Caixa libera R$ 6 milhões para obra do Martins Pereira

A Prefeitura de São José dos Campos e a Caixa Econômica Federal assinam hoje contrato de R$ 6,5 milhões para as obras de modernização do estádio Martins Pereira. Do total, R$ 6 milhões sairão dos cofres do Ministério do Esporte, com contrapartida de R$ 524 mil do município. O valor se refere somente à primeira parcela dos repasses o custo total do projeto foi fixado em R$ 26 milhões. A reforma do estádio, cujo projeto tem custo total de R$ 26 milhões, visa atender às exigências da Fifa para receber uma seleção que disputará o Mundial. A escolha do local de treinamento é prerrogativa das próprias seleções.

A Caixa será a gestora do contrato e responsável por acompanhar o andamento das obras. Os recursos serão liberados na medida em que o serviço for executado. “A nova arena esportiva atenderá às exigência da Fifa, mas ficará como legado para a cidade”, disse Julio César Volpp Sierra, superintendente regional da Caixa. A cidade está no catálogo do COL (Comitê Organizador Local) entre os candidatos a Centro de Treinamento de Seleções durante o período preparatório para a competição. Para tanto, o estádio Martins Pereira vai passar por sua maior reforma desde que foi inaugurado, em 1970.

De acordo com a prefeitura, os recursos do contrato com a Caixa serão utilizados na requalificação do estádio, que ganhará mais conforto, segurança e desempenho. As principais modificações serão a reforma das estruturas de arquibancada, instalação de cadeiras numeradas, construção de camarotes com acessos independentes, substituição dos vestiários e construção de um novo prédio que abrigará academia, área de imprensa e refeitórios. Costa do Marfim, que disputa com Senegal uma vaga para a competição, é um dos países que têm estreitado relações com São José.

Prédio de Obras tem estrutura ameaçada na cidade

A Defesa Civil de São José dos Campos emitiu um laudo apontando falhas e comprometimento na estrutura de um prédio residencial de quatro andares na Vila Cristina, na zona norte da cidade. Segundo o laudo emitido em 29 de julho último, as caixas de inspeção de esgoto e de gordura apresentam vazamento, com as tubulações rompidas, causando buracos que ameaçam a estrutura do prédio. O edifício possui 14 apartamentos. O VALE constatou ontem que o prédio possui buracos abertos para a tentativa de escoar a água que está debaixo do edifício construído há sete anos pela Zanini Engenharia, a mesma empresa vencedora da licitação para reforma do estádio Martins Pereira. As obras no estádio estão estimadas em R$ 12,3 milhões.

A síndica responsável pelo Residencial Pouso Alegre, Maria Claudete Goulart Silva, 58 anos, disse que um encanador foi contratado no início de julho para verificar a causa do mau cheiro que vinha de sob o piso externo do térreo. “Neste dia, já havia um buraco com enorme extensão, adentrando assim por sob o piso do apartamento. Quando ele tirou a pequena calçada para poder avaliar o dano, imediatamente transbordou o esgoto”, disse. Segundo ela, a Sabesp foi acionada para drenar a tubulação da rua e, depois de feito o serviço, o esgoto continuou escoando por debaixo do prédio. “O encanador abriu as caixas na lateral do prédio e percebeu que a rede estava rompida. Como se não bastasse, a tubulação das caixas de gordura também estavam rompidas, causando assim escoamento de toda sujeira sob o prédio.”

A síndica explicou que a construtora Zanini foi acionada e que um representante da empresa reconheceu que houve erro na execução da rede de esgoto e que acompanharia os reparos. “Chamei a Defesa Civil para avaliar os riscos que os moradores estavam correndo e um laudo técnico foi emitido. Contratamos também engenheiro perito para fazer laudo minucioso da situação do prédio.” Cansado do ‘jogo de empurra’ da construtora, o representante comercial Jefferson Santos, 35 anos, já colocou o seu apartamento à venda. “O chão da sala do meu apartamento pode cair a qualquer momento, sem considerar os muros com rachaduras. É um absurdo o que fizeram com os moradores. É uma vergonha essa construtora ser a responsável pela reforma de nosso estádio”, disse Santos.

A Zanini Engenharia, empresa responsável pela construção do edifício Pouso Alegre, nega que a estrutura do prédio esteja comprometida. Em nota, o diretor Alessandro Zanini disse que esteve no local há 15 dias e constatou que o problema tratava-se de caixa de esgoto que teve o fundo quebrado há meses. “Um encanador esteve no local fazendo os reparos. Orientei que após os reparos deveria ser feita a compactação para preenchimento dos buracos”, diz o trecho da nota. Segundo Zanini, até o momento os moradores não entraram em contato. “O laudo da Defesa Civil somente afirma o que já foi dito. Inclusive sugere que as caixas sejam limpas”. Sobre a escolha da empresa para obras do Martins Pereira, a Prefeitura de São José informou que foi exigida capacitação técnica mínima necessária para a realização do serviço. “A empresa vencedora foi aquela que atendeu todos requisitos e ofereceu menor preço. Não pesa contra a empresa vencedora da licitação qualquer impedimento legal de contratar com o poder público”.

Estadio Martins Pereira iniciam obras de melhorias na cidade

A Prefeitura de São José deu início às obras de modernização do estádio Martins Pereira sem definir o modelo de exploração da concessão. O ‘novo’ estádio está previsto para ser entregue em abril do próximo ano. Para as obras do estádio serão investidos R$ 12,3 milhões, sendo R$ 6 milhões do Ministério dos Esportes, a fundo perdido, e R$ 6,3 milhões da Urbam (Urbanizadora Municipal), por meio de uma linha de crédito especial para obras da Copa. A Construtora e Incorporadora Zanini foi a empresa que ganhou a licitação. O gasto com as melhorias viárias dos bairros em torno do estádio será de R$ 11 milhões, custo que será da Secretaria de Transportes.

Segundo o prefeito Carlinhos Almeida (PT), o objetivo é acelerar a obra dentro dos padrões de exigências internacionais para se tornar um centro de treinamento de seleções e abrigar possivelmente uma das equipes que disputarão a Copa do Mundo em 2014, além de servir a comunidade. “Chegou a hora da cidade ter um estádio moderno. Uma obra deste porte causará efeitos colaterais positivos para toda a cidade e principalmente para os bairros próximos.” Segundo ele, o gasto atual da prefeitura para a manutenção do Martins Pereira chega a R$ 1,5 milhão por ano o estádio é utilizado gratuitamente pelo São José Esporte Clube. “Depois do estádio pronto faremos uma parceria público-privada para a implantação de um shopping para gerar receitas ao estádio a fim de torna-lo autossustentável”, disse.

Segundo o presidente da Urbam, Luís Cândido, o modelo de concessão do estádio ainda não foi definido. “Existe a questão comercial e obviamente a Urbam poderá administrar ou fazer outro modelo como hoje funciona na Rodoviária Nova, onde uma empresa foi contratada para administrar o local”. Para o presidente do São José Esporte Clube e vereador, Robertinho da Padaria (PPS), o ‘novo’ estádio é um ganho não só para o futebol, mas também para outras modalidades. “Estou encerrando o meu mandato como presidente, mas estou confiante que o novo estádio ficará bom para todos. Vamos aguardar o modelo de concessão”, disse.

Com capacidade para 16.500 pessoas, o novo estádio sofrerá diversas alterações. No projeto está a mudança da entrada do prédio, que ficará no fundo do campo, juntamente com praça de alimentação e estacionamento. “Na frente, será erguido um prédio de 1.800 metros quadrados com vestiários, fisioterapia e academia, além de equipamentos que serão disponibilizados para o uso da comunidade”, disse Cândido. A segunda fase das obras do estádio contempla a construção de um shopping sobre o estacionamento. “Ainda estudaremos um modelo adequado para as obras da segunda fase, que só terão sequência após a Copa”, explicou o presidente da Urbam.

O ex-secretário de Esportes de São José, Sérgio Francisco Theodoro, criticou a atual administração sobre o empréstimo junto ao governo do Estado para as obras do estádio Martins Pereira. “O atual governo precisa ter a visão clara do que é prioridade em sua gestão. O valor do empréstimo de R$ 6,3 milhões dificilmente será pago com dinheiro de concessão do estádio”, disse. Para a especialista em direito administrativo da USP (Universidade de São Paulo) Odete Medauar, a empresa responsável pela administração do estádio deveria ter estudado qual o modelo mais indicado antes de buscar empréstimo. “Existe o tipo de parceria em que a empresa privada constrói e posteriormente administra o local por tempo determinado”, disse Odete.

Prefeitura pretende realizar reformas no Martins Pereira

A Prefeitura de São José dos Campos corre contra o tempo e negocia a liberação de verbas do governo federal para a reforma e modernização do estádio Martins Pereira para a Copa de 2014. Se o estádio não atender as exigências da Fifa até abril do próximo ano, a cidade estará fora da disputa para ser um dos Centros de Treinamento de Seleção para a Copa do Mundo.

No Estado de São Paulo, 22 municípios foram selecionados para a disputa. A meta do governo estadual é atrair ao menos quatro seleções. O secretário municipal de Esportes, João Bosco da Silva, afirmou que o Martins Pereira terá que passar por uma “profunda reforma”, porque é um estádio que permanece o mesmo de sua construção.

Segundo ele, o ministério dispõe de R$ 100 milhões para todo o país, provenientes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2. O Martins Pereira pertence à prefeitura e é cedido para jogos do São José Esporte Clube, que disputa a segunda divisão do futebol paulista. Silva relatou que a meta do governo Carlinhos Almeida (PT) é que São José seja sede de uma equipe da Copa durante a fase de treinamentos antes do campeonato.

“Além do gramado, é necessário modernizar a sala de imprensa, as cabines de transmissão, os vestiários, entre outros equipamentos. O estádio permanece o mesmo desde quando foi inaugurado, há 40 anos”, disse o secretário. Também será necessário melhorar o sistema viário do entorno do estádio, para facilitar o acesso ao Martins Pereira e à Via Dutra.

Uma comissão formada por representantes de diversas pastas, entre elas Obras e Transportes e a Urbam (Urbanizadora Municipal S/A), trabalha na elaboração do projeto para a modernização do estádio. “O projeto deve ficar pronto no máximo até junho, quando saberemos os recursos que serão necessários para a obra”, afirmou o secretário. Silva relatou que também já encaminhou ao Ministério dos Esportes pedido de verba. “Estamos atrasados. Não foi deixada nenhuma previsão de recurso no orçamento para a reforma do estádio”, disse.

A prefeitura também busca ajuda da Investe São Paulo, agência de fomento do governo estadual. O secretário afirmou que já foi encaminhado projeto no sentido de conseguir a liberação de recursos com a mesma finalidade. “A Investe São Paulo tem uma linha de financiamento de até R$ 10 milhões para a Copa. Estamos correndo atrás”.

O Vale

Publicado em: 10/05/2013

Obras no Martins Pereira já são projetada na cidade

Após a confirmação de São José dos Campos como uma das 54 subsedes da Copa do Mundo de 2014, a Secretaria de Esportes da Prefeitura já se movimenta para adequar o estádio Martins Pereira aos padrões da Fifa. Segundo o secretário Sérgio Francisco Theodoro, o Théo, a entidade máxima do futebol ainda irá sugerir as melhorias que deverão ser feitas no estádio.

No entanto, já sabe-se que existe a necessidade de reformas de vestiários, arquibancadas e também implantação de câmeras de segurança. “Muita coisa também será sugerida pela comissão técnica da seleção escolhida”, afirmou.  Escolhido como centro de treinamento para uma das seleções que irão disputar o Mundial, o Martins Pereira já atende pelo menos um dos requisitos: a grama.

Preocupado com o clima brasileiro, o COL (Comitê Organizador Local) optou pela espécie Bermuda, que será o modelo padrão por se adaptar melhor ao país. “O Martins Pereira já usa esse tipo de grama”, disse Carlos Ignácio Trunkel, agrônomo da Prefeitura de São José.

O Martins Pereira foi inaugurado em 1970 e, desde então, não chegou a passar por nenhuma grande reforma, apenas obras pontuais. A capacidade atual é para cerca de 15 mil torcedores. O local conta ainda com 4 vestiários e uma pequena sala de imprensa.

A seleção que virá para São José será definida após as eliminatórias do Mundial, mas o hotel que irá hospedar atletas e comissão técnica já foi definido. Ele fica a cerca de 5km do estádio. “Fomos os únicos que apresentamos a estrutura necessária”, afirmou Franz Lehar, gerente geral do hotel quatro estrelas Promenade Enterprise. A Fifa ainda avalia a possibilidade do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José, abrigar outra seleção.

O Vale

Escolhido oficialmente cidade será a subsede da Copa

São José dos Campos foi oficialmente incluída na Copa do Mundo de 2014. A cidade assinou, na manhã de ontem, um pré-contrato com a Fifa para sediar um Centro de Treinamento de Seleções. A escolha do estádio Martins Pereira foi anunciada em evento no Museu do Futebol, em São Paulo.

O catálogo com os 54 locais escolhidos, lançado ontem pelo COL (Comitê Organizador Local), ainda terá duas novas versões, que serão divulgadas no primeiro e no segundo semestres de 2013. Taubaté, Guaratinguetá, Caraguatatuba e Campos do Jordão seguem na briga por essa oportunidade.

Além do estádio Martins Pereira, a Fifa avalia o complexo esportivo do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), em São José, para abrigar outra seleção do Mundial. O anúncio da escolha de São José promete impulsionar a geração de empregos em toda a cidade.

A novidade, em contrapartida, expôs as fragilidades do município, que necessita de melhorias na estrutura do aeroporto local e da vinda de hotéis cinco estrelas para atender à demanda de turistas que irão assistir à Copa no país.

O prefeito Eduardo Cury (PSDB) afirmou que vários aspectos favoreceram a cidade na escolha da Fifa. “A aprovação de São José pelo comitê da Fifa mostra a capacidade do município de receber grandes eventos, coloca a cidade em evidência e incrementa o turismo. Essa escolha é reflexo do bom momento pelo qual passa o esporte da cidade. Estamos muito orgulhosos disso”, disse Cury.

O secretário de Esportes, Sérgio Francisco Theodoro, o Théo, responsável pelo plano apresentado à Fifa, destacou que a prioridade da prefeitura, a partir de agora, será melhorar a rede hoteleira. “Esse será o foco. Não temos um hotel cinco estrelas, com ênfase maior no turismo. Precisamos de investidores do ramo, para que possamos trazer um grande hotel para cá”, disse o secretário.

Capacitar profissionais dos setores hoteleiro e gastronômico é outra preocupação na cidade. Por conta disso, o Sinhores (Sindicato dos Hotéis e Restaurantes) já iniciou curso de capacitação para trabalhadores da região. “Precisamos qualificar a mão de obra. Não só em São José, mas em toda a região. Já oferecemos cursos de idiomas para os funcionários e capacitamos garçons e camareiras”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira Júnior.

A cidade possui 7.000 leitos em 45 hotéis, número considerado insuficiente para a demanda, segundo Ferreira Júnior. A oportunidade de sediar um centro de treinamento vai movimentar o comércio de São José. A ACI (Associação Comercial e Industrial) ainda não tem uma estimativa relacionada à geração de empregos na cidade, mas o presidente da entidade, Felipe Cury, diz que a ordem é se preparar para essa nova demanda.

“Vai haver geração de emprego e geração de negócios. E São José está preparada para isso. Tanto é verdade que, na sinalização da cidade, já existe indicações em inglês”, disse. “Mas há urgência de incrementar o nosso comércio de rua. Precisamos deixar as lojas mais bonitas, porque os turistas chegam para conhecer toda a cidade”, afirmou.

O Vale