A Santa Casa de São José voltou a ser o foco das atenções na área da Saúde. De um lado, o prefeito eleito Carlinhos Almeida (PT), que promete retomar o convênio com a instituição, cancelado em 2005 após uma crise institucional. O petista já teria até fechado um acordo nesse sentido, se comprometendo com a criação de uma tabela SUS (Sistema Único de Saúde) diferenciada para a instituição.
Do outro lado da história, o secretário de Saúde de São José, Danilo Stanzani Junior, que negou qualquer atrito com a Santa Casa e afirmou que o novo governo terá de apontar de onde sairá o dinheiro para formalizar um convênio com o hospital.
“A Santa Casa recebe recursos do governo estadual. Para São José, seria mais interessante conseguir aumentar esses recursos e, consequentemente, ampliar os serviços oferecidos para os usuários da cidade, do que gastar dinheiro da cidade em um convênio”, afirmou ele.
‘Capitão’ do time da Saúde de Carlinhos, o cirurgião Itamar Coppio, eleito vice-prefeito, vê na retomada do convênio com a Santa Casa uma forma de aumentar a oferta de atendimentos. E não só no hospital, do qual ele faz parte como membro do corpo clínico. Coppio defende ampliação do convênio com os hospitais Antoninho da Rocha Marmo e Pio 12.
“Houve nesses últimos anos uma diminuição do atendimento na Santa Casa a pacientes encaminhados pela prefeitura. Tem que categorizar o hospital e ver o que podem fazer pelo município, como na área de cirurgias”, disse Coppio. Para ele, as parcerias serão fundamentais para acelerar os atendimentos na Saúde, diminuir a fila por consultas, exames e cirurgias e até resolver o problemas da falta de médicos na rede municipal.
Em 2005, a então secretária de Saúde de São José, Marina de Fátima de Oliveira, rompeu o convênio com a Santa Casa, abrindo uma crise entre as instituições. Na época, após receber R$ 17 milhões do Estado para reformas estruturais e ampliação, a Santa Casa não aceitou manter convênios com o governo Eduardo Cury (PSDB) se a tabela SUS não ganhasse incremento municipal.
Por sua vez, a prefeitura disse que a entidade exigia valores acima dos praticáveis. Procurado pelo O VALE, o provedor da Santa Casa, Luiz Roberto Porto, não foi localizado para comentar o assunto. A direção do hospital preferiu não se manifestar.
Via Vale
Publicado em: 06/11/2012