Caixa libera R$ 6 milhões para obra do Martins Pereira

A Prefeitura de São José dos Campos e a Caixa Econômica Federal assinam hoje contrato de R$ 6,5 milhões para as obras de modernização do estádio Martins Pereira. Do total, R$ 6 milhões sairão dos cofres do Ministério do Esporte, com contrapartida de R$ 524 mil do município. O valor se refere somente à primeira parcela dos repasses o custo total do projeto foi fixado em R$ 26 milhões. A reforma do estádio, cujo projeto tem custo total de R$ 26 milhões, visa atender às exigências da Fifa para receber uma seleção que disputará o Mundial. A escolha do local de treinamento é prerrogativa das próprias seleções.

A Caixa será a gestora do contrato e responsável por acompanhar o andamento das obras. Os recursos serão liberados na medida em que o serviço for executado. “A nova arena esportiva atenderá às exigência da Fifa, mas ficará como legado para a cidade”, disse Julio César Volpp Sierra, superintendente regional da Caixa. A cidade está no catálogo do COL (Comitê Organizador Local) entre os candidatos a Centro de Treinamento de Seleções durante o período preparatório para a competição. Para tanto, o estádio Martins Pereira vai passar por sua maior reforma desde que foi inaugurado, em 1970.

De acordo com a prefeitura, os recursos do contrato com a Caixa serão utilizados na requalificação do estádio, que ganhará mais conforto, segurança e desempenho. As principais modificações serão a reforma das estruturas de arquibancada, instalação de cadeiras numeradas, construção de camarotes com acessos independentes, substituição dos vestiários e construção de um novo prédio que abrigará academia, área de imprensa e refeitórios. Costa do Marfim, que disputa com Senegal uma vaga para a competição, é um dos países que têm estreitado relações com São José.

Prefeitura ganha verba para investimento em Ponte

A Prefeitura de São José vai gastar cerca de R$ 3,2 milhões com a reconstrução da ponte da avenida Guadalupe, na zona sul da cidade. A queda da ponte, em 23 de março devido a uma forte chuva, já causou um prejuízo de mais de R$ 4 milhões. Uma ponte alternativa, construída paralelamente a anterior custou R$ 890 mil aos cofres públicos. A prefeitura deve derruba-la assim que a nova ponte ficar pronta, dentro de quatro meses. Também foram gastos R$147 mil com a demolição do que restou da anterior, R$158 mil com o laudo técnico e R$50 mil com o projeto da ponte.

Segundo a prefeitura, o contrato com a Construções, Engenharia e Pavimentação Enpavi Ltda, que ficará responsável pelo projeto deverá ser assinado até segunda-feira. Falta ainda a empresa entregar alguns documentos. Só depois da assinatura é que as obras deverão começar. Assim como a Copav Construtora e Pavimentadora Ltda, que construiu a ponte alternativa, a Enpavi é uma velha conhecida do PT.

A construtora tem realizado obras em diversas prefeituras comandadas pelo partido, como Guarulhos e Santo André. Também já realizou doações para campanhas políticas. No entanto, a prefeitura afirmou em nota que, apesar de a empresa ter sido contratada com dispensa de licitação por se tratar de uma obra emergência, foram feitas cotações. “Participaram também com as empresas Copav, Serv Obras e Penido. A Enpavi apresentou o menor preço e a maior capacidade técnica, conforme demonstra os seus atestados”, informou a nota. A prefeitura lembrou ainda de uma obra realizada pela empresa no governo anterior: o viaduto do Kanebo, também na zona sul da cidade.

A fundação dessa ponte deverá ser diferente da anterior. Segundo nota da Secretaria de Obras, serão usados tubulões, cuja fundação é mais pesada e apropriada ao local. “Também haverá uma largura maior do córrego no local e proteção as margens em ambos lados da ponte. Isso será feito após a construção da ponte, por meio de processo licitatório normal”, informou a Secretaria de Obras. Ainda segundo a secretaria, mesmo com chuvas intensas a lâmina d’água será menor e mais baixa, exercendo menor pressão sobre as estruturas.

A Prefeitura de São José informou que está providenciando a licença ambiental para a construção da ponte. A secretaria está em negociação com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que acompanhará todo o processo. No período de chuvas, a água do córrego Senhorinha costuma até subir seis metros de altura. Até a construção de toda a ponte, a população continuará circulando pela via alternativa que liga as ruas Lira e Galícia até a rua Rosário, que por ser mais baixa, pode alagar em situações como esta.

Cidade ganha verba para manter esgoto tratado

Cumprindo acordo assinado entre a Prefeitura e a Sabesp, dentro do Plano Municipal de Saneamento Básico, será assinado nesta quinta-feira (9), na Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal, um contrato no valor de R$ 80,4 milhões para execução de obras de implantação do sistema de esgotos sanitários da sub-bacia Pararangaba.
O financiamento – que está enquadrado no Programa de Saneamento para Todos, do Governo Federal, com recursos do FGTS – será assinado entre a Caixa e a Sanevap, empresa que executará os trabalhos. A cerimônia terá a presença do prefeito, do superintendente regional da Caixa em exercício, da gerente regional e dos diretores da Sanevap.

A obra prevê a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto, a implantação de 18,4 quilômetros de coletores e interceptores e uma estação elevatória. Concluída a construção, São José dos Campos passará a ter 99% do esgoto tratado, contribuindo para a preservação dos cursos d’água e do Rio Paraíba do Sul. Atualmente a cidade tem 80% de esgoto tratado.

No caso do Rio Pararangaba, 90% do esgoto coletado ainda é jogado in natura no Rio Paraíba. A obra também contribuirá para a despoluição de importantes cursos d’água que atravessam o município, inclusive o Rio Paraíba do Sul. De acordo com a empresa, a previsão de conclusão é de 30 meses (janeiro de 2015).

“A construção dessa Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) é um grande avanço para São José. Com isso, em 2016, teremos 99% do esgoto tratado em nossa cidade, um passo fundamental para o futuro sustentável de São José”, disse o prefeito.

A ETE terá capacidade para tratar 404 litros por segundo, dimensionada para atender toda sub-bacia. A estação de tratamento utilizará a tecnologia de Lodos Ativados com Aeração Prolongada, capaz de devolver ao meio ambiente um efluente que atende plenamente a legislação vigente.

Para o superintendente regional no Vale do Paraíba, a ação fortalece a presença da Caixa no município e se soma aos benefícios sociais propiciados pela atuação do banco no Vale do Paraíba. “Esta é a maior liberação de recursos dentro do Programa de Saneamento para Todos na região. A Caixa, como agente operador do programa, fará o acompanhamento da obra com medição necessária de acordo com o projeto”, explicou.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 09/05/2013

Indenização do Pinheirinho pode movimentar milhões

A Defensoria Pública do Estado ingressou com uma ação indenizatória contra o governo estadual e a Prefeitura de São José dos Campos por danos morais e materiais aos ex-moradores Pinheirinho. Se condenados, município e Estado serão obrigados a pagar uma indenização no valor R$ 10 milhões aos sem-teto.

O documento, protocolado na Vara da Fazenda Pública, tem 3.000 páginas e está dividido em três volumes. O grupo de seis defensores, responsável pelo trabalho, reuniu entrevistas com ex-moradores e testemunhas da operação de reintegração de posse, ocorrida no acampamento em janeiro do ano passado. O defensor público Jairo Salvador explicou que o documento foi desenvolvido em conjunto com o Núcleo Habitação e Urbanismo, da Defensoria. “É um processo extenso. Acredito que, pela complexidade do processo, a Justiça

O grupo de defensores pede que Estado, município e massa falida da empresa Selecta, proprietária do Pinheirinho, implantem um programa destinado aos pais, crianças e adolescentes que foram vítimas da ação liderada pela Polícia Militar.

Também solicitam que o Estado de São Paulo e a Prefeitura de São José se retratem publicamente por meio da mídia regional. Ainda exige a construção de um memorial em homenagem à comunidade do Pinheirinho, que deve ser instalado em frente ao local de desocupação, “materializando a memória dos acontecimentos”.

O advogado dos sem-teto, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho, acredita que a ação civil pública tem boa chance de obter sucesso na Justiça. “Alguém precisa pagar pelos abusos cometidos contra os moradores do Pinheirinho. Além dessa ação coletiva, há mais de 1.000 ações individuais correndo em paralelo. O que aconteceu em janeiro do ano passado não pode ficar impune”, afirmou.

Toninho destaca ainda que os sem-teto, um ano após deixarem o assentamento, sofrem para retomar a vida. “A maioria continua morando na zona sul de São José, com muita dificuldade. O pessoal mora mal, porque recebe apenas R$ 500 de aluguel social”, disse o advogado.

O terreno do Pinheirinho, em São José, foi desocupado pela Polícia Militar em janeiro, por determinação da Justiça. Cerca de 1.700 famílias ocupavam a área.  A ação envolveu 2.040 policiais no dia 22 de janeiro do ano passado. O terreno, na zona sul da cidade, havia sido invadido em 2004 por cerca de 150 sem-teto.

Mais de um ano após a reintegração de posse no Pinheirinho, 1.570 famílias continuam recebendo o aluguel social de R$ 500 por mês, pago pelo Estado em parceria com a Prefeitura de São José. Nos últimos três meses, 182 famílias tiveram o benefício cancelado, após visita das assistentes sociais da prefeitura.

Essa visita técnica, exigência do convênio entre município e Estado, serve para detectar se as famílias realmente necessitam do benefício. “Esse valor é baixo. Hoje, é muito difícil encontrar imóvel para alugar com um valor de R$ 500. Seria preciso rever isso, porque tem família de cinco pessoas morando em apenas um cômodo”, disse o advogado dos sem-teto, Antonio Donizete Ferreira, o Toninho. A Prefeitura de São José informou que não há expectativa de revisão desse valor.

O Vale

Publicado em: 15/03/2013

Embraer fecha o ano de 2012 em saldo positivo no mercado

A Embraer, de São José dos Campos, apurou no ano passado lucro líquido de R$ 697,8 milhões, o que representa crescimento de 346% no comparado com o ano anterior, quando somou R$ 156,3 milhões. A companhia também registrou em 2012 receita líquida de R$ 12,201 bilhões ante R$ 9,858 bilhões em 2011 um aumento de 24%. Os dados contábeis fazem parte do balanço financeiro divulgado ontem à noite pela fabricante de aeronaves.

No relatório, a Embraer atribui o bom resultado financeiro alcançado em 2012 à variação cambial ocorrida durante o período, que afetou positivamente a receita em real. Também contribuiu o mix de produtos e serviços com maior participação dos jatos executivos grandes, Legacy e Lineage, de valores mais elevados que os jatos leves da família Phenom. Outro fator positivo destacado pela companhia foi o crescimento da receita de Defesa & e Segurança em 44%, “dada também em parte pela variação cambial ocorrida durante o período, aumentando sua participação de 15% para 17% da receita total da Embraer”.

O investimento feito pela empresa no ano passado somou R$ 1,038 bilhão ante R$ 636,3 aplicados em 2011 (crescimento de 70%). No quarto trimestre do ano passado, a empresa obteve receita líquida de R$ 3,918 bilhões ante R$ 3,667 bilhões no ano anterior.

A empresa informa que no quarto trimestre foram despachadas 23 aeronaves comerciais e 53 jatos executivos. No total do ano passado, a fabricante informa que despachou 221 aeronaves ante 212 entregues em 2011. De acordo com o balanço financeiro, foram entregues 106 jatos para a aviação comercial. Do total, 62 do modelo Embraer 190.

No segmento da aviação executiva, a companhia entregou 99 aeronaves. Foram despachados 29 Phenom 100, 48 Phenom 300, 19 Legacy e 2 Lineage. Para área de Defesa & Segurança, a Embraer entregou 16 aeronaves -14 Super Tucano e 2 EMB 145. No relatório, a fabricante relata que na aviação comercial, no segmento de jatos de 61 a

A carteira de pedidos firmes da companhia totalizou no final de 2012 US$ 12,5 bilhões. Esse valor é bem inferior aos US$ 15,4 bilhões apurados no final de 2011. A empresa informou ainda que ao final de janeiro deste ano, tinha 18 mil funcionários.

O balanço financeiro anual da empresa aponta que o segmento de Defesa & Segurança foi o que apresentou maior crescimento percentual em 2012. Segundo os dados, o setor fechou o ano passado com receita de R$ 2,080 bilhões. No comparado com o ano anterior, o segmento registrou crescimento de 44%.

A aviação comercial, carro-chefe do faturamento da companhia, registrou alta de 16% no comparado com 2011. Esse segmento, representado pelos jatos da família Embraer 170/190, alcançou receita de R$ 7,371 bilhões. A aviação executiva também teve crescimento expressivo, de 34%, no período comparado. O segmento obteve receita de R$ 2,601 bilhões. O item outros negócios, como prestação de serviços, teve receita de R$ 147,7 milhões.

O Vale

Publicado em: 13/03/2013

Novo Projeto planeja novo Aeroporto três vezes maior

O aeroporto de São José dos Campos pode ganhar um novo terminal de passageiros capaz de atender até 2 milhões de pessoas por ano, muito acima da atual capacidade, de 90 mil usuários por ano. A proposta foi feita pela Prefeitura de São José dos Campos à SAC (Secretaria de Aviação Civil), órgão da Presidência da República, em reunião anteontem em Brasília, intermediada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.

Segundo o vice-prefeito Itamar Coppio (PMDB), que participou do encontro, o novo terminal seria construído em uma área de 92 mil metros quadrados pertencente à Avibras Aeroespacial, empresa do setor de defesa de São José dos Campos. O terreno fica às margens da pista de decolagem.

“É a solução definitiva para o problema do aeroporto de São José, que tem capacidade limitada de atendimento”, afirmou Coppio. “Tanto o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil quanto o presidente da Infraero Antonio Gustavo Matos do Vale gostaram muito da nossa proposta”, afirmou Coppio.

A reunião em Brasília contou ainda com o prefeito Carlinhos Almeida (PT), o secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Sebastião Cavali, e o presidente da Avibras e da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), Sami Hassuani. Segundo Coppio, a Avibras já teria concordado com a proposta. “É questão agora de entendimento entre a Secretaria de Aviação Civil, a Infraero e a empresa. Todos estão com boa vontade.”

A proposta defendida pela administração petista é uma variação do projeto estudado e também proposto ao governo federal pelo ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB). Em julho de 2011, O VALE divulgou com exclusividade que a prefeitura, o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) estudavam a construção de um novo aeroporto no lado oposto à pista do atual terminal, na região sudeste de São José. O projeto acabou engavetado.

Para Coppio, a viabilidade da proposta do novo terminal na área da Avibras se dá por pelo menos três motivos: capacidade de atendimento de passageiros, acesso facilitado pelas rodovias Tamoios, Carvalho Pinto e Dutra e possibilidade de ampliar o aeródromo no futuro.

“Estamos pensando em uma demanda de passageiros não apenas regional, mas que atenda também o sul de Minas Gerais, podendo chegar a 4 milhões de passageiros”, disse o vice-prefeito. Ele não soube informar como ficaria o projeto de ampliação do atual terminal de passageiros que está sendo analisado pela Infraero. “Não sei dizer o que seria feito desse terminal. Isso é com o governo.”

A proposta da prefeitura foi bem recebida por pessoas ligada ao setor industrial e aeronáutico, mas com ressalvas. Lauro Ney Batista, presidente da Cedaer (Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial de São José dos Campos e Região), disse que o espaço no atual terminal de passageiros é insuficiente para a necessidade da região e que a construção de um outro seria a solução ideal. A dúvida é em que área.

“Desconheço essa área da Avibras. Não sei se é adequada para as necessidades de um terminal”, afirmou. Almir Fernandes, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, disse que a solução para a saturação do aeroporto tem que ser definitiva, e não paliativa. “Seja o que for, não dá mais para soluções temporárias, com ‘puxadinhos’.”

O Vale

Publicado em: 28/02/2013

Imposto arrecadado pela Nova Dutra é destinado a Cidade

As cidades que cercam a rodovia Presidente Dutra receberam quase R$ 52 milhões em ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) em 2012 da Concessionária Nova Dutra. O imposto foi destinado a 36 municípios que cercam a rodovia nos seus 402 quilômetros de extensão, entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

A destinação deste imposto independe de critérios específicos. Basta que a rodovia passe pela cidade para que o município tenha direito ao imposto. Neste caso o município recebe o valor recolhido pelo imposto, independentemente de ter um praça de pedágio em seu território.

Entre as cidades que mais receberam ISS sobre os pedágios da Dutra em 2012 estão Piraí (R$ 4,2 milhões) e Barra Mansa (R$ 4 milhões), ambas no trecho fluminense,  São José dos Campos (R$ 3 milhões) e Guarulhos (R$ 2,7 mil), no trecho paulista.

Há 12 anos, quando passou a vigorar a Lei do ISSQN, a concessionária que administra a rodovia recolheu aos cofres municipais quase R$ 400 milhões. Ainda de acordo com a concessionária, o recurso contribui principalmente para a realização de obras e serviços municipais, sobretudo em municípios menores.

Publicado em: 15/02/2013

Terreno da Selecta deve pagar sua segunda Dívida na cidade

Após 11 meses da desocupação do Pinheirinho, na zona sul de São José, a massa falida da Selecta S/A, proprietária da área, já acumula uma dívida de R$ 29 milhões com a prefeitura em multas. Até setembro, a prefeitura enviou nove notificações por irregularidades à massa falida. Apenas uma foi sanada a liberação de uma rua.

Todos os outros pedidos foram ignorados, como limpeza e retirada de entulhos e reconstrução do passeio público. Em razão do descumprimento, a massa falida recebeu 14 multas 7 por reincidências que juntas somam R$ 29 milhões.

A multa mais alta é a que cobra limpeza da área, R$ 27,5 milhões. A cobrança é feita com base no tamanho do terreno, a R$ 6,65 o metro quadrado de área.  Todos os processos de multa estão em andamento, alguns com recursos da Selecta sendo julgados pela Junta Municipal de Recursos. Até o momento, nenhuma foi paga.

Caso as multas não sejam pagas, a prefeitura poderá cobrar na Justiça o valor da dívida. O síndico da massa falida da Selecta, Jorge Uwada, não foi localizado ontem para comentar o assunto. A Urbam cobra na Justiça R$ 458,9 mil da massa falida por serviços prestados na reintegração de posse.

A prefeitura também espera ser ressarcida do custo do serviço de limpeza realizado em agosto por agentes municipais na área. Foram removidas 37 toneladas de lixo e entulho ao valor de R$ 7.900. Em 22 de janeiro, a PM cumpriu reintegração de posse do terreno, retirando cerca de 1.700 famílias sem-teto. Em setembro, o terreno iria a leilão por R$ 187 milhões para pagar dívidas da Selecta, mas a empresa controlada por Naji Nahas recorreu ao TJ e o leilão foi suspenso.

O Vale

Publicado em: 19/12/2012

Empresa Selecta é cobrada pela Urbam da cidade

A Urbam (Urbanizadora Municipal S/A), de São José, cobra na Justiça R$ 458,9 mil da massa falida da Selecta S/A, dona da área do Pinheirinho, por serviços prestados na reintegração de posse do terreno em janeiro último. Durante quatro dias, funcionários e máquinas da Urbam trabalharam no local retirando e transportando os móveis e pertences das famílias sem-teto que residiam na área.

A participação da Urbam foi solicitada pela Justiça para auxiliar na reintegração. “É um processo simples, uma ação de cobrança, assim como qualquer serviço prestado que não é pago”, disse o gerente jurídico da Urbam, Guilherme Belini.

Após um levantamento feito pelo setor de contabilidade, a Urbam iniciou contato cobrando a dívida da massa falida. Como não obteve sucesso, no mês passado recorreu à Justiça para garantir o pagamento dos serviços prestados.

Segundo Belini, não é possível precisar quanto tempo deve durar o processo mas, segundo ele, levará ao menos mais 12 meses. O advogado da massa falida da Selecta, Waldir Helu, não comentou o assunto ontem. Segundo ele, o único que poderia falar é o síndico Jorge Uwada, que não foi localizado.

No último dia 22 de janeiro, cerca de 2.000 policiais militares cumpriram ordem de reintegração de posse, retirando do terreno cerca de 1.700 famílias sem-teto. Em setembro último, o terreno iria a leilão por R$ 187 milhões para pagar dívidas da Selecta, mas a empresa controlada pelo megaespeculador Naji Nahas entrou com recurso no Tribunal de Justiça e o leilão foi suspenso.

Além do débito com a Urbam, a massa falida da Selecta S/A acumula uma dívida de ao menos R$ 28 milhões por ‘abandonar’ o terreno de 1,3 milhão de metros quadrados.

O Vale

Publicado em: 18/12/2012

Carlinhos herda dívidas do ex-prefeito Cury na cidade

O prefeito eleito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), vai herdar do governo comandado por Eduardo Cury (PSDB) uma dívida de pelo menos R$ 160 milhões, correspondente a compromissos de longo prazo. Não estão computados os débitos de curto prazo, que somente serão apurados após o término do ano.

De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda, a dívida de longo prazo é referente a contratos e débitos de governos anteriores. No governo Cury, por exemplo, São José fechou empréstimo com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), no valor de US$ 85 milhões para projetos de mobilidade urbana.

O secretário da Fazenda, José Liberato Júnior, afirmou que os compromissos de longo prazo assumidos pelo município “são modestos e seu total não atinge 9% da receita de um ano”. Este ano, a receita estimada é de R$ 1,730 bilhão.

Já a dívida de curto prazo, que inclui restos a pagar que ficarão para o prefeito eleito, somente será conhecida após o fechamento do exercício financeiro deste ano. “Há recursos suficientes para quitá-la”, garantiu o titular da Fazenda. Liberato afirmou ainda que Cury vai entregar o governo com um pequeno superávit.

“Não será como o verificado em anos anteriores, mas o próximo prefeito vai começar sua gestão com superávit financeiro”, afirmou. No ano passado, foi registrado superávit de R$ 201 milhões, segundo Liberato. O futuro secretário da Fazenda, José Walter Pontes, afirmou que aguarda complementação de informações da pasta para fechar um diagnóstico “com pé no chão”. “Não temos ainda uma conclusão”.

Um dos pontos que preocupa o futuro governo é a queda do índice de participação de São José dos Campos no ‘bolo’ dos recursos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Em 2013, São José terá o menor índice histórico (2,35) de participação desde 1993.

O futuro secretário da Fazenda, José Walter Pontes, afirmou que é preocupante também o município ter caído de posição no ranking estadual do PIB (Produto Interno Bruto). São José era o 2° colocado no ranking em 2000 e passou para 8°, segundo estudo do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).

“É uma situação que podemos reverter. Trabalho que exige participação da sociedade, em uma iniciativa de empreender e também será necessário organizar a parte da arrecadação do município”, afirmou o futuro secretário.

“Acreditamos que podemos melhorar sem aumentar impostos. É preciso melhorar o desempenho com os recursos que temos”, disse.  De acordo com o atual secretário da Fazenda, José Liberato Júnior, a receita do ICMS deve fechar o ano com uma baixa de R$ 70 milhões.

Até outubro, os recursos do tributo atingiram R$ 552 milhões para uma receita orçada em R$ 735 milhões. O vereador Wagner Balieiro (PT) e coordenador da equipe de transição já afirmou que o novo governo terá que implantar medidas rápidas para recuperar a receita. “Os reflexos no cálculo do índice do ICMS, por exemplo, somente ocorrerão a partir de 2015.”

Na avaliação do futuro titular da Fazenda, o município tem condições e capacidade para firmar convênios estadual e federal. “O município tem baixo nível de captação de recursos nos governos estadual e federal”, disse Pontes.

O Vale

Publicado em: 17/12/2012