A emissão de gases do efeito estufa pela frota de veículos da Região Metropolitana do Vale do Paraíba aumentou 33% em quatro anos. Entre 2009 e 2012, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), o total de emissões saltou de 1,871 milhões de toneladas para 2.488 milhões de toneladas. O levantamento faz parte do Relatório de Emissões Veiculares do Estado de São Paulo, divulgado há duas semanas. Segundo o estudo, os grandes vilões do aumento das emissões de gases do efeito estufa na região foram o crescimento da frota e o maior uso de gasolina no lugar de etanol. No período, a frota subiu de 558.418 veículos em 2009 para 696.861, no ano passado, um crescimento de 24,7%.
Os veículos movidos a gasolina emitiram 1.283 milhões de toneladas de gases, enquanto que os de etanol lançaram 11,05 mil toneladas. O efeito estufa potencializa os danos provocados pelos poluentes na saúde das pessoas, agravando problemas respiratórios, cardíacos e podendo causar cânceres. “A avaliação é que o Vale do Paraíba não está melhor ou pior do que outras grandes regiões do Estado”, disse Marcelo Pereira Bales, gerente do setor de Avaliação de Programas de Transportes da Cetesb. “Mas é um desafio reduzir as emissões até 2020, principalmente pelo aumento constante da frota e o uso da gasolina no lugar do etanol.”
“Os gases de efeito estufa, além de contribuírem para o aquecimento atmosférico em escala global, também criam uma espécie de efeito estufa localizado”, disse César Souza, engenheiro da Ambiental Consultoria, de São Paulo. Segundo Bales, a Cetesb vai atualizar os dados das emissões veiculares anualmente, aumentando o intervalo para efeito de comparação. Na RMVale, um dos desafios será avaliar os impactos do movimento na via Dutra, que corta toda a região. “É uma fonte ainda não mensurada.”