Ampliação da Zona Azul gera protestos em São José

Moradores e comerciantes de algumas ruas da região central de São José dos Campos foram pegos de surpresa pela demarcação das áreas de expansão da Zona Azul. Eles reclamam da falta de debate ou de qualquer comunicação prévia sobre a medida. Segundo a prefeitura, o objetivo é aumentar a rotatividade do estacionamento na região, onde o problema de falta de vagas é considerado grave. No início do ano, o governo Carlinhos Almeida (PT) iniciou o estudo para a ampliação da Zona Azul para a área nobre da cidade e a região do entorno do Paço Municipal. Ao todo, o estudo feito apontou que seria possível criar 348 novas vagas de estacionamento rotativo (sendo 3 delas para portadores de necessidades especiais), com a implantação de 24 parquímetros.

Em julho, a implantação da Zona Azul no entorno do parque Santos Dumont já causou polêmica entre os motoristas e a prefeitura. A reclamação aconteceu porque muitas pessoas não conseguiram fazer o pagamento de horas fracionadas, além de ter que ficar procurando um funcionário da Serttel-empresa contratada pela prefeitura para a cobrança eletrônica para pagar o estacionamento. Na rua Maestro Egydio Pinto, no Jardim São Dimas, as futuras áreas de Zona Azul geraram reclamações de moradores e comerciantes. “Agora vou ter que pagar para estacionar o carro na frente da minha casa. Ou então tenho que pagar um estacionamento”, protestou o projetista Caio Renzi, 37 anos.

Outro que não concordou com a implantação da Zona Azul na rua foi o comerciante Gilmar José dos Santos, 51 anos. Ele tem uma loja de quadros e diz que trabalha com dois carros para entrega. “Sempre trabalhei com esses dois carros aqui. Agora vou ter que pagar para que os dois fiquem estacionados na frente da minha loja? É mais um dinheiro gasto”, disse, tentando se conformar com a situação. O empresário Antônio Chaul Neto, 37 anos, é um dos poucos a apoiar a medida. Ele destaca como ponto positivo a liberação de mais vagas de estacionamento hoje, diz ele, pessoas que trabalham em áreas onde já existe cobrança ocupam boa parte das vagas existentes na rua. “Tem muita gente que coloca o carro na frente da loja na parte da manhã e só vem buscar no final da tarde. Aí nós somos prejudicados porque o cliente não tem onde estacionar o carro”, explicou. A praça Melvin Jones também já foi sinalizada para receber a Zona Azul. O sistema de cobrança nas novas áreas será misto (com parquímetros e pontos de venda de créditos).

A assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes informou, em nota, que ao longo do semestre o sistema de Zona Azul será implantado na Vila Adyanna e que a Serttel está fazendo as sinalizações horizontais. A empresa foi procurada, mas não se manifestou.

Zona Azul tem falha na transmissão de Informações na cidade

O primeiro dia útil de funcionamento dos novos corredores de ônibus na região central de São José foi marcado pela necessidade de mais orientação aos motoristas, que ainda trafegaram irregularmente pelas faixas exclusivas de ônibus, e necessidade de ajustes. A implantação da cobrança da zona azul eletrônica no estacionamento do Parque Santos Dumont não funcionou como era esperado e a Secretaria de Transportes teve que suspender temporariamente a implantação do sistema.

O corredor da avenida Adhemar de Barros foi o que apresentou mais problemas. Em média, seis carros por minuto utilizaram irregularmente o corredor exclusivo de ônibus, na esquina com o parque. Agentes de trânsito devem permanecer essa semana nos corredores para orientar os motoristas sobre as mudanças. Depois que os motoristas estiverem adaptados, a prefeitura vai começar a multar.

O sistema de cobrança no Parque Santos Dumont vai precisar de ajustes para funcionar. Muitos motoristas reclamaram que não conseguiram fazer o pagamento das horas fracionadas. Eles se queixaram de ter que ficar procurando representantes da Serttel empresa responsável pela cobrança eletrônica, contratada pela prefeitura para pagar o estacionamento rotativo no parque Santos Dumont. “A empresa prometeu um novo dispositivo eletrônico de cobrança que não funcionou. O motorista que quer ficar menos tempo no estacionamento, não conseguiu pagar a fração da hora, tendo que comprar período maior”, criticou o assessor de operações do Transportes, Paulo Guimarães.

Segundo ele, a empresa não informou o valor da hora fracionada para a compra da zona azul. Até 15 minutos, o motorista paga R$ 0,30. Para duas horas, R$ 2,40. Ao redor do estacionamento do parque, a prefeitura não implantou parquímetros, como foi feito no centro. “Acredito que, com os parquímetros, esse problema poderia ser resolvido”, disse Guimarães.  A empresa Serttel não quis comentar ontem as falhas verificadas no sistema. O gerente de operações, Edson Zampieri, reclamou da falta de orientação da prefeitura. “A prefeitura está se preocupando com os ônibus, tirando vagas para os carros estacionar e não oferece nenhuma opção para bolsão de estacionamento”, disse.

A dona de casa, Cristiane de Andrade, que leva os filhos para estudar na escola infantil que fica dentro do parque, acredita que a implantação do estacionamento rotativo vai ajudar a ter mais vagas no local.  “Muitas vezes a gente não consegue estacionar para pegar os filhos na escola. Com a zona azul, esse problema pode ser resolvido”, afirmou. Os pedestres que passaram ontem pelas duas ilhas montadas pela Prefeitura de São José dos Campos, nas avenidas Madre Tereza e São José, próximo ao corredor exclusivo de ônibus, receberam orientações para a travessia segura.

A prefeitura instalou grades de segurança que obrigam o pedestre a parar na ilha antes de atravessar o corredor. Alguns pedestres ainda insistiam em não atravessar nas faixas de segurança. Nessas avenidas, o sinal fecha para os carros, mas continua aberto para os ônibus e vans, que começaram a transitar numa velocidade maior. Depois que o pedestre atravessa quando o sinal está fechado para os carros, ele tem que ir até a ilha apertar a botoeira e esperar em média 24 segundos até o sinal do corredor fechar.  Muitos estavam atravessando direto, sem parar no sinal, correndo o risco de serem atropelados pelos ônibus. “Acho que a travessia para o pedestre ficou mais segura com essa medida e vai ser melhor para quem anda de ônibus, que passou a circular mais rápido”, disse o aposentado Paulo da Silva.

Para orientar pedestres e motoristas sobre a segurança na travessia de ruas, respeito à faixa de pedestre, limites de velocidade e os perigos em se misturar álcool e direção, a CS Brasil e a Prefeitura de São José, iniciaram ontem a campanha “Esquina Segura”, nas vias de grande movimento. A campanha será realizada até o dia 3 de agosto.

Bairros nobres da cidade terão Zona Azul para estacionar

A Prefeitura de São José dos Campos estuda criar mais 500 vagas de Zona Azul em dois bairros Vila Adyanna, no centro, e Jardim Aquarius, na zona oeste. A administração petista diz que o pedido partiu da população local. Não há prazo para a implementação.

O VALE ouviu ontem motoristas, moradores e comerciantes dos dois bairros e as opiniões são divididas. Há quem aprove a cobrança pelo estacionamento como forma de eliminar os ‘flanelinhas’, enquanto outros temem que as vagas rotativas se espalhem pela cidade. Hoje, São José conta com 2.176 vagas de Zona Azul na região central e nas avenidas Heitor Villa Lobos (Vila Ema), Andrômeda (Jardim Satélite) e Pedro Alvares Cabral (Jardim Paulista). O preço por hora é de R$ 1,20.

O estudo para a expansão da Zona Azul é revelado menos de duas semanas após a abertura do novo Fórum no Jardim Aquarius, que complicou o trânsito na região devido ao aumento do número de veículos. Os motoristas brigam por vagas, já que no entorno do Fórum é proibido estacionar. Além disso, a região já possui outros prédios públicos, como da Justiça do Trabalho e Fórum Federal, e não há estacionamentos particulares.

“O Aquarius está prematuramente estrangulado, é um problema sério de vagas. Algumas medida têm que ser tomadas, de estacionamento privado ou disciplina nas ruas através de Zona Azul”, disse o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, Felipe Cury.

O presidente da ACI afirma que a Zona Azul trará benefícios aos comerciantes da Vila Adyanna. “É um dos bairros mais nobres de São José, que desenvolve um comércio muito ativo e precisa ter disciplina no sistema de estacionamento”, disse.

Para o empresário José Donizete, 48 anos, dono de um estabelecimento próximo ao Parque Santos Dumont, o sistema de cobrança ajudará a afastar os ‘flanelinhas’. “A gente paga a taxa, mas elimina os ‘flanelinhas’, que ameaçam as pessoas que não dão dinheiro a eles”, disse.

Já a professora Márcia Porto da Cunha, 56 anos, não se diz favorável à ampliação da Zona Azul. “Aqui (Vila Adyanna) não é necessário, não é centro, vão querer colocar na cidade toda?”, disse.  Em nota, a Secretaria de Transportes informou que será feito um estudo para definir em quais regiões dos dois bairros a Zona Azul poderia ser implantada.

Ainda segundo a pasta, o pedido foi feito pelos próprios moradores, por meio do telefone 156, em especial por comerciantes. “A prefeitura está analisando a solicitação antes de repassar o pedido à empresa. Há possibilidade de que sejam criadas cerca de 500 vagas”, diz o comunicado.

O Vale

Publicado em: 18/01/2013

Equipamentos da Zona Azul são instalados nas ruas do Centro

A Prefeitura de São José dos Campos instalou 29 novos parquímetros em 13 ruas do centro. Os aparelhos começam a funcionar nesta quinta-feira. Os equipamentos foram implantados em algumas das principais vias, como Sebastião Humel, Siqueira Campos, Francisco Saes e Major Antônio Domingues.

Com o pacote, o centro passará a ter 573 novos pontos de estacionamento rotativo, incluindo 13 vagas para deficientes e 18 para idosos. A região conta hoje com 1.204 vagas para carros e 36 bolsões para motos espalhados em cerca de 30 ruas.

O objetivo da Secretaria de Transportes é garantir mais mobilidade e ampliar as s alternativas de estacionamento. Apesar de ampliar a oferta de vagas de Zona Azul, a medida gerou polêmica, principalmente entre moradores da rua Major Antônio Domingues, que já preparam um abaixo-assinado pedindo explicações à prefeitura.

A via recebeu dois novos parquímetros. O dentista Gustavo Henrique Rennó Resende, 26 anos, disse que levou um susto ao visitar a tia e a namorada, que moram na rua. “Grande parte da rua é residencial e o parquímetro muda negativamente dia a dia de quem mora ali. Não concordo com medida, que é unilateral”.

Segundo ele, moradores e comerciantes deveriam ter sido consultados e comunicados com antecedência. Já a dona de casa Wilma Labela, 75 anos, que mora na rua Major Antônio Domingues, elogiou a iniciativa, que segundo ela vai aumentar a presença dos marronzinhos e deixar a via mais segura. “Eu gostei da instalação dos parquímetros.”

A Secretaria de Transportes informou que o objetivo da implantação dos novos parquímetros é aumentar a rotatividade de veículos e agilizar o tráfego onde os motoristas encontram dificuldade para estacionar. Sobre as reclamações dos moradores de que não foram consultados, a pasta informou que desde agosto último vem tratando da mudança através de reuniões realizadas com a população, comerciantes e ACI (Associação Comercial e Industrial).

O Vale

O uso do Parquímetro é atrapalhado devido a Vandalismo

Parquímetros da Zona Azul de São José têm sido alvo de atos de vandalismo que inviabilizam o funcionamento dos aparelhos. O problema é mais grave nas regiões central e sul da cidade, onde há maior número de equipamentos.

“Já peguei parquímetro com problema, que não segurava as moedas e não soltava nenhum tíquete”, disse o engenheiro Dener Köck, 45 anos. Agentes de trânsito e motoristas ouvidos pelo O VALE relataram casos de objetos jogados dentro dos parquímetros, como pedaços de madeira e ferro, folhas de árvores, pedras e moedas estragadas. Tais materiais travam a inserção de moedas e impedem a compra e impressão dos bilhetes de Zona Azul.

Vandalismo. Questionada sobre as falhas nos parquímetros, a Secretaria de Transporte de São José confirmou ontem, por meio de nota oficial, que uma das principais causas de paralisação dos equipamentos é o vandalismo. Ainda de acordo com a nota, toda ocorrência nas máquinas é registrada na Polícia Civil da cidade.

Atualmente, São José conta com 65 parquímetros instalados na região central e nos bairros Vila Ema, Satélite e Jardim Paulista. Até março, segundo a Secretaria de Transportes, serão instalados mais 29 aparelhos no centro. Atualmente, os equipamentos geram receita mensal de R$ 20 mil para a prefeitura.

O reparo nos parquímetros é feito pela Serttel, que administra o sistema. Com sede em Recife (PE), a empresa reconheceu o problema, mas não informou a quantidade de parquímetros afetados pelo vandalismo em São José dos Campos. Por meio da assessoria de imprensa, a Serttel disse que “o número não está fora do normal na comparação com outras cidades que possuem o mesmo sistema”.

O Vale

Prefeitura pretende ampliar Zona Azul na cidade

A Secretaria de Transportes de São José dos Campos vai ampliar a Zona Azul no centro da cidade com a criação de mais 573 vagas de estacionamento rotativo em 30 vias públicas da região. As novas vagas serão disponibilizadas a partir da próxima segunda-feira. Esta será a maior expansão do sistema após a implantação do controle de estacionamento rotativo por parquímetros ocorrida em 2006.

Segundo a pasta, o pacote inclui 13 vagas para deficientes e 18 para idosos, além de 10 novos bolsões para motocicletas. Atualmente, o centro possui 1.204 vagas para carros e 36 bolsões em vias públicas. A medida representará um aumento de 47% na disponibilidade de vagas.

A Zona Azul será expandida em ruas e avenidas que já possuem bolsões de estacionamento e em logradouros que não, como a rua Antonio Saes, que será integrada ao sistema.

Outras ruas e avenidas que terão mais vagas são Romeu Carnevalli, Capitão Roberto Ferreira Maldos, Mário Galvão, Carvalho de Araújo, Siqueira Campos, Sebastião Hummel, Joaquim Bráulio de Melo, Dolzani Ricardo, Vilaça, Claudino Pinto, Humaitá, Costanzo de Finis, Major Antônio Domingues, praça Kennedy e na rua Eugênio Bonadio.

O secretário municipal de Transportes, Anderson Farias Ferreira, disse que a expansão da Zona Azul resultou de reuniões realizadas pela pasta com lojistas e entidades do comércio. “A ampliação do sistema rotativo de estacionamento demonstra a importância do centro, que é uma região muito procurada”, afirmou.

Segundo ele, com a expansão, a expectativa é que a rotatividade de estacionamento em vias públicas controladas pela Zona Azul seja maior. Ferreira disse ainda que a ampliação do sistema no centro chegou ao limite. “Agora, não há mais espaço para a criação de vagas”, disse. São José dos Campos fechou o ano de 2011 com uma frota de 352.203 veículos.

Além do centro da cidade, atualmente há sistema de Zona Azul na Vila Ema (40 vagas para carros, bolsões para seis motos), avenida Andrômeda, no Jardim Satélite, região sul, (178 vagas para carros, 78 para motos) e no Jardim Paulista (26 vagas para carros, 16 para motos).

O secretário informou que a pasta estuda outras regiões da cidade para a expansão da Zona Azul fora do ‘miolo’ do centro da cidade. Entre as localidades analisadas estão o Jardim Aquarius, região oeste, e avenidas Nove de Julho e Paulo Becker, entre outras. “Por enquanto, não há previsão de implantação da Zona Azul nesses locais”, disse o secretário

No ano passado, a prefeitura arrecadou cerca de R$ 264 mil com o sistema, que é operado pela empresa Serttel. Para este ano, a previsão é arrecadar R$ 338 mil. Os recursos são utilizados em melhorias no sistema de trânsito.

O Vale

Aplicativo de Smartophone, paga zona azul na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos lançou um aplicativo para smartphone que facilita o pagamento de tíquetes da zona azul. Nem é preciso se dirigir a um parquímetro. Somente com alguns cliques, o motorista pode fazer todo o processo de dentro do carro.

Hoje já é possível pagar o estacionamento por meio do telefone celular. Cerca de mil pessoas utilizam esse serviço na cidade, mas o sistema tem tecnologia WAP e portais de voz que exigem contato com uma central para ativar ou desativar o tíquete.

Para usar o novo serviço, pelo smartphone, é preciso se cadastrar no site da zona azul eletrônica e baixar o aplicativo, que está na página principal. Em seguida, é só carregar com créditos, que podem ser pagos com cartão pela internet ou pelo próprio celular, e entrar no programa, o qual também pode ser baixado pelo Android Market ou Itunes.

O programa, que roda em sistemas operacionais Android e IOS, define pelo GPS a posição do motorista e registra por quanto tempo ele ficou parado na vaga. O usuário pode ainda determinar um tempo mínimo e programar o alarme para avisá-lo sobre o vencimento do horário. Tudo isso em tempo real.

Além disso, será possível acompanhar a lista de tíquetes emitida no dia e o saldo de créditos. Não há necessidade de comprovante físico, uma vez que o agente de trânsito usa um aparelho portátil com acesso on-line que permite confirmar o tíquete virtual.

A nova opção vai beneficiar muitos motoristas. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a região de São José dos Campos (código 12) ocupa a terceira posição no país no ranking de teledensidade: número de celulares para cada grupo de cem habitantes. Conforme dados de novembro, o município só é superado pelas regiões de Salvador (BA) – na primeira colocação – e Brasília (DF).

Prefeitura Municipal