RMVale é a 12ª região mais populosa do país, diz IBGE

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O Vale do Paraíba é a 12ª região metropolitana mais populosa do país, segundo estimativa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com dados a partir do Censo 2010.

A região alcançou 2.453.387 moradores em julho deste ano e tornou-se a 12ª mais populosa do país, em um grupo de 26 regiões metropolitanas. Está à frente de regiões como as de Goiânia, Belém, Grande Vitória, Natal, Maceió, João Pessoa, Teresina e Florianópolis, entre outras.

A lista é encabeçada pela RM de São Paulo, com 21,2 milhões de habitantes, seguida da RM do Rio de Janeiro (12,3 milhões) e da RM de Belo Horizonte (5,8 milhões). A RM de Manaus ocupa a 11ª posição, uma acima da RMVale, com 2,5 milhões de moradores.

As estimativas populacionais servem para cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos e são usadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no cálculo do Fundo de Participação dos Municípios.

Os números mostram que a população da RMVale cresceu 14,74% desde 2010, quando tinha 2,157 milhões de moradores. Em seis anos, a região ganhou 318.130 habitantes e cresceu com taxa acima da estadual e do país, respectivamente de 12,95% e 12,01%.
De acordo com o IBGE, estima-se que o Brasil tenha 206,1 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento de 0,80% entre 2015 e 2016.

A RMVale tem taxa um pouco superior: 0,89% na comparação com o ano passado.
Cidades.

São José é a 9ª maior cidade do país, excetuando as capitais, com 695.992 habitantes e taxa de crescimento de 1,07% comparado ao ano passado, quando tinha 688.597. No período, a cidade ganhou 7.395 moradores, população superior a de 12 cidades da região.
Taubaté alcançou 305.174 habitantes e cresceu com taxa superior à da região: 0,94%, ganhando 2.843 moradores desde 2015, quando tinha uma população estimada de 302.331 pessoas.

Especialista ressalta a qualidade de vida

O movimento da busca por qualidade de vida ajudou a região a crescer com taxas populacionais acima das do Estado e do país.Além disso, as oportunidades de negócio, o parque industrial e as universidades contribuem para atrair novos moradores para a RMVale.

“A nossa região é muito próspera, o que atrai novos moradores”, disse o chefe do escritório do IBGE em São José, Bruno Ramos.

Para o arquiteto e urbanista Flávio Mourão, especialista em planejamento urbano, o êxodo das grandes cidades explica o crescimento populacional da região acima das médias estadual e nacional.

“As capitais enfrentam problemas por serem muito populosas. Para fugir de transtornos como o trânsito e a violência, as pessoas têm preferido as cidades médias do interior.”
Pequenas.

Das 39 cidades da RMVale, 26 registraram taxa de crescimento entre 2015 e 2016 inferior à média da região, que foi de 0,89%.

Fonte: Xandu Alves – O Vale

Greve nos bancos volta a lotar lotéricas na RMVale

Tempo e paciência. Virtudes necessárias para quem procurou ontem as casas lotéricas da região para pagar contas e receber salários, devido o grande movimento registrado nos estabelecimentos por causa da greve dos bancários. No centro de São José dos Campos, as lotéricas estiveram lotadas o dia todo. Em algumas, o tempo de espera era superior a 30 minutos, dependendo do horário. Para agravar a situação, ontem foi o quinto dia útil do mês, data de pagamento de muitos aposentados e pensionistas da Previdência. “O movimento hoje [ontem] está acima do normal. Além do quinto dia útil, a greve dos bancos ajudou a movimentar a lotérica”, afirmou Meire Ellen, funcionária de agência na rua Vilaça. A previsão é de que, se a greve dos bancários continuar, o movimento vai continuar intenso nas lotéricas.

A orientação do Comando Nacional dos Bancários é para a rejeição da contraproposta feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), de aumento de 7,1%. A Fenaban também avalia a possibilidade de concessão de reajuste de 7,5% no piso salarial. A entidade mantém a proposta da PLR do ano passado. A proposta foi rejeitada pelo Comando Nacional da categoria na última sexta-feira, na mesa de negociação. Os bancários reivindicam aumento de 11,93% (5% de reajuste real além da inflação), participação nos lucros de três salários e piso de R$ 2.860,21, entre outras reivindicações. Os sindicatos da região se reuniram ontem para analisar a decisão do Comando Nacional, mas a tendência é de continuidade do movimento.

A paralisação dos bancários foi iniciada no último dia 19 de setembro. Na microrregião de São José dos Campos, 111 agências bancárias estão fechadas, segundo o sindicato. Ontem, alguns bancos, entre eles o Itaú, voltaram a atender em suas agências.  Somente em São José dos Campos, a greve atinge 63 das 85 agências, de acordo com avaliação da entidade. Na microrregião de Taubaté, a paralisação atinge 46 das 85 agências, informou o sindicato dos bancários. Em Taubaté, a greve mantém fechadas 19 agências. Na microrregião de Guaratinguetá, a paralisação atinge 47 das 64 agências.

Orçamento do Estado para 2014 ignora a RM Vale

O Orçamento do Estado para 2014 não especifica verbas para o Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, criado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) com a proposta de financiar o- bras, estudos e programas de interesse regional. O fundo foi instituído por meio de decreto em maio, com previsão de receber os primeiros repasses a partir do ano que vem. Projeto encaminhado pelo governador à Assembleia Legislativa detalha recursos somente para as outras três Regiões Metropolitanas do Estado: São Paulo (R$ 59 milhões), Campinas (R$ 5,5 milhões) e Baixada Santista (R$ 5,5 milhões).

Prefeitos e deputados do Vale temem que, sem a dotação orçamentária, o fundo saia efetivamente do papel só em 2015, já no próximo governo três anos após a criação da RMVale, ocorrida em janeiro de 2012. “A falta de uma previsão no Orçamento é um risco. Isso pode levar a um descrédito, o que não é bom para ninguém”, disse o deputado estadual Marco Aurélio (PT), membro do Conselho da RMVale. Questionado na última semana, o governo informou a O VALE que os recursos para o fundo estão contemplados na previsão orçamentária da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano (rubrica 48001).

Segundo a assessoria de imprensa do Estado, o investimento inicial será de R$ 5,5 milhões, mesmo valor destinado às RMs de Campinas e da Baixada Santista. Ao contrário das duas últimas, porém, a RMVale não aparece no projeto. O prefeito de São Bento do Sapucaí, Ildefonso Mendes Neto (PSDB), presidente do Conselho da RMVale , disse ter sido informado de que a verba do fundo “seria incluída no Orçamento de 2014”. “Estive com o secretário de Desenvolvimento Metropolitano e nada foi comentado a esse respeito”, afirmou. “Agora, é preciso identificar, primeiro, quanto será preciso para iniciar os nossos projetos, e ainda não temos esse valor. Estamos em um período de estudos e planejamento.”

A lei que instituiu a RMVale prevê a criação de instrumentos de planejamento, execução e fomento de ações de interesse regional. A estrutura contempla um Conselho de Desenvolvimento (instância máxima, formado por representantes das 39 prefeituras da região e do governo do Estado que deliberam sobre todas as questões), um fundo e uma agência regional (órgão executor, responsável por contratar obras e serviços com os recursos captados). A criação desse último órgão ainda depende da aprovação de um projeto na Assembleia, sem data para ocorrer. “Ganhamos um carro de último ano, mas não temos pneus nem gasolina”, disse o deputado estadual Padre Afonso Lobato (PV), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Vale do Paraíba.

A criação da Agência de Desenvolvimento, braço operacional da RMVale, ainda depende da aprovação de um projeto de lei na Assembleia. Segundo o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edmur Mesquita, os estudos que embasarão a proposta estão sendo finalizados. “Creio que eles serão concluídos em 10 dias. Depois, o projeto passará pela análise das secretarias de Gestão, Planejamento e Fazenda”, disse. “Tenho convicção que o projeto será enviado à Assembleia ainda este ano”, acrescentou. Mesquita ressaltou que o escritório regional da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano), criado em abril deste ano em São José dos Campos, tem dado suporte técnico à RMVale . “Não há nenhum prejuízo prático ou institucional.” Enquanto a agência não for criada, o Fundo da RMVale ficará vinculado à Desenvolve SP (Agência de Desenvolvimento Paulista), ligada ao próprio governo do Estado.

Trabalhador dos Correios mantém greve na RMVale

Contrariando a tendência dos maiores sindicatos da categoria no país, os trabalhadores dos Correios na Região Metropolitana do Vale do Paraíba rejeitaram ontem a nova proposta feita pela empresa e decidiram continuar em greve. Cerca de cem funcionários dos Correios participaram da assembleia ontem em frente à agência central da empresa, em São José. O grupo rejeitou a proposta de acordo feita pela estatal e decidiu manter a paralisação iniciada na sexta-feira. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, 60% dos trabalhadores permaneciam de braços cruzados, no dia de ontem.

O setor mais prejudicado é o de distribuição de contas e correspondências. As agências de atendimento permaneciam abertas e atendendo as postagem dos clientes dentro das limitações que a greve impõe à prestação dos serviços. As cartas foram postadas normalmente, mas sem previsão de entrega e o mesmo acontece com as contas que são enviadas pelos Correios. Clientes que procuraram ontem a agência central dos Correios em São José demonstraram preocupação com a greve. “Ainda bem que a maioria de minhas contas são em débito automático, assim não preciso me preocupar tanto com os vencimentos das contas”, disse a secretária Marcela Rigotti.

“Mas tem certas contas que não temos a opção desse formato de pagamento, o que nos causa um pouco de trabalho, pois temos que imprimir as contas a pagar, o que não deveria ser nossa responsabilidade”, disse Marcela. Outro exemplo das limitações criadas pela greve é o serviço de Sedex. Quando o cliente envia alguma encomenda o atendente já informa a data em que a mesma será entregue, e por causa da paralisação, os funcionários das agências passam a não informar a data da entrega. “Não costumo usar os serviços dos Correios, mas precisei enviar um documento via Sedex que precisava ser entregue ainda ontem, mas o funcionário me informou que não podia precisar quando seria entregue por causa da greve”, disse frentista João Carvalho.

Os Correios fizeram uma nova proposta aos trabalhadores, com reajuste de 8% nos salários. Segundo a direção do sindicato dos trabalhadores dos Correios, o que dificulta um acordo, no entanto, é a terceirização do plano de saúde dos funcionários. “A empresa não aceita negociar esse ponto conosco, mas nós não aceitamos mexer nesse benefício que nós temos, não abrimos mão”, disse o presidente do sindicato, Marcílio Alves. O Correios informaram que na última sexta-feira, os sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro aceitaram a proposta da empresa de reajuste de 8% nos salários e 6,27% nos benefícios, pagamento de vale-extra no valor de R$ 650,65, a ser creditado em dezembro. Além deles, Bauru e Rondônia também encerraram a paralisação. Com o fim do movimento nesses locais e o mutirão realizado no final de semana, a entrega de cartas e encomendas deve ser regularizada entre hoje e manhã.

A empresa informou ainda que, “ontem, 96,04% do efetivo compareceu normalmente ao trabalho apesar da paralisação dos seis sindicatos (PB, PE, RS, TO, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba). A rede de atendimento está aberta em todo Brasil e somente nos locais citados alguns serviços estão comprometidos por causa da greve.

Rede Pública sofre com falta de médicos para População

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba tem um déficit estimado em mais de 500 médicos na rede pública de saúde das cidades. O número representa cerca de 30% de aumento para o atual número de profissionais contratados pelas prefeituras, seja por concurso ou por organização social. O fosso entre a demanda de pacientes e a oferta de médicos é maior nas cidades com menos de 50 mil habitantes, que somam 27 dos 39 municípios da região. Na RMVale, estima-se que o total de médicos das redes municipais de saúde chegue a 1.900 profissionais, para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). O número foi levantado com base em dados do Ministério da Saúde e fornecidos pelas prefeituras.

Para uma população de 2,406 milhões de habitantes, a região precisaria de, pelo menos, 2.470 médicos. Assim, as cidades atenderiam o preceito da OMS (Organização Mundial de Saúde) que preconiza um médico para cada grupo de 1.000 habitantes. Como está hoje, a região conta com um médico para cada grupo de 1.266 habitantes, índice considerado inadequado. “A falta de médicos hoje já é evidente. E a tendência é que aumente, pois a população está aumentando e envelhecendo”, diz Gilson Carvalho, médico pediatra e de saúde pública.

“Morre e sofre gente pela falta de assistência médica. Não lá longe, mesmo na nossa região do sudeste maravilha! Na melhor das hipóteses falta de atendimento na prevenção e começo da doença, provocando dor e muitas vezes a morte”, disse. O desafio dos gestores públicos prefeitos e secretário de saúde é encontrar maneiras de fixar o médico no serviço público. Uma delas é aumentar os salários, que são considerados baixos. A outra é conceder benefícios para quem quiser atender nas periferias.

Entrevista  com Gilson Carvalho, médico de Saúde Pública

A falta de médicos hoje já é evidente’
Leia trechos da entrevista com o médico especialista em Saúde Pública, Gilson Carvalho:

As cidades dizem que faltam médicos para contratar. Porque isso ocorre?
Há várias causas. A profissão é das poucas, senão a única, que goza de mercado pleno. Mais postos de trabalho vagos que a quantidade de médicos disponíveis. Diante disto, entra-se na lógica de mercado. Há condições oferecidas pelas cidades que o médico vai levar em conta, o que pode provocar concorrência entre elas. O mecanismo mais comum de resolver esta disputa é via diferença salarial a maior, mostrando o quão determinante é este fator.

O serviço público não é atraente ao médico?
É um circulo vicioso onde os vícios se somam dos dois lados. O médico pode escolher trabalhar num plano de saúde em que a carga horária deva ser cumprida na íntegra e o salário e condições de trabalho não são tão melhores às que o público oferece. Mas, tem outras vantagens, como, por exemplo, ter um hospital onde tratar seus pacientes. Sempre são avaliadas e pesadas vantagens e desvantagens.

Faltarão médicos no país?
A falta de médicos hoje já é evidente. A tendência é que aumente, pois a população está aumentando e envelhecendo, os serviços de saúde crescendo e se especializando, o que cria novos postos de trabalho. O problema não é apenas futuro. É presente. Morre e sofre gente pela falta de assistência médica. A maior carência hoje é a de pediatras e clínicos gerais com formação específica. Mas, por vezes a falta de especialistas, como neurologistas, ortopedistas e dermatologistas, chama mais a atenção.

O que o sr. achou dos médicos estrangeiros vindo ao país?
Acho que temos que fazer algumas reflexões. O programa Mais Médicos tem questões extremamente positivas e outras negativas, o que não o torna aberração.

As prefeituras erram ao não investir na prevenção?
Os erros são vários. Um deles é focar a ação na doença e sua assistência, e não na prevenção. Mas não se deve cair no falso maniqueísmo de contrapor assistência e prevenção. As duas são necessárias dentro de um equilíbrio.

Governo decide dobrar número de Escolas Integrais na cidade

A Secretaria de Estado da Educação vai dobrar o número de escolas estaduais, que funcionam com o novo modelo de ensino integral, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba até 2014. Das atuais 11 escolas, a região saltará para 23. Serão 12 novas unidades de tempo integral até o início do ano letivo. As escolas serão implantadas em unidades já existentes em sete cidades.

Para tanto, a Secretaria de Educação está promovendo encontros de formação para 1.500 educadores da rede estadual que já atuam no programa de Ensino Integral. Os objetivos são fortificar as ações já implantadas, trocar experiências e discutir os próximos passos. Em todo o Estado, o número de escolas de tempo integral aumentará de 69 para 170. Serão contemplados 56 municípios e 50 mil alunos serão atendidos. No novo modelo do programa, segundo o secretário Herman Voorwald, da Educação a jornada é de oito horas e meia no Ensino Fundamental e nove horas e meia no Ensino Médio, incluindo três refeições.

Além das disciplinas obrigatórias, os alunos contam também com disciplinas eletivas, definidas por cada escola. Os professores recebem gratificação de 75% pela dedicação exclusiva. Em São José, a Secretaria de Educação conta com oito escolas municipais em tempo integral. Numa delas, a Rosa Tomita, no Jardim São José 2, na região leste, a qualidade do ensino melhorou depois que a unidade adotou o sistema. A escola foi criada em 2004 para atender o novo bairro, criado a partir do programa de desfavelização da prefeitura. Com o tempo integral, o nível de aprendizagem passou de 3,9 para 6,2, em 2011.

Conjunto começa a praticar atividades sustentavéis na cidade

Projetos desenvolvidos por empresas no Vale do Paraíba consolidam a região como referência de sustentabilidade, palavra da vez do século 21. As boas práticas envolvem desde o plantio de mudas para o reflorestamento de nascentes, passando pela economia de energia e redução da emissão de CO². Na Johnson & Johnson, por exemplo, o programa Health Future 2015 (futuro saudável) segue a todo vapor, com três projetos a serem concluídos ainda este ano na planta de São José dos Campos, que representarão uma redução de consumo e emissão anual total de 945 MWh de energia, 874 toneladas de CO² e 191 mil m3 de gás combustível. “Focamos na proteção ambiental, no desenvolvimento de pessoas e no retorno financeiro”, disse o gerente de Manutenção e Infraestrutura da Johnson, Alex Francisco Gomes. Entre os projetos da unidade estão a modernização dos tanques de aquecimento de água que suprem o restaurante da empresa, a expansão dos equipamentos de alta eficiência em resfriamento para o complexo farmacêutico Janssen e a instalação de duas novas caldeiras para reduzir o consumo de gás natural e emissão de CO². “Trabalhamos produtos de concepção mais limpa e custeio menor.”

A economia de recursos é ainda maior quando o conceito de sustentabilidade é aplicado a partir do prédio que abriga a empresa. Este é o caso do Santos Dumont Hospital, inaugurado pela Unimed São José em 2009 e que colhe os frutos da economia verde. O equipamento utilizado para gerar o Ar Medicinal, por exemplo, tem consumo zero de água. “Só nesse item já foram economizados mais de 11 milhões de litros de água desde que o hospital foi inaugurado, em 2009. Isso representa R$ 162.700 de economia”, disse o administrador de tecnologia em Saúde, Lúcio Flávio Brito. Anualmente, o hospital – que possui terreno total de 7.275m² — consome 264 KW/m²/ ano. A quantidade é bem abaixo dos 320 KW/m²/ ano recomendados para os prédios sustentáveis

E na Monsanto, uma parceria com a Secretaria do Meio Ambiente de São José já recuperou quatro áreas de nascentes nos bairros Urbanova, Jardim Santa Inês e Campos São José. A iniciativa faz parte do Programa de Revitalização de Nascentes Urbanas, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que mapeou 33 áreas de nascentes em perímetro urbano de São José dos Campos e conta com uma estimativa de investimento na ordem de R$ 150 mil. Tão importante quanto as ações sustentáveis é saber a melhor forma de comunicar seus resultados ao público. Este foi o diferencial buscado pela Fibria, de Jacareí, que optou por de lançar seu Relatório de Sustentabilidade 2012 para iPad na loja da Apple.

Os diferenciais consistem em animações e arquivos de áudio e vídeo, além do acesso direto aos links da versão completa do relatório na internet. O conteúdo já pode ser baixado gratuitamente em português e inglês. O Relatório de Sustentabilidade da Fibria, além de apresentar os principais resultados do ano nas áreas econômico-financeira, socioambiental e de governança, faz um balanço dos resultados obtidos até o momento para as Metas de Sustentabilidade de Longo Prazo e mostra os desafios estabelecidos para 2013.

Na Embraer, a gestão de pessoas integra o pacote de sustentabilidade. Na última quarta-feira, teve início o programa Miniempresa, que tem como principal objetivo estimular o espírito empreendedor dos jovens. O programa é realizado pelo Instituto Embraer de Educação e Pesquisa desde 2002, por meio de parceria com as Secretarias Municipais de Educação de São José, Gavião Peixoto e Botucatu e a Associação Junior Achievement do Estado de SP, uma ONG originária dos Estados Unidos que é responsável pela metodologia. Na próxima terça acontece o programa Empresário-Sombra por um Dia, também realizado em parceria com a Junior Achievement. Os estudantes acompanham um dia de trabalho de um empregado da Embraer que atua na área de interesse do aluno. Os alunos são indicados pelo Ismart (Instituto Social Para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos). E na quarta terminam as inscrições para o 10º PPS (Programa Parceria Social) do Instituto Embraer de Educação e Pesquisa. A iniciativa reconhece e apoia os melhores projetos de organizações sociais sem fins lucrativos que, em parceria com empregados voluntários, desenvolvam atividades voltadas à Educação.

6 mil vagas de estágios são abertas na região

A unidade do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) de São José dos Campos atingiu a marca histórica de 6.000 estagiários em atividades nas empresas e órgãos públicos do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Com este patamar, a unidade de São José ocupa o quarto lugar atrás de importantes capitais brasileiras como São Paulo, Brasília e Salvador e destaca o trabalho da instituição desenvolvido em todo o Vale.

“Esse número mostra a força do estágio nas empresas e destaca a região com ótimas oportunidades para o mercado de trabalho. É a quarta unidade no país a conseguir esse feito”, disse a supervisora do CIEE de São José, Priscila Dalmas. A unidade prevê ainda a abertura de mais de 500 vagas de estágios até o final de julho nas 39 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

A projeção é resultado do período de reposição de estagiários que tiveram seus contratos vencidos no final do primeiro semestre. “O período também coincide com a formatura de estudantes e com a efetivação de estagiários nas empresas.” De todas as 50 unidades do CIEE no país, São José se destaca também por ter mais de 600 aprendizes atuando nas indústrias. O programa permite que empresas de médio e grande porte contratem jovens, com idade entre 14 e 24 anos, para a capacitação profissional, cumprindo cotas que variam de 5% a 15% do número de funcionários efetivos.

“Sou estagiário há quatro meses e nunca tinha passado por uma experiência tão positiva. Estou aprendendo na prática, o que vejo no curso de contabilidade”, disse o estudante Pedro Santos de Souza, 23 anos. O sonho da estudante Raíssa Silva Augusto, 15 anos, moradora do Parque Industrial, zona sul de São José, é poder estagiar. “Estou à procura de uma oportunidade, pois sempre achei que estágio é importante, pois além de ampliar o conhecimento, nos prepara para o mercado de trabalho.”

Contribuir com a formação de mão de obra qualificada para a economia é importante para os empresários, segundo a coordenadora executiva da Assecre (Associação dos Empresários do Chácaras Reunidas), Angela Grou. “Ter estagiários traz benefícios às empresas ao ‘moldar’ o futuro funcionário de acordo com a rotina e produção das empresas”, disse.

Preço da Cesta Básica tem queda na cidade

Os preços da cesta básica começaram a cair, pela primeira vez neste ano, na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Segundo levantamento do Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes), da Universidade de Taubaté, a queda foi de 0,08% no mês de maio, em relação a abril de 2013. A última queda de preços foi registrada em novembro de 2012. A pesquisa foi feita nas cidades de Taubaté, São José dos Campos, Caçapava e Campos do Jordão.

O levantamento levou em consideração o custo da cesta básica para uma família de 5 pessoas e com renda de até 5 salários mínimos, equivalente a R$ 3.390,00. Os produtos que ficaram mais baratos foram o tomate, cenoura, abobrinha, arroz agulhinha, macarrão, açúcar e óleo, segundo a pesquisa. Na contrapartida, subiram de preço na região a batata, mandioca, banana prata e nanica, farinha de trigo, sabonete e absorvente.

O menor preço foi registrado em Taubaté, no valor de R$ 1.121,05. O maior, foi em Campos do Jordão, no valor de R$ 1.136,55. Em São José, a cesta básica teve uma queda de 0,09% em relação a abril, ficando em R$ 1.130,57. A pesquisa mostrou que o comprometimento da renda com a compra da cesta básica foi média de 33%. A dona de casa Maria Gomes Vale, disse que “o tomate abaixou de preço, mas que os preços ainda continuam na mesma”.

Outra dona de casa, Daise Magali Loureiro, comentou que “o preço do óleo baixou, mas e ainda não dá para sentir no bolso a queda nos preços”. O economista, Luis Carlos Lauriano da Rosa, do Nupes, disse que as chuvas influenciaram a alta dos preços das verduras e legumes no início do ano. “A tendência é que com o tempo mais seco, os preços se mantenham em queda”, afirmou Rosa. Ele também lembrou que a desoneração dos impostos da cesta básica, definida pelo governo federal, ajudou a reduzir os preços.

“Realmente foi o que sentimos no supermercado. A desoneração dos impostos ajudou a diminuir os preços dos produtos da cesta básica”, disse o gerente do supermercado Villa Real Vila Ema, Saulo Pereira. Segundo ele, a queda maior verificada no supermercado foi nos produtos de higiene, na carne e no óleo.

Trânsito da cidade é tema da RMVale

Os desafios da educação para o trânsito, Lei Seca, crimes no ‘volante’ e casos de acidentes envolvendo motociclistas e pedestres serão alguns dos temas abordados no 1º Seminário de Educação para o Trânsito da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, em São José. O evento, que acontece entre os dias 13 e 14 de junho no Parque Tecnológico, deve atrair profissionais do setor de todo o país.

Até ontem, a Secretaria de Transportes havia recebido 189 inscrições de representantes do Detran (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), Superintendência de Educação para o Trânsito de Resende, Chefia de Trânsito de Mogi-Guaçu, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, entre outras autoridades da RMVale. É a primeira vez que a cidade sedia um seminário sobre o tema para toda a região, segundo o supervisor do Educatran, antigo Núcleo de Educação para o Trânsito, André Correia. Segundo ele, são esperados 300 participantes nos dois dias do evento. Somente de janeiro a março deste ano, a cidade registrou 461 acidentes de trânsito, segundo balanço da Secretaria de Transportes.

“Essa é uma boa oportunidade para discutirmos o assunto e trocar experiências. Entre os participantes temos bastante pessoas, entre elas consultores, especialistas e representantes do setor de outras cidades como, por exemplo, Jundiaí, São Paulo, Litoral Norte e outras regiões do país”, disse Correia. Segundo ele, durante a semana serão realizadas ainda diversas atividades na cidade como blitz de trânsito, palestras educativas para estudantes, entre outras ações.

Entre os palestrantes está o jornalista J. Pedro Corrêa, reconhecido internacionalmente pela atuação na área de segurança no trânsito e o lançamento do livro “Cultura de Segurança no Trânsito – Casos Brasileiros”, elaborado para todos os públicos interessados na questão e o engenheiro Eduardo Alcântara Vasconcellos, assessor da ANTP (Agência Nacional de Transportes Públicos). As inscrições podem ser feita até o dia 12 de junho pelo site www.sjc.sp.gov.br. Na página na internet há a programação completa do evento.