Ecônomia deve ter investimento do PLR de Metalúrgicos

Os dois maiores sindicatos de metalúrgicos da região, o de São José dos Campos e o de Taubaté, que representam 65 mil trabalhadores, começaram a negociar a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2013. A expectativa é que o benefício injete cerca de R$ 320 milhões na economia da região até o final do ano a PLR é paga, normalmente, em duas parcelas, em agosto deste ano e fevereiro do ano que vem.

Ambos os sindicatos iniciaram a campanha de negociação da PLR em março, que envolve cerca de 1.330 empresas em 15 cidades. Os sindicalistas estão realizando assembleias com os trabalhadores, desde a semana passada, para aprovar a negociação e encaminhar o pedido de reunião com os empresários. Os valores variam de acordo com a empresa, levando-se em conta o número de funcionários e o tamanho da companhia.

“Creio que vai ser uma negociação muito dura e difícil, em razão dos problemas com a economia”, disse Ademir Tavares da Paixão, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José responsável pelas empresas da região sul da cidade.

Em São José, a única grande empresa que já fez proposta para a PLR foi a TI Automotive, que ofereceu R$ 8.600 aos trabalhadores o valor também contempla o abono salarial. Segundo o sindicato, os trabalhadores rejeitaram o valor proposto, mas concordaram com o pagamento combinado de PLR e abono. Na General Motors, o acordo assinado com o sindicato no ano passado prevê o congelamento do valor da PLR, em torno de R$ 12 mil. Só as metas serão negociadas. Entre as grandes empresas, apenas a Embraer não negocia direto com o sindicato.

Ontem, os trabalhadores da LG Electronics de Taubaté aprovaram em assembleia a proposta para a PLR, que deve injetar R$ 15 milhões na economia da cidade. A LG de Taubaté tem cerca de 2.600 trabalhadores e produz celulares, notebooks, monitores e máquinas de lavar. “A proposta aprovada da PLR reafirma a agenda positiva de valorização dos trabalhadores e da busca de investimentos para a unidade de Taubaté”, disse Isaac do Carmo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté.

O Vale

Publicado em: 19/04/2013

Funcionários recebem PLR pela Embraer na cidade

A primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) a ser paga hoje aos funcionários da Embraer vai injetar cerca de R$ 35 milhões na economia regional. O dado foi divulgado pela empresa, que possui cerca de 12 mil trabalhadores em São José dos Campos.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o valor representa 12,5% do lucro líquido da empresa no primeiro semestre. A forma de pagamento será R$ 1.003,31 fixos mais 15,44% sobre o salário de cada trabalhador. A segunda parcela será paga em abril de 2013.

Os metalúrgicos reclamam da forma de pagamento. Eles defendiam divisão igual, entre todos os funcionários, de 15% do lucro operacional maior que o lucro líquido, mas não divulgado pela empresa. “Uma empresa da realidade econômica da Embraer pagar R$ 1.000 fixos de PLR é muito pouco”, disse o vice-presidente do sindicato e funcionário da empresa Herbert Claros.

Ele alega que a média dos salários dos funcionários da produção é cerca de R$ 3.500. No cálculo, esses trabalhadores receberiam de participação R$ 1.500, considerado baixo por eles. O sindicato informou que empresas de menor porte, como a Latecoere, de Jacareí, com 400 funcionários, pagou R$ 2.600 de PLR.

A empresa informou em nota que “apesar das declarações do sindicato hoje em São José, a Embraer está de fato cumprindo todos os aspectos do acordo entre a empresa e a comissão de PLR”. Claros confirma que os termos foram aprovados na comissão, mas disse que os membros foram pressionados a aceitar por não terem estabilidade no emprego.

Em assembleia realizada ontem, os trabalhadores da Embraer aprovaram o aviso de greve em razão de impasses nas negociações do reajuste salarial deste ano. A reivindicação da categoria é de aumento salarial de 12,5%, mas os trabalhadores aceitam fechar em torno de 8%. Segundo o sindicato, a empresa ofereceu a inflação no período, 4,58%.

Com o aviso de greve protocolado judicialmente, os trabalhadores podem paralisar a produção após 48 horas. “Por conta desse impasse nós fizemos a assembleia e decidimos pela greve. Caso as negociações não avancem, nós vamos parar em um momento oportuno”, disse Claros. A empresa possui em torno de 7.000 metalúrgicos, mas a campanha salarial vale para todos os 12 mil. A Embraer informou que a situação na fábrica em São José é de plena normalidade.

O Vale

Publicado em: 11/10/2012

Metálurgicos da Gm tem votação de PLR

Após quase um mês de negociação e seis reuniões, a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos chegaram ontem a um acordo sobre a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) que será paga este ano aos 7.921 funcionários da fábrica de São José dos Campos.

O valor, não divulgado ontem pelo sindicato, será avaliado hoje pelos empregados em assembleias nos turnos da manhã e da tarde. A expectativa da direção do sindicato é que a proposta seja aprovada, já que é maior que o valor do ano passado, quando os funcionários receberam R$ 11. 268.

“Quem vai decidir são os trabalhadores. O que posso dizer é que é maior que o valor do ano passado”, disse o presidente eleito do sindicato Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’, que toma posse neste sábado. Caso a proposta seja aprovada, os metalúrgicos poderão receber a primeira parcela do benefício ainda este mês, o que era uma das metas do sindicato antes do início das negociações, que também envolveram o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde a GM possui a maior parte de sua produção.

O sindicato conseguiu uma PLR maior ainda que a meta de produção nas fábricas de São José e São Caetano seja menor em relação ao ano passado. Para receber o benefício superior aos R$ 11.268 de 2011, os trabalhadores terão que produzir 385 mil veículos ante as 404 mil unidades do ano passado.

“Essa diminuição não significa que os funcionários estão trabalhando menos. Isso é causado pelos lançamentos que a GM tem feito no país de modelos fabricados fora”, afirmou Macapá. Durante as reuniões, o sindicato tentou atrelar as metas de produção à abertura de um terceiro turno na linha da S10 em São José. Segundo os metalúrgicos, esta seria a única forma de produzir as 62 mil unidades da picape, meta exigida pela montadora.

A mudança, no entanto, ficou para outra oportunidade. A saída de linha de alguns modelos fabricados em São José preocupa o sindicato, entidades ligadas à indústria e o poder público. O prefeito Eduardo Cury (PSDB) chegou a receber o sindicato em seu gabinete, quando prometeu intermediar as negociações com a GM para a atração de novos investimentos para a fábrica na cidade.

Cury afirma já ter entregue o documento à direção da empresa, que disse que trataria diretamente com o sindicato sobre o assunto.  A GM possui 7.921 trabalhadores em São José, segundo dados passados pela empresa ao sindicato.

Atualmente, a fábrica produz os modelos Meriva, Zafira, Corsa, Classic e S10. Os dois primeiros devem sair de linha a partir de junho.  A GM não comentou o assunto.

O Vale

Investimento de R$164 milhões para metalúrgicos na cidade

O pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) negociada no ano passado com os metalúrgicos de São José dos Campos e região injetou R$ 163,9 milhões na economia do Vale do Paraíba.

O benefício foi quase um ‘décimo quarto salário’, considerando que o montante equivale a 81% da folha salarial mensal do setor, de R$ 200 milhões, segundo balanço feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

O relatório, que levou em consideração a PLR de 30,6 mil trabalhadores 70% da categoria, também mostra que o salário só dos metalúrgicos representa 31% da folha salarial de todos os trabalhadores com carteira assinada das cidades cobertas pelo sindicato.

Parte dos metalúrgicos recebeu a segunda parcela do benefício no final de janeiro ou começo deste mês. “Esse valor tem aumentado gradativamente. É um dinheiro usado pelo trabalhador para pagar uma dívida, trocar de carro e arrumar alguma coisa em casa. Poucos têm poupança”, afirmou o presidente do sindicato, Vivaldo Moreira.

As negociações sobre PLR dos metalúrgicos começam em março. Em alguns setores, como o aeronáutico, a discussão se estende até o final do ano, pela diferença na data-base da categoria. “Nada disso vem de mão beijada. A luta é grande e, em algumas empresas, ainda é preciso quebrar esse tabu de que a PLR é mais um gasto para a fábrica”, disse Moreira.

A empresa que pagou a maior PLR da região foi a General Motors, de São José. Cada trabalhador recebeu no total R$ 11.268 valor 13% superior ao recebido em 2010. Na briga por quem fica com a maior parte do benefício dos trabalhadores, o comércio tem levado a melhor. “Poucos trabalhadores têm poupança”, disse o presidente do sindicato.

“Esse dinheiro entra no comércio e estimula o consumo. Com o comércio vendendo mais, há mais fabricação desses produtos e isto se torna um ciclo”, afirmou o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Felipe Cury.

A base do Sindicato dos Metalúrgicos de São José representa 42 mil trabalhadores e também abrange também as cidades de Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá. Em Taubaté, o montante injetado na economia com o pagamento de PLR dos metalúrgicos em 2011 foi de R$ 143 milhões, contra R$ 114 milhões de 2010.

O Vale

GM investirá R$49 milhões para pagamento a metalúrgicos

Cerca de R$ 49 milhões serão injetados na economia da região neste mês com o pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) da General Motors, de São José dos Campos. Somando as duas parcelas do benefício, os trabalhadores receberão referente ao abono de 2011 um total de R$ 11.268 13% superior ao montante recebido em 2010.

No ano passado, as fábricas da GM em São José e em São Caetano produziram 404 mil carros, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos.

O montante a ser recebido pelos 9.000 funcionários da GM anima os comerciantes, que esperam que suas lojas sejam o destino de parte do benefício. “Esse dinheiro chega num momento muito bom. Janeiro é um mês de liquidação, tanto que a maioria dos empresários não se desfez dos funcionários temporários. Muitos vão saldar seus compromissos para voltar a consumir”, disse o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, Felipe Cury.

O delegado regional do Corecon (Conselho Regional de Economia), Jair Capatti Junior, recomenda cautela na hora de usar o benefício no comércio. “Esse trabalhador sai em vantagem por receber no início do ano um valor considerável e que pode ajudar muito nas despesas mais imediatas, tais como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), material escolar, e também mais à frente o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana)”, disse o economista.

Para aqueles que pretendem utilizar o dinheiro para acertar dívidas, ele recomenda priorizar os débitos com taxa de juros mais elevada, como cartão de crédito e cheque especial. “O objetivo é ficar sem dívidas com juros”, disse.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, afirmou que a PLR da GM foi fruto do esforço dos trabalhadores, que produziram mais que no ano anterior e chegaram a deflagrar greve de 24 horas durante as negociações com a empresa.

“Aquela foi uma grande vitória da categoria”, disse Barros, que é candidato à presidência do sindicato. Para o diretor da entidade, o benefício maior que o de 2010 é justo pelo balanço de vendas e o saldo de produção do setor.

Em 2011, 3,6 milhões de veículos foram comercializados no país, um crescimento de 3,4% em relação a 2010, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A produção de automóveis também apresentou alta, de 0,7% em relação ao ano anterior.

O Vale

PLR de empresas são pagos e aquecem vendas de natal

Papai Noel vai engordar o bolso dos comerciantes da região. Eles se preparam para aproveitar a entrada em circulação de pelo menos R$ 280 milhões do pagamento da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) nas grandes empresas.

O valor leva em conta estimativas dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos e de Taubaté, que representam 64 mil trabalhadores de 16 cidades.

Gerente da loja Colombo do CenterVale, em São José, Leandro Quadros espera fechar dezembro vendendo até 70% a mais do que um mês normal. A entrada do dinheiro é comemorada pela equipe de vendas da loja. “O cliente chega com dinheiro e compra à vista, conseguindo bons descontos e evitando dívidas”, disse. Itens como computadores portáteis, aparelhos de televisão e de áudio e celulares estão na lista dos mais vendidos.

Roberto Coelho, 31 anos, gerente da loja Calvin Klein, está otimista com o final de ano. “As compras estão se aquecendo e melhorarão com a entrada desse dinheiro novo no comércio.” A maior parte das empresas paga a segunda parcela da PLR até o final do ano. Outro segmento vai acertar o benefício entre janeiro e março de 2012.

“O pagamento da PLR tem um peso grande na economia da região. Ela movimenta o comércio local”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Isaac do Carmo.

Conforme estimativa da entidade, a cidade deve contar com R$ 130 milhões vindos da PLR das principais empresas, como Ford, Alstom e LG. Na Volkswagen, os
trabalhadores aprovaram anteontem a proposta de R$ 5.800 no valor da PLR, que injetará quase R$ 40 milhões até o final do ano.

Para Sandra Morales, presidente da Acit (Associação Comercial e Industrial de Taubaté), quem mais se beneficia com a entrada desse dinheiro é o comércio. “Os trabalhadores sempre usam parte do dinheiro para as compras de Natal”, disse. Em São José, a expectativa de sindicatos e entidades do comércio é que a PLR injete algo em torno de R$ 150 milhões na economia da cidade, dinheiro que será bem vindo.

“É ótimo para aquecer as vendas de final de ano”, ressaltou Felipe Cury, presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José. Vivaldo Moreira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, está finalizando as contas de quanto as empresas da base da entidade vão pagar em PLR.

Boa parte delas, segundo ele, acerta o benefício entre janeiro e março, mas algumas pagam no final de ano. O trabalhadores recebem o equivalente a um 14º salário extra, entre R$ 2.000 e R$ 6.000. “É um dinheiro que ajuda os trabalhadores, que podem pagar contas, e o comércio também, que se beneficia com vendas.”

Além da PLR, o comércio também está de olho no 13º salário, que deve injetar na região até R$ 567 milhões.

O Vale

Pagamento de PLR

Os funcionários da Ericsson, de São José, aprovaram ontem o valor da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) 2011. Os cerca de 1.000 trabalhadores receberão R$ 4.500 caso cumpram as metas de produção para este ano.

O valor representa um aumento de 80% do que foi pago no ano passado. A primeira parcela foi fixada em R$ 2.500 e será paga este mês. O restante será quitado em março do ano que vem.

No mês passado, a Ericsson anunciou investimento de R$ 10 milhões para a ampliação de sua produção dos módulos eletrônicos da fábrica.

Outra empresa a fechar sua PLR foi a Hubner. Os cerca de 70 trabalhadores da produtora de sanfonas industriais acertaram ontem o valor de R$ 5.000, um aumento de 210% em relação ao ano passado.

Negociações. Desde quarta-feira, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José participa de reuniões com as empresas da Assecre (Associação dos Empresários das Chácaras Reunidas) para a definição do valor da PPR (Programa de Participação nos Resultados). Aproximadamente 50 empresas já entraram em acordo com os trabalhadores.