Mesmo em meio a crise, Embraer mantém as vendas

Mesmo com retração nas vendas, a Embraer, de São José dos Campos, descarta, por enquanto, reduzir o ritmo de produção. A carteira de pedidos firmes da empresa recuou 22,5% nos últimos 12 meses, segundo os dados do balanço financeiro do terceiro trimestre, divulgado anteontem à noite. A carteira fechou o terceiro trimestre de 2012 em US$ 12,4 bilhões em pedidos a entregar, ante US$ 16 bilhões de um ano antes.

A empresa efetivou de janeiro a setembro deste ano 30 vendas de jatos para a aviação comercial, carro-chefe da companhia, ante 62 no mesmo período de 2011. O vice-presidente executivo financeiro da empresa, José Antônio Filippo, disse que a cadência produtiva será mantida, pois a companhia trabalha com boas perspectivas de negócios para os próximos meses.

No entanto, para manter o mesmo ritmo produtivo no próximo ano, a Embraer precisará fechar novas vendas de jatos comerciais nos próximos seis meses. Segundo a empresa, há pequeno risco de redução do ritmo produtivo em 2013. Filippo evitou detalhar as perspectivas futuras de curto prazo com relação a vendas.

“Estamos com campanhas em andamento, principalmente nos Estados Unidos, e esperamos resultados nos próximos meses”, afirmou o executivo na teleconferência sobre o balanço financeiro. Um dos potenciais negócios pode ser com a aérea Delta Air Lines, que anunciou ontem que até o final do escolherá o fornecedor da frota de 70 aeronaves de até 76 lugares que pretende comprar.

Além da Embraer, com o jato 175, a canadense Bombardier também está na disputa. A carteira de encomendas firmes de jatos comerciais totalizou 178 unidades no final do terceiro trimestre.  Filippo afirmou também que a empresa espera bons resultados na aviação executiva no quatro trimestre, após fraco desempenho nos anteriores.

Até o final de setembro, foram despachados 46 jatos executivos 40 leves e 6 grandes. “O quatro trimestre sempre é mais forte para a aviação executiva”, disse Filippo. Embora tenha revertido no terceiro trimestre o prejuízo registrado um ano antes, a companhia informou que o resultado do lucro líquido poderia ter ser maior não fosse a situação relacionada à proposta feita pela fabricante para reestruturar financiamentos pendentes da cliente Chautauqua Airlines, controlada pela Republic Airways.

No balanço, a fabricante informa que o impacto foi da ordem de R$ 85,1 milhões. A Embraer fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 132,5 milhões ante prejuízo de R$ 200 no mesmo período do ano passado. Ontem, a cotação das as ações da companhia fecharam em baixa.

O Vale

Publicado em: 25/10/2012

Produção da GM é suspendida perante ao protesto

A direção da General Motors suspendeu ontem a produção em sua planta industrial de São José dos Campos e concedeu licença remunerada aos 7.200 funcionários. A medida foi adotada após o Sindicato dos Metalúrgicos agendar um protesto por conta da ameaça de demissões na cidade.

Na manhã desta quarta-feira, a unidade retomou sua produção. Pela manhã houve uma assembleia na porta da montadora. Ontem, segundo nota oficial da empresa, todos os funcionários foram dispensados com o “objetivo de proteger sua integridade física”, em razão de “fortes evidências de mobilizações internas no complexo”.

A montadora não informou se a produção será retomada hoje. De acordo com o sindicato, pelo menos 750 carros deixaram de ser fabricados ontem, o que geraria um prejuízo de R$ 30 milhões à empresa. A crise entre GM e sindicato se arrasta há pelo menos quatro meses em função da ameaça de 1.500 demissões no setor conhecido como MVA, onde são produzidos Corsa hatchback, Classic, Meriva e Zafira os dois últimos saem de linha em breve e não há previsão de novos modelos para a fábrica.

O segundo turno do setor já foi suspenso em 18 de junho, aumentando a tensão entre empresa e funcionários.
Desde então, empresa e sindicalistas negociam uma alternativa para evitar a demissão. A decisão da GM de parar a produção foi anunciada aos trabalhadores do turno da noite às 3h de ontem. Eram cerca de 1.000 no horário.

Os demais, do 1º turno, que entram às 5h30, foram avisados em casa ou na portaria da GM, quando chegaram de ônibus, para que só viessem trabalhar após segunda ordem. “A empresa considerou as fortes evidências de mobilizações internas no complexo e entende que o momento atual é delicado e prefere não expor seus empregados a eventuais incitações e provocações”, informou a empresa na nota.

A decisão da GM pegou o sindicato de surpresa. Na entrada do turno da manhã, havia viaturas da Polícia Militar na entrada da fábrica, mas não houve confusão ou confronto. “A empresa não pode alegar um problema de mercado e demitir em massa. Ela tem lucro em São José, além de responsabilidade social”, disse Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, presidente do sindicato dos Metalúrgicos, em entrevista coletiva convocada ontem após a decisão da GM.

No ápice da tensão entre a montadora e o sindicato, representantes dos dois lados se encontrarão hoje, no Paço, às 11h, para tentar chegar a um consenso. A reunião foi pedida e será coordenada pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Messias Melo, com mediação suplementar do prefeito Eduardo Cury (PSDB).

Eles e os representantes da GM ouvirão dos sindicalistas três propostas básicas para manter os empregos na planta. Segundo Macapá, a empresa poderá elevar de 40% para 100% o volume de produção do modelo Classic na cidade, trazer o carro Sonic que é fabricado na Coreia do Sul para São José e abrir a linha de produção para caminhões.

“Só o Classic sendo produzido aqui manteria os empregos e criaria mais postos de trabalho”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, secretário-geral da entidade. Em nota, a GM confirmou a participação na reunião, mas não comentou as propostas. Para Cury, é preciso encontrar uma alternativa. “A demissão seria um desastre para a cidade. Afetaria toda a nossa economia”, disse. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que tentará ajudar na negociação.

O Vale

Sindicato decidi diminuir a produção na GM

Após anunciar a abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) em sua fábrica de São José, a General Motors reduziu nessa semana o volume de produção da linha conhecida como MVA, responsável pela fabricação dos modelos Meriva, Zafira e Corsa.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, no primeiro turno do MVA, a produção passou de 46 para 29 carros por hora. Já no segundo turno, de 22 para 17 unidades. A medida seria o início do ajuste da produção do complexo fabril da GM, o que, segundo a empresa, motivou a abertura do PDV, cujo prazo de adesão termina hoje.

Em entrevista a O VALE após o anúncio da implantação do programa, o diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan afirmou que os modelos produzidos no MVA estavam em baixa no mercado, o que forçou o ajuste na produção.

As minivans Meriva e Zafira, inclusive, saem de linha ao longo do ano. O veículo substituto dos modelos, batizado de Spin, já está sendo produzido na unidade da GM em São Caetano do Sul. Ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos realizou uma assembleia com os trabalhadores da GM para debater a situação da fábrica.

Na ocasião, foi aprovado o pedido de reabertura das negociações entre GM e sindicato para discutir investimentos na unidade. O esforço, no entanto, pode ser em vão. Moan afirmou que não estão previstos novos investimentos para o Brasil e que não seria possível atender às reivindicações apresentadas pelo sindicato.

O Vale

Sindicato dos Metálurgicos planeja ampliar Produção

A General Motors estaria estudando a possibilidade de transferir parte de sua produção de veículos da unidade de São Caetano do Sul para São José dos Campos. A afirmação é do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, que se reuniu ontem com a montadora para tratar da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) 2012. A GM não comentou o assunto.

No encontro de ontem, o terceiro entre as partes e que também contou com a presença do Sindicato de São Caetano, a GM apresentou suas metas de produção para o ano. Ainda segundo o sindicato, a montadora não confirmou a saída de linha das minivans Zafira e Meriva, hoje produzidas em São José.

“A empresa diz que é segredo de mercado”, afirmou o presidente eleito do sindicato de São José, Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’. Durante as negociações, os sindicatos de São Caetano e São José firmaram um acordo para solicitar à montadora a transferência, se não toda, de parte da produção do Corsa Classic para a fábrica de São José atualmente, o modelo é fabricado em três unidades e São José é responsável pela fabricação excedente.

O sindicato também propôs a abertura do terceiro turno da linha da S10. “A empresa quer produzir 62 mil S10 este ano. Para que isso seja possível, é preciso a abertura imediata do terceiro turno”, disse Macapá. A GM teria apresentado três faixas de produção ao sindicato, que variam de 391 mil a 441 mil veículos produzidos no ano em São José e São Caetano. Em 2011, 404 mil carros foram fabricados nas duas plantas.

Como contraproposta, o sindicato apresentou a intenção de produzir de 290 mil a 365 mil unidades. Hoje, as partes voltam a se encontrar na última reunião da semana para tratar da PLR. A expectativa é que a GM dê sua posição sobre as metas propostas pelo sindicato e uma resposta sobre o projeto de transferência de produção para a unidade de São José.

A fabricação de outros veículos poderia significar a manutenção de 3.000 postos de trabalho em São José, número de empregados do setor conhecido como MVA, que fabrica os modelos Meriva, Zafira, Corsa e Corsa Classic. Os dois primeiros devem sair de linha a partir de junho e seu substituto, conhecido como Spin, passará a ser produzido em São Caetano. A transferência desse projeto do ABC Paulista para São José é outra ideia apresentada pelo sindicato à General Motors.

“Nós queremos uma definição sobre esses tópicos que apresentamos. A empresa vive seu melhor momento financeiro no país, produzimos veículos de alto valor agregado e por este motivo a PLR deve ser maior”, disse Macapá. Em 2011, a PLR paga foi de R$ 11.268. Segundo dados apresentados no encontro de ontem, a fábrica de São José conta com 7.921 funcionários. Em São Caetano, são 11.788. Procurada desde o início da semana, a General Motors não comentou a reunião com o sindicato.

O Vale

Contrato assinado entre Avibras e o Exército na cidade

A Avibras, com unidades em São José dos Campos e Jacareí, vai assinar contrato em março com o Exército brasileiro para a produção do Astros 2020 e pretende em maio recontratar 120 funcionários demitidos na crise do ano passado, quando 170 foram dispensados. Os demais já foram readmitidos no final do ano. Além disso, segundo a empresa, outros 100 podem ser contratados para a retomada da produção bélica na indústria ao longo do ano.

O presidente da Avibras, Sami Hassuani, salientou que, apesar de ainda não ter recebido verbas referentes ao Astros 2020, iniciou a recontratação dos demitidos para adiantar a implantação do programa. “Emprestamos dinheiro, usamos o que tínhamos para adiantar esse processo de contratação. Acredito que o programa comece a ser implementado em maio”, disse.

A estimativa do executivo é que a primeira parcela do Astros 2020 seja de R$ 200 milhões. A média anual de recursos liberados para o projeto é de R$ 250 milhões para os próximos oito anos. Mais do que reerguer a empresa, Hassuani acredita que a contratação do Astros 2020 pelo Exército brasileiro deva estimular a venda para outros países, uma das metas da Avibras para 2012.

“Este ano, precisamos exportar. O Astros 2020 é um programa que irá gerar produto por uma década e essa compra do exército brasileiro é fundamental”, disse. Especialistas da indústria bélica afirmam que, durante negociações para compra de sistemas de segurança, uma das primeiras perguntas feitas à empresa é: “o seu país usa este sistema?”

“A aprovação da MP da Defesa é a prova de que o governo quer ajudar. Sozinha, a empresa não faz nada”, disse. O governo também estuda capitalizar entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões referentes a parte da dívida da Avibras em ações da União na própria empresa.

O projeto tramita há três anos nos ministérios da Fazenda, Defesa, Casa Civil, Desenvolvimento e não tem prazo para ser aprovado. “Da última vez, estimei seis meses e já se passou um ano e meio.”

O Vale

Montadora da cidade irá produzir nova S10

A produção da nova versão da picape S10, batizada de Colorado fora do país, deve começar em uma semana na unidade da General Motors de São José. O lançamento do veículo é um dos mais aguardados pelo setor automobilístico em 2012. Alguns modelos já têm sido vistos em testes pelas ruas de São Paulo.

A linha de produção da S10 está em fase final de adaptação à nova versão da picape. Para facilitar o processo de mudança dos equipamentos, os funcionários da linha entraram em recesso no dia 12 de dezembro, antes de outros setores da fábrica, e voltaram na última segunda-feira.

Já o setor que fabrica motores para a S10 volta no dia 16. O VALE apurou que a produção do veículo chegou a ser iniciada, mas que o resultado não foi o esperado e novos ajustes serão feitos.

“Os trabalhadores estão parados. Voltaram dia 2, mas estão sem fazer nada pois a produção só deve começar dentro de cinco ou seis dias”, afirmou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Antonio Ferreira de Barros.
A GM não confirma o início da produção e o motivo do período mais longo de férias para o setor.

Na próxima semana, o Ministério Público do Trabalho deve agendar uma audiência de conciliação entre GM e o sindicato da categoria para tratar de demissões de funcionários lesionados que teriam estabilidade na empresa. Os cortes foram feitos após o PDV (Programa de Demissão Voluntária) em outubro.

O Vale

Produção Cinematrográfica

A Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), de São José dos Campos, abriu as inscrições para a Oficina de Produção Cinematográfica. São 25 vagas e os interessados devem se inscrever pessoalmente até o próximo dia 23, de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h, na Secretaria Geral, na sede da FCCR, no Parque da Cidade Roberto Burle Marx (Avenida Olivo Gomes, 100), em Santana.

A oficina, uma das contempladas no projeto de Apoio e Circulação Cultural, da FCCR, é gratuita e será no Centro de Estudos Teatrais (CET) aos domingos dias 24 e 31 de julho e 7 e 14 de agosto – das 13h às 18h. A proposta é familiarizar e estimular os participantes com os processos básicos de produções audiovisuais como a pré-produção, produção, edição e finalização.

Criado este ano pela FCCR, o projeto Apoio e Circulação Cultural tem como proposta estimular a produção artística, a circulação de espetáculos, e ainda oferecer apoio a grupos artísticos e formar plateias.

A programação, que se estende até dezembro, terá apresentações musicais, dança de rua, artes circenses, exibições de vídeos, teatro e oficinas de pintura e mosaico nos parques Vicentina Aranha e Santos Dumont e nos espaços culturais: Chico Triste, na Vila Tesouro, Eugênia da Silva, no Novo Horizonte, Cine Santana, Clemente Gomes, e o Centro de Estudos Teatrais (CET), em Santana.

Outras informações pelo telefone (12) 3924-7317 / 8836-0157 ou pelo email:
[email protected].

Prefeitura Municipal

Crescimento na produção de lixo

Na empresa em que trabalha, a Conexão FGV, o comunicólogo também participa de outras ações sustentáveis. Como explicou o analista de marketing da Conexão, os descartáveis foram banidos. “Temos um meta de reduzir em 7% o consumo de energia até o final do ano, também”, disse.

Minoria. Castilho e sua família e a empresa onde trabalha ainda são minoria numa sociedade que se mostra cada vez mais consumista.Em São José, por exemplo, a produção de lixo subiu 56,2% nos últimos quatro anos enquanto o crescimento populacional foi de 5,8%.

Em 2007, com pouco mais de 594 mil habitantes, São José produzia diariamente 428 toneladas de lixo. Em 2011, com população de 629.921 pessoas, o volume diário de lixo é de 670 toneladas.

Em seguida, ele alerta: “Essa relação, lixo versus poder aquisitivo, não pode ser generalizada. Países europeus, como a Suíça, tem renda per capita muito maior e geração de resíduos bem menor. Portanto, a análise envolve a cultura local, costumes, políticas públicas, entre outros”.

Crítica. Para ambientalistas e especialistas da região, a discussão dos temas “consumo consciente” e “menor produção de lixo” deveriam anteceder a proposta da Prefeitura de São José de instalar uma termelétrica na cidade, como solução para aumentar a vida útil do aterro da cidade, estimada em 12 anos pelo governo.

A prefeitura defende que recicla hoje 10% de todo o lixo que poderia ser reciclado.

No ano passado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nela, incentiva-se a logística reversa e se estabelece que o poder público, em todas as suas esferas, deve fomentar o trabalho de cooperativas de reciclagem com incentivos, manter programas educativos para o consumo consciente e fiscalizar o cumprimento da lei.

O presidente da Urbam (Urbanizadora Municipal), Alfredo de Freitas Almeida, defende que São José tem a melhor coleta seletiva do país.