A Prefeitura de São José vai gastar cerca de R$ 3,2 milhões com a reconstrução da ponte da avenida Guadalupe, na zona sul da cidade. A queda da ponte, em 23 de março devido a uma forte chuva, já causou um prejuízo de mais de R$ 4 milhões. Uma ponte alternativa, construída paralelamente a anterior custou R$ 890 mil aos cofres públicos. A prefeitura deve derruba-la assim que a nova ponte ficar pronta, dentro de quatro meses. Também foram gastos R$147 mil com a demolição do que restou da anterior, R$158 mil com o laudo técnico e R$50 mil com o projeto da ponte.
Segundo a prefeitura, o contrato com a Construções, Engenharia e Pavimentação Enpavi Ltda, que ficará responsável pelo projeto deverá ser assinado até segunda-feira. Falta ainda a empresa entregar alguns documentos. Só depois da assinatura é que as obras deverão começar. Assim como a Copav Construtora e Pavimentadora Ltda, que construiu a ponte alternativa, a Enpavi é uma velha conhecida do PT.
A construtora tem realizado obras em diversas prefeituras comandadas pelo partido, como Guarulhos e Santo André. Também já realizou doações para campanhas políticas. No entanto, a prefeitura afirmou em nota que, apesar de a empresa ter sido contratada com dispensa de licitação por se tratar de uma obra emergência, foram feitas cotações. “Participaram também com as empresas Copav, Serv Obras e Penido. A Enpavi apresentou o menor preço e a maior capacidade técnica, conforme demonstra os seus atestados”, informou a nota. A prefeitura lembrou ainda de uma obra realizada pela empresa no governo anterior: o viaduto do Kanebo, também na zona sul da cidade.
A fundação dessa ponte deverá ser diferente da anterior. Segundo nota da Secretaria de Obras, serão usados tubulões, cuja fundação é mais pesada e apropriada ao local. “Também haverá uma largura maior do córrego no local e proteção as margens em ambos lados da ponte. Isso será feito após a construção da ponte, por meio de processo licitatório normal”, informou a Secretaria de Obras. Ainda segundo a secretaria, mesmo com chuvas intensas a lâmina d’água será menor e mais baixa, exercendo menor pressão sobre as estruturas.
A Prefeitura de São José informou que está providenciando a licença ambiental para a construção da ponte. A secretaria está em negociação com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), que acompanhará todo o processo. No período de chuvas, a água do córrego Senhorinha costuma até subir seis metros de altura. Até a construção de toda a ponte, a população continuará circulando pela via alternativa que liga as ruas Lira e Galícia até a rua Rosário, que por ser mais baixa, pode alagar em situações como esta.