Cronograma de obras no Litoral vai ser mantido, garante a Dersa

O governo do Estado anunciou ontem que vai manter o cronograma das obras dos contornos viários de São Sebastião e Caraguatatuba, que integram o projeto de duplicação da rodovia dos Tamoios. A expectativa é que o serviço comece já no mês que vem, sob um orçamento que pode chegar a R$ 1,9 bilhão (incluindo desapropriações). O traçado da nova ligação prevê desapropriações em pelo menos dois bairros de São Sebastião, o que gerou protestos de moradores. Nas últimas semanas, o coro foi engrossado pela Câmara e pelo prefeito Ernane Primazzi (PSC).

“Ainda haveria tempo para mudanças. O problema é que todas as alternativas apresentadas tem se mostrado inviáveis”, disse o diretor-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Laurence Casagrande Lourenço. O governo do Estado alega que o traçado original dos contornos viários já foi alterado, fazendo com que o número de famílias atingidas por desapropriações caísse de 809 para 263. “O nosso primeiro traçado já tinha, inclusive, a aprovação do município. Durante o licenciamento prévio da obra, recebemos algumas sugestões da própria prefeitura de mudanças que poderiam reduzir os impactos da obra. Isso foi feito”, disse Lourenço.

“O problema é que, para levar o novo projeto adiante, precisamos de uma nova autorização. Neste momento, o prefeito não está querendo conceder essa licença”, emendou. O presidente da Dersa diz que pretende por fim ao impasse ainda em setembro, e que tem mantido diálogo com a prefeitura nesse sentido. “Tenho um traçado aprovado, que pode ser iniciado a qualquer momento, e tenho um segundo, que considero melhor, com menor impacto, mas que ainda depende dessa autorização da prefeitura”, afirmou Lourenço. “Em uma situação limite, caso não haja acordo, podemos fazer a obra com o traçado antigo. Será uma pena se a situação chegar a esse ponto.”

Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acertou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a liberação dos primeiros R$ 550 milhões para a obra dos contornos. Os recursos virão de um empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco do Brasil os outros R$ 450 milhões deverão ser disponibilizados no ano que vem. O prefeito Ernane Primazzi informou, por meio de sua assessoria de imprensa, “que não há ainda nenhum acordo fechado em relação à obra”. Ele frisou “o esforço de todos para que o problema seja resolvido e atenda de maneira satisfatória todas as partes envolvidas”, mas prometeu “continuar lutando e protegendo” os interesses da cidade.

Obras da Tamoios traça nova Rodovia e gera reunião

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) realiza hoje uma reunião em Caraguatatuba para apresentar à comunidade o novo traçado dos contornos norte e sul da Rodovia dos Tamoios.  Finalizado em junho, o novo traçado resultou na redução do impacto socioambiental do empreendimento. Apesar disso, o principal tema do encontro deve ser o número de desapropriações e de reassentamentos necessários para a obra apenas em Caraguá, 517 famílias terão que deixar suas casas. A previsão é que grupos de moradores dos bairros do Tinga e Gaivotas, que seriam as comunidades mais afetadas pela obra, protestem durante a reunião. “A mudança no traçado, a princípio, foi positiva porque reduziu o número de famílias afetadas. Mas muitos moradores nos procuraram e se mostraram preocupados com a desapropriação”, disse o vereador oposicionista Wenceslau de Souza Neto, o ‘Lelau’ (PT).

O principal temor vem dos moradores que não têm seus imóveis regularizados. Eles representam 361 das 517 famílias que serão afetadas em Caraguá. Esses moradores receberão do governo do Estado indenizações referentes apenas ao valor das casas e não do terreno onde vivem é o chamado reassentamento. Apenas 156 famílias de Caraguá têm seus imóveis regularizados e serão indenizadas tanto pelo valor da construção quanto do terreno é a chamada desapropriação. A Dersa alega que a mudança no traçado foi feita justamente para reduzir o impacto socioambiental. O traçado anterior previa 198 desapropriações (+26%) e 438 reassentamentos (+21%) em Caraguá. O encontro para apresentar o novo projeto à comunidade será realizado no Cremi (Centro de Referência da Melhor Idade), que fica no Jardim Jaqueira. O evento terá início às 18h e contará com a participação de representantes da Câmara, da prefeitura e técnicos da Dersa.

Colega de partido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Antonio Carlos (PSDB) fez elogios à obra do Estado e minimizou seus impactos. “O que poderia ser feito de mudança no traçado, já ocorreu. Portanto, não haverá nova modificação. Essa obra é muito importante para Caraguatatuba e para todo o Litoral Norte, faz parte de um progresso inevitável”, disse. Apesar disso, o prefeito disse que irá auxiliar os moradores afetados. “A prefeitura vai ser parceira dos moradores, ninguém terá prejuízo. Queremos o menor transtorno possível para a vida dessas famílias”, afirmou.

Novo projeto causa menos impacto ambiental na Tamoios

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), responsável pela duplicação da Rodovia dos Tamoios, finalizou o estudo de aprimoramento de impacto para a construção dos contornos norte e sul, entre São Sebastião e Caraguatatuba. Com o projeto do novo traçado do contorno encaminhado à Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), agora a Dersa aguarda a liberação da licença de instalação das obras. As obras são estimadas em R$ 1, 940 bilhão. O novo estudo foi apresentado ontem pelo presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, com exclusividade a O VALE.

Segundo ele, o novo traçado causará menos impacto ao meio ambiente e diminuirá o número de imóveis que deverão ser desapropriados e famílias que precisarão ser reassentadas. “O que estamos fazendo hoje é dando uma resposta à população, pois havia uma preocupação em relação à desapropriação. O novo traçado diminui as desapropriações e causa menos impacto à Serra do Mar”, disse. Com as mudanças no traçado, o contorno total da Tamoios foi reduzido de 36,950 km para 34,500 km. A área que deverá ser desmatada também foi reduzida em 33%, segundo Lourenço.

“Reduzimos a expectativa de desmatamento de 52 hectares para 35 de mata nativa, uma redução significativa no que diz respeito a impacto ambiental. Para isso, aumentamos em 900 metros a extensão de túneis”, disse. Ao todo serão seis túneis em uma extensão de 6,450 km nos trechos entre São Sebastião e Caraguá. Com isso 263 imóveis serão reassentados (será avaliado o valor da construção para indenização) e 132 desapropriados. “Os túneis são os elementos da engenharia que menos causam impactos ambientais”, disse. A partir de hoje moradores de São Sebastião receberão um guia de desapropriação e reassentamento.

Sítio Arqueológico é descoberto na Rodovia dos Tamoios

Durante as obras de duplicação do trecho de planalto da SP-99 (rodovia dos Tamoios), arqueólogos contratados pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) descobriram um sítio arqueológico no bairro Colinas, em Paraibuna. Trata-se de uma área de cerca de 5.000 metros quadrados, na altura do km 28 da Tamoios, à beira da represa de Paraibuna, que abrigou uma aldeia de índios aratu.

A população indígena era rara na região, dominada pelos tupis-guaranis, e teria migrado da região central do Brasil. O arqueólogo Wagner Gomes Bornal, da Origem Arqueologia, disse que o sítio tem origem há “milhares de anos”,  muito antes da chegada dos portugueses ao país.

A datação definitiva depende da análise de resíduos de carvão retirados do subsolo em escavações, o que ainda não foi feito. Porém, segundo Bornal, pedaços de cerâmica e de urnas funerárias encontrados no sítio, e que estão em análise em laboratórios, podem até determinar que a aldeia seja pré-histórica.

“Os índios viviam da pesca, navegavam no rio Paraíba e faziam peças rústicas de cerâmica. Há indícios de uma grande população vivendo aqui há milhares de anos.” Descoberto há oito meses, o sítio arqueológico só foi divulgado ontem por questões de segurança do local, que está cercado. “Ele passa a ser patrimônio da União.

Vamos apoiar o projeto de transformar o lugar em um sítio-escola, para estudantes da região aprenderem sobre arqueologia”, disse Marcelo Arregui, gerente ambiental da Dersa. Ontem, estudantes de Paraibuna da ONG Instituto Fauser visitaram a descoberta.

O Vale

Publicado em: 09/05/2013

Rodovias do Tamoios terá pedágio de cobrança

A Rodovia dos Tamoios deverá ser concedida à iniciativa privada e ganhar cobrança de pedágio, como ocorreu com o sistema Ayrton Senna/Carvalho Pinto. O modelo da concessão está ligado ao término das obras de duplicação da rodovia, especialmente ao trecho de serra, cujo projeto está em fase de licenciamento ambiental. O custo é avaliado em R$ 2 bilhões.

Caso o governo estadual opte por manter a obra pública, licitando a construção da serra, como vem sendo feito no trecho de planalto e nos contornos de São Sebastião e Caraguatatuba, a concessão seria feita após o términos das obras, até 2018. Mas se o Estado resolver fazer a obra da serra em uma PPP (Parceria Público-Privada), a concessão poderia entrar no pacote antes disso.

A empresa ou o consórcio vencedor da PPP construiria os 22 quilômetros do trecho de serra e, em contrapartida, administraria toda a rodovia, podendo cobrar pedágio dos usuários. “Entendo que a rodovia será concedida. Se houver PPP para a serra, deverá ser concedida nesse processo. Senão, mais para a frente. E teremos a cobrança de pedágio”, disse Laurence Casagrande Lourenço, presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A).

A decisão pela PPP ou não dependerá do custo total da obra, que só será conhecido após a fase de licenciamento ambiental do trecho de serra, que deve terminar até maio deste ano. A previsão da Dersa é que as obras comecem ainda em 2013.

O modelo de pedágio a ser adotado na Tamoios, segundo Lourenço, seria o mesmo que está em fase de testes em duas rodovias estaduais, a Engenheiro Constâncio Cintra (SP-360), entre Itatiba e Jundiaí, e a Santos Dumont (SP-75), que liga Sorocaba a Campinas.

Trata-se do sistema ‘Ponto a Ponto’, parecido com o ‘Sem Parar’ adotado na via Dutra. Nele, todos os usuários que trafegam pela rodovia pagam pelo trecho rodado, e não mais em praças de pedágio. Paga-se pela quantidade de quilômetros rodados na estrada. O controle é feito em pórticos fixos colocados em pontos definidos da rodovia que “contam” os quilômetros rodados de cada veículo, que deverão ter um equipamento instalado.

O pagamento por ser feito por créditos ou pela internet. “A tarifa é por quilômetro e é menor. Paga-se o trecho que for usar, e todos pagam”, disse Lourenço.  Motoristas dividem-se quanto à cobrança de pedágio na Tamoios. Quem mora na região, não gostou da medida. Já turistas elogiaram o sistema por causa da segurança e da manutenção da via. “A gente convive com esse tráfego há anos e nunca tivemos nenhum benefício”, disse o aposentado Antônio Castro, 60 anos, de Paraibuna.

O Vale

Publicado em: 28/02/2013

Velocidade é diminuida para acelerar obras na Tamoios

A Rodovia dos Tamoios terá uma redução de 25% no limite máximo de velocidade permitido na estrada a partir de 6 de março, em razão da intensificação das obras de duplicação. Os motoristas serão obrigados a trafegar no limite de 60 km/h nos quase 50 quilômetros do trecho de planalto, entre os kms 11,5 e 60,48, entre São José dos Campos e Paraibuna, até 16 de dezembro deste ano, data prevista para o término da obras. Hoje, a velocidade máxima permitida no trecho é de 80 km/h.

Quem não respeitar o limite de velocidade será multado. Também as faixas adicionais na rodovia serão eliminadas em vários pontos, com exceção das áreas de subida. A partir de 6 de março, as faixas funcionarão como acostamento para emergência e suporte nas operações das obras.

A justificativa da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) para adotar as medidas é a segurança na rodovia. “É importante que o motorista respeite o limite de velocidade para não termos acidentes”, disse Laurence Casagrande Lourenço, presidente da Dersa. “Esse limite tem uma só razão: garantir a segurança dos motoristas, dos trabalhadores e das pessoas que moram perto da via.”

As mudanças começam a ser divulgadas na rodovia a partir de hoje, em faixas de orientação. O volume de obras será ampliado e vai gerar 700 empregos com a implantação do terceiro turno de trabalho. Os atuais 1.500 trabalhadores saltarão para 2.200.

“Os canteiros serão ampliados porque as áreas desapropriadas já estão disponíveis para receber as obras”, disse Lourenço, que evitou aumentar o serviço na estrada desde o começo do ano por causa da temporada. “A gente entende que a redução da velocidade é necessária para fazer as obras, mas acho que isso vai dar muita confusão. Tem gente que não vai entender e vai criar problemas na estrada”, disse Manoel Pereira Santos, caminhoneiro.

Iniciada em maio de 2012, com custo de R$ 900 milhões, a duplicação do trecho de planalto da Tamoios vai entrar na reta final a partir de março. Serão terminadas a construção de uma nova pista e a restauração do pavimento da pista existente. Uma ficará ao lado da outra, separadas por uma barreira de concreto tencionada, e não rígida, que é novidade nas estradas brasileiras e dispositivo comum na Europa. “Há um cabo de aço que passa por dentro das barreiras que é tencionado. Se houver colisão, a barreira se move e absorve parte do impacto”, disse Lourenço.

A Rodovia dos Tamoios recebe tráfego de 16 mil veículos por dia, em média. Nos feriados e no período de temporada, durante o verão, o movimento diário pode chegar a 25 mil veículos. Principal ligação para o Litoral Norte, a Tamoios será toda duplicada.

O feriado prolongado da Páscoa, entre 29 e 31 de março, será o primeiro com redução de velocidade na Tamoios. O limite máximo baixará de 80 para 60 km/h por causa das obras de duplicação. Com a supressão de faixas adicionais, deixando apenas nas subidas para veículos lentos, os carros terão que andar mais em fila indiana do que hoje.

O Vale

Publicado em: 27/02/2013

Edital de construção Tamoios-Embraer é lançado

A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) publicou edital de licitação para a implantação da segunda etapa da ligação Tamoios-Embraer em São José dos Campos. O valor de referência da obra é de R$ 10,55 milhões. Os trabalhos fazem parte do convênio assinado com o Governo do Estado para a ligação Dutra-Carvalho Pinto, pelo qual já foram feitos o alargamento da Avenida Jorge Zarur e a construção e duplicação do Viaduto Talim.

Em junho do ano passado foi realizado o início da obra, com a duplicação da Avenida João Rodolfo Castelli a partir da entrada do Putim até a Estrada Glaudiston de Oliveira. Nesta fase será implantada uma pista duplicada de 2,5 quilômetros até a Embraer.

Ambos os sentidos da via terão duas faixas com 3,5 metros de largura cada, somando quatro faixas de rolamento. O projeto contempla também calçadas para pedestres e ciclovia. O prazo previsto para execução das obras é de 15 meses. Os envelopes com as propostas serão abertos no dia 20 de setembro.

G1 (Vnews)

Acordo foi firmado com proprietários a margem da Tamoios

O governo do Estado firmou acordos com 110 proprietários de imóveis às margens da rodovia dos Tamoios (SP-99) afetados pela duplicação do trecho de planalto da estrada. No total, serão 250 propriedades atingidas pelas obras, que tiveram início em maio e têm previsão de término em dezembro de 2013.

A informação foi passada em nota pela assessoria da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), que não deu mais esclarecimentos. Segundo o comunicado, todas as autorizações para as obras foram concedidas amigavelmente pelos donos de imóveis atingidos pela empreendimento, sem a necessidade ações judiciais.

As desapropriações para as obras do trecho de planalto da Tamoios atingem uma área de 1,670 milhão de metros quadrados (equivalente a 167 campos de futebol) e devem consumir cerca de R$ 40 milhões dos cofres públicos. O valor soma-se aos R$ 557,4 milhões que serão pagos pelo governo ao consórcio formado pelas empresas Encalso e S.A. Paulista para a execução da obra.

O trecho de planalto vai do km 11,5 ao km 60,48. As obras percorrem os municípios de São José dos Campos, Jacareí, Jambeiro e Paraibuna. A maioria dos terrenos que serão desapropriados fica em Paraibuna, que sofrerá o maior impacto, e Jambeiro.

As obras no trecho de planalto tiveram início em maio. A previsão é que o trabalho seja concluído até dezembro do próximo ano, a tempo da rodovia de ser usada pelos turistas na temporada de verão 2013/2014. O valor total da obra é estimado em R$ 1,05 bilhão.

Promessa recorrente dos governos tucanos desde 1994, a duplicação da Tamoios nasceu na campanha do governador eleito naquele ano, Mário Covas, a partir de demanda apresentada pelos prefeitos do Vale e Litoral. Depois, ela voltou a ser prometida pelo próprio Alckmin, em 2002, posteriormente eleito, e por José Serra, em 2006, também eleito. O objetivo é reduzir o índice de acidentes.

O Vale