Prefeitura retoma parceria com a Santa Casa

Depois de mais de 10 anos, a Santa Casa de São José dos Campos retoma a parceria com a Prefeitura e volta a fazer parte da rede de internação clínica hospitalar do município. O anúncio foi feito na última sexta-feira (17).

A Santa Casa passará a receber pacientes para internação em clínica médica, encaminhados pelo Hospital Municipal, por intermédio da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), do Governo do Estado.

São José dos Campos agora passa a fazer parte da grade da central para encaminhamento de pacientes à Santa Casa. As vagas destinadas aos encaminhados pelo Hospital Municipal estarão dentro da cota de filantropia do Governo do Estado. Por isso, a Prefeitura não precisará investir recursos municipais nessa parceria.

Atualmente, a Santa Casa tem disponíveis 120 leitos para o SUS (Sistema Único de Saúde). Nesta sexta-feira, o hospital recebeu os primeiros quatro encaminhamentos do Hospital Municipal, mas esse número será bem maior, pois ficará dentro do limite das 120 vagas destinadas por intermédio da Cross.

Para a Prefeitura, esse é o primeiro passo de uma parceria que trará outros benefícios para os moradores da cidade. A Santa Casa, com o serviço de excelência, vai ajudar muito no atendimento à população.

 

FONTE: Prefeitura de São José dos Campos

Santa Casa começa atender pacientes pela Prefeitura

Após permanecer oito anos sem prestar serviços para a Prefeitura de São José dos Campos, a Santa Casa finaliza planilhas para fechar parceria com o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT) e participar dos mutirões de saúde lançados pela gestão municipal.

A direção do hospital informou ontem que está elaborando tabela de preços para participar do credenciamento que a Secretaria Municipal de Saúde lançou para a realização de cirurgias. O secretário da Mesa Provedora da Santa Casa, Benjamin Bueno, relatou que é praticamente certo que o hospital vai voltar a prestar serviços para o município.

“Estamos finalizando a documentação necessária para encaminhar o nosso pedido de credenciamento à prefeitura”, afirmou Bueno. “Com certeza, vamos voltar a trabalhar e a ajudar o governo municipal a atender a demanda que existe de consultas médicas e cirurgias”, disse Bueno.

Ele afirmou que a Santa Casa vai prestar serviços à pasta da Saúde, de acordo com as tabelas de preços previstas nos editais de credenciamento. “Vamos informar, dentro das tabelas divulgadas pela Saúde, quais os serviços que podemos oferecer. Os valores dos procedimentos apresentados pela são um pouco acima da tabela SUS ”, disse Bueno.

A Santa Casa tem hoje capacidade para realizar 300 cirurgias mensais, segundo a direção da entidade. Bueno afirmou que será preciso fazer adequações no hospital e também no corpo clínico para atender à demanda que for solicitada pela Secretaria de Saúde. Dados do hospital informam que a Santa Casa tem um corpo clínico de 608 médicos e uma equipe de enfermagem de 320 profissionais.

O executivo frisou ainda que o hospital tem condições de atender, além das cirurgias, à demanda de consultas clínicas e de exames laboratoriais. A prefeitura lançou em fevereiro quatro editais para o credenciamento de hospitais particulares para a realização de mais 4,2 mil cirurgias em diversas especialidades (gerais, pediátricas, ortopédicas e ginecológicas), além de 34 mil consultas. O gasto com os mutirões é de cerca de R$ 5,8 milhões.

Para o vereador oposicionista Fernando Petiti (PSDB), a Santa Casa é um hospital importante da cidade e o seu retorno à prestação de serviços para o município é um fato positivo. “Não foi o governo do PSDB que rompeu com o hospital. A Santa Casa pedia valores mais altos que os praticados pela prefeitura com outros parceiros do município”, afirmou. Petiti disse que é preciso “transparência nesse novo possível relacionamento”.

O Vale

Publicado em: 07/03/2013

Acordo com Santa Casa fica em risco na cidade

A Santa Casa de São José voltou a ser o foco das atenções na área da Saúde.  De um lado, o prefeito eleito Carlinhos Almeida (PT), que promete retomar o convênio com a instituição, cancelado em 2005 após uma crise institucional. O petista já teria até fechado um acordo nesse sentido, se comprometendo com a criação de uma tabela SUS (Sistema Único de Saúde) diferenciada para a instituição.

Do outro lado da história, o secretário de Saúde de São José, Danilo Stanzani Junior, que negou qualquer atrito com a Santa Casa e afirmou que o novo governo terá de apontar de onde sairá o dinheiro para formalizar um convênio com o hospital.

“A Santa Casa recebe recursos do governo estadual. Para São José, seria mais interessante conseguir aumentar esses recursos e, consequentemente, ampliar os serviços oferecidos para os usuários da cidade, do que gastar dinheiro da cidade em um convênio”, afirmou ele.

‘Capitão’ do time da Saúde de Carlinhos, o cirurgião Itamar Coppio, eleito vice-prefeito, vê na retomada do convênio com a Santa Casa uma forma de aumentar a oferta de atendimentos. E não só no hospital, do qual ele faz parte como membro do corpo clínico. Coppio defende ampliação do convênio com os hospitais Antoninho da Rocha Marmo e Pio 12.

“Houve nesses últimos anos uma diminuição do atendimento na Santa Casa a pacientes encaminhados pela prefeitura. Tem que categorizar o hospital e ver o que podem fazer pelo município, como na área de cirurgias”, disse Coppio. Para ele, as parcerias serão fundamentais para acelerar os atendimentos na Saúde, diminuir a fila por consultas, exames e cirurgias e até resolver o problemas da falta de médicos na rede municipal.

Em 2005, a então secretária de Saúde de São José, Marina de Fátima de Oliveira, rompeu o convênio com a Santa Casa, abrindo uma crise entre as instituições. Na época, após receber R$ 17 milhões do Estado para reformas estruturais e ampliação, a Santa Casa não aceitou manter convênios com o governo Eduardo Cury (PSDB) se a tabela SUS não ganhasse incremento municipal.

Por sua vez, a prefeitura disse que a entidade exigia valores acima dos praticáveis. Procurado pelo O VALE, o provedor da Santa Casa, Luiz Roberto Porto, não foi localizado para comentar o assunto. A direção do hospital preferiu não se manifestar.

Via Vale

Publicado em: 06/11/2012

Em meio a Eleição, Carlinho trava guerra com Santa Casa

Pivô de polêmicas nos últimos anos, a Santa Casa de São José voltou ao centro das atenções após a direção do hospital fechar acordo com o candidato do PT à prefeitura, Carlinhos Almeida, que prevê novos convênios com a administração municipal em 2013, no caso de o petista ser eleito .

Carlinhos Almeida teria se comprometido a criar uma tabela SUS (Sistema Único de Saúde) diferenciada para a instituição. A tabela é responsável por definir quanto um hospital conveniado ao poder público recebe por cada procedimento médico efetuado os valores são oriundos do governo federal, que os repassa à esfera de governo responsável pelo convênio.

Muitas cidades, inclusive o atual governo do PSDB em São José, costumam colocar aportes financeiros próprios para aumentar os repasses. Foi justamente ao negociar esses acordos em 2005 que a Santa Casa de São José se tornou pivô de polêmicas.

Na época, após receber R$ 17 milhões do governador Geraldo Alckmin (PSDB) então em seu primeiro mandato para reformas estruturais e ampliação, a Santa Casa não aceitou manter convênios com o governo Eduardo Cury (PSDB) se a tabela SUS não ganhasse incremento municipal.

“O primeiro governo do Cury rompeu tudo. A tabela SUS é muito pequena e não é possível trabalhar com ela. O governo da Ângela [Guadagnin (PT)] e do Emanuel [Fernandes (PSDB)] pagavam [o incremento]. Ele [Cury] não quis”, disse o provedor da Santa Casa, Luiz Roberto Porto. Por sua vez, a prefeitura diz que a entidade exigia valores acima dos praticáveis.

Em 2005, a Santa Casa oferecia atendimentos nas áreas de oncologia, emergência e consultas em geral. “Temos capacidade ociosa. Atendo 90 pacientes do SUS por dia. Posso atender de 160 a 170. O que acordamos com o Carlinhos é o retorno dos convênios que tínhamos antigamente”, disse Porto.

Para Carlinhos Almeida, a prefeitura tem, atualmente, orçamento para ampliar suas parcerias com hospitais. “Hoje, milhares de joseenses aguardam na fila por uma consulta, um exame ou uma cirurgia. Por isso, defendo as parcerias com os hospitais filantrópicos que já oferecem instalações adequadas e profissionais qualificados para o atendimento rápido e eficiente da população”, disse o petista. A Santa Casa, que no começo deste ano quase perdeu o certificado de filantrópica, acumula dívida, segundo balanço de 2011, de R$ 45,1 milhões.

O Vale