Contrato é rompido com empresa que construia Escola

A Prefeitura de São José suspendeu o contrato com a empresa CKR Engenharia e Construções, de São José, que construía uma escola estadual no bairro Altos da Vila Paiva, na região norte, por atrasos na obra. Iniciada em 3 de novembro do ano passado, com prazo de nove meses e orçada em R$ 3,64 milhões, a escola deveria ter sido entregue em 30 de julho deste ano.

Segundo a administração, apenas 21% dos serviços foram executados dentro do prazo e a obra foi paralisada em 2 de agosto deste ano. A empresa, que já recebeu R$ 791 mil, teve o contrato de rompido e será impedida de assumir novos serviços com a prefeitura pelos próximos dois anos.

Proprietário da construtora, o engenheiro Carlos Moreno acusa a prefeitura de fornecer projetos com erro e de não fiscalizar o andamento da obra como deveria, causando atraso no cronograma. A nova escola estadual da região norte tem 10 salas para alunos de ensino fundamental e está sendo construída por meio de convênio entre a prefeitura e a Secretaria de Estado da Educação, que financia a obra.

São cerca de 2.700 metros quadrados com prédio, quadra e estacionamento. A previsão é que o complexo seja municipalizado. Para tocar o restante da obra, a prefeitura convocou a empresa EXM Construtora e Incorporadora, segunda colocada na licitação, que já aceitou finalizar o projeto pelo valor remanescente, de R$ 2,89 milhões.

A empresa vai começar a trabalhar na segunda quinzena de setembro e com prazo de conclusão de nove meses. Na avaliação da prefeitura, não haverá prejuízo no plano educacional em razão de a escola ter sido planejada para “cobrir futuras demandas na rede pública na zona norte”. A Secretaria de Estado da Educação informou que dará apoio para a finalização da obra dentro do novo prazo.

O engenheiro Carlos Moreno, proprietário da CKR Engenharia, disse que havia erros no cálculo dos níveis para a construção do prédio, quadra e estacionamento da nova escola estadual na região norte. A empresa foi suspensa pela prefeitura por não conseguir entregar a obra no prazo.

Segundo Moreno, os erros e a falta de vistoria regular de fiscais da prefeitura no início da obra, no final de 2011, teriam prejudicado o andamento dos serviços. Ele também afirmou que o prazo de nove meses teria sido subdimensionado.

“Uma obra desse tamanho exige 18 meses. Para piorar, depois que detectamos erros no projeto, a prefeitura demorou muito em resolver os problemas”, afirmou Moreno, que reivindica cerca de R$ 350 mil por trabalho ainda não remunerado e materiais no canteiro. “Também pedi e não recebi documentos da prefeitura. É cerceamento de defesa.” A prefeitura informou que a CKR já havia sido advertida por atraso em reforma e ampliação de escola na zona sul.

O Vale