Social e Esportes têm piores avaliações entre vereadores

Após nove meses de governo, cinco secretários municipais de São José dos Campos estão em baixa na avaliação de integrantes do bloco aliado do prefeito Carlinhos Almeida (PT) na Câmara. Consulta feita pelo O VALE a vereadores que apoiam o governo aponta que estão com baixo desempenho os titulares das pastas de Desenvolvimento Social, Obras, Esportes e Lazer, Turismo e Comunicação que, na realidade, está sem chefia desde a saída do jornalista Levi Soares do governo. Das cinco pastas, as críticas mais ácidas são para as pastas de Desenvolvimento Social e de Esportes e Lazer. Na avaliação dos parlamentares consultados, a secretária Rosângela Sossolote Rosim, embora tenha experiência técnica, não conseguiu implementar projetos para o Social.

“Sobra técnica e falta humanismo, conversa com a comunidade”, afirmaram vereadores aliados. Uma das principais queixas é que a cidade está com “invasão” de andarilhos e pedintes e nenhuma providência é tomada para equacionar a questão. Ainda segundo vereadores, os projetos para a área social não “deslancham”. Na área de Esportes, é quase censo comum entre aliados que o secretário João Bosco da Silva está “completamente perdido e não tem noção da importância da pasta”. “Ele sabe muito pouco da área e tem delegado para sua equipe”, pontuou um parlamentar aliado. Também há queixas de que estaria ocorrendo redução de atendimento nos projetos esportivos na periferia. Na pasta de Turismo, a avaliação é que a titular, Maria Emília Cardoso, também ainda não se deu conta da importância do setor para a cidade.

“Uma cidade como São José precisa de planos para a área. A secretaria é nova, mas os projetos ainda não apareceram”, disseram. Já na Comunicação, a avaliação é que o governo também não conseguiu implementar um projeto tanto de comunicação interna como externa. “O vaivém de assessores mostra que alguma coisa tá errado”, ponderou um aliado. A secretária de Obras, Soraya de Paula Rosado, é tida como de pouco diálogo e também não conseguiu fazer deslanchar projetos. Outras cinco pastas foram avaliadas como ‘razoáveis’: Promoção da Cidadania, Meio Ambiente, Regularização Fundiária, Emprego e Relações do Trabalho e Defesa do Cidadão.

Aliados destacam que os secretários Roberti Costa (Regularização) e José Luís Nunes (Defesa do Cidadão) têm realizado bom trabalho, mas as ações são prejudicadas ou por entraves burocráticos, ou por falta de equipe técnica. Já Dimas Soares (Cidadania) é tido como “peixe fora d’água”. “Não é a área dele e falta à pasta uma equipe técnica”, avaliou um aliado. No Meio Ambiente, Andréa Bevilacqua “ainda não disse a que veio”, segundo os aliados. Dentre os oito secretários que estão em alta, na avaliação de aliados, destacam-se os de Educação, Célio Chaves, e de Habitação, Miguel Sampaio. “O Miguel está dinamizando a secretaria e os projetos habitacionais estão andando”, disseram vereadores aliados. Célio também recebeu elogios pelo trabalho para aumentar creches. Segundo aliados, Wagner Balieiro, de Transportes, “apesar de alguns tropeços”, tem “encarado os desafios”.

O secretário de Governo, Marcos Aurélio dos Santos, afirmou que a avaliação do desempenho da equipe de colaboradores do prefeito Carlinhos Almeida é constante. “Os deafios são grandes, mas o governo tem acompanhado o trabalho de cada secretaria. Isso ocorre constantemente”, disse. Ele ponderou que o prefeito tem monitorado o desempenho da sua equipe e não há constrangimento em “chamar secretários para cobranças”. “Ajustes são feitos quando precisos. Isso é normal e acontece em todo governo”, frisou Marcos Aurélio. Ele destacou que algumas pastas, “pelas suas próprias características”, até podem não ter boa avaliação. Ele exemplificou: “A Secretaria de Defesa do Cidadão desempenha serviços que nem sempre são bem vistos, como fiscalização, e não poderia ser o contrário”. Para o secretário, opiniões externas, da comunidade e do bloco aliado são importantes para ajudarem no processo de avaliação interna do trabalho realizado por cada pasta. “É importante a opinião da comunidade e de aliados”.

Vereadores recebem amanhã primeira parcela de 13°

Na próxima terça feira, dia 15 de janeiro de 2013, 21 vereadores de São José dos Campos receberão a primeira parcela do subsídio polêmico, de R$ 10.173, do qual terão direito todos os meses neste mandato. O ‘adiantamento’ salarial corresponde a 33% do valor total do subsídio, cerca de R$ 3.357,09. O restante do salário, R$ 6.815,91 será pago no dia 30 de janeiro.

O valor é menor do que foi aprovado pelos vereadores em agosto de 2011. Na ocasião, mesmo sob intensos protestos da sociedade civil, parlamentares aumentaram os próprios salários de R$ 8.320 para R$ 12.907,05. A insatisfação dos eleitores obrigou os parlamentares a diminuírem em R$ 2.734,05 o subsídio.

O valor pago aos vereadores de São José dos Campos será maior até mesmo do que o salário de alguns prefeitos da região. O holerith parlamentar terá desconto apenas da Previdência. No entanto, cada parlamentar recebe cota de R$ 23,8 mil para contratar assessores e benefícios como auxílio-gasolina e celular.

O último aumento aprovado no legislativo de São José dos Campos começou a vigorar em janeiro de 2009. Na ocasião, o vencimento parlamentar passou de R$ 4.500 para R$ 8.300.

Publicado em: 14/01/2013

Cargos dentro da Prefeitura são cobrado de Carlinhos

O prefeito de São José, Carlinhos Almeida (PT), deve retomar a partir da próxima semana a política de distribuição de cargos para vereadores que integram a base aliada na Câmara, repetindo a estratégia adotada pelo PSDB nos últimos 16 anos.

Os 17 vereadores da base de apoio do petista foram orientados a enviar currículos ao governo e trabalham com a expectativa de manter a mesma cota de cargos dos anos anteriores entre 20 e 30 cargos por partido. Um total de 12 partidos apoiam Carlinhos.

Hoje, a máquina pública possui cerca de 400 cargos de livre nomeação, com salários que variam de R$ 1.200 a R$ 8.700 mensais. Na gestão tucana, os cargos foram fatiados entre os partidos aliados que garantiam sustentação ao governo na Câmara. Nesse modelo, cada partido aliado do governo controlava entre 20 e 30 cargos nas administrações direta e indireta modelo que pode se repetir na gestão do PT. O governo nega partilha política.

Segundo vereadores ouvidos ontem por O VALE, é esperada uma sinalização do petista para que os partidos encaminhem os currículos de seus quadros técnicos. Eles admitem que entre os possíveis indicados estão ex-candidatos que ajudaram a puxar votos para os partidos nas eleições de 2012.

“Estamos aguardando uma sinalização. O PV gostaria de fazer parte da nova administração. Temos pessoas competentes no quadro do partido”, disse o vereador Rogério Cyborg (PV). Segundo ele, a executiva do PV já acenou que o partido quer ser valorizado na composição política.

Para o vereador Walter Hayashi (PSB), a definição de nomes do segundo e terceiro escalões deve ser iniciada na próxima semana. “Existe uma pressão grande dos quadros técnicos do partidos, mas é precipitado fazer esta discussão agora”, disse Hayashi.

Segundo ele, os secretários precisam assumir suas pastas para avaliar necessidades. “Estamos na expectativa, mas ainda não sabemos quais serão os critérios. Temos cadastro de vários nomes que podem ser encaminhados”, completou Hayashi.

A presidente da Câmara, Amélia Naomi (PT), que é mulher de Carlinhos, disse que o governo deve definir uma estratégia em relação à distribuição dos cargos. “Eles governo irão avaliar. Eu não sei qual será a estratégia e teremos de aguardar do secretário de Governo uma decisão”.

Como o PSDB é o único partido de oposição ao governo petista, os quatro vereadores da sigla podem ficar de fora da partilha de cargos. “Não há negociação de cargos com a atual administração. Sou oposição ao governo como vereador e não tenho nenhuma ligação com a prefeitura”, disse ontem Fernando Petiti (PSDB).

O Vale

Publicado em: 04/01/2013

Campanha de Vereadores tem valor elevado na cidade

Os gastos oficiais com a campanha de vereador em São José cresceram até 280% nessa eleição em comparação com 2008. De olho na manutenção da estrutura de poder na Câmara, os 20 vereadores que disputaram a reeleição multiplicaram o custo do voto.

O maior salto nos gastos de campanha foi de Robertinho da Padaria (PPS). Em 2008, ele foi o mais candidato mais bem votado, com 7.318 votos, e declarou gasto de R$ 11.473 à Justiça Eleitoral. Dividindo as despesas de campanha pelo número votos, cada voto de Robertinho custou R$ 1,56.

Este ano, Robertinho gastou R$ 43.807 mil na campanha e obteve 4.920 votos. Os gastos de campanha aumentaram 280% e o custo de cada voto saltou para R$ 8,90. Robertinho disse que na última campanha não teve doadores e investiu seus próprios recursos. O vereador do PPS atribuiu ao aumento do número de candidatos em sua base eleitoral, na região sul, e à elevação do custo do material de campanha a dificuldade para manter a votação este ano.

Presidente do PT, Wagner Balieiro registrou a segunda maior variação nos gastos de campanha, de R$ 67.552 em 2008 para R$ 109.412 este ano aumento de 61,9%. Ao contrário de Robertinho, Balieiro conseguiu ampliar sua votação e se tornou o candidato mais bem votado à Câmara em 2012, com 9.420 votos. Balieiro disse que o aumento nos gastos foi uma consequência natural da ampliação de sua atuação política. Ele também contou com a ajuda do comitê financeiro do PT para reforçar suas receitas na reta final de campanha.

No início da campanha, dirigentes dos partidos estimavam que fosse necessário um investimento de R$ 70 mil para garantir a manutenção de uma vaga na Câmara. Cinco vereadores ultrapassaram esse limite Amélia Naomi (R$ 117 mil), Wagner Balieiro ( R$ 109 mil), Renata Paiva (R$ 96 mil), Angela Guadagnin (R$ 91 mil) e Alexandre da Farmácia (R$ 88 mil) e Macedo Bastos (R$ 87 mil).

Renata Paiva disse que a evolução de 32,6% nos seus gastos de campanha foi apenas atualização monetária. “Com uma ressalva que, em 2102, com praticamente o mesmo valor, tive evolução positiva do aumento dos votos, fruto de um trabalho responsável.”

Apenas seis vereadores não conseguiram se reeleger. Barrado nas urnas, o vereador Miranda Ueb (PPS) declarou gasto de R$ 12 mil, uma queda de 33%. “Só consegui levar minha mensagem para os eleitores na zona norte, porque o recurso era pouco. Além disso, promessas não cumpridas pelo atual governo dificultaram a reeleição, como a regularização dos bairros.”

O Vale

Publicado em: 12/11/2012

Vereadores da Câmara tem nova posição na Prefeitura

Pela primeira vez, desde que chegou ao parlamento municipal em 1997, o PSDB de São José dos Campos terá a missão de fazer oposição e fiscalizar o governo do PT, a partir de janeiro de 2013. Os quatro vereadores tucanos que conseguiram se reeleger na eleição de domingo passado afirmam que não será uma missão fácil.

Acostumados ao confortável papel de aliados do Executivo, a ter fácil acesso às informações da prefeitura e a benefícios, como indicar obras em seus redutos e nomes para cargos comissionados, os parlamentares tucanos vão enfrentar uma nova situação.

“Vamos ter muito trabalho, porque será uma situação completamente nova para nós”, disse o atual presidente do Legislativa, Juvenil Silvério, que se reelegeu para o segundo mandato com 4.665 votos. Ele avalia que todos os quatro parlamentares vão ter que aprender a fazer oposição. “Será um aprendizado, mas vamos enfrentar o desafio”.

Juvenil não descarta, inclusive, a possibilidade de a bancada tucana ficar isolada, assim como acontece hoje com os vereadores do PT. “Essa é uma possibilidade real. Mas só vamos ter certeza disso quando começar a nova legislatura”, ponderou. Pelo resultado das urnas, o grupo que apoiou o PSDB na disputa pela prefeitura conseguiu maior número de cadeiras, 11 das 21. No entanto, nos bastidores, pouco se acredita que o grupo todo, que inclui o DEM, PPS e PP, formará uma bancada oposicionista ao prefeito eleito Carlinhos Almeida (PT).

Como presidente em exercício do PSDB municipal, Juvenil convocou uma reunião da executiva do partido para amanhã, para iniciar um debate sobre o assunto. “Será uma primeira reunião de avaliação do resultado da eleição e para começar a discutir a atuação da bancada no próximo governo”, disse.

Na opinião do parlamentar, a bancada vai ter que “trabalhar unida”. “Se isso não acontecer, não vai funcionar”. O vereador tucano Fernando Petiti, que foi reeleito com 6.389 votos, disse que o PSDB terá papel fundamental na fiscalização do futuro governo.

“Não podemos abrir mão de fiscalizar e acompanhar os atos do governo. Vamos ter que exercer esse papel”, disse. Já a tucana Dulce Rita, que se reelegeu com 6.397 votos, ponderou que a bancada tem que ser oposição, mas não “uma oposição raivosa”.

“Temos que fazer oposição com justiça e não como o PT faz hoje”, afirmou. A secretária de Defesa do Cidadão, Marina de Fátima de Oliveira, integrante do PSDB, afirmou que o partido tem obrigação de ajudar a bancada e também fiscalizar os atos do futuro governo.

O Vale

Publicado em: 15/10/2012

Moradores da cidade renovam pelo menos 30% dos Candidatos

O índice de renovação na Câmara de São José dos Campos foi de 33%. Dos 21 vereadores da atual legislatura, 14 foram reeleitos. Outros sete debutam no Legislativo da cidade a partir de 2013. O índice de renovação na Câmara está acima da média das últimas eleições. Em 2008, apenas quatro vereadores novos foram eleitos. O vereador mais votado foi Wagner Balieiro (PT), com 9.420 votos. Ele se disse surpreso com o resultado de ontem.

“Eu esperava ter uma boa votação, mas jamais imaginei ser o número 1 da cidade. Este resultado, sem dúvida nenhuma, aumenta a minha responsabilidade. Agora, vamos continuar nosso trabalho, ouvir mais as pessoas”, afirmou o vereador reeleito.

Em São José, apenas o vereador Cristiano Pinto Ferreira (PV) não tentou reeleição. O parlamentar concorreu ao cargo de prefeito de São José. Ferreira terminou na terceira colocação com 8.260 votos, o que representa 2,33% dos votos válidos. O PT e o PSDB foram os partidos que mais elegeram vereadores na cidade. Cada um ganhou quatro cadeiras. O DEM e o PP conquistaram três vagas cada um.

Em Taubaté, que ganhou cinco cadeiras para a próxima legislatura, a mudança foi ainda maior que em São José. Dos atuais 14 parlamentares, sete voltaram (50%). O vereador Chico Saad (PMDB), que entrou com recurso após ter seu registro indeferido, aguarda julgamento. Um resultado favorável ao candidato, pode mudar a configuração do legislativo da cidade.

Mario Ortiz (PSD), candidato a prefeito, e Henrique Nunes (PV) não disputaram uma vaga na Câmara. Na cidade, a vereadora Maria das Graças Oliveira (PSB) foi a recordista de votos. Ela recebeu 6.247 votos. “Agradeço a todos os que acreditaram em mim. Acho que a vitória foi decorrente do meu trabalho sério na Câmara, com honestidade e defendendo a população. No ano que vem, teremos uma Câmara mais renovada e isso será bom para a cidade. Temos que ter um legislativo mais independente do Executivo”, afirmou a vereadora.

Das três maiores cidades do Vale do Paraíba, Jacareí foi o município que registrou a maior taxa de renovação no Legislativo. Dos 13 vereadores, apenas cinco continuam para a próxima legislatura. Adriano da Ótica (PPS) não tentou a reeleição já que concorreu ao cargo de prefeito de Jacareí.

Na cidade, o candidato mais votado foi Maurício Haka (PSDB), com 2.437. Ele foi o único tucano eleito. O PT, do candidato a prefeito reeleito Hamilton, foi o partido que mais elegeu vereadores: quatro. O PMDB ficou em segundo, com três vagas na Cãmara a partir de 2013.

O Vale

Publicado em: 08/10/2012

Cidade segue regras para eleger novos vereadores

Nas eleições do próximo domingo (7) os dois milhões de eleitores da região vão escolher os prefeitos e vereadores para comandar as cidades nos próximos quatro anos. Para ser prefeito, o candidato que tiver mais votos será eleito, mas para o vereador isso não basta.

Nas eleições brasileiras os partidos têm prioridade e um vereador só ganha uma vaga na Câmara com votos e depois de alguns cálculos. Para que um vereador ocupe, realmente, uma cadeira na Câmara, não basta que ele seja bem votado. Existem duas contas que são feitas para determinar de quem é a vaga.

A primeira se chama quociente eleitoral e a segunda, quociente partidário. O quociente eleitoral leva em conta somente os votos válidos, excluindo os brancos e nulos.

Em São José dos Campos, por exemplo, com base nas ultimas eleições, a expectativa é que sejam em média 366 mil votos válidos. Esse número, então, seria dividido pela quantidade de vagas na Câmara da cidade, que no caso de São José são 21. Ou seja, o quociente eleitoral de São José seria de aproximadamente 18 mil votos.

Nesse cenário, as coligações precisariam atingir esse número para eleger pelo menos um vereador. Se uma coligação tivesse dez vezes mais votos que isso, o quociente partidário da coligação seria dez e os seus dez vereadores mais votados seriam eleitos. Por isso, se um único candidato receber muitos votos ele ajuda a eleger outros da mesma coligação, até aqueles que não receberam tantos votos.

“No processo eleitoral brasileiro, o privilégio, a ênfase, é no partido e não na pessoa. E é por isso mesmo que os partidos lançam candidaturas em todos os cantos da cidade, exatamente para encher o quociente partidário, exatamente para que ele tenha possibilidade de mandar o maior número possível de cadeiras na Câmara Municipal”, explicou o cientista político, José Maurício Cardoso.

G1 (Vnews)

Publicado em: 04/10/2012

Partido da cidade tem privilégio nos programas de TV

Na reta final da campanha, os vereadores de São José candidatos à reeleição têm sido privilegiados nos programas do horário eleitoral na TV de suas coligações. A vereadora Renata Paiva (DEM) tem 13 segundos em cada programa, contra 10 segundos que são o padrão para os demais candidatos.

Outro ‘medalhão’ da legenda que tem sido favorecido no horário eleitoral é o ex-vereador Santos Neves, que também conta com 13 segundos. Ele é apontado pela direção da legenda como um dos favoritos à Câmara. “No período eleitoral, temos comissão que avalia entrada dos candidatos no partido um ano antes e avalia atuação de cada um depois que já estão oficialmente candidatos”, disse o presidente do DEM de São José, Jorley Amaral.

Segundo ele, a tática é explorar os novatos no início e apostar nos candidatos à reeleição na reta final da campanha. Presidente do PT e candidato à reeleição, o vereador Wagner Balieiro admite que os parlamentares que disputam a reeleição têm sido destacados.

“Temos um tempo suficiente para todos os candidatos a vereador aparecerem, mas alguns nomes aparecem com maior frequência. Não tem uma regra clara. Varia ao longo do programa eleitoral”, disse Balieiro. De acordo com ele, o fato de que alguns candidatos à reeleição tenham veiculações com gravações diferenciadas – sem o cenário de fundo padrão – não interfere diretamente na questão.

“Tivemos vários modelos de gravação. Ela foi sendo diferenciada até pra não deixar o eleitor com essa mesmice. E isso foi feito independentemente do candidato em questão disputar reeleição ou não.” No PP, o presidente Alexandre da Farmácia, que disputa a reeleição na Câmara, monopoliza os programas na TV.

Os privilégios têm sido motivos de críticas dos candidatos que têm menos tempo.  “Se tivesse mais tempo, seria melhor”, disse o vereador Luiz Mota (DEM). “Não avisaram que outros candidatos teriam tempo maior”, afirmou Anatole Morandini (DEM).

Para o presidente da ABCP (Associação Brasileira de Consultores Políticos), Carlos Manhanelli, o partido é uma extensão da democracia e direcionada por cada legenda. “Na campanha proporcional, quanto mais votos tem um vereador mais poder ele carrega na legenda. No Prona só aparecia o Enéias Carneiro, que era o dono do partido.”

O Vale

Alto indice nos patrimônios de Vereadores na cidade

O patrimônio dos vereadores de São José dos Campos registrou crescimento até 6.006% nos últimos quatro anos. O cálculo foi feito com base nas declarações de bens apresentadas pelos parlamentares à Justiça Eleitoral em 2008 e neste ano.  Levantamento feito por O VALE mostra que 19 dos 21 vereadores viram o patrimônio engordar, quando comparado ao que foi declarado na última eleição. Apenas dois se declararam mais pobres.

A maior evolução patrimonial foi do vereador Robertinho da Padaria (PPS), que vai disputar seu terceiro mandato. Em 2008, ele havia declarado possuir apenas um veículo Saveiro no valor de R$ 4.500. Neste ano, ele declarou R$ 274 mil em bens que incluem um apartamento e dois veículos.

Também tiveram expressivas evoluções de patrimônio os vereadores João Tampão (PTB), com aumento de 609%, Cristiano Pinto Ferreira (PV), com 249,5%, e Vadinho Covas (PSDB), com 137% de evolução (confira quadro ao lado).

A divulgação do patrimônio é obrigatória para o registro das candidaturas. Atual presidente do São José Esporte Clube, Robertinho da Padaria afirmou que seu patrimônio cresceu em razão de aquisições que fez nos últimos dois anos.  “Está tudo financiado. O apartamento eu devo quase inteiro e vou pagar em 25 anos e um dos carros, também financiado”, disse.

Segundo ele, um Meriva declarado no valor de R$ 20 mil pertence à sua mulher. Dono de uma padaria na zona sul, o vereador disse que o bem está no nome da família. Com uma evolução de 609% no patrimônio, João Tampão declarou uma “propriedade rural com atividade leiteira”, avaliada em R$ 400 mil. Segundo ele, é uma herança de família.

Tampão também declarou um carro no valor de R$ 25.500. Em 2008, o vereador informou apenas um imóvel no valor de R$ 65 mil. “O que mudou no meu patrimônio foi o carro. Esse pedaço de terra é herança de família há mais de 20 anos. Foi um erro do contador não ter incluído essas terras na declaração anterior”, disse.

Com uma evolução de 249,5% no patrimônio, Cristiano Ferreira afirmou possuir R$ 72,3 mil em bens entre participações em empresas e créditos bancários. “Meu patrimônio está no nome da empresa e há uma declaração específica para isso. Tenho quatro apartamentos financiados no nome da minha empresa”, disse o vereador, candidato ao Paço.

O vereador Fernando Petiti (PSDB) apresentou uma redução de 69% no patrimônio. Mas, segundo ele, isso ocorreu por um erro no sistema. “Eles não incluiram o apartamento que moro com minha família. Foi uma falha e irei pedir retificação”, disse.  Segundo Petiti, o seu patrimônio real é de cerca de R$ 175 e não o registrado de R$ 35.968.

O Vale

Câmara também adere a Campanha de Paz na Região

Vereadores de São José dos Campos e Jacareí querem aprovar manifestações de apoio aos jornais O VALE e ‘Bom Dia’ pela campanha ‘O Vale pela paz’, lançada no último domingo. A intenção é fazer com que a campanha tenha repercussão no Legislativo das duas cidades e nas bases eleitorais dos vereadores. Para eles, segurança pública depende de “esforço coletivo”.

“O que fazer diante de tal situação de violência? Sem dúvida, o caminho é exigirmos juntos, de forma coordenada, sistemática, providências mais efetivas no setor”, disse o presidente da Câmara de São José, Juvenil Silvério (PSDB). Autor de um requerimento parabenizando os periódicos pela campanha, ele defende a somatória de esforços para cobrar melhorias na segurança.

“Constatada a doença é preciso buscar medicação eficaz que, no momento, é a união de todos na cobrança às autoridades constituídas.” Para Tonhão Dutra (PT), a violência só se enfrenta de forma coletiva, e ele pede uma atuação imediata.

“É preciso agir porque a situação é crítica na cidade e em toda a região. Não é só em São Paulo que há problemas de segurança”, disse Tonhão, que discursou sobre a campanha na Câmara ontem. Em São José, o requerimento foi assinado e aprovado por todos os vereadores na sessão de ontem. “É importante a participação de todos os vereadores em apoio à campanha”, disse Juvenil.

Coordenadora da macrorregião do PT no Vale do Paraíba, Rose Gaspar, vereadora em Jacareí, apresentará na próxima terça-feira uma moção congratulatória aos veículos pela campanha. Na opinião dela, a segurança é um tema de interesse de todos e que merece a mobilização da sociedade, seja atuando ou cobrando.

“Fizemos uma audiência na Câmara com representantes da polícia e uma passeata pela paz na cidade. A iniciativa do jornal é excelente pela repercussão que a mídia tem”, afirmou Rose, ontem.

O Vale