Alckmin sanciona Lei do Estacionamento

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O governador Geraldo Alckmin sancionou nesta quinta-feira, 4 de fevereiro, o projeto de lei (PL) nº 670/2013, que permite a cobrança dos estacionamentos a cada 15 minutos. Pela nova lei, os estabelecimentos ficam proibidos de cobrar por hora cheia e passam a ter de cobrar apenas pelo período de uso, fracionado de 15 em 15 minutos. O valor cobrado nos primeiros 15 minutos deverá ser o mesmo nas frações seguintes e, obrigatoriamente, deverá representar a parcela proporcional ao custo da hora cheia.

Para facilitar o acompanhamento pelo cliente, do horário de permanência, os estabelecimentos deverão manter relógios visíveis ao consumidor na portaria de entrada e de saída. O descompasso entre os respectivos cronômetros isenta o consumidor de quaisquer pagamentos.

Os estacionamentos deverão ainda dispor de placas com dimensão de, no mínimo, um metro quadrado, em local próximo à entrada, com valores devidos por permanência de 15 minutos, 30 minutos, 45 minutos e uma hora, além de constar as formas de pagamentos. O modelo da placa esta apresentado no texto da Lei n° 16.127/2016.

Esta lei entra em vigor a partir de hoje, 5 de fevereiro, data da sua publicação. As reclamações devem ser feitas ao Procon e o descumprimento sujeitará o infrator a advertência e multa, podendo dobrar de valor em caso de reincidência.

 

Confira a publicação da íntegra da Lei n° 16.127, de 4 de fevereiro de 2016:

http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=4&e=20160205&p=1

Estado lança pré-vestibular on-line

O governo do Estado de São Paulo anunciou anteontem a criação do primeiro cursinho pré-vestibular on-line e gratuito. O preparatório é destinado aos alunos da 3ª série do ensino médio, que estão se preparando para o vestibular. Disponível no Portal da Educação, o cursinho tem conteúdo interativo, simulados baseados nos vestibulares e simulado preparatório para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

É possível criar uma senha e ter acesso às matérias a cada vez que o aluno se conectar ao portal.
“Não faço cursinho por falta de dinheiro. Quem tem condições de pagar preparatório passa na frente de quem não tem a mesma chance. Quero me inscrever no cursinho on-line porque ele coloca todo mundo no mesmo patamar”, disse a vestibulanda Sarah Lúcia Martins Nascimento, 17 anos. “Tenho me preparado para o vestibular em casa porque não tenho tempo pra cursinho. De manhã faço técnico em enfermagem, de tarde trabalho e de noite vou pra escola. Vai ser uma boa conciliar isso com o cursinho on-line”, afirmou a estudante Juliette Luzia de Souza, 18 anos.

Algumas escolas da região já planejam como facilitar o acesso aos alunos. “Como se trata de cursinho pré-vestibular, a escola pode reservar a sala de informática para os alunos que não têm acesso à internet em casa. É oportunidade única para os 38 alunos da escola que prestam vestibular este ano”, disse a coordenadora pedagógica da rede estadual Débora Dias.

Estado abre 59 mil vagas para professor

A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo abre de hoje até o dia 16 as inscrições para 59 mil vagas para professores da rede pública. Este é o maior concurso público já feito pelo Estado.O concurso é destinado aos professores que atuam nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio (Educação Básica 2). Os demais requisitos são informados no Portal da Educação. As inscrições, cuja taxa é de R$ 29, podem ser feitas pelo site da Fundação Getúlio Vargas. A primeira etapa da prova será no dia 17 de novembro.  Ao se inscrever, o candidato deve indicar o local onde prefere fazer a prova e a região onde quer atuar.

As regiões abrangidas pelo concurso, referências bibliográficas e habilidades requeridas também são informadas no Portal da Educação. O salário inicial de um professor que dá aulas para turmas da Educação Básica 2, com jornada de 40 horas por semana, é de R$ 2.257,84 e pode chegar a R$ 6.390,78, 44% acima do piso nacional. Em São José dos Campos, as inscrições são gratuitas e para professores substitutos e eventuais de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Elas ficam abertas até sexta-feira. Para se inscrever, os candidatos devem comparecer munidos de documentos em uma das 22 escolas escolhidas como postos pelo Estado.

Os locais de inscrição, o edital e que documentos levar estão disponíveis no site da prefeitura: www.sjc.sp.gov.br. Para participar do processo é preciso ser formado ou cursar o último ano do bacharelado ou licenciatura, com término previsto até julho de 2014. Para o cargo de Professor 1, o candidato precisa ser habilitado em Pedagogia para atuar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Já para Professor 2, é preciso ter habilitação especifica na disciplina de interesse. A classificação provisória dos professores será publicada no site da prefeitura no dia 11 de novembro.

Com polo presencial em São José, as inscrições para o curso de especialização em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do ABC (UFABC) foram prorrogadas e podem ser feitas até dia 15 pelo site http://selecao-uab.ufabc.edu.br/. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 4437-8589 ou (11) 3356-7286. A aula inaugural está prevista para e março de 2014. A Unesp de São José realiza campanha de doação de brinquedos novos ou usados (em bom estado), que serão recolhidos até o dia </MC></MC><MC2>9. Os brinquedos serão distribuídos às crianças que vivem no Banhado. Os doadores podem deixar o material na Unesp, que fica avenida Francisco José Longo, nº 777, Jardim São Dimas. Informações pelo telefone 3947-9000.

Estado retoma projeto de transposição do Paraíba

O governo de São Paulo retomou o projeto de tirar água do rio Paraíba do Sul para abastecer a Região Metropolitana de São Paulo. Hoje, em Taubaté, a Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos conduz um seminário para apresentar os resultados do Plano Diretor de Aproveitamento de Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista, encomendado pelo Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica). O evento será realizado na unidade do Sest Senat Taubaté, às 9h, na avenida Isauro Moreira, 125. Seminários semelhantes foram feitos em São Paulo e Campinas, respectivamente ontem e anteontem.

Segundo a Secretaria de Saneamento, o principal objetivo do trabalho é apresentar propostas de ações para garantir o suprimento de água bruta para o abastecimento urbano, os usos industriais e o uso na irrigação em toda a metrópole, até o ano de 2035. Atualmente a região utiliza cerca de 97% da água produzida internamente, o que “constitui um limite preocupante”, informou a Secretaria de Saneamento. Entre as alternativas apontadas no estudo, estão a transposição das águas do rio Paraíba do Sul em dois pontos: Guararema e no reservatório do Jaguari, na região de Jacareí.

Parte das águas do Jaguari seriam transpostas para a Bacia PCJ, dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Na área de Guararema, as águas seriam direcionadas para a Bacia do Alto Tietê. A medida foi criticada na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Especialistas projetam risco de escassez de água nas cidades com a transposição do rio Paraíba. “Não sabemos ainda se o estudo é uma proposta fechada ou aberta a sugestões. Do jeito que está, há risco de faltar água na nossa região. É preocupante”, afirmou o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente do Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul. Segundo ele, o rio já fornece água para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e não suportaria a transposição para atender a demanda da capital.

“Há o risco de vivermos um período de escassez e de atrapalhar o desenvolvimento da região. A qualidade da água também poderia piorar.” Para a vereadora Renata Paiva (DEM), de São José, a região terá que organizar uma nova resistência contra a transposição do rio Paraíba. “O governo estadual havia engavetado esse projeto e agora está retomando. Somos contra à transposição”, disse.

Estado veta municipalização de 10 novas escolas na cidade

A Secretaria de Estado da Educação vetou a munici-palização de 10 escolas estaduais em São José dos Campos, quatro delas na zona rural da cidade. A proposta faz parte de um pacote de 22 escolas estaduais que o governo Carlinhos Almeida (PT) pretendia municipalizar até 2016. Com a negativa do Estado, confirmada na semana passada, as metas terão que ser revistas. “Teremos que retomar a negociação com um novo governo, a partir de 2015”, disse Célio Chaves, secretário de Educação de São José. Segundo ele, as “portas” da municipalização foram fechadas pelo secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald.

Em encontro com professores estaduais na semana passada, em São José, Voorwald teria confirmado aos servidores que não aceitaria a municipalização. A justificativa seriam as dificuldades que o processo traria para professores estaduais, que perderiam benefícios pagos pelo Estado. Oficialmente, a Secretaria de Estado da Educação informou que é do Estado a primazia em oferecer escolas para municipalização, e que o convênio com São José não chegou a ser firmado. Para Chaves, a negativa do Estado atrapalha o projeto de ampliação da rede municipal de ensino, que vai ganhar seis novas escolas até 2016. As unidades estaduais faziam parte do pacote. “A fila de 8.000 estudantes pedindo transferência para escolas municipais mostra como há uma preferência pela nossa rede”, disse Chaves.

Segundo ele, há unidades estaduais com salas vazias ou pouco utilizadas próximas a escolas municipais sem vagas, o que provoca um desequilíbrio na rede de ensino fundamental, cuja responsabilidade é dividida entre município e Estado. “As famílias preferem as escolas municipais porque estamos mais próximos e podemos acompanhar o dia a dia.” Mesmo assim, o secretário de Educação não acredita que o episódio vá alterar a relação da cidade com o Estado. A municipalização depende da concordância do Estado e do município. Dirigentes e professores das unidades também são ouvidos. Feita a municipalização, os professores estaduais da escola são cedidos ao município, que ressarce o Estado pelo salário pago aos educadores.

Em contrapartida, a cidade recebe o valor do Fundeb, que é repassado pelo número de alunos das unidades municipalizadas. Nas 10 escolas estaduais, com cerca de 3.000 alunos, São José poderia receber cerca de R$ 12 milhões por ano. A Secretaria de Estado da Educação informou que o processo de municipalização de 10 escolas estaduais de São José dos Campos não chegou a ser aberto. Houve apenas uma consulta ao Estado, que tem a primazia de indicar aos municípios a possibilidade de municipalizar unidades estaduais.

No caso de São José, a indicação foi do município, mas acabou não sendo aceita pelo Estado. O convênio não foi fechado. O VALE apurou que o secretário de Estado da Educação, Herman Voorwald, em encontro com professores estaduais na semana passada, teria informado que o governo não aceitaria a municipalização em São José. A justificativa é que a troca tiraria benefícios que os professores recebem no Estado e deixariam de receber no município, o que provocaria reações.

Estado define PPPs de hospital e obra na serra

O governador Geraldo Alckmin anunciou ontem que o conselho gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas irá aprovar, no próximo dia 19, as PPP’s que serão feitas para construir o trecho de serra da Rodovia dos Tamoios e o Hospital Regional de São José dos Campos. Depois da aprovação, o Estado abrirá prazo de 30 dias para consulta pública aos projetos. Alckmin prevê lançar o edital de licitação de ambas as obras em novembro deste ano, com a assinatura dos contratos no início de 2014.

Outra obra que beneficiará a região, segundo o governador, é a ligação das rodovias Carvalho Pinto e Oswaldo Cruz. “Começamos a obra em dezembro”, disse Alckmin. Amanhã, às 17h, o Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente) realiza uma audiência pública sobre a passagem entre as rodovias. O encontro será na no auditório do Departamento de Engenharia Civil da Unitau (Universidade de Taubaté), no centro da cidade. Estimado em R$ 2,1 bilhões, o trecho de serra da Tamoios é o mais caro de toda a obra de duplicação. Dos 21,5 quilômetros de pista que serão construídos no trecho de serra, 12,6 serão de túneis e 2,5 de viadutos.

A construção do Hospital Regional de São José tem custo estimado de R$ 77 milhões. Estão previstos ainda a liberação de outros R$ 16 milhões para compra de equipamentos para a unidade. Antes previstas para começar em setembro deste ano, as obras da unidade terão início em 2014, após a assinatura do contrato, no começo do ano. “São José terá um hospital cirúrgico e especializado em trauma”, disse Alckmin. Segundo o governador, o Estado vai lançar em outubro a licitação para contratar o projeto executivo do Hospital Regional do Litoral Norte. A obra, que será custeada pelo governo estadual, será licitada no início de 2014.

Prefeitura pretende a tercerização dos serviços da PM

O governo do Estado prevê terceirizar, a partir do primeiro semestre de 2014, o atendimento de emergência da Polícia Militar, o 190, em São José dos Campos. A mudança na operação do CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior 1) atende a um projeto-piloto da Secretaria de Segurança Pública, que visa tirar os policiais dos atendimentos e coloca-los nas ruas a fim de aumentar o efetivo. O projeto foi anunciado pelo secretário Fernando Grella ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no início desta semana durante visita a Campinas. A data para o início da mudança ainda não foi definida.

Segundo Grella, a alteração do sistema atenderá em sua primeira fase apenas São Paulo e Osasco (região metropolitana), além de São José, onde o Copom (Comando de Operações da Polícia Militar) é responsável pelas 39 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. O secretário disse ainda que o edital para a contratação do serviço e como deverá acontecer está em fase de finalização. “A medida colocará mais policiais nas ruas, o que terá bons resultados à população”, disse Grella aos jornalistas.

Para Alckmin, transferir os policiais do atendimento telefônico para o operacional é positivo e contribuirá com o policiamento nas ruas. “Eu vejo de maneira positiva ter cada vez mais o policial na rua, em sua atividade preventiva, ostensiva e repressiva. Você pode ter civis nesse trabalho”, disse Alckmin em referência aos PMs que atuam no atendimento. Por meio de nota, a Polícia Militar disse que o objetivo da terceirização provocará o ‘melhor atendimento ao cidadão’. “No início, os atendentes terão acompanhamento dos policiais militares que trabalham no atendimento das chamadas de emergência até que se tenha certeza do mesmo nível de excelência de atendimento”, conclui a nota da PM.

Hoje, o Copom de São José atende cerca de 186 mil ligações por mês, uma média de 6.200 pedidos de socorro. Do total de contatos, 21% são trotes, um velho problema. A comunicação é gravada para o controle de procedimentos. Hoje são 130 policiais no processo de atendimento. “A medida chega tarde, mas é importante este novo passo da polícia, que deve estar nas ruas”, disse o especialista em segurança pública, José Vicente da Silva Filho.

Cidade registra tempo Seco e deixa em estado de atenção

O tempo seco e a baixa umidade do ar, próximo a 30% na tarde de ontem, deixaram São José dos Campos em sinal de atenção. A cidade registrou dois focos grandes de queimadas, na marginal da Dutra, próximo à General Motors e na região do Putim, perto do CDP (Centro de Detenção Provisória). Segundo o Corpo de Bombeiros, os incêndios nos dois locais devem ter sido provocados por pontas de cigarros jogadas na mata. Com o tempo seco, o fogo se alastrou rapidamente. Foram necessárias três viaturas para combater o incêndio próximo à Vila Tesouro, na noite de ontem. Ninguém ficou ferido.

Segundo a previsão do tempo, uma massa de ar seco deve se intensificar sobre a região, dificultando a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas, fazendo com que os níveis de umidade do ar voltem a baixar. O meteorologista do Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), Fábio Rocha, disse que umidade abaixo de 30% é considerado estado de atenção. Até sábado, não há previsão de chuva para a região de São José, segundo o Cptec. As temperaturas devem ficar em 12°C a mínima e a máxima em 28°C na região. A médica pediatra Neusa Massula, disse que nos meses de julho e agosto, aumentou o número de mães procurando o consultório com os filhos com doenças respiratórias, devido ao tempo seco. “São quadros alérgicos, rinite, sinusite e bronquite, provocados por vírus”.

As mães precisam observar os filhos, principalmente crianças menores de dois anos, para ver se estão com o peito cansado e com febre. “Se a criança não se alimentar direito e não estiver muito disposta, é aconselhável procurar um médico para ter um diagnóstico melhor”, afirmou. A médica disse que as mães devem colocar cachepôs com água espalhados por toda a casa, durante todo o dia, para manter a casa umidificada. “Não é necessário colocar embaixo da cama”. As crianças devem tomar muito líquido e, quando estiverem com o nariz entupido, pode ser utilizada uma solução nasal, disse a pediatra.

Cidade pode ter novos Centros de Detenções Provisórias

O governo do Estado prepara um pacote de medidas para enfrentar o problema da superlotação dos CDP’s (Centros de Detenção Provisória) da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.  A ofensiva prevê a construção de duas novas unidades: uma em Santa Branca e outra no Vale Histórico, em cidade a ser definida. O anúncio deverá ser feito entre a coordenadoria regional de presídios e os deputados da Frente Parlamentar em Defesa da RMVale, agendada para a primeira quinzena de setembro.Hoje, a região abriga três CDPs, todos superlotados.

O caso mais crônico é o da unidade de São José dos Campos. A unidade tem capacidade para 512 presos, mas hoje abriga 1.632 (mais de três vezes). Já no CDP de Taubaté há 2.146 detentos. A unidade deveria atender 768. O CDP de Caraguá também tem 768 vagas, mas abriga 1.386 presos. “Todos os três CDPs da região estão em péssimas condições. Você tem uma cela com 40 presos, onde deveria haver apenas 12. Agora, o Estado e a Frente Parlamentar se reunirão para debater a viabilização de mais duas unidades para o Vale”, disse o deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV). “Temos presos condenados que continuam nos CDPs, o que não deveria acontecer. O Estado está extrapolando”, completou.

Segundo o deputado, o governo deverá discutir com os municípios que receberão as novas unidades uma política compensatória, com investimentos em outros setores. “A reunião será feita com os deputados em 15 dias”, disse. Para o deputado Marco Aurélio (PT), a superlotação é reflexo de erros do governo. “É evidente que a construção de novas unidades ajudará, mas só isso não é a solução. Há necessidade de se criar uma política de humanização”, afirmou o petista. A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado informou que a distribuição das unidades irá ampliar o sistema prisional de acordo com o princípio da regionalização. “O preso fica mais próximo do juiz que o julgará, agilizando o processo. A proximidade do preso junto aos familiares também tem grande importância no processo de reintegração social”, informou por meio de nota. “A intenção da SAP é também proporcionar melhores condições de cumprimento de pena, com mais dignidade.

As comissões dos Direitos Humanos e Política Criminal e Penitenciária, da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São José dos Campos, avaliaram a intenção do Governo em criar dois novos CDP’s positivamente, mas cobraram a necessidade de desenvolver projetos para reinserir o detento à sociedade. Para ambas comissões, o sistema prisional do Brasil é um velho problema e que ser agrava cada vez mais com a superlotação de detentos em situações precárias. “Temos acompanhado e trabalhado em parceria com as unidades dos CDP’s da região com visitas a cada 15 dias a fim de garantir que os presidiários tenham condições mínimas de sobrevivência”, disse o presidente da Comissão de Política Criminal e Penitenciária, o advogado Cristiano Pacheco.

Segundo o presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Luiz Alves de Lima, a OAB tem recebido pedidos de estudo sobre a população carcerária da região. “Não é construindo mais presídios que nós vamos eliminar o crime ou colocando mais pessoas atrás das grades. O que deveria ser feito é oferecer um tratamento mais humanizado”, disse Lima. “Há necessidade reintegrar o preso à sociedade, e isso nenhum presídio no Brasil oferece”, finalizou.

Prefeitura quer que o Estado libere antiga Tecelagem Parahyba

O governo estadual e a Prefeitura de São José dos Campos iniciaram tratativas para a definição de uma proposta com o objetivo de estabelecer a utilização compartilhada do complexo da antiga Tecelagem Parahyba, um dos marcos da industrialização do município. O prefeito Carlinhos Almeida conversou c om o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e disse que o município tem interesse em ocupar parte das instalações da antiga fábrica, que enfrenta processo de degradação. “Conversei com o governador e demonstrei a nossa preocupação com o patrimônio histórico que está deteriorando”, disse Carlinhos. Ele relatou que o município tem interesse em assumir pelo menos parte do complexo e cuidar da manutenção e conservação das edificações.

“O que não pode é continuar do jeito que está. A parte da antiga tecelagem ocupada pelo município está bem cuidada, mas existem áreas degradadas infestadas de cupim”, disse o prefeito. Carlinhos contou que o telhado de um dos galpões caiu e outros correm o mesmo risco. Segundo o prefeito, a intenção do município é implementar no complexo um centro de ciências para a educação, para a formação de jovens, similar aos que existem em outras cidades do país e no exterior. Em São Paulo há a Estação Ciência, mantida pela Universidade de São Paulo, e Estação Catavento Cultural e Educacional. “Quando estivemos na Holanda, conhecemos o Nemo. Acertamos que vamos fazer uma parceria para nos ajudar na criação do centro de ciências”, disse.
Carlinhos afirmou que aguarda um posicionamento do Estado para prosseguir nas negociações. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Metropolitano informou que há interesse em formatar uma parceria com o município.

Atualmente, o complexo da antiga tecelagem Parahyba é administrado informalmente pelo Erplan (Escritório Regional da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional) em São José. Em ofício encaminhado ao setor de patrimônio do Estado, o diretor regional do Erplan, Ailton Barbosa, relata que o complexo tem necessidade urgente de obras de restauração, até mesmo para que o imóvel possa ser melhor utilizado, com possibilidade até de abrigar todos os escritórios regionais do Estado sediados no município. O Erplan foi o primeiro órgão estadual a ocupar espaço no complexo após o Estado assumir o patrimônio, em 1995, como pagamento de débitos fiscais da empresa com o Fisco Estadual. Depois outros órgãos se mudaram para as instalações.  A Fundação Cultural Cassiano Ricardo, mantida pelo município, foi transferida para o complexo em 1995 e ocupa área de 8.800 metros quadrados do total de 50,7 mil metros quadrados de área construída que forma a antiga tecelagem.

“Creio que o Estado não tem condições de manter todo esse complexo”, disse o diretor regional do Erplan. Na semana passada, O VALE visitou instalações e constatou que muitas edificações estão em processo de deterioração. “Não há plantas das instalações”, disse Barbosa. Em 2004, o complexo da antiga Tecelagem Parahyba foi declarado pelo município “Elemento de Preservação 2”. Nessa categoria, é possível promover modificações internas nas edificações, mas ficam preservadas as fachadas, volumetria e outras características arquitetônicas do complexo. A lei de preservação foi editada pelo ex-prefeito Emanuel Fernandes (PSDB).