Colinas recebe 1º Black Weekend de Imóveis

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Colinas Shopping sedia entre os dias 22 e 25 de outubro o 1º Black Weekend de Imóveis Guia Você Busca. O objetivo é oferecer durante os quatro dias do evento imóveis com preços reduzidos ao público da região.

Com a participação de 15 empresas, entre construtoras, incorporadoras e imobiliárias, os imóveis disponíveis contarão com preços reduzidos de até 25% em relação ao valor de mercado. O desconto será real e contará com termo de compromisso firmado entre a empresa participante e a organização do evento. Para comprovar a redução, o Termo de Compromisso deverá ser afixado nos estandes, à vista dos clientes.

O objetivo do Black Weekend é oferecer uma oportunidade de bons negócios tanto para as empresas do setor na região, quanto para o público. Segundo os organizadores, a realização de feiras de “descontos” é uma tendência no mercado imobiliário nacional a fim de movimentar o setor no período de crise econômica.

O 1º Black Weekend do Colinas Shopping será realizado no antigo espaço do Poupatempo, no piso superior do shopping. O horário de atendimento será das 10h às 22h, de quinta a sábado e das 12h às 20h no domingo. A previsão é de que cerca de 8 mil pessoas passem pelo local durante os quatro dias.

Mercado tem 4.100 imóveis à espera de locação em São José

As imobiliárias de São José dos Campos têm 4.100 imóveis vagos e disponíveis para locação, o maior volume de ofertas desde 2005. Apesar disso, o valor do aluguel aumentou 10% em São José nos últimos 12 meses em razão da queda no número de empreendimentos lançados no mercado. A subida dos preços superou a inflação do período, de 6,09%, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Essas são conclusões da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que divulgou ontem a 21ª edição da pesquisa do mercado imobiliário que a entidade faz desde 1993.

Segundo os diretores da associação, os dados mostram que as restrições impostas pela Lei de Zoneamento de 2010, que sofreu modificações pontuais neste ano, refletiram negativamente no mercado imobiliário. O primeiro reflexo foi na redução da oferta de novos empreendimentos. A cidade vai fechar 2013, segundo a Asseivap, com estoque de 500 imóveis novos para venda. “É pouco para quem precisa atender a demanda e se desenvolver”, disse Marcos Aurélio Peneluppi, presidente da Asseivap. A segunda consequência foi o aumento do preço do aluguel dos imóveis, o que também causou retração do mercado e a oferta recorde de 4.100 imóveis vagos.

Em 21 anos de pesquisa, o total de casas e apartamentos vagos neste ano só perde para o índice de 2005, quando havia 4.200 imóveis disponíveis. Na comparação com 2012, o número de imóveis vagos neste ano cresceu 10,81% 3.700 para 4.100 ofertas. Segundo Marco Antonio Vasconcelos, vice-presidente da Asseivap, o mercado imobiliário já está com tendência de queda nos preços cobrados pelas locações. Essa acomodação visa enfrentar a baixa produtividade das construtoras, que também reclamam das restrições da Lei de Zoneamento. Tanto que o prefeito Carlinhos Almeida (PT) prometeu começar, ainda neste ano, as discussões para uma revisão completa da norma. “São José ainda está travada. Precisamos deslanchar a cidade”, afirmou Vasconcelos.

Por outro lado, segundo a Asseivap, o número recorde de imóveis vagos também revela um outro lado do mercado, o do crescimento da oferta de crédito imobiliário. Nos últimos oito anos, ressaltou Vasconcelos, a entrada de dinheiro via crédito imobiliário impulsionou a venda de imóveis novos, abrindo espaço no setor de locação. “Muita gente casou e, ao invés de alugar, foi direto para o financiamento da casa, que ficou mais fácil.” As regiões central, oeste e sul estão entre as mais procuradas de São José para a locação de imóveis, segundo a pesquisa da Asseivap. Quem procura apartamento para alugar nos bairros Vila Adyana e Vila Ema, por exemplo, representa 27,5% do total de pesquisa pelo imóvel. Na segunda colocação, com 18%, aparece o Jardim Aquarius.

Os lugares com menor interesse em apartamentos são Vila Industrial e Vista Verde. Para casas, os mais procurados são Bela Vista e Vila Maria (23%), na região central, e Jardim Satélite (19%), na zona sul. Na ponta debaixo da tabela, as casas menos procuradas estão na Vista Verde e imediações, na região leste. Marco Antonio Vasconcelos, vice-presidente da Asseivap, disse que os locatários estão cada vez mais minuciosos na hora de fechar o contrato de um imóvel. A variação de preços na cidade é um dos fatores. O aluguel de uma mesma casa de dois dormitórios custa R$ 1.500 no centro e R$ 650, na zona leste. Uma casa de quatro dormitórios varia de R$ 5.000 (oeste) e R$ 1.600 (central). A pesquisa da Asseivap mostrou que apartamentos de dois dormitórios são os mais procurados para locação em São José. Com essa configuração, os imóveis representam 41,55% da oferta de apartamentos. Com as casas, a procura é maior para as de três dormitórios, que ficaram com 39,66% das ofertas. As casas de dois quartos foram 27,79%.

Mercado de Construção Civil esfria e perde ofertas

O mercado da construção civil de São José dos Campos atravessa fase de desaquecimento e as novas regras do zoneamento que devem entrar em vigor a partir de hoje pouco vão contribuir para mudar o panorama do segmento, pelo menos para os empreendimentos destinados à classe média. Essa é a avaliação de empresários do setor, que defendem a tese de que São José precisa de uma nova Lei de Zoneamento que atenda a cidade nos próximos 20 anos. De acordo com o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Paulo Cunha, por causa do desaquecimento do setor, o estoque de oferta de imóveis novos atende a demanda até 2014.

“Depois, haverá falta de imóveis novos, porque poucos empreendimentos foram aprovados pela nova Lei de Zoneamento”, disse. O empresário relatou que a carteira de oferta das construtoras são de empreendimentos que foram aprovados com base na Lei de Zoneamento anterior à que está em vigor e que devem terminar no primeiro semestre do próximo ano. A última pesquisa da Aconvap sobre o mercado imobiliário de São José dos Campos, de outubro do ano passado, mostra que o estoque disponível para venda era de 4.200 imóveis. Cunha afirmou que o estoque hoje é menor, mas está equilibrado por causa do momento do mercado.

A Aconvap deve divulgar em agosto nova pesquisa com análise sobre o comportamento do mercado no primeiro semestre deste ano. Para o empresário, a Lei de Adequação do zoneamento atende o segmento de imóveis populares, que vai ficar aquecido. “São José precisa de uma nova legislação que atende o crescimento da cidade”. Opinião similar tem o empresário José Antonio Marcondes César, que também defende a aprovação de uma nova Lei de Zoneamento. “Enquanto a atual lei não for mudada e não haver mudança de gabarito, o mercado da construção civil na cidade não vai se recuperar”, afirmou.

Atualmente, a norma restringe a construção de prédios com mais de 15 andares em grande parte da cidade. “As adequações ajudam a agilizar a aprovação de empreendimentos, mas não resolve todo o problema”, afirmou. Na avaliação do secretário municipal de Planejamento Urbano, Emmanuel dos Santos, as novas regras devem surtir efeitos no segundo semestre. Já com relação à revisão geral da Lei de Zoneamento, o secretário frisou que “vai demorar, mas os estudos começam este ano”.

Procura por apartamento de 2 Dormitórios é maior na cidade

O balanço quadrimestral da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), de São José dos Campos, mostrou que a maior demanda do mercado imobiliário na cidade é por apartamentos de dois dormitórios.

Segundo a pesquisa, realizada entre março e junho pela associação, das 15.910 unidades imobiliárias lançadas nos quatro meses (em um total de 144 empreendimentos), 6.939 foram de dois dormitórios, cerca de 43%. “Os apartamentos de dois dormitórios tiveram maior volume para atender a demanda da classe C e D. E foram os empreendimentos que fizeram parte do programa Minha Casa, Minha Vida”, disse o presidente da Aconvap, Cleber Córdoba.

Para a coordenadora da pesquisa, Irene Tressoldi, os apartamentos de dois quartos também são mais fáceis de vender e por isso recebem mais investimentos. Das 6.939 unidades lançadas, já foram vendidas 4.659. A professora da rede pública de ensino Cleuza Rodrigues, 42 anos, comprou seu apartamento de dois quartos em maio com o pré[TXT]dio ainda em construção.

“Há muitos anos eu venho economizando para poder comprar um apartamento. Ainda moro de aluguel, mas logo logo estarei em minha casa”, disse Cleuza. A oferta da demanda e da procura tem se refletido nos valores das unidades.  O balanço anterior da Aconvap, entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012, mostrou que o preço médio do apartamento de 2 quartos era de R$ 178 mil.

Já a última pesquisa indicou que o custo médio passou para R$ 191 mil. Um aumento de 7%.  “Nos últimos quatro anos, os imóveis tiveram uma valorização de 40% a 50%, dependendo da região da cidade”, disse Cleber Córdoba. Segundo a Aconvap, o valor deve continuar subindo pela falta de novos empreendimentos.

Todos os dados são referentes ao balanço feito pela Aconvap de março a junho. A cada quatro meses, a associação realiza essa pesquisa para analisar como está o mercado imobiliário. O último levantamento também mostrou que entre março e junho foram lançados 144 empreendimentos em todas as regiões de São José.

A região que concentrou o maior número de lançamentos foi a sul, com 56. A norte teve a menor, com 3. “Na região norte, a topografia não ajuda para a construção de prédios. A região sul é um lugar novo na cidade ideal para os novos empreendimentos” afirmou Cleber. As 15.910 unidades lançadas tem um preço de venda estimado em R$ 5,9 bilhões. Dessas, 11.197 já foram comercializadas.

O Vale

Acordo foi firmado com proprietários a margem da Tamoios

O governo do Estado firmou acordos com 110 proprietários de imóveis às margens da rodovia dos Tamoios (SP-99) afetados pela duplicação do trecho de planalto da estrada. No total, serão 250 propriedades atingidas pelas obras, que tiveram início em maio e têm previsão de término em dezembro de 2013.

A informação foi passada em nota pela assessoria da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), que não deu mais esclarecimentos. Segundo o comunicado, todas as autorizações para as obras foram concedidas amigavelmente pelos donos de imóveis atingidos pela empreendimento, sem a necessidade ações judiciais.

As desapropriações para as obras do trecho de planalto da Tamoios atingem uma área de 1,670 milhão de metros quadrados (equivalente a 167 campos de futebol) e devem consumir cerca de R$ 40 milhões dos cofres públicos. O valor soma-se aos R$ 557,4 milhões que serão pagos pelo governo ao consórcio formado pelas empresas Encalso e S.A. Paulista para a execução da obra.

O trecho de planalto vai do km 11,5 ao km 60,48. As obras percorrem os municípios de São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Paraibuna. A maioria dos terrenos que serão desapropriados fica em Paraibuna, que sofrerá o maior impacto, e Jambeiro.

As obras no trecho de planalto tiveram início em maio. A previsão é que o trabalho seja concluído até dezembro do próximo ano, a tempo da rodovia de ser usada pelos turistas na temporada de verão 2013/2014. O valor total da obra é estimado em R$ 1,05 bilhão.

Promessa recorrente dos governos tucanos desde 1994, a duplicação da Tamoios nasceu na campanha do governador eleito naquele ano, Mário Covas, a partir de demanda apresentada pelos prefeitos do Vale e Litoral. Depois, ela voltou a ser prometida pelo próprio Alckmin, em 2002, posteriormente eleito, e por José Serra, em 2006, também eleito. O objetivo é reduzir o índice de acidentes.

O Vale

Área desvalorizada chama atenção de Construtoras

A escassez de ‘vazios urbanos’ em regiões centrais de São José dos Campos e Taubaté motivou a indústria da construção civil a investir em áreas antes pouco valorizadas, nas periferias. Um exemplo desse processo é a área nas imediações do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Taubaté. Há 10 anos, a região da Vila São José convivia com o temor de rebelião, o que freava investimentos no local.

À época, um empreendimento com três torres foi feito na esquina entre a rua Vereador Rafael Braga e a avenida Santa Luiza do Marilac, com vista privilegiada do CDP. A funcionária pública Sandra Regina dos Santos, 48 anos, foi uma das pessoas que decidiu vencer o medo e comprar um apartamento do empreendimento.

“Medo a gente sempre teve, mas a violência está em todo lugar. Felizmente, nunca tivemos problemas”, disse Sandra, que comprou o imóvel em 2004. Ela lembra que para ir ao comércio precisava ir ao centro, pois não havia muita opção no bairro, o que mudou de três anos para cá.

Segundo pesquisa da Acist (Associação das Empresas Construtoras, Imobiliária e Serviços Correlatos de Taubaté), a região da Vila São José fica atrás apenas da Independência e Centro no número de empreendimentos em lançamento. São quatro, no total de 11 torres. As vias de acesso foram revitalizadas também com a construção do Sedes (Sistema Educacional de Desenvolvimento Social).

Em São José, o Jardim das Indústrias também ilustra este cenário. Hoje um polo consolidado com investimentos de alto padrão, teve que vencer certo preconceito no passado. “Quando a avenida Cassiano Ricardo foi melhorada e o Aquarius cresceu, aquilo que era longe, perigoso, passou a ficar perto. Quem poderia imaginar os empreendimentos que estão ali há 10 anos?”, disse o diretor regional do SindusCon (Sindicato da Construção), José Luiz Botelho.

Ele salienta que a chegada dos empreendimentos da construção civil geralmente são seguidos do fortalecimento da infraestrutura do local, o que gera crescimento de regiões antes esquecidas. “O empreendimento é que puxa a infraestrutura, o comércio começa a chegar. Há 30 anos, lançaram dois ou três prédios numa região onde havia uma dificuldade enorme para se vender. De repente, esse bairro se desenvolveu violentamente e virou o Aquarius”, afirmou Botelho.

Já o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cléber Córdoba, disse que as imediações da cadeia do Putim devem passar pelo mesmo processo do arredor do CDP. “É uma sequência natural com prédios para classe C e D.”

O Vale

Cidade tem redução de preços em Imóveis

Aqueles que não puderam visitar o Feirão da Casa Própria promovido no último final de semana pela Caixa Econômica Federal em São José dos Campos ainda podem aproveitar as taxas reduzidas de financiamento. As condições especiais continuam valendo por tempo indeterminado.

As ofertas restantes dos 10 mil imóveis oferecidos em São José, Jacareí e Caçapava oferecidos na feira podem ser conferidas nas agências da Caixa e nas imobiliárias presentes ao feirão. Nos três dias de evento, 10.069 pessoas passaram pela feira, que gerou R$ 191,6 milhões em negócios, aumento de 22% em relação a 2011 e acima da expectativa de R$ 170 milhões.

Para o superintendente da Caixa no Vale do Paraíba, Julio Cesar Volpp Sierra, uma conjuntura de fatores contribuiu para o maior número de negócios fechados. “O mercado se reacendeu com a redução das taxas de financiamento anunciadas antes do feirão. Além disso, tivemos uma oferta maior de imóveis, também em função da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que subiu o teto do Minha Casa Minha Vida”, disse Sierra.

O programa do governo federal para moradia foi responsável por 70% das vendas do feirão. “A grande massa de pessoas procura aquele imóvel padrão, com dois quartos, sendo uma suíte e garagem, entre R$ 105 mil e R$ 130 mil”, disse o superintendente.

De janeiro a abril, a Caixa financiou na região R$ 500 milhões em crédito imobiliário correspondente a 6.000 imóveis quase metade da meta de R$ 1,3 bilhão para o ano. “Se nada mudar no cenário nacional, podemos alcançar essa meta em agosto, setembro”, disse Sierra. No ano passado, o total financiamento pela Caixa foi de R$ 1,1 bilhão.

O Vale

Nova taxa encarre-se mais de 30 Bairros na cidade

Uma taxa chamada laudêmio impõe a moradores de 34 bairros da zona sul de São José a cobrança de valores extras na hora de registrar seus imóveis, o que encarece as transações imobiliárias. Esse tributo rendeu R$ 1,142 milhão aos cofres da prefeitura no ano passado e foi instituído há 90 anos. O porcentual cobrado no ato do registro do imóvel em cartório é de 2,5% do valor venal do terreno.

A cobrança ocorre porque até hoje a prefeitura tem o domínio de uma área de 400 alqueires, o equivalente a 9,680 milhões de metros quadrados na região. Nessa faixa de terra, que fica do lado direito do córrego Senhorinha, entre o Parque Industrial e o Chácaras Reunidas, estão 34 bairros, entre eles o Parque Industrial, Jardim Anhembi, Morumbi, Vale do Sol, Residencial Gazzo, Bosque dos Ipês e Jardim Oriente.

Esses bairros reúnem uma população de quase 100 mil pessoas e de cerca de 30 mil domicílios, conforme estudo feito pelo PT sobre a cobrança da taxa. Toda vez que ocorre uma compra e venda do imóvel, o proprietário é obrigado a recolher 2,5% do valor venal do terreno à prefeitura.

Por exemplo, se o valor venal de um terreno sujeito é de R$ 50 mil, no negócio é obrigatório pagar à prefeitura uma taxa de R$ 1.250, além dos encargos normais de um transação imobiliária. Essa situação só ocorre nessa região, o que a diferencia do restante da cidade.

Moradores desses bairros praticamente desconhecem a cobrança dessa taxa e quem tem conhecimento acha um absurdo. “Já paguei essa taxa três vezes. Quero saber o que a prefeitura faz com esse dinheiro. Olha a quantidade de buracos que têm na rua”, reclamou André Luiz de Oliveira, 52 anos empresário que mora no Parque Industrial há 30 anos.

Há uma semana começou a tramitar na Câmara projeto apresentado pelo vereador Wagner Balieiro (PT) para acabar com a cobrança. “Não é justo que os proprietários dessa região sejam tratados de forma diferente do restante da cidade. É preciso corrigir isso”, afirmou.

Estudo feito pelo gabinete do parlamentar aponta que no ano passado, o município arrecadou R$ 1,142 milhão de laudêmio. O presidente da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba), Marcos Peneluppi, disse que a cobrança do laudêmio nesses bairros dificulta transações imobiliárias. “Muita gente acaba desistindo de fechar negócios por causa cobrança”.

Segundo Peneluppi, essa gleba da região sul da cidade tem perdido oportunidade de bons negócios.

O Vale

Estado aponta aluguel de São José como o mais caro

São José dos Campos tem o aluguel mais caro do Estado. O morador de um apartamento em regiões como dos bairros Aquarius e Colinas, zona oeste, chega a desembolsar R$ 7.500 por mês, sem contar o valor da taxa de condomínio.

Os dados são do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), com base em pesquisa divulgada ontem e realizada em 1.441 imobiliárias de 37 cidades durante o mês de janeiro. Para o delegado regional do Creci no Vale do Paraíba, Denerval Machado de Melo, o segmento de alto padrão presente em São José explica a liderança no ranking do aluguel mais ‘salgado’.

“Esse valor (de R$ 7.500) não é um caso isolado. São José tem vários exemplos nesse patamar. O mercado de alto padrão é muito forte na cidade”, disse Melo. Entre os diferenciais desses imóveis estão decoração estilizada, dispositivos de segurança, garagem para até seis carros e área para lazer.

“Geralmente, esses imóveis são utilizados por empresas da região que trazem diretores para morar aqui. Se não são diretores, são engenheiros que vêm para desenvolver algum trabalho. O apartamento é da empresa”, afirmou Melo.

Das 2.675 unidades de quatro dormitórios lançadas entre novembro de 2011 e março de 2012 na cidade, apenas 668 estavam disponíveis à venda. A comercialização desses lançamentos tem potencial para movimentar R$ 2,3 milhões, segundo a Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba).

Para o vice-presidente da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba), Marco Antonio Vasconcelos, o valor do aluguel na cidade não tem assustado os clientes. “Não identificamos que esse aumento tenha afugentado os clientes. A demanda no Vale ainda é carente.” A pesquisa do Creci comprova a tese de Vasconcelos. O número de imóveis alugados em janeiro cresceu 30% no interior na comparação com dezembro. Na capital, a alta foi de 0,95%.

Vasconcelos salienta que, assim como em outras regiões do interior, o mercado permanece aquecido, no entanto, o valor das transações diferencia o Vale dos demais centros. “O holerite do trabalhador do Vale é alto. Essa é uma diferença que o Vale e, principalmente São José, tem em relação a qualquer região do país. Se a média da comercialização de apartamentos e casas no interior é de R$ 160 mil, a nossa é acima de R$ 230 mil”, disse o executivo da Asseivap.

O levantamento do Creci também mostra que a média do aluguel no litoral é superior à do interior, mas inferior à da capital. Do total de contratos firmados em janeiro, a maioria no litoral foi de até R$ 1.000 contra R$ 800 no interior e R$ 1.200 na capital.

“Nesses últimos dois anos, houve muitos investimentos no litoral, o que fez com que houvesse muita gente à procura de imóveis sendo que a oferta não era tão grande. Hoje, essa oferta cresceu e o preço baixou. É um ciclo”, disse a diretora da Rede Litoral de Imóveis, Glaucia Almeida. Na região, foram pesquisadas imobiliárias de São José, Taubaté, Caraguá, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

O Vale

Cidade tem mais de 5 mil novos imovéis para vendas

São José dos Campos tem 5.587 novas unidades imobiliárias casa, apartamento ou sala comercial disponíveis para a venda hoje, entre as 16.746 unidades construídas entre novembro de 2011 e fevereiro deste ano. É o que aponta pesquisa divulgada ontem pela Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba).

No período, foram construídos 143 novos empreendimentos na cidade, com 53 deles erguidos na região sul, 35 na oeste e 28 na central. O valor dos imóveis novos alcança R$ 5,65 bilhões. Para o presidente da Aconvap, Cleber Córdoba, o mercado imobiliário de São José continua forte, mas sentiu as restrições impostas pela nova lei de zoneamento da cidade.

A regra limitou o espaço de terreno que pode ser utilizado para novos empreendimentos e a altura deles. Dos 143 lançados, em construção ou já prontos na cidade, nenhum foi aprovado sob a ótica da nova lei. “Os empreendimentos dos últimos quatro meses foram aprovados com a regra antiga, por isso essa grande quantidade”, explicou Córdoba.

Ele se mostra preocupado com as restrições na cidade. “Há empresários preferindo construir fora de São José.” Para Marco Antônio Vasconcelos, vice-presidente da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba e Litoral Norte), a ‘avalanche’ de imóveis novos, principalmente os de 4 dormitórios, pode resultar em encalhe nas vendas. “As unidades deveriam ser ofertadas gradativamente.”

O Vale