

Alto nível.
O vice disse ainda que pretende ter uma atuação diferenciada no governo. “Hoje, minha missão é a de ser um político de alto nível. Não tenho interesse financeiro. Tive a oportunidade de assumir como secretário, mas não quis. Me coloquei à disposição do Carlinhos para ajudá-lo em vários assuntos.”

O Vale

Publicado em: 29/01/2013

Vereadores recebem amanhã primeira parcela de 13°

Na próxima terça feira, dia 15 de janeiro de 2013, 21 vereadores de São José dos Campos receberão a primeira parcela do subsídio polêmico, de R$ 10.173, do qual terão direito todos os meses neste mandato. O ‘adiantamento’ salarial corresponde a 33% do valor total do subsídio, cerca de R$ 3.357,09. O restante do salário, R$ 6.815,91 será pago no dia 30 de janeiro.

O valor é menor do que foi aprovado pelos vereadores em agosto de 2011. Na ocasião, mesmo sob intensos protestos da sociedade civil, parlamentares aumentaram os próprios salários de R$ 8.320 para R$ 12.907,05. A insatisfação dos eleitores obrigou os parlamentares a diminuírem em R$ 2.734,05 o subsídio.

O valor pago aos vereadores de São José dos Campos será maior até mesmo do que o salário de alguns prefeitos da região. O holerith parlamentar terá desconto apenas da Previdência. No entanto, cada parlamentar recebe cota de R$ 23,8 mil para contratar assessores e benefícios como auxílio-gasolina e celular.

O último aumento aprovado no legislativo de São José dos Campos começou a vigorar em janeiro de 2009. Na ocasião, o vencimento parlamentar passou de R$ 4.500 para R$ 8.300.

Publicado em: 14/01/2013

Novo prefeito pretende aumentar 13° salário da prefeitura

O prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), planeja pegar carona na ação movida por ex-assessores do governo do PSDB cobrando 13º salário e férias acumuladas para institucionalizar a concessão dos mesmos benefícios trabalhistas ao atual secretariado.

Esses pagamentos nunca foram feitos aos secretários municipais nos 16 anos de gestão tucana, em razão de a legislação em vigor apontar que cargos de primeiro escalão, a exemplo de prefeito e vice, só podem receber subsídio mensal e não salários. Com isso, não teriam direito a benefícios trabalhistas.

A estimativa é que a ação movida pelo grupo de ex-secretários do governo Eduardo Cury, retroativa aos últimos cinco anos, gere uma despesa extra de cerca de R$ 2 milhões aos cofres públicos do município. No governo da ex-prefeita petista Angela Guadagnin (1993-1996), uma brecha na legislação municipal garantia o pagamento do beneficio ao secretariado.

“Fomos alvos do PSDB e a lei acabou sendo alterada”, disse a ex-prefeita, atualmente vereadora pelo PT. Ela apoia a concessão dos benefícios, mas questiona a decisão dos ex-secretários do PSDB de cobrar os pagamentos só depois do fim do governo tucano. “Eles entraram no serviço público cientes de que não haveria férias e 13º, porque não entraram com a ação antes. Porque o Carlinhos que terá de pagar essa conta”, disse a ex-prefeita.

A concessão dos benefícios ao atual secretariado poderá gerar um gasto extra de R$ 632 mil por ano na folha de pagamento da prefeitura. Apenas com o pagamento dos subsídios dos secretários, a prefeitura já gasta R$ 3,1 milhão anuais.

A estimativa de O VALE foi feita com base no valor atual do salário dos secretários, de R$ 9.697,64 por mês. Ao todo, São José mantém 27 secretários, mas vai chegar a 28 com a criação da Secretaria de Regularização de Loteamentos. Por nota, o prefeito Carlinhos Almeida (PT) informou que já solicitou um parecer jurídico conclusivo sobre o tema à Secretaria de Assuntos Jurídicos e que irá seguir o que a lei permitir.

O VALE apurou que já existe um laudo jurídico favorável ao pagamento do benefício ao secretariado. O documento foi elaborado ainda na gestão do tucano Eduardo Cury. Entretanto, o ex-prefeito teria engavetado o projeto para evitar desgastes. Cury não foi localizado ontem para comentar o caso.

O presidente do PSDB em São José, Alexandre Blanco, disse que a decisão dos ex-secretários de ingressar com a ação não foi discutida dentro do partido. “Isso foi uma decisão individual de cada um dos filiados ao PSDB, e também de outros partidos. Eu, pessoalmente, não entrei. Cada um responde por sua decisão. Isso não é assunto partidário e o PSDB não tem poder para impedir uma ação judicial”, disse Blanco, que comandava a pasta de Juventude na administração tucana.

O Vale

Publicado em: 08/01/2013

Comercio fica aquecido com o 13° salário

O décimo terceiro salário dos 582 mil trabalhadores da RMVale vai injetar R$ 1,2 bilhão na economia da região, de acordo com a projeção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Para a análise, o Dieese baseou-se no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e na Rais (Relação Anual de Informações Sociais), ambos do Ministério do Trabalho.

A pesquisa aponta que São José concentra 44,06% do valor estimado R$ 524 milhões. Ao todo, a cidade tem 207 mil empregados com carteira assinada. De acordo com a ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, a expectativa é que as vendas cresçam 13% no período de novembro a dezembro.

“O décimo terceiro contribui e aquece o comércio. As pessoas pagam suas dívidas, adquirem mais credibilidade e fazem novas compras”, afirmou o presidente da ACI, Felipe Cury. Outros R$ 195 milhões devem ser injetados na economia de Taubaté. A dica da presidente da Acit (Associação Comercial de Taubaté), Sandra Morales, é comprar à vista. “Queremos vender, mas também queremos que o consumidor entre o ano de 2013 com o pé direito. É importante comprar somente o que tiver necessidade”, disse.

O abono vai ajudar muita gente a pagar contas, comprar presentes e viajar. A supervisora de loja, Rosi Rodrigues, 36 anos, de São José, pretende começar o ano sem dívidas. “Vou pagar minhas contas para entrar 2013 livre de dívidas e, com o que sobrar, quero comprar presente para minha filha e sobrinhos. Eles são prioridade”, disse.

Já a atendente Thais dos Santos Moisés, 20 anos, vai usar parte do recurso extra para realizar o sonho de conhecer parte da família que mora em Minas Gerais. “Primeiro vou pagar as contas. E depois vou viajar pra conhecer minha avó, tios e primos que moram longe. Agora, poderei ir.”

O funcionário público, Ronaldo José Fonseca, 46 anos, vai juntar toda a família para descansar na praia. “Quero aproveitar para viajar com a família e relaxar um pouco. Trabalhamos muito durante todo o ano e merecemos um lazer. Mas vou pagar contas também”, disse. O Litoral Norte deve ser destino de muitos no fim do ano. Assim, boa parte do décimo terceiro salário deve aquecer a economia das quatro cidades Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela.

“Esperamos um bom movimento no litoral. Esse dinheiro vai aquecer todo o comércio de praia e shopping, além de restaurantes e hotéis”, afirmou o presidente da Aciu (Associação Comercial de Ubatuba), Ahmad Barakat. Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Hebert Claros da Silva, o valor a ser pago aos trabalhadores faz parte da campanha salarial. “O sindicato é sempre alvo de críticas e é nesse momento que se vê a importância das campanhas salariais”, disse.

O Vale

Publicado em: 07/11/2012

Adicionais elevam salário de Servidores na Câmara

Pressionado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), a Câmara de São José editou uma portaria limitando o número de horas extras dos funcionários da Casa. O Legislativo possui hoje cerca de 290 servidores, entre comissionados e efetivos.

A nova norma atende orientação do TCE de outubro deste ano, que considerou excessivos os gastos da Câmara com o pagamento de horas extras.

Auditoria realizada pelo tribunal em 2010 apontou um gasto de R$ 343 mil com o pagamento de horas extras para servidores. Desse total, cerca de R$ 280 mil teriam sido gastos somente com o pagamento dos 22 motoristas que prestam serviço à Casa uma média de R$ 12,7 mil por ano para cada motorista. O salário base da categoria é de cerca de R$ 1.400.

Em 2011, dados da Câmara apontam que entre janeiro e outubro já foram gastos R$ 182 mil com o pagamento de horas extras valor que representa 53% dos gastos de 2010. A meta da mesa diretora é não ultrapassar até o final do ano R$ 200 mil no pagamento de extras.

“Nós já economizamos com as horas extras em relação ao ano passado, mas com o apontamento do tribunal sobre os exageros, nossa meta é reduzir ainda mais”, afirmou o presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB).

Segundo ele, o TCE apontou excessos nas horas extras pagas aos funcionários, principalmente aos motoristas.
“Nos foi recomendado controle nesses gastos. E nossa meta é trabalhar com risco zero de ter nossas contas rejeitadas, por isso iremos cortar as horas extras.”

A portaria publicada no dia 11 de novembro limita as horas extras a uma hora após os dias de sessão (terças e quintas-feiras). Antes eram permitidas duas horas. Nos demais dias da semana, a hora extra fica proibida. A nova regra também torna mais rígida a autorização das horas extras, que terão de ser aprovadas previamente em plenário. Viagens antes das 8h da manhã, aos finais de semana e feriados foram proibidas.

Na manhã de hoje, Juvenil se reúne com os 22 motoristas da Casa para apresentar as novas regras. “Estamos estudando um mecanismo para acabar com 100% das horas extras. Dessa conversa com os motoristas possa sair alguma definição”, disse o tucano.

Há cinco ano o TCE também recomenda um maior equilíbrio entre o número de servidores efetivos e comissionados na Câmara de São José. Atualmente, 75% dos cargos são ocupados por funcionários de confiança. Para o TCE, a distorção criada pelo excesso de comissionados só será superada com a realização de um novo concurso público.

O Vale