Bairros nobres da cidade tem baixa de novos investimento

Bairros que já foram polo de investimento comercial em São José, como Jardim Esplanada, Jardim Maringá, Vila Adyana e Vila Ema, na região central da cidade, enfrentam uma redução de 47% no número de comércios abertos nos primeiros três meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

Enquanto no ano passado, 68 novos empreendimentos foram criados entre 1 de janeiro e 18 de abril, neste ano houve apenas 36 novos registros, segundo dados da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo). No bairro Jardim Esplanada foram 17 novos pontos comerciais, contra 23 do mesmo período em 2012. A Vila Adyana foi a que mais sofreu com o déficit de investimento, caindo de 23 para apenas 9 pontos comerciais. A Vila Ema também registrou queda significativa, com 21 comércios criados nos primeiros meses de 2012 contra apenas 9 no mesmo período neste ano.

Segundo Felipe Cury, presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), de São José, o motivo é o abuso no valor da cobrança de pontos comerciais na região. “O valor dos imóveis nesta área subiu monstruosamente. É uma desvairada especulação imobiliária que exige, muitas vezes, uma ‘luva’ (dinheiro dado pelo locatário para a assinatura do contrato, além do aluguel mensal) de até R$ 80 mil. É absurdo”, afirmou.

Já Marcos Aurélio Peneluppi, presidente da Asseivap (Associação das Empresas Imobiliárias do Vale do Paraíba e Litoral Norte), discorda. “O valor do aluguel não costuma passar de 0,6% do valor do imóvel. Não é esse o problema. O que impede a ampliação do comércio no local é a Lei de Zoneamento, que dificulta a criação de pontos comerciais”, afirmou.

Segundo ele, a Vila Ema é um dos principais bairros prejudicados. “Em alguns lugares são exigidos estacionamento com mais de dez vagas, isso é complicado. As pessoas estão preferindo investir em cidades como Caçapava que em bairros daqui”, disse Peneluppi.

Segundo Felipe Cury, os investimentos na área comercial, ainda que tenham ganhado força em bairros mais afastados, tendem a voltar a se concentrar na região central de São José por uma questão de segurança. “As pessoas têm procurado locais seguros, com câmeras que afugentem os bandidos, boa iluminação e seguranças. Isso torna o local mais convidativo”, opinou.

O Vale

Publicado em: 19/04/2013

Bairros nobres da cidade terão Zona Azul para estacionar

A Prefeitura de São José dos Campos estuda criar mais 500 vagas de Zona Azul em dois bairros Vila Adyanna, no centro, e Jardim Aquarius, na zona oeste. A administração petista diz que o pedido partiu da população local. Não há prazo para a implementação.

O VALE ouviu ontem motoristas, moradores e comerciantes dos dois bairros e as opiniões são divididas. Há quem aprove a cobrança pelo estacionamento como forma de eliminar os ‘flanelinhas’, enquanto outros temem que as vagas rotativas se espalhem pela cidade. Hoje, São José conta com 2.176 vagas de Zona Azul na região central e nas avenidas Heitor Villa Lobos (Vila Ema), Andrômeda (Jardim Satélite) e Pedro Alvares Cabral (Jardim Paulista). O preço por hora é de R$ 1,20.

O estudo para a expansão da Zona Azul é revelado menos de duas semanas após a abertura do novo Fórum no Jardim Aquarius, que complicou o trânsito na região devido ao aumento do número de veículos. Os motoristas brigam por vagas, já que no entorno do Fórum é proibido estacionar. Além disso, a região já possui outros prédios públicos, como da Justiça do Trabalho e Fórum Federal, e não há estacionamentos particulares.

“O Aquarius está prematuramente estrangulado, é um problema sério de vagas. Algumas medida têm que ser tomadas, de estacionamento privado ou disciplina nas ruas através de Zona Azul”, disse o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, Felipe Cury.

O presidente da ACI afirma que a Zona Azul trará benefícios aos comerciantes da Vila Adyanna. “É um dos bairros mais nobres de São José, que desenvolve um comércio muito ativo e precisa ter disciplina no sistema de estacionamento”, disse.

Para o empresário José Donizete, 48 anos, dono de um estabelecimento próximo ao Parque Santos Dumont, o sistema de cobrança ajudará a afastar os ‘flanelinhas’. “A gente paga a taxa, mas elimina os ‘flanelinhas’, que ameaçam as pessoas que não dão dinheiro a eles”, disse.

Já a professora Márcia Porto da Cunha, 56 anos, não se diz favorável à ampliação da Zona Azul. “Aqui (Vila Adyanna) não é necessário, não é centro, vão querer colocar na cidade toda?”, disse.  Em nota, a Secretaria de Transportes informou que será feito um estudo para definir em quais regiões dos dois bairros a Zona Azul poderia ser implantada.

Ainda segundo a pasta, o pedido foi feito pelos próprios moradores, por meio do telefone 156, em especial por comerciantes. “A prefeitura está analisando a solicitação antes de repassar o pedido à empresa. Há possibilidade de que sejam criadas cerca de 500 vagas”, diz o comunicado.

O Vale

Publicado em: 18/01/2013