Prédio da Ciretran deixa usúarios insatisfeitos

Mais de um ano e meio após o governo do Estado anunciar a reestruturação do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), a fim de melhorar os serviços, em São José dos Campos, a população ainda enfrenta filas e demora no atendimento e sofre com a falta de estrutura do prédio, que fica na avenida São José, no centro. Usuários da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) na cidade reclamam também da burocracia e da falta de informação.

O soldador Marcos Ferreira, 37 anos, foi à unidade regional para fazer o licenciamento de sua moto, mas descobriu que o CRV (Certificado de Registro de Veículo) estava bloqueado.  “Perdi minha tarde de trabalho aqui. Quando cheguei à Ciretran, me falaram que eu só podia dar entrada no desbloqueio quando eu tivesse cópia de vários documentos e pagasse uma taxa no banco. Há um desencontro de informações”, afirmou.

Ferreira disse que precisou esperar 40 minutos para ser atendido. E essa não foi a primeira vez que teve problemas. No primeiro semestre, contou que precisou esperar três meses para renovar sua carteira de habilitação.

O mecânico Rodrigo Paulino, 30 anos, também reclamou do atendimento. Ele foi sexta-feira à Ciretran tentar recuperar seu carro que foi apreendido há mais de uma semana. Ele também demorou 40 minutos para ser atendido.

Já o servidor público José Carlos Monteiro, 37 anos, reclamou das instalações da Ciretran em São José. “Não tem um acesso para cadeirante ou para pessoas com problemas de locomoção. Outro dia precisei praticamente carregar a minha mulher”, afirmou.

O único acesso ao atendimento é uma escada de 16 degraus. Os outros problemas apontados pelo servidor são a falta de um painel eletrônico informando de quem é a vez e a falta de água e banheiro. “Tudo que envolve o munícipe tem que tratar com respeito.”

Um despachante de São José que preferiu não se identificar afirmou que o número reduzido de funcionários e a burocracia do órgão atrasam o trabalho de emissão de documentos. “Infelizmente é comum ver cliente insatisfeito com a Ciretran” disse. Segundo o Detran, a Ciretran de São José tem 40 funcionários e atende 19 mil pessoas por mês. Na sexta-feira, quando O VALE esteve no local, dos 17 guichês de atendimento ao público, só 8 tinham funcionários.

O Vale

Publicado em: 30/10/2012

Equipe de Fiscalização da apoio aos usuários da Tamoios

A Rodovia dos Tamoios (SP-99) contará com serviço de reboque, bases de atendimento, equipes de fiscalização permanentes e telefone 0800 para comunicação de ocorrências durante o período em que estiver em obras.

O esquema especial de trabalho, que visa minimizar os impactos da duplicação da via, foi anunciado pelo diretor-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Laurence Casagrande Lourenço, com exclusividade a O VALE.

O processo de duplicação da rodovia começou oficialmente ontem com a instalação de placas de sinalização indicando obras futuras ao longo da via. Elas já eram avistadas na altura dos kms 12 e 16 da rodovia. As obras, com maquinário na pista, começam no próximo dia 2, segundo anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) anteontem, no Palácio dos Bandeirantes, na capital.

O início da duplicação da principal ligação entre o Vale do Paraíba e Litoral Norte encerra uma novela de quase 18 anos. A obra é esperada desde 1994, quando o governador eleito naquele ano, Mário Covas (PSDB), prometeu, pela primeira vez, que realizaria a duplicação da SP-99.

Agora, com o início efetivo das obras, o Estado começa a preparar um trabalho para minimizar transtornos a motoristas e munícipes que vivem às margens da rodovia. “É impossível uma grande desse porte não gerar transtornos, e nós não podemos paralisar as obras quando o fluxo de carros for muito grande (como feriados e temporada de verão) porque eu tenho um compromisso de entregá-la em 20 meses”, admitiu Lourenço.

“Mas, nós temos um compromisso de minimizar esses impactos. Como? Assim como as concessionárias trabalham em outras rodovias, com guincho, equipes de atendimento, 0800, nós faremos”, emendou. O diretor-presidente da Dersa afirmou ainda que haverá um trabalho constante de comunicação informando sobre possíveis interrupções e desvios. “É importante que o motorista entenda que é uma obra grande”, disse.

Lourenço disse que possíveis interrupções do tráfego devem ocorrer sempre durante a madrugada, e que o fluxo nos horários de pico, das 7h às 10h e das 17h às 20h, será respeitado. “É importante ainda cumprir nosso prazo e entregar a obra em dezembro de 2012”.

O Vale