Prédio de Obras tem estrutura ameaçada na cidade

A Defesa Civil de São José dos Campos emitiu um laudo apontando falhas e comprometimento na estrutura de um prédio residencial de quatro andares na Vila Cristina, na zona norte da cidade. Segundo o laudo emitido em 29 de julho último, as caixas de inspeção de esgoto e de gordura apresentam vazamento, com as tubulações rompidas, causando buracos que ameaçam a estrutura do prédio. O edifício possui 14 apartamentos. O VALE constatou ontem que o prédio possui buracos abertos para a tentativa de escoar a água que está debaixo do edifício construído há sete anos pela Zanini Engenharia, a mesma empresa vencedora da licitação para reforma do estádio Martins Pereira. As obras no estádio estão estimadas em R$ 12,3 milhões.

A síndica responsável pelo Residencial Pouso Alegre, Maria Claudete Goulart Silva, 58 anos, disse que um encanador foi contratado no início de julho para verificar a causa do mau cheiro que vinha de sob o piso externo do térreo. “Neste dia, já havia um buraco com enorme extensão, adentrando assim por sob o piso do apartamento. Quando ele tirou a pequena calçada para poder avaliar o dano, imediatamente transbordou o esgoto”, disse. Segundo ela, a Sabesp foi acionada para drenar a tubulação da rua e, depois de feito o serviço, o esgoto continuou escoando por debaixo do prédio. “O encanador abriu as caixas na lateral do prédio e percebeu que a rede estava rompida. Como se não bastasse, a tubulação das caixas de gordura também estavam rompidas, causando assim escoamento de toda sujeira sob o prédio.”

A síndica explicou que a construtora Zanini foi acionada e que um representante da empresa reconheceu que houve erro na execução da rede de esgoto e que acompanharia os reparos. “Chamei a Defesa Civil para avaliar os riscos que os moradores estavam correndo e um laudo técnico foi emitido. Contratamos também engenheiro perito para fazer laudo minucioso da situação do prédio.” Cansado do ‘jogo de empurra’ da construtora, o representante comercial Jefferson Santos, 35 anos, já colocou o seu apartamento à venda. “O chão da sala do meu apartamento pode cair a qualquer momento, sem considerar os muros com rachaduras. É um absurdo o que fizeram com os moradores. É uma vergonha essa construtora ser a responsável pela reforma de nosso estádio”, disse Santos.

A Zanini Engenharia, empresa responsável pela construção do edifício Pouso Alegre, nega que a estrutura do prédio esteja comprometida. Em nota, o diretor Alessandro Zanini disse que esteve no local há 15 dias e constatou que o problema tratava-se de caixa de esgoto que teve o fundo quebrado há meses. “Um encanador esteve no local fazendo os reparos. Orientei que após os reparos deveria ser feita a compactação para preenchimento dos buracos”, diz o trecho da nota. Segundo Zanini, até o momento os moradores não entraram em contato. “O laudo da Defesa Civil somente afirma o que já foi dito. Inclusive sugere que as caixas sejam limpas”. Sobre a escolha da empresa para obras do Martins Pereira, a Prefeitura de São José informou que foi exigida capacitação técnica mínima necessária para a realização do serviço. “A empresa vencedora foi aquela que atendeu todos requisitos e ofereceu menor preço. Não pesa contra a empresa vencedora da licitação qualquer impedimento legal de contratar com o poder público”.

Falta de estrutura é crise do Bombeiros da cidade

Falta de viaturas, deficiência no efetivo e alteração no repasse de verbas são alguns dos problemas que o Corpo de Bombeiros enfrenta em São José dos Campos. Segundo os bombeiros, a falta de estrutura pode comprometer o atendimento à população e põe em xeque a agilidade necessária aos atendimentos.

O principal problema seria a demora na manutenção dos carros – apenas um dos quatro veículos de combate à incêndio está em operação na cidade; duas viaturas de resgate estão quebradas e tiveram que ser substituídas por ambulâncias.Uma outra viatura está parada aguardando para ser montada. Segundo o bombeiro, que pediu para não ser identificado, o atraso na manutenção dos carros começou depois que a prefeitura mudou a forma de repassar as verbas.

“Infelizmente a cidade de São José possui somente um caminhão para combate a incêndio, que fica no quartel na base sul na cidade. São quatro quartéis na cidade, o correto seria quatro caminhões. Se der uma ocorrência na zona sul e outra na zona leste, simultâneamente, uma vai ser prejudicada, porque até vir apoio de outra cidade isso vai levar um certo tempo”, disse.

O funcionário acusa que houve corte na verba. “A prefeitura repassa um valor para o Corpo de Bombeiro da cidade, para manutenção da viatura. Com esse corte, a manutenção das viaturas está sendo prejudicada. Por exemplo, se uma viatura quebrar, ela vai ficar encostada até a prefeitura autorizar o conserto”, explicou. A prefeitura nega o corte.

Com viaturas paradas, o tempo de atendimento ideal às ocorrências, de no máximo 10 minutos, estaria sendo comprometido. “Se não tiver nenhuma ocorrência e entrar uma ocorrência, essa vai ser atendida rapidamente, mas quando se acumulam dois pedidos ao mesmo tempo aí você tem um tempo a mais de resposta. Precisa atender uma para depois atender outra e isso faz essa demanda demorar mais para ser atendida”, disse o comandante Ernesto Rizetto.

A responsabilidade pelo serviço dos bombeiros é compartilhada entre prefeitura e estado. A administração municipal custeia gastos como água, luz e manutenção dos carros. O estado mantém os funcionários e equipa as unidades.

Efetivo
A corporação em São José conta com 100 funcionários para atendimentos emergenciais e 30 na área administrativa distribuídos em quatro quartéis. O número é considerado insuficiente para quem faz parte da equipe, que atende de 10 a 12 ocorrências em média diariamente por quartel.

“A gente se desdobra para que a população não sofra com isso, porque a população não tem culpa da situação dos bombeiros, que os governos municipal e estadual deixaram chegar”, disse o bombeiro. O comando informou que conta com uma rede integrada emergencial, formada por empresas da região, para caso de incidentes que exijam um aparato maior do que o disponível.

Outro lado
A prefeitura nega que tenha diminuído o repasse aos bombeiros, mas admite que mudou a forma como o repasse é feito à corporação. A justificativa da prefeitura é que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou irregularidades na forma como a transferência do valor era feita. O secretário de Defesa do Cidadão, José Luiz Nunes disse que o setor jurídico da prefeitura analisa o repasse para verificar se ele poderá voltar a ser feito como antes.

Sobre o carro que precisa ser montado, o comandante Ernesto Rizzeto informou que o prefeito Carlinhos Almeida (PT) teria se comprometido a providênciar a montagem. Não há prazo. Se houver demora, o caminhão poderá ser encaminhado para outra cidade que tenha os cerca de R$ 280 exigidos na ação. A respeito do efetivo, o comando diz que é suficiente para atender a cidade. O Tribunal de Contas do Estado foi procurado e informou que não encontrou nenhuma irregularidade na forma que as verbas de manutenção foram repassadas aos bombeiros pela administração anterior.

G1( Vnews)

Publicado em: 18/04/2013

Prédio da Ciretran deixa usúarios insatisfeitos

Mais de um ano e meio após o governo do Estado anunciar a reestruturação do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), a fim de melhorar os serviços, em São José dos Campos, a população ainda enfrenta filas e demora no atendimento e sofre com a falta de estrutura do prédio, que fica na avenida São José, no centro. Usuários da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) na cidade reclamam também da burocracia e da falta de informação.

O soldador Marcos Ferreira, 37 anos, foi à unidade regional para fazer o licenciamento de sua moto, mas descobriu que o CRV (Certificado de Registro de Veículo) estava bloqueado.  “Perdi minha tarde de trabalho aqui. Quando cheguei à Ciretran, me falaram que eu só podia dar entrada no desbloqueio quando eu tivesse cópia de vários documentos e pagasse uma taxa no banco. Há um desencontro de informações”, afirmou.

Ferreira disse que precisou esperar 40 minutos para ser atendido. E essa não foi a primeira vez que teve problemas. No primeiro semestre, contou que precisou esperar três meses para renovar sua carteira de habilitação.

O mecânico Rodrigo Paulino, 30 anos, também reclamou do atendimento. Ele foi sexta-feira à Ciretran tentar recuperar seu carro que foi apreendido há mais de uma semana. Ele também demorou 40 minutos para ser atendido.

Já o servidor público José Carlos Monteiro, 37 anos, reclamou das instalações da Ciretran em São José. “Não tem um acesso para cadeirante ou para pessoas com problemas de locomoção. Outro dia precisei praticamente carregar a minha mulher”, afirmou.

O único acesso ao atendimento é uma escada de 16 degraus. Os outros problemas apontados pelo servidor são a falta de um painel eletrônico informando de quem é a vez e a falta de água e banheiro. “Tudo que envolve o munícipe tem que tratar com respeito.”

Um despachante de São José que preferiu não se identificar afirmou que o número reduzido de funcionários e a burocracia do órgão atrasam o trabalho de emissão de documentos. “Infelizmente é comum ver cliente insatisfeito com a Ciretran” disse. Segundo o Detran, a Ciretran de São José tem 40 funcionários e atende 19 mil pessoas por mês. Na sexta-feira, quando O VALE esteve no local, dos 17 guichês de atendimento ao público, só 8 tinham funcionários.

O Vale

Publicado em: 30/10/2012

Ex- bairro Clandestino ainda necessita de melhor estrutura

Um ano após ser regularizado pela Prefeitura de São José, o bairro Jardim Mesquita, na zona sul, ainda carece de equipamentos públicos e tem uma rua sem asfalto, saneamento básico, água e luz. Único clandestino legalizado durante os 16 anos de gestões do PSDB na cidade, o Jardim Mesquita possui 450 moradores e 97 lotes.

A expectativa dos moradores era de que após a regularização o bairro ganhasse melhorias de infraestrutura como asfalto e obras de drenagem e saneamento, além de creches, posto de saúde e áreas de lazer. “Nossa água ainda é clandestina e o esgoto vai para a fossa. Agora que foi regularizado, estamos esperando a pavimentação”, disse o motorista Sebastião Rodrigues, 59 anos.

Ele mora na Rua Verona, a única das cinco vias do bairro que ainda não foi asfaltada e onde não chegou água, luz e saneamento.São José tem outros 93 núcleos clandestinos que cresceram em áreas de preservação ambiental ou terrenos em encostas onde vivem cerca de 29 mil pessoas, segundo o governo. Já estudo do PT aponta a existência de outros 41 núcleos irregulares que não aparecem nas listagens oficiais. Somados aos outros 93 núcleos, a população chegaria a 50 mil.

Diante deste cenário, candidatos da oposição têm explorado o tema, prometendo acelerar a regularização dos núcleos e levar equipamentos públicos às comunidades. Os prefeituráveis Cristiano Pinto Ferreira (PV) e Antonio Alwan (PSB) prometem legalizar todos os bairros em um único mandato. Os sete candidatos garantem que vão levar melhorias aos núcleos irregulares.

Carlinhos Almeida (PT) prometeu cadastrar os núcleos e levar obras de infraestrutura, mesmo sem a conclusão dos processos de regularização. Para ele, o número de clandestinos chega a 160.  “A legislação federal permite que obras e serviços públicos essenciais como escolas, creches, unidades de saúde, asfalto e galerias sejam implantados sem necessidade de esperar a conclusão da regularização”, disse o petista.

O candidato da situação Alexandre Blanco (PSDB), negou o surgimento de bairros clandestinos nas gestões tucana e prometeu mais agilidade. “Vamos continuar a regularização dos loteamentos com mais rapidez. A prefeitura desenvolveu um modelo inédito de regularização, que já foi colocado e prática no Jardim Mesquita, no Chácaras Araujo e no Santa Maria.”

O Vale

Prefeitura começa a montar estrutura de Carnaval na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos inicia nesta terça-feira (7) a montagem das arquibancadas cobertas para o Carnaval 2012. Durante o período de preparação da passarela do samba, onde as agremiações e blocos carnavalescos da cidade vão desfilar, uma faixa da Avenida Teotônio Vilela ficará interditada. Por isso a atenção dos motoristas no local deve ser redobrada, até o final da festa.

Serão instalados 300 metros de arquibancada coberta com “chapéu de bruxa”, com seis níveis de assentos de 60 cm de largura cada. O local receberá iluminação e terá capacidade para abrigar cerca de 5 mil pessoas. O objetivo é proteger a população em caso de chuva durante o evento. A montagem completa deve estar concluída na próxima semana.

A iluminação da avenida começa a ser reforçada assim que a arquibancada for entregue. Serão instalados postes atrás das arquibancadas e luminárias, apontadas para a avenida. Serão aproximadamente 60 mil watts de iluminação em cor branca.

Além das arquibancadas, a Assessoria de Eventos Oficiais e Turismo coordena a instalação dos camarotes, tenda para jurados, banheiros químicos e estrutura de som.

O Carnaval deste ano será nos próximos dias 18, 19 e 20 na Avenida Teotônio Vilela, que receberá 15 agremiações entre blocos, escolas de samba dos 1º e 2º grupos.  De 18 a 21, a Prefeitura realizará matinês em vários bairros e nos distritos, shows com trios elétricos, bandas musicais e trupes.

Prefeitura Municipal

Sem suporte, Aeroporto exporta suas cargas na cidade

Menos de 1% da carga de empresas da região sai ou entra pelo Aeroporto de São José dos Campos. O restante vai parar nos terminais de Guarulhos e de Viracopos, em Campinas, segundo o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Em 2011, 72 mil toneladas tiveram o Vale como destino de partida ou chegada depois de sair dos outros terminais paulistas. Já o aeroporto de São José movimentou 72 toneladas, 13% a menos do que em 2010.

A falta de estrutura em São José para o armazenamento das cargas impede que a mercadoria seja transportada diretamente à região via aérea. Desta forma, empresas da região gastam mais com logística e o terminal deixa de faturar com taxas alfandegárias. Dados da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) mostram que em 2011 o crescimento de movimentação de cargas nos terminais operados pela empresa, entre eles, Guarulhos e Viracopos, foi de 3,6% em relação a 2010.

De acordo com o especialista em transporte aéreo e ex-superintendente de infraestrutura da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Anderson Correia, o terminal de São José poderia ser a alternativa para desafogar os aeroportos de Guarulhos e Viracopos.

“Guarulhos encontra-se em saturação iminente. O aeroporto não comporta mais nenhum voo internacional em horários de pico. Viracopos também já está enfrentando saturação hoje, o que transforma São José dos Campos na alternativa real para movimentação de carga internacional por sua localização muito boa em termos de rodovias”, afirmou.

Correia afirma ainda que a demanda de mercadorias da região é suficiente para que São José receba frequência diária de voos de carga. “Campinas processa carga não apenas de Campinas, mas do Paraná, Centro-Oeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e todo o Estado de São Paulo. A mesma situação poderia ocorrer com São José, que poderia processar a carga do Vale, mas também de outras regiões adjacentes”, disse o especialista.

Entre as mudanças necessárias para que o terminal local ‘decole’ nos voos de carga estão a construção de um acesso pela Rodovia dos Tamoios, outra pista de táxi, estacionamento de veículos de passageiros e caminhões, além de escritórios administrativos.

“O mais difícil já existe, que é a pista de 3.000 m. Não existe qualquer outro aeroporto no Estado de São Paulo com esta condição”, disse Correia. Para o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial de São José), Felipe Cury, investimentos no terminal só poderão ser feitos com a saída da Infraero do comando. “A Infraero não faz e não deixa ninguém fazer.”

O Vale