Metalúrgicos atrasam turnos da GM na cidade

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José promoveu ontem atraso de uma hora e meia na entrada da GM, diante do impasse nas negociações salariais com a empresa. Segundo o sindicato, a paralisação atingiu a entrada dos funcionários do primeiro e do segundo turno da empresa. Em assembleia, os funcionários rejeitaram proposta de 5% de reajuste para salários de até R$ 4.200. Para quem recebe acima desse valor, o salário ficaria congelado.  O sindicato informou que além de rejeitar a proposta de 5 % também foi votado estado de greve e que será enviado comunicado à empresa.

O prazo para uma contraproposta, segundo o sindicato, é o início da próxima semana. “A proposta que prevê congelamento de salários é absurda, não passa de uma provocação da empresa para com os trabalhadores, vai totalmente contra nossas reivindicações”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, secretário do sindicato. Por enquanto, não há negociação entre Sindicato e GM agendada. Segundo o sindicato, aproximadamente 6.500 trabalhadores estariam dispostos a parar se a montadora não apresentar uma proposta mais próxima das reivindicações da categoria, que pede 13,5% de reajuste salarial.

A direção da GM foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou. Ontem, além da TI Automotive, que continua em greve por período indeterminado, mais duas indústrias tiveram suas atividades paradas. A Blue Tech, em Caçapava, e Sun Tech, em São José dos Campos, ambas do setor de eletroeletrônicos. A previsão é greve por 48 horas. Segundo o sindicato, já são 49 indústrias de autopeças paradas no Estado.

Em Taubaté, mais de 10 mil metalúrgicos já fecharam acordos da campanha salarial com as empresas. Estes acordos garantem até o momento a injeção de R$ 51 milhões na economia da cidade.  O acordo prevê reposição da inflação, mais 2% de aumento real, totalizando 8,19% de reajuste. Foram fechados acordos com o setor de autopeças, máquinas e eletroeletrônicos e laminação, que envolvem as montadores Volks e Ford.

Tarifa é reduzida mais problemas continuam na cidade

A tarifa de R$ 3 que é cobrada atualmente para andar de ônibus em São José dos Campos não condiz com o serviço oferecido. Essa é a opinião de usuários que precisam todos os dias do transporte público para chegar ao trabalho, andando em veículos superlotados isso quando conseguem embarcar. Na sexta-feira, a reportagem de O VALE embarcou com dificuldades, às 7h40, na linha 311, que liga o Campo dos Alemães ao Jardim Aquarius. Essa linha é muito utilizada por empregadas domésticas que moram na região sul e trabalham na região oeste, área nobre.

Quem consegue entrar no ônibus precisa “se apertar” para que o motorista consiga fechar a porta. Muitas pessoas não conseguem atravessar a catraca e tem que passar o dinheiro, de mão em mão, até chegar ao cobrador para pagar a passagem e poder descer pela porta da frente. “Todo o dia é a mesma coisa das 6h30até às 8h30. É gente em cima do motorista, do cobrador”, reclama a auxiliar de serviços gerais Lúcia Aparecida, que sai do Campo dos Alemães para trabalhar no Carrefour.

A doméstica Maria de Fátima Alves Moreira faz coro às reclamações e diz que “pagar esse preço de tarifa para andar apertado, não dá”. “A prefeitura precisa melhor o serviço, colocar mais ônibus, ter mais horários e baixar a passagem”, afirma. No ônibus, há uma placa pequena que informa que a capacidade do veículo é de 40 passageiros sentados e 45 em pé. Mas a realidade é bem diferente. O motorista vai parando de ponto em ponto, pedindo para as pessoas se apertarem e enchendo o ônibus além da lotação máxima para conseguir carregar o maior número de pessoas que esperam nos pontos. “A gente já chega cansada para trabalhar”, completa Maria de Fátima. Do Jardim Aquarius, a reportagem foi de ônibus até a Eco (Estação de Conexão) do bairro Campos de São José, na zona leste, bastante criticada pelos usuários.

Na avenida Francisco José Longo, embarcou na linha 341B a auxiliar de limpeza Alexandra Campos. Ela conta que “de manhã e no final da tarde, é uma luta conseguir entrar no ônibus”. O estudante Lucas Fernando, que também mora no Campos de São José, participou na quinta-feira do protesto organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) para reivindicar melhorias para o transporte. “A Eco é desorganizada, os ônibus demoram e as linhas são mal distribuídas para atender os bairros da região. Acho que a passagem está muito cara para um serviço que não é bom”, afirmou. O aposentado Francisco Amorin, que estava na Eco esperando um ônibus para ir até o Santa Cecília 2, diz que “não está certo” São José ter o mesmo preço da passagem de São Paulo. “A cidade é menor, a gente anda menos e tem que pagar o mesmo preço.”

Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário municipal de Transportes, Wagner Balieiro, informou que compreende as críticas da população, “considerando que o sistema de transporte da cidade estava há muito abandonado”. “Nossa primeira ação ao assumir a Secretaria foi priorizar o transporte público, e acreditamos que em breve a população vai sentir a qualidade do sistema”, declarou. Ao anunciar a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3, no último dia 20, Balieiro chegou a colocar em dúvida os investimentos e melhorias programados para o setor. A prefeitura ainda está estudando o impacto que a redução da passagem causou no sistema. Neste ano, entraram em operação 51 novos ônibus da CS Brasil e 40 da Expresso Maringá. O processo de concorrência no transporte público, realizado em 2008, determina que as empresas concessionárias devem que renovar a frota a cada cinco anos. A prefeitura também está implantando corredores exclusivos de ônibus na cidade.

O Movimento Passe Livre vai panfletar hoje na Feira do Jardim Colonial em busca de mais adesões à causa que defendem: a redução da tarifa de ônibus de R$ 3 para R$ 2,80. Ontem à tarde, o movimento fez uma reunião aberta no Parque Santos Dumont para avaliar os três atos realizaram nessas últimas semanas e preparar o próximo ato, agendado para terça-feira. Dessa vez, a Guarda Municipal não fechou o parque para impedir que eles fizessem a reunião, como aconteceu no último dia 14, quando o MPL tentou usar o local para organizar o primeiro ato.

Cerca de 70 pessoas participaram da reunião. Eles avaliaram a questão do vandalismo, como conseguir que mais pessoas participem do movimento e que novas ações deve ser feitas para a redução da tarifa. Nos três atos, o MPL fez com que o comércio do centro da cidade fechasse as portas mais cedo, com medo de vandalismo. Eles também pararam a via Dutra, principal rodovia do país, por cerca de dez horas, nos três atos.

Obras do UPA da cidade tem atraso de mais de 150 dias

A construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro do Putim, região oeste de São José dos Campos, não vai ficar pronta no prazo previsto. A prefeitura dilatou o prazo para a conclusão da obra em mais 180 dias, o que significa que a nova unidade de saúde somente estará pronta para entrar em operação no final do ano. A obra foi iniciada em junho do ano passado, com prazo inicial de 300 dias para a sua conclusão. A execução do projeto é de responsabilidade da Teixeira de Freitas Engenharia e Comércio Ltda.

A nova UPA funcionará na Avenida Rodolfo Castelli em um terreno de 12, 8 mil metros quadrados e uma área construída de 1,4 mil metros quadrados. O valor é de R$ 4 milhões. Depois de pronta, a nova unidade funcionará 24 horas por dia para o atendimento de urgências e emergências para adultos e crianças. Além dos 18 leitos de observação, o prédio terá salas para atendimento de urgências, observação infantil e adulto (masculino e feminino), classificação de risco, brinquedoteca, exames, inalação (infantil e adulto), curativo, hipodermia, eletrocardiograma, raios X, esterilização, posto de enfermagem. A UPA vai atender principalmente os moradores da região sudeste que abrange os bairros do Putim, São Judas Tadeu, Jardim do Lago, Jardim São Leopoldo, Vila Adriana, Jardim Santa Rosa, Jardim Santa Júlia, entre outros. A população de abrangência é de cerca de 60 mil habitantes.

Em nota, o governo informou apenas que o atraso é devido “a ajustes financeiros e que foi realizado um replanejamento da obra e um aditamento de prazo, não de valores”. Essa não é a única obra herdada pelo governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT) da gestão do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB) que tem prazo de conclusão adiado. A prefeitura prorrogou também por seis meses o prazo para a conclusão das obras da nova unidade da Casa do Idoso da região norte, em Santana. A previsão era que o serviço seria concluído em julho.

Segundo a Secretaria de Obras, a prorrogação do prazo foi motivada pela necessidade de revisão do projeto. A pasta informou ainda que também haverá revisão no valor da obra, contratada pela prefeitura por R$ 4,7 milhões. Segundo a secretaria, o valor do aditamento ainda não foi definido. A assessoria da pasta relatou que, durante a execução do projeto, verificou-se um problema com as lajes da fundação. O projeto prevê dois pavimentos e área construída de 1.800 metros quadrados.

Arena de Esportes da cidade será entregue em 2014

O prazo para a entrega da Arena de Esportes, em São José dos Campos, foi prorrogado pela sexta vez desde o início da obra, em novembro de 2011. A construção, que custará R$ 33,3 milhões aos cofres públicos, agora está prevista para ser finalizada em junho de 2014.

A previsão inicial era que a obra fosse concluída em agosto do ano passado. Um segundo cronograma deixou a entrega para 30 de março deste ano. Após um novo atraso, a prefeitura concedeu prazo extra de 15 meses à construtora Recoma, responsável pela obra.

A Arena, que fica no bairro Jardim das Indústrias, na zona oeste da cidade, está com apenas 38,29% das obras concluídas. Serão 4.469 lugares fixos e outros 600 móveis para espectadores de várias modalidades. Das etapas previstas, ainda faltam a finalização da superestrutura de concreto, a estrutura de cobertura, instalações e acabamentos.

A Recoma chegou a ser multada pelo governo Eduardo Cury (PSDB) em R$ 333,2 mil por atraso nas obras. Em agosto do ano passado, a construção deveria estar 40% concluída, mas os técnicos da Secretaria de Obras observaram que a obra estava com apenas 24,8% finalizada. O atraso de dois anos e sete meses, a partir do prazo inicial, chega a superar a demora para a entrega de estádios brasileiros para a Copa do Mundo de 2014.

A Arena Corinthians, uma obra bem mais complexa, com capacidade para 65 mil espectadores, vai levar os mesmos dois anos e sete meses para ser concluída pela Construtora Odebrecht. Já a Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), que terá capacidade para 50 mil pessoas em assentos cobertos, 90 camarotes, restaurantes panorâmicos e duas mil vagas de estacionamento, vai ser inaugurada no próximo dia 7 de abril, dois anos e dez meses após o começo das obras de construção.

Mineirão e Maracanã, estádios que foram reformados por completo, também tiveram prazos de entrega menores que a Arena de São José. O atraso na entrega da obra em São José, além de afetar o público, também prejudica os atletas.

No ano passado, por exemplo, a equipe de basquete precisou disputar a final do NBB (Novo Basquete Brasil) em Mogi das Cruzes, já que a cidade não tinha ginásio com capacidade para 5.000 espectadores. “Hoje, mandamos jogos na Associação Esportiva São José, que é o nosso caldeirão. Ela nos atende bem, apesar de precisarmos disputar a final em Mogi. Sabemos que obras desse porte tem entraves burocráticos, mas tenho certeza que o prefeito está atento a isso. Quem sabe em junho de 2014 a gente não disputa uma final na Arena?”, disse o diretor da equipe de basquete masculino, Luís Inácio Messias.

Moradores do entorno da obra também lamentam o atraso para a entrega da Arena Municipal de Esportes. “No início da obra, ela estava a todo vapor. Mas, ultimamente deu uma desacelarada. Não sei o motivo. Vai ver que acabou o dinheiro, porque passo todos os dias em frente à construção e vejo poucas pessoas trabalhando. Espero que terminem logo”, disse o jardineiro Aparecido Nunes Lopes, de 55 anos.

O Vale

Publicado em: 03/04/2013

Primeiro mês do mandado de Carlinhos, tem altos e baixos

O primeiro mês da gestão do prefeito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT), foi marcado por polêmicas e descumprimento de promessa. O mutirão da saúde prometido pelo petista durante a campanha eleitoral para os primeiras semanas de governo não se realizou. Os mutirões que estão sendo feitos, como na área de oftalmologia, foram programados no governo do ex-prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Na área das finanças, o primeiro mês foi pontuado por embate entre o PT e o PSDB sobre a situação financeira da prefeitura. A administração petista afirma que os recursos financeiros são insuficientes para cobrir os gastos programados no orçamento, estimado em R$ 1,837 bilhão. Carlinhos, aconselhado pelo secretário da Fazenda, José Walter Pontes, determinou contenção de até 10% das despesas para avaliar a arrecadação geral.

O aumento de salários foi outra polêmica que marcou o primeiro mês. Carlinhos sancionou aumentos salariais de 5% para ele próprio e sua equipe de governo e de 103% para o vice-prefeito Itamar Coppio (PMDB). Com a medida, subsídio do prefeito subiu de R$ 19.395 para R$ 20.365, o dos secretários, de R$ 9.697 para R$ 10.182, e o do vice, de R$ 6.658 para R$ 13.576. A prática da partilha de cargos em troca de apoio político que aconteceu nos 16 anos de governo do PSDB foi mantida pelo petista.

O prefeito também procurou construir uma agenda positiva para o início do seu governo. No período, assinou o primeiro convênio com o programa Minha Casa, Minha Vida, para a construção de 1.404 moradias para famílias com renda até três salários mínimos. Recebeu também a confirmação do governo federal que São José terá uma parada do Trem-Bala. Para o secretário de Governo, Marcos Aurélio dos Santos, o primeiro mês de gestão foi marcado por “avanços e preocupações”.

Ele rebateu a tese de que o mutirão da saúde não ocorreu dentro do prazo prometido. “Os mutirões estão acontecendo. Em dezembro, Carlinhos garantiu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, uma verba de R$ 1,7 milhão, que foi repassado para a área”, declarou o secretário.

Santos pontuou ainda que o governo iniciou uma nova fase de diálogo com a comunidade e citou como exemplo o envolvimento conjunto da prefeitura e da Defensoria Pública em busca de solução para famílias que moram em áreas de risco. Defendeu também o reajuste do salário do vice. “O salário estava equiparado a cargo de terceira divisão. Foi a Câmara que fez a correção”.

Na avaliação do presidente do PSDB, Alexandre Blanco, o governo do PT “tropeçou” no primeiro mês. “Fazer promessa em campanha é fácil. A questão é a realidade. Nós sempre procuramos mostrar o que era possível fazer dentro da realidade.”

O Vale

Publicado em: 01/02/2013

Empréstimo de bicicletas atrasa pela prefeitura da cidade

Com previsão de início para o mês de setembro, o fornecimento gratuito de bicicletas para deslocamentos na região central de São José dos Campos foi suspenso pelo menos até o fim das eleições municipais. A informação é do Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), responsável pelo projeto. A orientação pelo adiamento foi dada pelo setor jurídico do órgão, para que a ação não entre em conflito com a justiça eleitoral.

A proposta faz parte do Plano Estratégico Centro Vivo, que busca revitalizar a região central de São José. Segundo a assessoria do Ipplan, os detalhes do projeto só serão anunciados após as eleições de 7 de outubro em caso de segundo turno (marcado para o dia 28), haverá novo adiamento.  Entre as informações ainda não divulgadas, está o nome da empresa que fornecerá as bicicletas e como será a forma de cadastramento dos usuários.

A ideia era implantar o projeto-piloto em três pontos: na Praça João Mendes, na Praça Cônego Lima e no Largo da Igreja de São Benedito. Inicialmente, 30 bicicletas seriam disponibilizadas de graça nesses locais para deslocamentos.

Após realizar um cadastro, o usuário utilizaria o cartão do ônibus para pegar uma delas. As três estações funcionariam durante 180 dias em fase de testes.  Após esse período, a ideia era abrir uma licitação para a escolha de uma empresa em definitivo e a criação de novas estações na cidade.

Para o engenheiro e especialista em trânsito, Ronaldo Garcia, não há ciclovias na região central. Por isso, o projeto seria mais útil se gerasse deslocamentos entre os bairros de São José.  “No centro dá pra andar a pé, as distâncias são curtas. O ideal seria que moradores do Campos dos Alemães (sul), por exemplo, pudessem alugar bicicletas para andar nas ciclovias já existentes nas avenidas Andrômeda e Cidade Jardim”.

A Secretaria de Transportes informou que São José conta hoje com 56 quilômetros de ciclovias e que outros 61 quilômetros estão em projetos.  Segundo a pasta, a avenida Shishima Hifumi, na zona oeste, está com obras para a implantação de uma ciclovia, sendo que a faixa da direita já foi concluída falta a esquerda. Em andamento também está a construção de uma ciclovia a partir da avenida Miguel Naked, seguindo pela São João até a Jorge Zarur, fazendo a ligação com a Via Oeste.

O Vale

Contrato é rompido com empresa que construia Escola

A Prefeitura de São José suspendeu o contrato com a empresa CKR Engenharia e Construções, de São José, que construía uma escola estadual no bairro Altos da Vila Paiva, na região norte, por atrasos na obra. Iniciada em 3 de novembro do ano passado, com prazo de nove meses e orçada em R$ 3,64 milhões, a escola deveria ter sido entregue em 30 de julho deste ano.

Segundo a administração, apenas 21% dos serviços foram executados dentro do prazo e a obra foi paralisada em 2 de agosto deste ano. A empresa, que já recebeu R$ 791 mil, teve o contrato de rompido e será impedida de assumir novos serviços com a prefeitura pelos próximos dois anos.

Proprietário da construtora, o engenheiro Carlos Moreno acusa a prefeitura de fornecer projetos com erro e de não fiscalizar o andamento da obra como deveria, causando atraso no cronograma. A nova escola estadual da região norte tem 10 salas para alunos de ensino fundamental e está sendo construída por meio de convênio entre a prefeitura e a Secretaria de Estado da Educação, que financia a obra.

São cerca de 2.700 metros quadrados com prédio, quadra e estacionamento. A previsão é que o complexo seja municipalizado. Para tocar o restante da obra, a prefeitura convocou a empresa EXM Construtora e Incorporadora, segunda colocada na licitação, que já aceitou finalizar o projeto pelo valor remanescente, de R$ 2,89 milhões.

A empresa vai começar a trabalhar na segunda quinzena de setembro e com prazo de conclusão de nove meses. Na avaliação da prefeitura, não haverá prejuízo no plano educacional em razão de a escola ter sido planejada para “cobrir futuras demandas na rede pública na zona norte”. A Secretaria de Estado da Educação informou que dará apoio para a finalização da obra dentro do novo prazo.

O engenheiro Carlos Moreno, proprietário da CKR Engenharia, disse que havia erros no cálculo dos níveis para a construção do prédio, quadra e estacionamento da nova escola estadual na região norte. A empresa foi suspensa pela prefeitura por não conseguir entregar a obra no prazo.

Segundo Moreno, os erros e a falta de vistoria regular de fiscais da prefeitura no início da obra, no final de 2011, teriam prejudicado o andamento dos serviços. Ele também afirmou que o prazo de nove meses teria sido subdimensionado.

“Uma obra desse tamanho exige 18 meses. Para piorar, depois que detectamos erros no projeto, a prefeitura demorou muito em resolver os problemas”, afirmou Moreno, que reivindica cerca de R$ 350 mil por trabalho ainda não remunerado e materiais no canteiro. “Também pedi e não recebi documentos da prefeitura. É cerceamento de defesa.” A prefeitura informou que a CKR já havia sido advertida por atraso em reforma e ampliação de escola na zona sul.

O Vale

Empres é multada por atraso nas Obras da Arena Esporte

A empresa Recoma, responsável pela construção da nova Arena Esportiva de São José dos Campos, recebeu ontem uma multa de R$ 330 mil da prefeitura pelo atraso na obra. “Segundo a última medição, entregue pela empresa na semana passada, a obra está 24% concluída. Pelo cronograma, esse índice deveria ser de 40%”, afirmou a secretária de Obras de São José, Flávia Pitombo.

Esse foi o segundo atraso consecutivo no cronograma. Em julho, a construção já deveria ter atingido 25%, mas estava em 20%. “Naquela ocasião, notificamos a empresa. A justificativa foi de que eles estavam com falta de funcionários, mas que o problema ia ser resolvido e o cronograma seria respeitado”, afirmou a secretária. Sobre esse novo atraso, registrado no mês de agosto, a Recoma ainda não enviou justificativa à prefeitura.

Pela proposta inicial, o novo complexo esportivo, no Jardim das Indústrias, zona oeste, deveria ter ficado pronto no início deste mês. Mas, devido a problemas com o terreno e as chuvas, a data já havia sido alterada para o dia 31 de outubro.

Na semana passada, o presidente da Recoma, Sérgio Schildt, revelou a O VALE que não seria possível entregar a obra dentro do prazo. “Eu fiquei surpresa com a declaração dele. Nós já sabíamos dos atrasos, mas em nenhum momento a empresa nos pediu um aditamento do prazo. Oficialmente, para a prefeitura, a arena seria entregue no fim de outubro”, disse Flávia.

Ainda de acordo com a secretária, o próximo passo é esperar a nova medição das obras, prevista para acontecer em setembro. “Se eles continuarem com os atrasos, podem receber novas multas. Caso a obra não seja concluída dentro do prazo, podemos até rescindir o contrato”.

Segundo a secretária de Obras, o contrato firmado entre a prefeitura e a Recoma não prevê reajuste nos valores.  O VALE conversou ontem com o presidente da Recoma, Sérgio Schildt, mas ele não quis comentar o atraso nas obras e a aplicação da multa.

O Vale

Arena de Esporte da cidade deve atrasar novamente

A obra para a construção da nova Arena de Esportes de São José dos Campos, que deveria ser entregue até 31 de outubro, deve atrasar de novo. A afirmação é de Sérgio Schildt, presidente da Recoma, empresa responsável pelos trabalhos. “Até outubro é impossível.”

Essa é a segunda mudança no prazo desde que a obra teve início, em agosto de 2011. O novo complexo esportivo, no Jardim das Indústrias, é uma das vitrines do governo de Eduardo Cury (PSDB) e deveria ter ficado pronto em 12 meses. No entanto, alegando problemas com o terreno e com as chuvas, a prefeitura já havia alterado a data de entrega para o fim de outubro.

Atualmente, os funcionários da obra trabalham na implantação das estruturas de concreto que vão receber as arquibancadas. “Cerca de 25% da obra está concluída. Agora o ritmo de trabalho está bom, mas é difícil falar em um prazo para a entrega”, afirmou Schildt.

O VALE procurou a secretária de Obras, Flávia Pitombo, mas ela não foi localizada. A assessoria da pasta informou que desconhece nova mudança no prazo. O novo complexo terá 4.469 lugares fixos, além de outros 600 móveis. Assim que estiver pronta, a arena deve receber grandes competições esportivas. O custo total da obra é de R$ 35,1 milhões, sendo mais de R$ 2,8 milhões em serviços complementares feitos pela Urbam.

O Vale

Prefeitura inaugura a Casa do Idoso na Zona Sul da cidade

A Prefeitura de São José inaugura no dia 30 de junho a Casa do Idoso, no Bosque dos Eucaliptos, na zona sul. O evento será a partir das 14h e terá show gratuito do cantor Agnaldo Rayol. A obra tinha previsão de ser inaugurada em janeiro deste ano, mas será entregue cinco meses depois. A prefeitura investiu cerca de R$ 6 milhões na construção da unidade.

Segundo João Francisco Sawaya de Lima, secretário de Desenvolvimento Social de São José, o prazo da inauguração foi prorrogado devido ao período de chuvas e por adequações realizadas no projeto. “Além disso, com a desocupação do Pinheirinho, a secretaria ficou cerca de três meses focada nas necessidades das famílias desalojadas”, disse.

A nova unidade será administrada em parceria com a entidade social Coal (Casa de Oração Amor e Luz). Um contrato de cerca de R$1,6 milhão foi assinado até fevereiro entre a prefeitura e a entidade. A nova Casa do Idoso deve atender cerca de 10 mil pessoas por mês. Na zona sul há cerca de 25 mil idosos com mais de 60 anos.

No local serão oferecidos cursos de alfabetização, informática e hidroginástica, além de aulas de ioga, alongamento, dança, coral, ginástica localizada e capoeira. Uma novidade é o Centro-Dia, que abrirá até 80 vagas para que os idosos fiquem na unidade durante o dia.

A Casa do Idoso fica na avenida Andrômeda, 2.601. Os idosos interessados devem fazer inscrição a partir do dia 2 de julho. É necessário ter mais de 60 anos e levar RG e comprovante de residência.

O Vale