Segundo IBGE, Vale do Paraíba tem mais de 2 mi de habitantes

A Região Metropolitana do Vale do Paraíba alcançou 2.406.735 moradores em julho deste ano, segundo estimativa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e viu crescer a sua população acima dos índices nacional e estadual. Entre 2010 e julho de 2013, de acordo com o levantamento do IBGE, a região ganhou 142.141 novos habitantes, o que representou 6,27% de crescimento. No mesmo período, o Brasil viu subir em 5,40% a população do país e o Estado de São Paulo, em 5,84% os residentes paulistas. São Paulo chegou a 43,663 milhões de habitantes e o país, a 201,032 milhões de pessoas. Na RMVale, todas as 39 cidades registraram crescimento no número de residentes desde 2010, quando o IBGE realizou um censo em todo o país.

Na estimativa do ano passado, comparada com 2010, oito municípios haviam registrado queda no número de moradores.,São José (673.255 residentes), Taubaté (296.431) e Jacareí (223.064) continuam sendo as maiores cidades em número de moradores na RMVale. Na ponta contrária, aparecem as menores cidades da região: Arapeí (2.541 habitantes), Areias (3.839) e Redenção da Serra (3.952). Entre 2010 e julho deste ano, as cidades que registraram o maior aumento proporcional da população foram Potim (10,84%), Ilhabela (9,88%) e Jambeiro (9,70%). Os municípios que cresceram menos, também proporcionalmente, foram Piquete (1,21%), Cunha (1,76%) e Arapeí (1,92%).

A mudança de pessoas para a região por causa de trabalho, na avaliação do IBGE, é o principal motivador do crescimento das cidades. Nos pequenos municípios, pelo mesmo motivo, o aumento da população é mais lento. “Algumas cidades que tiveram baixo crescimento foi por causa da falta de atrativos e de vagas para trabalho”, disse Bruno Garkauskas Ramos, chefe do escritório do IBGE em São José dos Campos. Foi o que ocorreu com as três maiores cidades da região. Elas cresceram acima da média nacional por causa da crescente migração atrás de emprego. O número de residentes em São José saltou de 629.921 para 673.255, entre 2010 e julho deste ano, aumento de 6,88%. Em Taubaté, em igual período, os moradores subiram de 278.686 para 296.431, crescimento de 6,36%. A população de Jacareí pulou de 211.214 para 223.064 no período, aumento de 5,61%.

Com cinco filhos com idade entre 14 anos e 11 meses, a autônomo Elza de Souza, 31 anos, e o marido Anderson Martins, 34 anos, vieram para São José atrás de trabalho. Eles vêm de famílias numerosas e acabaram ocupando uma casa no bairro Rio Comprido, na região sul da cidade, à espera de melhores oportunidades de emprego. “Operei para não ter mais filhos. Cinco está bom demais. Estou feliz com a minha família”, disse Elza. O IBGE estima que a população da Região Metropolitana do Vale do Paraíba cresça até 2042, quando deve seguir o padrão brasileiro e começar a reduzir gradativamente. Nas contas do instituto, os residentes da região, que cresceram acima da média nacional entre 2010 e julho deste ano, podem chegar a 2042 com uma população beirando 3 milhões de pessoas.

A partir daí, em razão da diminuição das taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida, a população tende a reduzir e envelhecer. “O Vale deve seguir o padrão de São Paulo e do Brasil. Não vemos a região muito fora dessas linhas de variação populacional”, disse Bruno Ramos, chefe do escritório do IBGE de São José dos Campos. Para o sociólogo Matheus Gomes, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o Vale ainda atrairá muitos residentes nas próximas décadas por causa do desenvolvimento industrial. A nova estimativa do IBGE foi feita com base em outra, de 2012, e também nos dados do Censo 2010. Ela representa a população residente nos municípios no dia 1º de julho de 2013. A projeção é feita anualmente a pedido do TCU (Tribunal de Contas da União) e serve de base para o repasse de recursos do orçamento aos municípios.

Cidade tem Pesquisa Nacional da Saúde pelo IBGE

Começa nesta quarta-feira a coleta de dados para a Pesquisa Nacional de Saúde em São José dos Campos, segundo informou a prefeitura. O estudo inédito é realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os entrevistados terão a pressão arterial aferida e o sangue e a urina coletados. A pesquisa, baseada nos exames laboratoriais, vai mapear diversas doenças e fatores de risco à saúde da população brasileira, como hipertensão, diabetes e a obesidade. Segundo a prefeitura, os pesquisadores deverão visitar casas nas proximidades dos bairros Jardim Morumbi, D. Pedro 1º e Jardim Paulista. Todos os pesquisadores estarão devidamente identificados.

A coleta de dados no país começou no dia 12 e será feira em 80 mil domicílios brasileiros. Além dos questionários também farão parte deste estudo a coleta de sangue e urina, a aferição de medidas antropométricas e a medição da pressão arterial de um grupo de pessoas que faz parte da amostragem da pesquisa. De acordo com a assessoria de imprensa do IBGE, todos os entrevistadores da PNS deverão portar o crachá do IBGE e o equipamento eletrônico de coleta de dados (computador de mão). Também será possível confirmar a identidade do entrevistador pelo telefone 0800-721-8181.

Antes de sair às ruas, os pesquisadores fizeram um treinamento não só para aplicar o questionário corretamente, como para tirar as medidas antropométricas e de pressão arterial. Já os exames de sangue e urina serão realizados por laboratórios credenciados pelo Ministério da Saúde. Segundo o IBGE, todas as informações coletadas são confidenciais e só poderão ser utilizadas para fins estatísticos. As análises feitas pela pesquisa também vão diagnosticar se a pessoa tem diabetes, anemia falciforme e analisar percentuais de creatinina, potássio e sódio, indicadores que podem revelar eventuais problemas de saúde. Se os resultados dos exames apontarem algum problema de saúde, o entrevistado será encaminhado a uma unidade de atendimento do município para receber acompanhamento médico.

A pesquisa faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT) e tem como meta produzir novas informações sobre os hábitos de alimentação, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, prática de atividade física e fatores associados aos comportamentos não saudáveis da população. As informações vão subsidiar as ações de combate às DCNT, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil.

Dengue
Segundo a prefeitura, o exame de sangue também trará a informação do percentual da população brasileira que já entrou em contato com o vírus da dengue. Essa pesquisa será importante para subsidiar estudos sobre a vacina conta a doença desenvolvida no País, possibilitando mapear as áreas suscetíveis a surtos de subtipos da dengue.

O material coletado será guardado e vai compor um banco de soro humano para monitorar a doença no país, ficando disponível para universidades e institutos de pesquisas. Os primeiros resultados do estudo devem ser divulgados em 2014.

Mulheres conquistam seu espaço no mercado segundo IBGE

Já foi a época que fazer carro ou avião era coisa de homem. De maneira mais delicada, mas não menos competente, as mulheres já conquistaram espaço e respeito no meio industrial da região. Hoje, a média de funcionárias mulheres em empresas da Região Metropolitana do Vale do Paraíba é de 15%. Trinta anos atrás esse número não passava de 5%. A prova do avanço do público feminino na indústria é a procura por cursos na área.

Há 20 anos na General Motors de São José, Ana Cláudia Barbosa, 42 anos, foi a segunda mulher na história da empresa na cidade a conquistar um cargo de supervisora. Atualmente, ela é gerente de produção de veículos e comanda uma equipe de 700 pessoas.

O ambiente dominado por homens não a incomoda, já que tem sido assim desde que ingressou na faculdade de engenharia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Guaratinguetá. “É uma troca muito boa. Tento agregar o raciocínio lógico e a praticidade do homem com a sensibilidade e argumentação da mulher.”

Na engenharia de produção, área tradicionalmente masculina, o destaque vai para Cristine Mendonça Bloch, 40 anos. Responsável pela engenharia de manufatura do projeto do KC-390 a maior aeronave que a Embraer terá colocado no ar e o principal produto na área de defesa, ela se sente desafiada.

“Me sinto super motivada e feliz em trabalhar em um programa importante não só para a Embraer, mas para o Brasil”, afirmou. Atualmente, ela comanda uma equipe de 160 pessoas, em que 20 são mulheres. “Nunca me senti estranha no ninho. Como minha equipe, quero ver esse avião voar, fazer parte disso.”

A gerente trabalha na Embraer em São José há 12 anos. Hoje, o número de mulheres engenheiras na Embraer se aproxima dos 10%. Já 23 anos atrás, quando Eliane Rodrigues de Moraes, 43 anos, entrou na Embraer, mulher era peça rara.

Eliane conta que no início o sonho de ter carteira de trabalho assinada pela Embraer era de sua mãe que levou seu currículo. Mas não demorou muito para que ela tivesse sonhos dentro da empresa. Passou de eletricista a supervisora de produção de aviões executivos.

“Eu adoro o que faço. É um orgulho. Consegui o respeito das pessoas e hoje discuto de igual para igual”, afirmou ela. Desafiada a conquistar ainda mais espaço, a supervisora estuda inglês e faz MBA em gestão empresarial.

A montadora de interiores, Ana Cláudia Xavier, 29 anos, é um exemplo de força de vontade. Ela sabia que para poder concorrer a uma vaga na Embraer, onde tanto queria trabalhar, precisaria estudar. Pesquisou, correu atrás, se formou no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e há cinco anos é funcionária da  companhia de aviação.

“É uma satisfação muito grande saber que o produto onde trabalhei está carregando tantas vidas disse ela.
Ana Cláudia pretende voar mais alto. Por isso não paro de estudar”, disse ela. Prestes a completar a maioridade como funcionária da GM, Juliana Matos passou de estagiária a gerente de controle de produção e tem que conciliar trabalho e família. “Antes, nascemos para ser mãe e dona de casa. Hoje, somos mãe, dona de casa e respeitadas no mundo dos negócios. Isso é o um diferencial de uma mulher que sai de casa para trabalhar.”

O número de mulheres na indústria da região vem crescendo a cada ano. Na Embraer, 14% dos funcionários são mulheres. A tendência é que esse número aumente, segundo Daniela Sena, diretora de Recursos Humanos. Isso porque o público feminino tem procurado mais por cursos de especialização de acordo com a necessidade de cada empresa, que absorve essa mão de obra.

“A mulher conquistou respeito pela sua competência e se destaca pelo lado mais humano que aliado ao negócio se posiciona bem estruturada no mercado de trabalho”, disse. Segundo Daniela, a mulher conquistou também o tratamento igualitário. Em São José, a Embraer tem cerca de 15 mil funcionários.

Na GM, 8% dos funcionários é mulher: 950 na produção e 900 na área administrativa. A atual presidente da empresa no Brasil é Grace Lieblein. Na planta da Argentina, com sede em Buenos Aires, a brasileira Isela Costantini comanda a montadora.

O Vale

Publicado em: 21/01/2013

IBGE aponta que igreja cresce, mais riqueza diminui

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que São José dos Campos perdeu riqueza entre 1999 e 2009 e caiu no ranking nacional e estadual das cidades com maior índice de PIB (Produto Interno Bruto) a soma de todos os bens e serviços produzidos na cidade.

No período, o município aumentou o PIB de R$ 9,740 bilhões para R$ 22,018 bilhões, mas não o suficiente para ganhar posições na lista das cidades mais ricas. Em 1999, São José ocupava a 12ª posição no Brasil e a 5ª no Estado de São Paulo das cidades mais ricas.

Dez anos depois, caiu para a 19ª posição no país e a 8ª no Estado, sendo ultrapassado por Osasco, Barueri e Santos. No plano nacional, perdeu para Osasco, São Bernardo do Campo, Barueri, Duque de Caxias, Betim, Recife e Santos.

“Houve crescimento nominal no PIB, mas queda no valor real. Calculo que a cidade vem perdendo cerca de R$ 300 milhões ao ano, em média”, disse o economista e advogado Roberto Koga, que fez o estudo da queda da riqueza analisando dados do IBGE e do governo federal.

A diferença entre real e nominal é o quanto, efetivamente, a subida do PIB representa em aumento dos recursos para investimento na cidade. Ganhar mais não significa que se pode gastar mais. Segundo Koga, a retração econômica provocou diminuição de 29,2% no repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) ao longo da década, refletindo na menor disponibilidade de dinheiro para investimento no município.

A principal causa para a redução da riqueza em São José, segundo o economista, foi a perda gradual de competitividade e do poder de atrair novas empresas. Ele justifica a opinião com números. Em 1999, o PIB do setor industrial na cidade foi de R$ 4,475 bilhões, colocando São José como a terceira maior riqueza industrial do país, perdendo apenas para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Com PIB industrial de R$ 9,998 bilhões, em 2009, São José caiu para a sétima maior riqueza industrial do país, perdendo lugar para os municípios de Manaus (AM), Campo dos Goytacazes (RJ), Betim (MG) e São Bernardo do Campo. “A competitividade está cada vez mais agressiva. Nessa batalha, não se admite acomodação, que pode provocar um retrocesso”, afirmou Koga.

O Vale

Publicado em: 23/10/2012

IBGE revela que região abriga mais de 18 mil favelas

A região tem 18.601 pessoas morando em 17 favelas, palafitas, mocambos ou assentamentos irregulares. O número representa menos de 1% da população do Vale, que é de 2,2 milhões de habitantes.

É o que aponta o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou ontem o estudo ‘Aglomerados Subnormais’, baseado em dados do Censo de 2010. O estudo é falho, na opinião de especialistas, já que considera apenas quatro cidades São José, Jacareí, Caçapava e Tremembé e deixa de fora municípios com problemas crônicos na habitação, como é o caso de Campos do Jordão, onde mais de 9.000 pessoas vivem em 10 áreas de risco.

O Litoral Norte, onde as ocupações irregulares nos morros desafiam a administração pública, também não é citado no levantamento, assim como outros municípios de grande porte da região, como Taubaté. No caso do litoral, por exemplo, a própria Prefeitura de São Sebastião, tem cadastradas 42 áreas de ocupação irregular, com 7.000 moradores.

Para o arquiteto e urbanista, Flavio Mourão, da Unitau, o estudo não corresponde à realidade do Vale. “O número é muito maior”, disse. Para ele, há falha na metodologia. “Ter apenas 18.601 moradores em favelas é muito pouco mesmo. Muitas vezes, o estudo tem um tipo de metodologia para não subir estes índices”, disse.

Metodologia. O IBGE considerou conjunto de no mínimo 51 moradias consideradas carentes, com precariedades, como falta de sistema de esgoto ou falta de energia elétrica. “Nós fizemos o levantamento e depois passamos para as comissões censitárias formadas pelas autoridades dos municípios e técnicos do instituto. Houve uma interação para detectar e investigar estas áreas no país”, disse o pesquisador do IBGE, Maurício Silva.

Em todo o país, foram apontados 6.329 aglomerados subnormais em 323 municípios.  No caso das quatro cidades da região, São José tem 7.310 pessoas vivendo em três favelas –Banhado (centro), Vila Rodhia (zona norte) e Pinheirinho (zona sul).

O município conta com um programa de desfavelização que, segundo a Secretaria de Habitação, já removeu 120 moradores do Banhado. O restante está em processo de transferência por meio de convênio. No caso do Pinheirinho, que teve a reintegração determinada pela Justiça, moradores tentam negociar a regularização da área com o governo.

Já a Prefeitura de Jacareí, cidade que lidera o ranking com 10.143 pessoas em 10 favelas, informou que este ano foram transferidas 366 famílias para moradias por meio do programa federal Minha Casa, Minha Vida. Há ainda, segundo a prefeitura, outras 800 unidades em construção.

A secretária de Cidadania e Assistência Social de Caçapava, Maria de Fátima Lopes, disse que 172 famílias já foram retiradas de favelas. A cidade tem 932 pessoas em duas favelas. Já Tremembé tem 216 moradores nestas condições.

O Vale

IBGE mostra que característica industrial lideram ranking

Dados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2009 divulgados ontem mostram que a distribuição de riqueza entre as cidades da região é desigual. O levantamento é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A pesquisa revela que a maior parte da riqueza regional está concentrada no eixo entre as cidades de Jacareí e Pindamonhangaba. Embora apenas dois dos 39 municípios do Vale e Litoral Norte tenham registrado queda no PIB em 2009 (São Sebastião e Santa Branca), o crescimento da riqueza nas pequenas e médias cidades está bem distante do verificado nos municípios que concentram atividades industriais e de serviços.

PIB é o indicador que mede a produção de um país, levando em conta três grupos principais agropecuária, indústria e serviços. São José é o município com maior PIB, de R$ 22,018 bilhões. A renda per capita da população é de R$ 35 mil. No ranking das 100 cidades do país com maior PIB, São José pulou do 21º para o 19º lugar.

A seguir, Taubaté é a segunda com maior riqueza na região, com PIB de R$ 8,324 bilhões. A cidade pulou de 61º para 54ºlugar no ranking nacional. A renda per capita é de R$ 30,4 mil. Jacareí e Pinda estão na sequência de cidades mais ricas, com PIBs de R$ 4,832 bilhões e R$ 4,417 bilhões, respectivamente. Já a renda per capita das duas cidades é de R$ 22.705,97 e R$ 28.851,13, respectivamente.

Arapeí é o município mais pobre da região, com PIB de R$ 26,350 milhões, seguido por São José do Barreiro (R$ 31,520 milhões) e Canas (R$ 34,6 milhões, revela o IBGE. Na avaliação do prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota (PT), a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte pode ser a oportunidade para reduzir as desigualdades regionais.

“A RM pode ter instrumentos que permitam um desenvolvimento igualitário entre os municípios e para uma melhor distribuição da riqueza. Isso é bom para os pequenos e também para a grandes cidades.” Com relação ao PIB de Jacareí, Hamilton destacou que, apesar de 2009 ter sido um ano de crise na economia, a cidade conseguiu se destacar. “Acreditamos que 2010 foi ainda melhor”, afirmou.

José de Mello Corrêa, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, analisa que os dados do IBGE são positivos para toda a região. “A pesquisa revela que a maioria das cidades teve crescimento no PIB. Para São José, os dados também são positivos, pois melhoramos a nossa posição no ranking nacional”, disse o secretário.

O Vale

Renda per capita, o censo revela

Você sabia que São José dos Campos tem 42 moradores com mais de 100 anos de idade? E que as mulheres são a maioria da população? São exatamente 12.673 mulheres a mais que homens.

Tem mais: se você acha que as pessoas ganham pouco pode rever o conceito. São José é a 14ª cidade do Estado com maior porcentual de famílias com renda per capita superior a três salários a partir da classe B na economia.

O cenário faz parte do detalhamento das informações do Censo 2010 feito pelo O VALE com base nas informações divulgadas até agora pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Censo feito entre junho e agosto do ano passado mostra um retrato fiel dos moradores que fazem de São José uma cidade jovem, rica e em pleno desenvolvimento. Do total de moradores da cidade (629.921), a maioria é jovem com até 29 anos de idade (305.819 pessoas).

Dentro do mapa da ocupação urbana, o dado revela que a favela do Banhado, no centro, é o ‘bairro’ com maior concentração de jovens 65% dos 1.516 moradores da área tem menos de 30 anos. Em seguida, está o Campo dos Alemães, na zona sul, e Campos de São José, na zona leste da cidade. Na outra ponta da lista, estão os bairros nobres da região central. É no Jardim Esplanada e São Dimas que os idosos estão concentrados. São José tem 61.986 idosos.

“São José segue tendência das cidades de médio porte do Estado. A previsão é que esses jovens comecem a ocupar as áreas mais externas do município fazendo com que o centro perca sua importância residencial”, afirmou Wagner Silveira, coordenador do IBGE em São Paulo.

Os dados mostram que a maioria das casas são sustentadas com uma única renda e que maior parte dos moradores são brancos. O Campo dos Alemães aparece ainda como bairro com maior concentração de homens.

Os dados do IBGE vão embasar as definições das políticas públicas de São José dos Campos. A informação é da própria prefeitura que junto com o Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) vai estudar os números do Censo 2010.

A análise será feita por uma equipe multidisciplinar composta por sociólogos, urbanistas, economistas e estatísticos da Secretaria de Planejamento Urbano. O Ipplan conta com outra equipe de quatro funcionários que vão fazer o estudo.

Segundo ele, o trabalho já teve início, mas ainda não chegou a nenhuma definição porque está na etapa inicial. Cynthia Gonçalo, diretora geral do Ipplan disse que o trabalho envolverá ainda a análise da evolução de indicadores, seja com referência ao contexto atual e estabelecendo comparações com o país, o Estado, a região e, principalmente, avaliando as diversidades internas ao município.

Segundo ela, será realizado ainda o cruzamento dos dados que chegam do 156, número municipal que centraliza a demanda da população, com dados do Censo com o objetivo de contextualizar as demandas dos moradores.

Fonte: O Vale