Cidade tem mais de 300 vagas abertas pela Industria

Pelo segundo mês consecutivo este ano, o nível de emprego industrial na microrregião de São José dos Campos registrou saldo positivo, mostra pesquisa divulgada ontem pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). A variação de contratação das indústrias em junho ficou em 0,58% o que significa um aumento de aproximadamente 300 postos. O bom resultado foi puxado pelos setores de Máquinas e Equipamentos que registrou variações positivas (4,57%) na geração de postos de trabalho. Também contribuiram os setores Outros Equipamentos de Transportes (1,49%), Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos (1,45%), Produtos de Minerais Não Metálicos (0,48%) e Produtos de Borracha e Material Plástico (0,37%), mostra a pesquisa. No acumulado do ano, São José o saldo de criação de vagas ainda é negativo de 700 postos de trabalho.

“Os dados de maio e junho mostram leve recuperação de postos de trabalho. A expectativa para o segundo semestre também é positiva”, disse o gerente da representação regional do Ciesp em São José, Fabiano de Sousa. Ele lembrou que essa recuperação não significa abertura de novos postos. “O que ocorre é uma recuperação de postos de trabalho”, frisou. Em Taubaté, o resultado de junho interrompeu o bom desempenho verificado em meses anteriores. No mês passado, a variação do emprego na microrregião, que reúne 28 cidades, foi negativa em 0,73%, o que significa uma redução de aproximadamente 400 postos de trabalho.

No entanto, no acumulado do ano, o saldo é positivo, com acréscimo de 2.100 vagas. O diretor administrativo do Ciesp local, José de Arimathéa Campos, afirmou que o resultado negativo verificado no mês passado é sazonal. “Nos últimos três anos, junho teve desempenho negativo”, declarou. Ele avalia que deve ser por ajustes no quadro de pessoal das empresas. “A tendência para o segundo mestre é positiva, pois novas empresas estão se instalado na região e vão gerar empregos”, afirmou. Em Jacareí, o saldo de empregos na indústria da microrregião também foi positivo, de 0,63%, o que significou um acréscimo de aproximadamente 100 postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo permanece positivo, de 2,25%, o que representa acréscimo de 300 vagas.

Setor do Turismo fica preocupado com a Alta do Dólar

Dólar em alta, viagens ao exterior em baixa? Essa é a perspectiva das agências de viagens, caso a moeda norte-americana continue se valorizando. Algumas agências já sentem os efeitos do vaivém do dólar. Ontem, a moeda para o turismo oscilou entre R$ 2,20 e R$ 2,25. “Essa alta do dólar começou a assustar os turistas brasileiros que pensam em viajar ao exterior, principalmente no final do ano”, disse a gerente comercial da Magictour, Viagens e Turismo, Carolina Beluco. A executiva afirmou que as empresas também podem reduzir as viagens corporativas ao exterior se o dólar continuar com oscilação em viés de alta.

“Normalmente, quando isso ocorre, as viagens corporativas são reduzidas, para contenção de gastos”, disse Carolina. “Muita gente que pensa em viajar nos próximos meses já demonstra preocupação”, relatou a consultora da FC Turismo, Andréia Strang Barros. Segundo ela, que pensa em programar passeios ao exterior para dezembro, por exemplo, pode ficar com o pé atras e até rever a viagem.

Proprietário da Vera Parodi Turismo, Daniel Parodi tem outra leitura da situação. Ele avalia que é preciso aguardar pelo menos mais 40 dias para verificar qual será o patamar do dólar. “Por enquanto, não sentimos alteração. Muita gente está comprado pacote para garantir promoções das operadoras”, afirmou. Ele relatou que muitas operadoras estão com ofertas e com o dólar “congelado” em torno de US$ 2. “Se realmente a moeda subir muito, as empresas aéreas, com certeza, irão baixar o preço das passagens, para não perder clientes”, disse.

O economista Luiz Carlos Laureano, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais), da Universidade de Taubaté, afirmou que, normalmente, dólar em alta costuma afetar o setor de turismo, os produtos importados e causar impacto na inflação. “No turismo, é preciso verificar o que é mais vantajoso: viajar para o exterior ou internamente”, disse. Já com relação a compra de produtos importados, o economista frisou que é preciso pesquisar. “A preocupação é o impacto inflacionário que o dólar pode causar por causa do encarecimento do preço dos importados”, disse.

Zona nobre da cidade tem supermercado Vilarreal

O grupo comercial Zaragosa, de São José dos Campos, dono da bandeira Villarreal Supermercado, anunciou ontem a instalação de mais uma loja da rede na cidade, no Residencial Alphaville, no Urbanova, região oeste da cidade.

A nova unidade deve ser inaugurada no primeiro semestre do próximo ano. Esta será a terceira unidade no município. Atualmente, São José dos Campos tem duas unidades do Villarreal, no bairro Vila Ema e no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).

Na região, a rede varejista também possui lojas em Cruzeiro, Jacareí e Taubaté. Segundo dados preliminares do projeto, serão 2.500 m² de área construída em um terreno de 12 mil m² que irá disponibilizar até 400 vagas de estacionamento. A previsão do grupo é criação de 200 postos de trabalho. “Será uma loja similar à da Vila Ema”, disse o diretor comercial do Grupo Zaragosa, Flávio Almeida.

O executivo afirmou que a escolha do local para a nova unidade resultou de pesquisa realizada pelo grupo sobre o potencial da região. “É uma região que reúne moradores das classes A e B. O comércio do Urbanova é pequeno e avaliamos que a região tem grande potencial, porque está em fase de crescimento”. A estimativa é que a nova loja irá atender público potencial de 30 mil pessoas. A construção da nova unidade faz parte do projeto do grupo de investir cerca de R$ 95 milhões no biênio 2013/2014. As obras serão iniciadas no segundo semestre.

O Vale

Publicado em: 24/04/2013

Com excesso de chuva, preços no Hortifruti ficam alterados

O custo da cesta básica no Vale do Paraíba subiu 1,78% em relação a janeiro, segundo pesquisa realizada pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Sociais), da Unitau. Segundo o estudo, o valor da cesta para uma família de cinco pessoas e com poder de compra de R$ 3.390 foi de R$1.086,86.

Os produtos alface, tomate, cenoura, abobrinha, batata, mandioca, banana prata, laranja pera, fubá e alho sofreram aumento de preço em todas as cidades pesquisadas.  “O que mais surpreende é o preço do tomate. Ele vem subido cada vez mais. E é um produto difícil de substituir à mesa”, afirmou Luiz Carlos Laureano, pesquisador do Nupes.

Segundo ele, os preços têm variado porque segundo CEPEA/Esalq (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) houve uma redução da área plantada. Além disso, variações climáticas têm prejudicado a produção. No caso do tomate, o excesso de chuva atrapalha as safras. Ele chegou a subir 291% em relação a fevereiro do ano passado. Já com a cenoura é o contrário: a seca prolongada, principalmente, na Bahia encareceu o produto”, disse o pesquisador.

Por outro lado, houve a redução do preço do café, açúcar refinado e agulhinha, além da carne acém.  “Esse período é bom porque há bastante pasto. Então, os animais ficam naturalmente fortes, sem que o criador precise investir em complementos alimentares”, disse Laureano.

Apesar de perceber a variação de preço, o aposentado Oney Carlos Xavier não deixa de comprar o que precisa. “Tenho uma dieta rigorosa. Não posso deixar de comprar frutas e legumes”. Já a administradora de empresa Rosaria Aparecida Ferreira, 40 anos, quando percebe um aumento do produto, deixa de comprar.

“Eu substituo. Em vez de comprar cenoura, por exemplo, levo chuchu. Tem que ficar de olho, alimentação é o que mais pesa no orçamento doméstico”, afirmou. Segundo Laureano, é importante pesquisar o preço dos produtos. “Frutas e legumes costumam ser mais baratos em feiras livres e mercados”.

O Vale

Publicado em: 13/03/2013

Concessionárias da cidade tem alta nas vendas

Concessionárias da região registraram até 40% de crescimento nas vendas de carros em outubro, na comparação com setembro, e comemoraram o segundo melhor mês do ano. O aumento nas vendas se deve, principalmente, à prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), benefício previsto para terminar no dia 31 de dezembro. Por conta do crescimento, alguns carros já estão na fila de espera. E em algumas lojas faltaram vendedores.

“Outubro foi um mês excelente. Superou todas as nossas expectativas”, disse o supervisor de vendas da Superfor, em São José, Antônio Cleiton de Almeida. Para ele, os lançamentos também chamam a atenção do cliente e aquecem o mercado. “Vivemos um bom momento. Em outubro vendemos cerca de 170 carros, 25% a mais”, afirmou.

A aceleração nas vendas também agradou o supervisor de vendas da Itavema Fiat, Marlon Casco de Andrade. “Vendemos mais de 200 veículos em outubro, o que para nós representa 20% a mais”, disse. Segundo ele, os mais procurados são os carros 0 km. “Desses 200, cerca de 150 são novos. A facilidade em comprar tem atraído muita gente às concessionárias”, afirmou Andrade.

Em busca do primeiro carro, a estudante Samara Salles Lopes, 24 anos, pesquisou e decidiu pela compra. “Pesquisei bastante e há bastante tempo. E esse é o momento. Antes, a prioridade era o apartamento e já conquistei junto com meu marido, agora, a prioridade é o carro”, disse. Já o pecuarista Marco Rangel, 65 anos, esperou um bom momento para comprar um carro. “Estou atrás de um carro novo. E agora a condição está melhor. Quero voltar para casa de carro novo”, disse.

Cresceram as vendas e junto com elas cresceram as filas de espera. Em apenas uma concessionária de São José, para levar para casa o novo Ford Ecosport, alguns clientes terão que esperar até dois meses. De acordo com o supervisor de vendas, cerca de 100 pessoas aguardam por esse modelo.

“Quando o cliente chega, temos que pedir a ele que tenha paciência porque a procura é muito grande na região”, afirmou Almeida. E em algumas lojas faltaram vendedores. Para Almeida, foi uma grande surpresa. “Faltou vendedores para tantos clientes. Na hora, tivemos que ter jogo de cintura”, disse ele.

O crescimento na cidade chegou a 40% em algumas concessionárias a partir da segunda quinzena de outubro. “Foram 15 dias consideravelmente fortes”, disse o gerente de vendas da Taubaté Veículos, Agnaldo Mangini. De acordo com ele, os carros mais procurados como a Spin e o Cruze estão com fila de espera.

Com o fim do IPI em dezembro e em razão do 13º salário, as concessionárias esperam boas vendas em novembro e dezembro. “Esperamos um aumento maior ainda. Estamos nos preparando para isso”, disse Andrade.

O Vale

Publicado em: 06/11/2012

Embraer registra lucro liquído alta, saindo do vermelho

A Embraer registrou lucro líquido de R$ 132,5milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 200 mil registrado em igual período no ano passado, anunciou a empresa ontem à noite na divulgação do seu balanço financeiro.

Já a receita líquida da companhia alcançou R$ 2,85 bilhões no terceiro trimestre deste ano ante R$ 2,27 bilhões em igual período verificado no ano passado. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a companhia registrou alta de 6% no lucro líquido. O balanço mostra que a receita líquida de julho a setembro teve queda de 15% no comparado com o segundo trimestre deste ano, de R$ 3,384 bilhões.

No acumulado do ano, a companhia soma receita líquida de R$ 8,283 bilhões e lucro líquido de R$ 444,1 milhões, segundo o balanço. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 336,9 milhões entre julho e setembro, ante R$ 311,4 milhões registrados em igual período do ano passado.

A fabricante informa no balanço que o resultado positivo do lucro líquido do terceiro trimestre e do ano foram impactados por uma redução no imposto de renda do primeiro e segundo trimestres, devido a uma alteração na base de cálculo.

“O lucro líquido acumulado foi positivamente impacto por R$ 85,7 milhões devido uma redução no Imposto de Renda de R$ 76,3 milhões no primeiro trimestre e R$ 9,4 milhões no segundo, que resultou na mudança da base de cálculo da companhia”, informa.

A companhia também informa que as despesas comerciais registras no terceiro trimestre foram de R$ 225,2 milhões ante R$ 233,5 milhões no trimestre passado. Também foi registrado decréscimo das despesas administrativas no terceiro trimestre, que totalizaram R$ 119,9 milhões ante R$ 147,6 milhões no segundo trimestre, comunica a fabricante.

No terceiro trimestre, a companhia entregou 27 aeronaves comerciais e 13 jatos executivos, sendo 11 jatos leves e dois jatos grandes. No ano, a empresa já despachou 83 aeronaves comerciais e 46 executivas. No balanço, a Embraer informa que mantém sua expectativa de atingir a receita líquida projetada para este ano.

A carteira de pedidos firmes da empresa somou US$ 12,4 bilhões no final do terceiro trimestre deste ano ante US$ 16 bilhões registrada um ano antes. Pelos dados, a carteira tem registrado baixa em razão do aumento de entregas. A empresa destaca também o crescimento do setor de Defesa e Segurança na receita, que foi de 18% no terceiro trimestre.

A Embraer mostra pela primeira vez um modelo em escala real do Legacy 450 na Convenção da Associação Nacional de Aviação Executiva (NBAA, na sigla em inglês), em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, de 30 de outubro a 1º de novembro.

Além do modelo, que será apresentado no estande da Embraer, no centro de convenções, cinco jatos executivos da empresa estarão em exposição estática no Orlando Executive Airport. O Legacy 450 teve a fabricação do primeiro protótipo iniciada em agosto passado.

“A NBAA é um evento importante para a Embraer, razão pela qual escolhemos este palco para apresentar pela primeira vez o modelo em tamanho real do Legacy 450, enfatizando suas características revolucionárias”, disse Ernest Edwards, presidente da Embraer Aviação Executiva. Os jatos em exposição estática pela Embraer são o Phenom 100, Phenom 300, Legacy 650 e o Lineage 1000, além de um Legacy 600 semi-novo.

O Vale

Publicado em: 24/10/2012

Vilões da cesta básica é a batata e a carne na cidade

O preço da cesta básica subiu pelo quinto mês seguido na região e chegou a R$ 1.018,75. Em agosto, o aumento foi de 1% em relação a julho. No ano, a alta acumulada chega a 6,66%. Os ‘vilões’ foram a batata (18,96%) e as carnes bovinas, como patinho (10,08%) e contrafilé (8,69%). O frango, com 7,71%, e o pão francês, com 4,11%, também contribuíram para o aumento.

A pesquisa, divulgada ontem pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Universidade de Taubaté, traz os preços pesquisados em supermercados de quatro cidades da região São José, Taubaté, Campos do Jordão e Caçapava. Entre elas, Campos do Jordão apresentou a maior alta (1,27%) e chegou a R$ 1.019,60, a segunda cesta mais cara da região. O menor índice foi registrado em Caçapava (0,81%). A cidade também possui o menor valor, com R$ 1.016,82.

Taubaté continua com a cesta básica mais cara da região, com R$ 1.022,51. São José dos Campos perdeu o posto da cidade mais barata para Caçapava. O valor dos itens chega a R$ 1.016,82. O preço da cesta básica é calculado com itens alimentação, higiene pessoal, limpeza doméstica necessários para uma família-padrão brasileira com cinco pessoas e com poder de compra de cinco salários mínimos.

Para o economista e pesquisador do Nupes, Luiz Carlos Laureano da Rosa, o fator climático foi o responsável pelo aumento do preço dos alimentos. “A estiagem tanto no Brasil como nos EUA tem prejudicado as safras. A alta poderia ter sido até maior”, disse Laureano. No caso da batata, a melhora da qualidade do alimento e a diminuição da quantidade no mercado aumentaram o preço. A seca prejudicou o preço da carne. No caso da bovina, a estiagem prejudicou a produção em pastagens naturais.

Com o aumento do preço da carne bovina, a de frango também aumenta, já que passa a ser mais consumida. Segundo Laureano, o preço dos próximos meses vai depender do clima. Caso a estiagem continue, o preço deve aumentar ainda mais. “A carne é um dos alimentos que vai continuar aumentando”, disse.

A dica do economista é trocar os alimentos que tiveram alta. Outra dica é pesquisar. “O preço da cesta básica é a média entre os supermercados pesquisados, então tem lugar mais barato e mais caro”, disse. Os consumidores que têm costume de ir a supermercados perceberam o aumento.

“Cada dia está um preço diferente”, disse a empresária Elisângela Regina Silva, 37 anos, que realiza pesquisa para descobrir onde os preços estão menores. Já para a aposentada Jeni Ramis, 62 anos, o preço dos alimentos virou assunto de família. “Eu disse para minha neta não desperdiçar comida porque o preço está muito caro. Eu levo só um pouquinho do que quero. O tomate eu não compro há meses”, disse.

O Vale

Devedido a impunidade, Latrocinios tem aumento significativo

O aumento do número de vítimas em latrocínios (roubo seguido de morte) em 43,75% na Região Metropolitana do Vale do Paraíba desafia as forças de segurança. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública, foram mortas 23 pessoas entre janeiro e julho deste ano na região contra 16, no mesmo período do ano passado.

O índice ficou bem acima do de vítimas de homicídio doloso (intencional), que subiu 6,55% no mesmo período de 229 pessoas em 2011 para 244, neste ano. Ao todo, 267 pessoas foram assassinadas no Vale entre janeiro e julho deste ano, ante 245 em 2011, o que mantém a região na liderança do ranking de violência do interior do Estado.

Na avaliação da coordenadora do Núcleo de Análise de Dados do Instituto Sou da Paz, Ligia Rechenberg, os dados demonstram a necessidade de aumentar o controle de armas na região. Ela defendeu ainda que a Polícia Civil trabalhe para ampliar o esclarecimento de crimes e que a Polícia Militar faça mais operações de saturação, como as blitze.

“Não me convence atribuir as mortes quase sempre à questão das drogas. O problema que parece haver no Vale é de controle das armas de fogo e baixo esclarecimento de crimes em geral.” A psicóloga Sônia Koehler, do Observatório de Violência do Centro Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo), de Lorena, vê um crescimento da violência em roubos em decorrência da impunidade.

“Os bandidos acham que podem fazer o que bem entenderem, assaltando pessoas em qualquer lugar. Mata-se por causa de tênis, celular.” O aumento dos casos de roubo de veículos na região provocou uma reação imediata do comando do policiamento, que determinou reforço de policiais militares nas localidades de maior incidência dos crimes.

Segundo os dados da SSP, foram 1.333 veículos roubados nos sete primeiros meses de 2011 e 1.665 no mesmo período deste ano, alta de 24,90%. “Intensificamos o patrulhamento, pediremos iluminação pública nas áreas ermas (desabitadas) e monitoramento de câmeras para quem tem o sistema”, disse o coronel Leônidas Pantaleão de Santana, comandante do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior).

Um dos focos do policiamento, segundo ele, será a retirada de armas e drogas das ruas, por meio de operações da Polícia Militar e ações em conjunto com a Polícia Civil. “Apreendemos 710 armas em 2012 contra 611, no ano passado. Só de drogas foram 409 quilos em oito meses deste ano. Estamos fazendo o nosso trabalho”, disse Santana.

O Vale

Alto indice nos patrimônios de Vereadores na cidade

O patrimônio dos vereadores de São José dos Campos registrou crescimento até 6.006% nos últimos quatro anos. O cálculo foi feito com base nas declarações de bens apresentadas pelos parlamentares à Justiça Eleitoral em 2008 e neste ano.  Levantamento feito por O VALE mostra que 19 dos 21 vereadores viram o patrimônio engordar, quando comparado ao que foi declarado na última eleição. Apenas dois se declararam mais pobres.

A maior evolução patrimonial foi do vereador Robertinho da Padaria (PPS), que vai disputar seu terceiro mandato. Em 2008, ele havia declarado possuir apenas um veículo Saveiro no valor de R$ 4.500. Neste ano, ele declarou R$ 274 mil em bens que incluem um apartamento e dois veículos.

Também tiveram expressivas evoluções de patrimônio os vereadores João Tampão (PTB), com aumento de 609%, Cristiano Pinto Ferreira (PV), com 249,5%, e Vadinho Covas (PSDB), com 137% de evolução (confira quadro ao lado).

A divulgação do patrimônio é obrigatória para o registro das candidaturas. Atual presidente do São José Esporte Clube, Robertinho da Padaria afirmou que seu patrimônio cresceu em razão de aquisições que fez nos últimos dois anos.  “Está tudo financiado. O apartamento eu devo quase inteiro e vou pagar em 25 anos e um dos carros, também financiado”, disse.

Segundo ele, um Meriva declarado no valor de R$ 20 mil pertence à sua mulher. Dono de uma padaria na zona sul, o vereador disse que o bem está no nome da família. Com uma evolução de 609% no patrimônio, João Tampão declarou uma “propriedade rural com atividade leiteira”, avaliada em R$ 400 mil. Segundo ele, é uma herança de família.

Tampão também declarou um carro no valor de R$ 25.500. Em 2008, o vereador informou apenas um imóvel no valor de R$ 65 mil. “O que mudou no meu patrimônio foi o carro. Esse pedaço de terra é herança de família há mais de 20 anos. Foi um erro do contador não ter incluído essas terras na declaração anterior”, disse.

Com uma evolução de 249,5% no patrimônio, Cristiano Ferreira afirmou possuir R$ 72,3 mil em bens entre participações em empresas e créditos bancários. “Meu patrimônio está no nome da empresa e há uma declaração específica para isso. Tenho quatro apartamentos financiados no nome da minha empresa”, disse o vereador, candidato ao Paço.

O vereador Fernando Petiti (PSDB) apresentou uma redução de 69% no patrimônio. Mas, segundo ele, isso ocorreu por um erro no sistema. “Eles não incluiram o apartamento que moro com minha família. Foi uma falha e irei pedir retificação”, disse.  Segundo Petiti, o seu patrimônio real é de cerca de R$ 175 e não o registrado de R$ 35.968.

O Vale

Pronto Socorro infantil registra alta nos atendimentos

O Pronto Socorro Infantil do Hospital Municipal de São José dos Campos deve fechar o mês com número recorde de atendimentos por conta das doenças respiratórias causadas pelo frio. Balanço do hospital mostra que a procura por pediatras dobrou de 3.500 em janeiro para 7.350 em maio. Neste mês, o atendimento está maior, mas o levantamento não foi fechado.

Os dados da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), gestora do hospital, acendem um alerta aos pais que devem redobrar a hidratação dos filhos e evitar ambientes fechados e aglomerados, como shoppings.

“A procura por um médico deve ocorrer quando a febre alta, acima de 38ºC, for constante e quando a criança estiver com dificuldades para respirar”, afirmou o diretor técnico do hospital, Carlos Maganha a O VALE. Segundo ele, crianças entre 8 e 10 anos de idade são as mais afetadas pelas doenças de inverno, entre as mais comuns estão resfriados, bronquites e laringites. No setor adulto, o atendimento subiu de 16 mil em janeiro para 17,5 mil em maio.

A demanda afetou a qualidade do atendimento, segundo o Sindicato dos Servidores de São José. De acordo com a entidade, as crianças chegam a esperar cerca de quatro horas para serem atendidas. “Falta medicamento, macas e a estrutura é precária. Os próprios funcionários denunciaram que algumas crianças estão sendo colocadas no corredor para ficar em observação”, disse Zelita Ramos, uma das diretoras do sindicato.

O Hospital Municipal negou que há falta de medicamentos e de estrutura. De acordo com a entidade, auxiliares de enfermagem e médicos extras foram contratados para atender o aumento da demanda. A SPDM informou ainda que estrutura oferecida é suficiente para atender a demanda estendida da época de inverno.

A expectativa do hospital é que a procura por atendimentos comece a diminuir entre o final de julho e início de agosto, quando as temperaturas devem voltar a subir.

Até lá, os moradores deverão conviver com o frio que deve continuar rigoroso na região até amanhã.
A previsão é do Cptec/Inpe (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos) que prevê que a chuva constante continue até domingo na região, quando o sol pode voltar a aparecer entre as nuvens. Hoje, o termômetro deve variar hoje entre 19ªC e 21ºC em São José e entre 19ºC 24ºC no litoral. Na serra, as temperaturas vão oscilar entre 13ºC e15ºC.

O Vale