13° aquece mais de 100% o comércio da cidade

O comércio da região comemora o movimento do último final de semana, classificado como o segundo melhor do ano em vendas e movimento de consumidores. Entre sábado e domingo, cerca de 500 mil pessoas passaram pelos shoppings de São José e Taubaté. Já no comércio de rua das duas maiores cidades do Vale, o fluxo foi 20% maior do que nos finais de semana comuns, comparado com o mesmo período de 2011.

Para lojistas, o motivo do aumento foi pagamento da primeira parcela do 13º Salário, na sexta-feira. “Foram dois dias excelentes. Não esperávamos tanta gente. Superou todas as nossas expectativas. Isso nos mostra que o comércio ficará bem aquecido nos próximos fins de semana que antecedem ao Natal”, disse a gerente de Marketing do Taubaté Shopping, Martha Serra.

De acordo com a assessoria de imprensa do Vale Sul Shopping, em São José, nos três dias sexta, sábado e domingo foram registrados 250 mil pessoas circulando pelo centro de compras. Os cerca de 100 mil consumidores que passaram pelo CenterVale Shopping renderam 650 notas trocadas na promoção de Natal. De acordo com a assessoria, o ticket médio por pessoa foi de R$ 1.600 no sábado e R$ 1.500 domingo.

O Colinas Shopping, em São José, também registrou aumento nas vendas e no fluxo de pessoas. Segundo sua assessoria de imprensa, o centro de compras deve receber 840 mil pessoas no mês de dezembro, um aumento de 12% comparado com o mesmo período do ano passado.

“Recebi parte do meu décimo terceiro e resolvi antecipar as compras de Natal. Além da família, tenho afilhados e amigos queridos”, disse a funcionária pública, Janete Barros. Em Taubaté, os lojistas estão otimistas. De acordo com a presidente da Acit (Associação Comercial e Industrial de Taubaté), Sandra Morales, o fim de semana foi comparado com o do Dia das Mães, quando o comércio registra o segundo melhor evento do ano.

“O comércio está muito aquecido. Todas as lojas estavam lotadas. Até estendemos o horário de última hora”, afirmou a presidente. Em São José não foi diferente. Quem aproveitou o dia de descanso para ir às compras, precisou de disposição e paciência. “É uma loucura, mas é necessário”, disse a secretária Jurema Nascimento.

O Vale

Publicado em: 04/12/2012

Funcionários recebem PLR pela Embraer na cidade

A primeira parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) a ser paga hoje aos funcionários da Embraer vai injetar cerca de R$ 35 milhões na economia regional. O dado foi divulgado pela empresa, que possui cerca de 12 mil trabalhadores em São José dos Campos.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o valor representa 12,5% do lucro líquido da empresa no primeiro semestre. A forma de pagamento será R$ 1.003,31 fixos mais 15,44% sobre o salário de cada trabalhador. A segunda parcela será paga em abril de 2013.

Os metalúrgicos reclamam da forma de pagamento. Eles defendiam divisão igual, entre todos os funcionários, de 15% do lucro operacional maior que o lucro líquido, mas não divulgado pela empresa. “Uma empresa da realidade econômica da Embraer pagar R$ 1.000 fixos de PLR é muito pouco”, disse o vice-presidente do sindicato e funcionário da empresa Herbert Claros.

Ele alega que a média dos salários dos funcionários da produção é cerca de R$ 3.500. No cálculo, esses trabalhadores receberiam de participação R$ 1.500, considerado baixo por eles. O sindicato informou que empresas de menor porte, como a Latecoere, de Jacareí, com 400 funcionários, pagou R$ 2.600 de PLR.

A empresa informou em nota que “apesar das declarações do sindicato hoje em São José, a Embraer está de fato cumprindo todos os aspectos do acordo entre a empresa e a comissão de PLR”. Claros confirma que os termos foram aprovados na comissão, mas disse que os membros foram pressionados a aceitar por não terem estabilidade no emprego.

Em assembleia realizada ontem, os trabalhadores da Embraer aprovaram o aviso de greve em razão de impasses nas negociações do reajuste salarial deste ano. A reivindicação da categoria é de aumento salarial de 12,5%, mas os trabalhadores aceitam fechar em torno de 8%. Segundo o sindicato, a empresa ofereceu a inflação no período, 4,58%.

Com o aviso de greve protocolado judicialmente, os trabalhadores podem paralisar a produção após 48 horas. “Por conta desse impasse nós fizemos a assembleia e decidimos pela greve. Caso as negociações não avancem, nós vamos parar em um momento oportuno”, disse Claros. A empresa possui em torno de 7.000 metalúrgicos, mas a campanha salarial vale para todos os 12 mil. A Embraer informou que a situação na fábrica em São José é de plena normalidade.

O Vale

Publicado em: 11/10/2012

Manequim de tamanhos diferenciados aquece comércio

Bem resolvida em relação a seu porte físico, a advogada Rosana Braga, 30 anos, conta que sempre foi gordinha e que isso nunca foi um problema em sua vida. “Desde muito jovem aprendi a me aceitar como eu sou.” O único momento que o manequim acima da média se torna um incômodo é na hora de renovar o guarda- roupa. “Adoro moda e sempre gostei de me vestir bem. O problema é que era muito difícil encontrar a peça que achava bonita no tamanho que precisava. E já passei muito constrangimento por causa disso”, afirmou.

Essa realidade está começando a mudar. De olho no número cada vez maior de pessoas com medidas grandes segundo o Ministério da Saúde, quase 50% da população brasileira está acima do peso e 15% é considerada obesa muitos empresários estão investindo no mercado de roupas denominado plus size.

A estimativa de analistas é que o setor cresça em média 10% ao ano. Em São José, pelo menos 10 lojas oferecem esse tipo de produto e uma é especializada em peças para esse público. Parece pouco se comparado aos cerca de 15 mil estabelecimentos comerciais da cidade, mas é muito se comparado ao que existia há cerca de dois anos. “Na época só existia roupas maiores para senhoras”, disse a estilista e modelo Débora Fernandes.

Outro exemplo dessa mudança foi a realização do primeiro desfile de modelos plus size, na edição deste ano do Oscar Fashion Day maior evento de moda da região, ocorrido entre nos dias 13 e 14. O termo plus size começou a se popularizar no país há cerca de cinco anos e é usado para substituir de forma mais descolada a indicação para o tamanho ‘extra grande’.

Isso porque as roupas em tamanho especial sempre existiram, o que mudou foi a modelagem e a adaptação às tendências da moda, “No passado as peças serviam para disfarçar o excesso de peso, apagando a mulher, hoje o objetivo é realçar as qualidades com elegância”, afirmou Silvia Eloy, orientadora de moda e gerente de uma loja especializada.

Um mudança que agradou principalmente o público mais jovem. “Antes a menina se sacrificava para caber na roupa que ela gostava, hoje ela quer que a roupa da moda se adapte ao corpo dela”, disse Débora. Mas além de oferecer opções mais modernas, a modelagem é outra preocupação das confecções que atendem ao público plus size. As roupas precisam se adaptar e respeitar as características das mulheres gordinhas.

Além do peso e altura, o corpo da brasileira é dividido basicamente em três biotipos, com quadril, barriga ou seios grandes. “E na gordinha essas nuances são destacadas, por essa razão a roupa precisa respeitar isso”, disse Eloy. A loja Program, Vale Sul Shopping, é a única da cidade totalmente dedicada à moda feminina Plus Size.

Inaugurada há um ano e meio, a loja oferece desde biquinis a vestidos de festas. Com a diferença de atender manequins a partir do 44 até o 54. “Algumas clientes até se emocionam quando experimentam as roupas e descobrem que podem ficar elegantes, mesmo com um manequim fora do padrão”, afirmou.

O crescimento do mercado já chama a atenção de outros empresários. A comerciante Márcia Carina Vaz de Oliveira, dona de duas lojas de roupas femininas em Aparecida, está interessa em investir na linha plus size, mas tem dificuldades em encontrar fornecedores. “Desde que montei a loja procuro por peças maiores, mas não consigo achar fornecedores que tenham o que as clientes procuram.”

O Vale

Período sem aumento de imposto, aquece vendas

Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o aumento na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) até 15 de dezembro, as concessionárias de veículos importados da região projetam aumento nas vendas. Na semana em que o governo anunciou o reajuste no IPI, no final de setembro, houve corrida às lojas de importados, que tiveram o estoque praticamente zerado por consumidores que buscavam adquirir modelos sem o reajuste no preço.

“A partir de agora, as vendas devem aumentar. Desde a aplicação do reajuste no IPI, o mercado travou”, afirmou o gerente de vendas da revendedora da Kia Motors em São José, Daniel Menezes Ferreira. Já o gerente de vendas da concessionária Macau, da Chery no Vale do Paraíba, Marcelo Souza, acredita que o IPI normal não deve alterar o mercado, que estaria retraído.

“O mercado está parado e não está sendo o IPI o responsável por isso. Essa crise vem afetando o fluxo de vendas de todas as revendedoras”, disse. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, evitou contestar a decisão do STF, que beneficiaria as montadoras estrangeiras.

“Decisão do Supremo Tribunal Federal a gente cumpre. É simples assim. Vamos cumprir. Daqui a 90 dias a gente começa a praticar o IPI com o aumento”, disse o ministro depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT).

SAIBA MAIS

suspensão
STF suspendeu até o dia 15 de dezembro aumento de 30% na alíquota do IPI

crítica
Medida foi criticada pela indústria nacional, que reclama da falta de competitividade com produtos importados

efeito
Concessionárias de veículos importados esperam que vendas voltem a crescer

O Vale