Áreas de risco da cidade são monitoradas pela Defesa Civil

A Defesa Civil de São José dos Campos está monitorando as áreas de risco da cidade e orientando a população sobre os perigos de enchentes e deslizamentos. O trabalho segue até o final de março, período de maior incidência de chuvas fortes em todo o país. A ação faz parte do Plano Preventivo de Defesa Civil (PPDC).

O trabalho das equipes da Defesa Civil consiste na observação diária do radar meteorológico para saber a previsão do tempo. Na indicação de chuva, os profissionais são mantidos em alerta para o contínuo monitoramento das áreas críticas.

Em caso de enchentes, a Defesa Civil acompanha as pessoas que devem sair com urgência de suas casas e seguir para um local seguro. Os profissionais também orientam os moradores para que retornem somente quando as águas baixarem, evitando assim o contato com a inundação uma vez que a água pode estar contaminada e provocar doenças.

Outras orientações para a população são: observar se o terreno onde mora possui árvores, postes ou muros com aparente inclinação; se as casas apresentam rachaduras, trincas ou saliências no chão ou nas paredes; e se a residência tem algum cano com vazamento ou infiltração. Esses são os principais sinais de perigo em situação de deslizamentos.

De acordo com a Defesa Civil, aos primeiros sinais de risco, as pessoas devem ligar para o 190 e explicar a situação para que a equipe do PPDC se dirija ao local. Hoje, o Plano Preventivo de Defesa Civil é realizado por 20 profissionais e 53 voluntários ativos. A Defesa Civil trabalha com sete veículos equipados para resgates mais difíceis, como barco e jipe.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 09/01/2013

Famílias do Pinheirinho invadem casas condenadas

Ex-moradores do Pinheirinho invadiram 13 casas abandonadas em áreas de risco no Rio Comprido, zona sul de São José dos Campos.

Os móveis das famílias foram levados ao Rio Comprido por caminhões da Urbam (Urbanizadora Municipal). Os invasores afirmam que não têm para onde ir e já planejam reformar as casas, que foram esvaziadas em março devido ao risco de desabamento.

Os imóveis invadidos ficam na avenida Um, mesmo local onde cinco pessoas morreram em janeiro do ano passado, quando um deslizamento de terra derrubou quatro casas. Não havia nenhum impedimento para que as casas condenadas fossem reocupadas. Embora a maioria das casas tenha sido invadida ontem, algumas famílias chegaram ao local no domingo, assim que foram retiradas do Pinheirinho.

Já havia “gatos” e aparelhos ligados, como geladeiras. “Assim que houve a reintegração, já viemos pra cá. Precisa de alguns reparos, temos que pedir água emprestada para os vizinhos, mas pelo menos meus filhos têm um teto”, disse José Emílio Santos, 45 anos, com os cinco filhos e a mulher.

A maioria das casas está semi-destruída, já que a prefeitura começou a derrubar os imóveis, mas uma liminar da Justiça barrou a demolição. Regina Mendes da Silva, 43 anos, passou o dia retirando os escombros da casa onde pretende morar com o marido e seus nove filhos.

A estrutura do imóvel está intacta, mas não há portas ou janelas. “Precisa de uma reforma, mas enquanto não consigo mudar para um lugar melhor, aqui está ótimo.”

Por volta das 11h, a mudança se transformou em tumulto. Enquanto funcionários da Urbam ajudavam a colocar imóveis nas casas, uma viatura da Guarda Civil tentou impedir a ação. Após diálogo entre os guardas e moradores do Rio Comprido, foi decidido que os móveis ficariam guardados em casas regularizadas.

O Vale