A General Motors define até o final deste mês o destino dos cerca de 1.500 empregados da fábrica de São José dos Campos que trabalham na linha de produção conhecida como MVA, onde são produzidos os modelos Corsa, Meriva e Zafira .
O diretor de Relações Institucionais da montadora, Luiz Moan, disse ontem a O VALE que a decisão da empresa será tomada até o dia 28 de julho. Moan afirmou que a montadora não tem uma definição sobre o futuro dos trabalhadores da linha do MVA.
“Nada está descartado”, respondeu o executivo ao responder se a empresa pode demitir ou realocar os trabalhadores para outros setores da planta de São José. O executivo se reuniu ontem com representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e do Ministério do Trabalho, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em São Paulo, para tratar da ameaça de demissão em massa na fábrica de São José.
Moan relatou que a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos estão fazendo uma análise do mercado consumidor para a tomada de uma decisão. Segundo ele, o comportamento futuro do mercado é que balizará a questão. Ontem, a GM deixou de produzir em São José a minivan Zafira, por causa do baixo desempenho do modelo no mercado consumidor.
Segundo Moan, o número de trabalhadores da linha de produção do MVA seria menor do que o divulgado pelo sindicato. “Não tenho esse número, mas muitos trabalhadores foram remanejados para a linha de produção da S-10”, disse.
Ele relatou que ficou acertado mais duas reuniões com o sindicato, nos dias 23 e 28 de julho, para fechar o assunto. “A pedido do Ministério do Trabalho, haverá também uma nova reunião que será agendada entre os dias 20 e 25 de julho, e acontecerá em São José dos Campos”, disse.
Os trabalhadores da montadora podem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A direção do sindicato encaminhou ontem a GM o aviso de greve da fábrica. A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores em assembleia pela manhã. Os empregados também paralisaram a produção ontem durante duas horas, segundo a diretoria da entidade.
O presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o Macapá, fez uma avaliação negativa do encontro com a GM. “Não houve avanço no encontro porque a empresa não mudou sua posição”, disse. As discussões sobre a ameaça de demissão em massa na planta da GM en São José serão levadas para a Secretaria Geral da Presidência da República, na próxima terça-feira, em Brasília.
“A GM tem uma responsabilidade social com a região e o governo federal tem dado incentivo e benefícios para a montadora”, disse Macapá.Confira a entrevista Luiz Moan, diretor de Relações Institucionais da General Motors.
O Vale