Tarifa de táxi terá reajuste em São José dos Campos

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Quem utiliza táxi em São José dos Campos pode preparar o bolso. Vem aumento por aí. A partir de segunda-feira (14), a bandeirada (valor inicial da viagem) passa de R$ 4,90 para R$ 5,45. Se o serviço oferecido for bandeira 1 (horário comercial) o valor passa de R$ 2,80 para R$ 3,10 pelo quilômetro rodado e no caso de bandeira 2 (horários especiais) vai de R$ 3,60 para R$ 3,95. O preço cobrado pela hora parada passa de R$ 23 para R$ 25,45.

O decreto que autoriza o reajuste da tarifa foi publicado no Boletim Oficial da Prefeitura de São José dos Campos. No início do mês, representantes dos taxistas reivindicaram o aumento na tarifa em função de elevação dos custos. O reajuste levou em consideração a inflação acumulada no período.

Para Carlos Moura, presidente do Sindicato dos Taxistas de São José dos Campos e Região, é um aumento pequeno. “Temos que, no mínimo, acompanhar a inflação, senão complica. No último reajuste, em 2015, a gente tinha ficado sem alteração durante quatro anos. Hoje, tudo tá subindo: gasolina, manutenção do carro. Não tem como segurar”, conclui. A cidade conta atualmente com 403 permissionários do serviço de táxi.

 

Fonte: Meon

Passagem de ônibus vai a R$ 3,40 em São José dos Campos, SP

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O preço da passagem de ônibus em SJC vai subir para R$ 3,40 a partir de 25 de janeiro. A nova tarifa foi anunciada nesta segunda-feira (12) pela Secretaria de Transportes.

Com o aumento de 13%, a passagem em São José ficará apenas R$ 0,10 mais barata que a de São Paulo, que custa R$ 3,50 – na capital, a prefeitura subsidia parte da tarifa com investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão ao ano.

A taria atual em São José é de R$ 3 e foi rejustada pela última vez em fevereiro de 2013. Apesar do aumento, o índice de reajuste autorizado pela prefeitura é menor do que o pedido feito pela Saes Peña, Expresso Maringá e CS Brasil, operadoras do transporte coletivo na cidade. No dia 30 de dezembro, as empresas encaminharam uma planilha de custos pedindo a elevação da tarifa para R$ 3,79.

A Secretaria de Transportes justificou que o aumento foi dado com base em análises econômicas e no contrato de concessão do sistema. A fórmula considera custos com salário dos funcionários, insumos e índice de inflação no período.

Segundo o Secretário de Transportes de São José, Luiz Marcelo Silva, os custos da operação do sistema impedem que a tarifa continue em R$ 3. “Não era mais possível manter o valor de R$ 3 sem o aporte. A tarifa aqui em São José decorre dos custos, não é subsidiada pelo governo”, afirmou.

Aos domingos a tarifa também será de R$ 3,40 para quem utilizar dinheiro. Já para quem pagar com o bilhete único o preço será de R$ 2,90. O transporte coletivo tem atualmente cerca de 180 mil usuários em São José

Contrapartida
A prefeitura informou que vai encaminhar à Câmara um projeto para beneficiar estudantes de baixa renda de São José. A proposta prevê gratuidade na tarifa para estudantes do ensino médio. A medida também deve se estender a gestantes e pacientes oncológicos que estiverem fazendo tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS).

A Secretaria de Transportes informou também que nos próximos dias vai iniciar a operação do sistema e-passe (passe eletrônico), em que os estudantes vão poder comprar o bilhete-único escolar pela internet, sem a necessidades de preencherem formulários nas escolas.

Outra medida será a retomada da licitação do BRT  – o modelo prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus.

Avaliação
Para o vice-presidente do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, José Roberto Gomes, o valor do reajuste é abusivo, por considerar como um dos parâmetros da fórmula o reajuste no salários dos trabalhadores das empresas de ônibus.

“Nosso último aumento de salário aconteceu em maio de 2014, e foi de 4,82%, enquanto o valor da passagem subiu 13%”, disse Gomes ao G1. O reajuste ficou abaixo da inflação no ano, de mais de 6%.

Fonte: G1

Empresas de ônibus pedem tarifa que chega a R$ 3,79 em São José

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As três empresas que operam o transporte coletivo em São José dos Campos pediram reajuste na tarifa – os novos valores chegariam a R$ 3,79, um aumento de R$ 0,79 ou 26% sobre o valor atual da passagem, que é de R$ 3. O prazo para a Secretaria de Transportes analisar a proposta é de 10 dias a partir desta terça-feira (6).

A Saes Peña, Expresso Maringá e CS Brasil, operadoras do transporte coletivo em São José, encaminharam a planilha de custos da concessionária no dia 30 de dezembro para a prefeitura. O documento, que detalha o pedido de reajuste, também foi protocolado na Câmara nesta segunda-feira (5).

A administração municipal informou que avalia o pedido e os valores que compõe o índice de reajuste da passagem, como combustível, salário dos funcionários e inflação.

O sindicato avaliou o pedido de aumento como desrespeitoso com a população e destacou que os motoristas e cobradores tiveram o pedido de reajuste nos salários recusado pelo consórcio recentemente. “Ter uma passagem mais cara que a cobrada na cidade de São Paulo é um desrespeito com a população de São José dos Campos. Requisitamos o aumento no salário dos condutores e nos foi negado”, disse o vice -presidente da entidade, José Roberto Gomes.

Fonte: G1

Mudança na Lei Orgânica cria brecha para subsídio da tarifa

A Prefeitura de São José dos Campos pretende mudar a Lei Orgânica do Município (LOM), revogando um artigo que proíbe o poder público de subsidiar os serviços prestados por terceiros. Oficialmente, o objetivo da iniciativa é viabilizar a publicidade nos ônibus, mas a mudança abre brecha para a prefeitura dar subsídio às empresas que operam o transporte público na cidade, com o financiamento do custo das passagens. A proposta do Executivo foi protocolada na sessão de ontem, na Câmara de São José. Os vereadores têm prazo para apresentar emenda até o dia 15 de agosto. Em junho, o país viveu uma onda de protestos, liderados pelo Movimento Passe Livre, para reduzir o custo das passagens. Em São José, o valor da tarifa foi reduzido de R$ 3,30 para R$ 3. O MPL, que reivindica uma tarifa de R$ 2,80, chegou a sugerir ao prefeito Carlinhos de Almeida (PT) que fosse dado subsídio à passagem.

Na época, o prefeito descartou essa possibilidade, dizendo “que não teria como tirar dinheiro que já estava programado para investir em outras áreas”. Em São Paulo, de cada tarifa de R$ 3, a prefeitura subsidia a as empresas com cerca de R$ 1. A proposta da prefeitura é revogar o parágrafo 2º do artigo 133 da LOM, que diz que “não serão subsidiados pelo poder público os serviços prestados por terceiros”. A prefeitura justificou que “desde a publicação da LOM, alterações normativas, principalmente na esfera federal, têm sido necessárias para atender ao anseio público pela melhoria da qualidade e universalização do acesso a esses serviços”. O texto também diz que “para que não restem dúvidas quanto à possibilidade jurídico constitucional de subsídios, desde que justificados em projeto de delegação da prestação de serviços públicos municipais, necessário se faz a aprovação da proposta”.

O vereador da situação, Luiz Mota (DEM) entende que “a prefeitura tem que fazer o transporte público funcionar e que adoção de subsídios seria uma forma de garantir que as empresas mantenham a qualidade dos serviços prestados”. O presidente do Sindicato dos Motoristas, José Roberto Gomes, disse ser contra a prefeitura dar subsidio para as empresas de ônibus. “A proposta não estão muito clara, a gente não sabe como as empresas serão beneficiadas pela prefeitura e isso nos deixa em dúvida”, disse Gomes. No início do ano, o PSDB chegou a protocolar na Câmara, projeto que autorizaria a prefeitura a dar subsídio às passagens para que fosse cobrado um valor de R$ 2,40.

Agora, o presidente do partido, ex-secretário de Transportes, Anderson Farias Ferreira, disse ser contra a proposta da prefeitura. Segundo ele, a emenda não deixa claro de que forma será dado esse subsídio. “O proposta não deixa claro quem terá o subsídio, as empresas de ônibus, quem opera os parquímetros ou a rodoviária nova. É como se desse um cheque em branco à prefeitura”, disse Farias. O vereador Fernando Petiti (PSDB), disse ser contra o projeto porque as empresas de ônibus já estão tendo um série de benefícios concedidos pela prefeitura, como a isenção de IPTU. “Quando as empresas vieram disputar a concorrência do transporte coletivo, elas já sabiam que teriam lucros sem ter o subsídio da prefeitura”, afirmou o vereador.

Calculos de Reajuste de Tarifas serão divulgados na cidade

As prefeituras da Região Metropolitana do Vale do Paraíba poderão ser obrigadas a divulgar todos os dados utilizados para reajustar as tarifas de ônibus. A falta de informações claras sobre o sistema de cálculo e o aumento no preço das passagens de ônibus levaram milhares de pessoas às ruas de todo o país nas últimas semanas. O projeto para garantir publicidade às informações usadas na fixação do valor da tarifa, de autoria do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), foi aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 3 e agora segue para o Senado.

Segundo o deputado, o projeto já deve ser analisado esta semana em regime de urgência pelos senadores. Ele acredita que, por se tratar de uma pauta positiva, “o projeto será aprovado rapidamente, dando uma resposta aos anseios populares que exigem mais transparência do poder público”. Para o deputado, as prefeituras não poderão simplesmente publicar os dados de forma técnica, sem que ninguém entenda.

“Os dados precisam ter uma compreensão simples, com transparência na estrutura tarifária para o usuário entender e clareza do processo de reajuste ou de revisão tarifária”, afirmou. As prefeituras deverão informar gastos com mão de obra, insumos e os custos com o transporte. No caso de reajustes e revisões, o poder público terá que publicar o fundamento da decisão, diz o projeto. Na região, apenas a Prefeitura de São José dos Campos disponibiliza na internet planilhas com dados da elaboração da tarifa de ônibus.

As informações foram publicadas em meio à onda de protestos coordenada pelo MPL (Movimento Passe Livre), que exige a revogação do aumento da passagem. Para o porta-voz do MPL em São José, Paulo Monteiro, “a transparência é necessária para a população saber como as empresas estão cobrando para explorar um serviço público”. Em fevereiro, a prefeitura reajustou a tarifa de R$ 2,80 para R$ 3,30. Com as desonerações de impostos federais, reduziu para R$ 3,20. Pressionada pelos protesto, abaixou novamente, para R$ 3. Mas o MPL não ficou satisfeito e exige a revogação para R$ 2,80. O reajuste da tarifa é alvo de investigação do Ministério Público Estadual.

Protesto por tarifa mais barata continua na cidade

O Movimento Passe Livre começou a usar ontem uma nova estratégia para pressionar o prefeito de São José dos Campos, Carlinhos de Almeida (PT), a reduzir o preço da passagem de ônibus de R$ 3 para R$ 2,80. Logo pela manhã, os manifestantes ocuparam a frente do Paço Municipal, montando barracas de acampamento, faixas e cartazes, onde eles dizem “que vão permanecer até a tarifa abaixar”. Cerca de 20 pessoas dormiram nas barracas.

À noite, representantes do MPL foram atrás do prefeito na escola infantil Maria Alice Pasquarelli, no bairro Jardim Copacabana, na região leste, onde acontecia mais uma audiência do Planejamento Orçamentário Participativo (POP) para cobrar a redução da tarifa. Hoje, o MPL mudou o local de concentração do ato que foi realizado anteriormente nas praças Afonso Pena e da Igreja da Matriz para a porta do Paço Municipal, para “aumentar a pressão sobre o prefeito até ele revogar o aumento”. Na página oficial do MPL no facebook, eles estão convocando a população para o ato a das 16h.

Os representantes do MPL ocuparam a porta doPaço às 7h. Eles montaram barracas, cartazes e faixas para chamar a atenção para o movimento que luta pela revogação do aumento da tarifa. Alguns servidores do Paço Municipal deram apoio e comida aos manifestantes. “Nós temos uma única pauta com o prefeito: a revogação do valor da tarifa. Só isso que queremos discutir. Nós vamos ficar aqui [na frente da prefeitura] até ele baixar o valor”, disse Caroline Borrielo, 20, da coordenação do MPL. Durante a ocupação do MPL, a prefeitura reforçou a segurança com a Guarda Municipal. No andar térreo onde o público tem acesso, dez guardas monitoravam a entrada.

O prefeito Carlinhos passou o dia em Brasília e só voltou à noite para participar do POP. Na escola, os representantes do MPL exibiram cartazes para os secretários municipais e para o prefeito, dizendo que “O Paço foi ocupado pela redução da tarifa”. O professor Rafael Silva, do MPL, que foi à audiência, disse que “o único diálogo que eles esperam com o prefeito é para a redução da tarifa”. O PSTU divulgou nota apoiando a ocupação dos manifestantes na prefeitura.

Quanto à ocupação do Paço pelo MPL, o secretário de Transportes, Wagner Balieiro, comentou que “a manifestação é legítima e que a redução da tarifa [de R$ 3,20 para R$ 3], deve-se em parte a eles. Nós estamos abertos ao diálogo.” Com relação a reduzir a tarifa, ele disse que “para qualquer mudança agora teria que se achar um mecanismo para compensar essa redução no orçamento do município, e isso não está previsto”.

Cidade avalia o impacto da redução da Tarifa

A Prefeitura de São José dos Campos ainda não sabe qual o impacto que a redução da tarifa de ônibus para o valor de R$ 3 vai causar nos projetos de investimentos para melhorias no transporte público da cidade. O pacote de melhorias anunciado pelo governo como implantação do bilhete único, integração total do sistema, frota de ônibus articulado e remodelação de linhas deverá ser revisto.

As empresas de ônibus poderão ter uma queda anual na receita de até R$ 11, 2 milhões, considerando a tarifa de R$ 3. Em 2012, a média mensal de passageiros foi de 4.672.821, segundo dados da planilha de custos apresentada em fevereiro. A frota atual é de 385 ônibus. Por meio da assessoria de imprensa, o secretário municipal de Transportes, Wagner Baleiro, declarou “estar consciente de que a decisão vai implicar em ajustes e causará impactos no equilíbrio econômico do sistema”. A prefeitura informou que vai divulgar esta semana quais projetos deverão ser revistos.

O governo reduziu pela segunda vez o valor da tarifa em São José, pressionado pela onda de protestos que se espalhou pelo país contra as tarifas. O anúncio foi feito na última quinta-feira, antes do protesto programado pelo Movimento Passe Livre. Mesmo com a redução, o protesto aconteceu e levou para às ruas da cidade cerca de 10 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e 20 mil, segundo os organizadores. Em fevereiro, a prefeitura reajustou o valor da tarifa de R$ 2,80 para R$ 3,30. Depois, em junho, com base nas desonerações de impostos concedidas pelo governo federal, a tarifa foi reduzida para R$ 3,20. O Ministério Público de São José investiga o aumento concedido em fevereiro. A prefeitura enviou na semana passada as informações solicitadas pelo MP.

A Avetp (Associação Valeparaibana das empresas de Transporte de Passageiros) se reúne na próxima quarta-feira para avaliar o impacto da redução da tarifa de ônibus e quais os investimentos que deverão ser revistos. A tarifa em São José vai custar a partir de amanhã R$ 3 nos dias de semana e R$ 2,50 aos domingos. A entidade que representa as empresas do transporte urbano de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava e Taubaté fechou acordo salarial com o Sindicato dos Condutores, concedendo reajuste de 8,5% para a categoria. O salário dos funcionários também é um item que causa impacto no custo da planilha para a composição do preço da tarifa.

Com o reajuste, o salário base dos motorista passa a ser de R$ 2.297,48 e o dos cobradores de R$ 1.422, 13. Segundo a Avetp, o piso da região é o mais caro do país. Em São Paulo, o salário base do motorista é R$ 1.955,10 e o de cobrador R$ 1.129,80. Em Campinas, o salário do motorista é de R$ 1.866,67 e o de cobrador, R$ 828,88. O presidente do Sindicato dos Condutores da região, José Roberto Gomes, considerou correto a prefeitura baixar o preço da tarifa. Segundo ele, as empresas “faturam muito com o sistema”.

Pelo contrato de concessão do transporte público realizado em 2008, a renovação da frota deve ocorrer a cada cinco anos. Em fevereiro, a Expresso Maringá concluiu a renovação da sua frota com 40 veículos. O transporte coletivo em São José é operado pelas empresas Expresso Maringá, que possui 121 ônibus, a SCS Brasil, que possui 134, e a Saens Peña, com 131 veículos. As empresas transportam cerca de 215 mil pessoas por dia.

Pedido de redução de tarifa de ônibus é ignorada

A Justiça de São José rejeitou ontem o pedido da Defensoria Pública de suspender o reajuste de 17,86% na tarifa do transporte coletivo urbano da cidade, implementado no último dia 11. Com o aumento, a passagem saltou de R$ 2,80 para R$ 3,30.

O defensor público Jairo Salvador havia ingressado com a ação cautelar quatro dias depois do aumento. Ele alegou que o reajuste foi concedido sem participação dos usuários, violando a legislação, além de não ter sido realizada qualquer auditoria no sistema de transporte.

Em sua decisão, no entanto, o juiz titular da 2ª Vara da Fazenda Pública de São José, Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, diz que “o certame licitatório da concessão do serviço público de transporte coletivo foi precedido de audiência pública realizada em 19 de dezembro de 2006”.

O texto afirma ainda que “a comunidade joseense teve oportunidade, então, de participar da discussão da fixação da tarifa inicial de concessão, bem como dos critérios de revisão e reajuste, que vieram a ser estabelecidos em contrato”. O defensor Jairo Salvador não foi encontrado ontem, pois estava cumprindo compromissos em São Paulo. Ele deverá recorrer da decisão.

MP. Na decisão, a Justiça afirma que encaminhou a ação para análise do Ministério Público de São José que, no entanto, não deu seu parecer sobre o caso. “De toda feita, não há nulidade pelo fato do Ministério Público, ao qual foi dada vista dos autos, não ter se pronunciado expressamente sobre o pedido liminar”, diz o juiz Moura Santos.

Segundo a decisão, a ação teria sido recusada por uma das Promotorias, sob alegação de que não competia a ela tratar da questão. A assessoria do MP foi procurada, mas não respondeu. Por meio de nota, a Secretaria de Transportes informou que todos os cálculos e contratos que determinaram a nova tarifa de R$ 3,30 são públicos e estão disponíveis no site da prefeitura e na própria secretaria.

Diz o texto: “ao longo do ano, independente da atual legislação, serão tomadas medidas que garantam a participação da população nos debates sobre transporte coletivo, incluindo auditorias e futuras discussões de tarifa”.

A Justiça fixou prazo de 20 dias para que a administração municipal conteste a decisão. O grupo de jovens que já realizou três protestos contra o reajuste na passagem da cidade promete novas manifestações, porém ainda sem data. Após decidir pela manutenção da ECO (Estação de Conexão de Ônibus), do Campos de São José, na zona leste, a prefeitura iniciou ontem uma pesquisa junto aos usuários. A intenção é ouvir 3.000 pessoas sobre possíveis mudanças no local, que é alvo de críticas. A pesquisa vai até amanhã.

O Vale

Publicado em: 21/02/2013

Prefeitura não considera aumento indevido de passagem

Os usuários do transporte coletivo de São José dos Campos que recarregaram o cartão até o último domingo ainda estão pagando R$ 2,80 na tarifa, apesar do leitor magnético apontar R$ 3,30 no momento em que eles passam pela catraca eletrônica.

A informação é da Secretaria de Transportes, que ontem apresentou a O VALE os extratos dos cartões de alguns passageiros para comprovar que as cobranças têm sido feitas com base no valor antigo para todos os passageiros que compraram créditos antes da vigência do reajuste.

Segundo a assessoria da pasta, apenas a indicação de valor na catraca eletrônica é que está incorreta. O aparelho seria programado sempre para exibir somente um valor no caso, os R$ 3,30 atuais. Nem a prefeitura, nem o Consórcio 123 (formado pelas três empresas operadoras do transporte coletivo) comunicaram com antecedência que isso poderia acontecer. Com o problema, para saber se o desconto foi correto é necessário subtrair o valor da tarifa pelo saldo do cartão este sim apresentado de forma precisa, segundo o governo.

A Secretaria de Transportes montou uma verdadeira operação de guerra para rebater as queixas feitas por usuários à imprensa desde a última segunda-feira, quando entrou em vigor o reajuste. Em pleno feriado de Carnaval, assessores da pasta fizeram uma lista com os nomes de todos os passageiros ouvidos por O VALE e por emissoras de TV, e de posse desses dados tiraram extratos dos cartões para provar que a cobrança da tarifa estava ocorrendo com base no valor antigo.

A prefeitura ainda telefonou aos usuários para dar satisfações sobre o ocorrido. A Avetep (Associação das Empresas de Transporte do Vale do Paraíba) confirmou que os cartões recarregados antes do reajuste terão a tarifa de R$ 2,80 cobrada até o fim dos créditos. Já o equipamento responsável pela leitura dos cartões só informa uma única tarifa padrão.

A situação ainda confunde muita gente. “A gente não tem como ficar fazendo conta. Tinha de mostrar o valor correto”, disse Suellen de Souza, 26 anos. A analista de Recursos Humanos Flávia Lúcia, 37 anos, disse que vai aguardar o fim do mês para ter certeza de que o desconto foi correto.

“Vou esperar pra ver se foi tudo certo quando eu for fazer a recarga novamente”, disse. A prefeitura orienta os usuários a procurar o Consórcio 123 (avenida Rui Barbosa, 15) ou ligar para o 0800-772-7730 (ligação gratuita) para esclarecer eventuais dúvidas sobre a cobrança da tarifa.

O Vale

Publicado em: 14/02/2013

Nova tarifa de ônibus já está em vigor na cidade

No segundo dia de vigência da tarifa de R$ 3,30 no transporte público de São José, usuários continuaram enfrentando problemas e reclamando que o desconto do cartão eletrônico foi feito com base no novo valor e não no antigo, de R$ 2,80.

A Secretaria de Transportes havia prometido que a cobrança de R$ 2,80 seria feita até que se esgotassem os créditos dos cartões carregados antes do reajuste, que foi de 17,86%. Porém, não é o que tem sido relatado pela maioria dos passageiros ouvidos pelo O VALEnos últimos dois dias. Como é o caso da estudante Bruna Caianne dos Santos, 18 anos.

Às 14h57 de ontem, ela embarcou em frente ao Parque Santos Dumont, região central, no ônibus que faz a linha 317-Campos dos Alemães (zona sul). Dentro do coletivo, ela confirmou o desconto de R$ 3,30 no cartão. Moradora do bairro de Santana, na zona norte, Bruna já havia utilizado momentos antes a linha 105-Freitas (zona norte) e relatado a mesma cobrança indevida. “A recarga foi feita na sexta-feira e estão cobrando R$ 3,30.”

O VALE acompanhou outros usuários com o problema, como a hoteleira Eliana Aparecida, 42 anos, que utilizou a linha 307-Morumbi (zona sul), às 15h de ontem, e a repositora Suellen de Souza, 26 anos, que chegou a questionar a cobradora do ônibus sobre o erro. “A cobradora disse que não tinha como controlar o sistema”, afirmou. A cobrança indevida foi feita na linha 115-Altos de Santana (zona norte).

No último sábado, O VALE mostrou que os usuários do transporte público enfrentaram filas por mais de duas horas na sede do Consórcio 123 (formado pelas três empresas operadoras de ônibus), na região central de São José, para fazer a recarga dos cartões com o uso da tarifa antiga até o fim dos créditos. Também ontem, O VALE ouviu usuários que relataram terem sido cobrados no valor antigo. “Nesses dois dias foi cobrado R$ 2,80. Não tive problemas”, disse Adriano Alexandre, 31 anos, que usou a linha 206-B-Santa Inês (zona leste).

Em nota, a assessoria da Secretaria de Transportes voltou a afirmar que os usuários que carregaram os cartões eletrônicos antes do dia 11 terão creditados o valor de R$ 2,80. Porém, a secretaria alega que “até o momento não identificou nenhum caso de cobrança indevida nos sistemas”, diz a nota.

Nos casos em que houver diferença na tarifa cobrada, a prefeitura orienta o usuário a procurar o Consórcio 123, na avenida Rui Barbosa, 15, ou ligar para o 0800-772-7730 para que seja feito o ressarcimento dos valores. É necessário informar o número do cartão.

Na nota encaminhada à imprensa no último dia 1º, em que informava o reajuste de 17,86% na tarifa, a assessoria da Prefeitura de São José afirmava que “a tarifa para os domingos e feriados seria de R$ 2,80”. O mesmo texto, porém, se contradiz no final e informa que somente aos domingos o valor é de R$ 2,80. O comunicado, inclusive, permanece publicado no site da prefeitura.

Só aos domingos. Corrigindo o comunicado do dia 1º, a assessoria da Secretaria de Transportes informou ontem, em nota, que “em relação ao dia de hoje (ontem), feriado de Carnaval, a pasta esclarece que o valor correto da tarifa é de R$ 3,30, uma vez que a tarifa de R$2,80 é aplicada aos domingos e não em feriados. Ainda esta semana, a Justiça deve analisar o reajuste tarifário em São José.

O Vale

Publicado em: 13/02/2013