A Prefeitura de São José dos Campos contratou a Univap (Universidade do Vale do Paraíba) para atualizar o mapeamento das áreas de risco da cidade. O novo mapa será elaborado por geólogos, técnicos e estudantes da instituição e do IG (Instituto Geológico) de São Paulo, que são pesquisadores da Univap. O contrato foi assinado ontem, terá duração de 12 meses e custará R$ 358 mil. O trabalho de campo começa na semana que vem. Os dados serão usados para atualizar o levantamento das áreas de risco feito em 2008, que culminou na elaboração do Plano Municipal de Redução de Risco, ainda em vigor.
Além do mapa das áreas de risco, os técnicos do IG treinarão os agentes da Defesa Civil de São José para que eles saibam atualizar o estudo daqui para frente. “As metodologias usadas pelos institutos são difíceis de serem aplicadas pelos agentes. O treinamento irá capacitá-los a fazer esse trabalho”, disse Rodolfo Mendes, pesquisador do IG e professor-colaborador da Univap, que participa do mapeamento. Para o secretário de Defesa do Cidadão, José Luís Nunes, o novo mapa irá ajudar tanto o programa habitacional da prefeitura como o planejamento de ações emergenciais para a Defesa Civil. As áreas críticas identificadas serão analisadas e classificadas como de baixo, médio, alto e muito alto risco, podendo exigir a retirada de famílias. Na avaliação do Ministério Público, o estudo é desnecessário, em razão do Plano Municipal de Redução de Risco.
“É um documento técnico de mapeamento das áreas de risco e com as urgências técnicas priorizadas. Foi feito em 2008 e, por isso, a prefeitura tem condições de adotar medidas urgentes”, afirmou o promotor Gustavo Médici. Nunes defendeu a atualização e disse que o estudo mostrará como estão as áreas de risco depois de cinco anos. “Muita coisa pode ter mudado nesse tempo”, afirmou.