São José cria grupo para avaliar pendências em áreas da CDHU

O governo Carlinhos Almeida (PT) criou um grupo de trabalho para resolver pendências em conjuntos habitacionais construídos em parceria com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). A comissão, formada por técnicos da Secretaria de Habitação, terá a incumbência de apurar os problemas enfrentados pelos mutuários e, em seguida, discuti-los com o governo estadual. Resolver a situação dos cerca de 10 mil moradores do Conjunto Dom Pedro 2º, na zona sul de São José dos Campos, é um dos principais desafios deste novo grupo de trabalho.

Há 21 anos, os moradores esperam a regularização do bairro, criado em 1992, a partir de um loteamento da CDHU em parceria com a Prefeitura de São José.  Atualmente, há 1.726 casas no local e os mutuários aguardam a regularização da documentação dos imóveis. Sem a solução deste impasse, os moradores não conseguem um simples alvará para funcionamento do comércio. Afinal, o bairro não é reconhecido pela prefeitura. Por estar irregular, o local também sofre com pouco investimento na infraestrutura. Creche e área de lazer, por exemplo, são itens inexistentes no conjunto.

Criado no último dia 20 de agosto, por meio de uma portaria assinada pelo prefeito Carlinhos Almeida e pelo secretário de Habitação, Miguel Sampaio Junior, o grupo de trabalho ainda está em fase embrionária. Apenas dois técnicos foram nomeados na comissão. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Habitação, a atuação do grupo de trabalho ainda será definida, quando acontecer a primeira reunião de seus membros. A data do encontro, entretanto, também está indefinida. Apesar da falta de informações a respeito do recém-criado grupo de trabalho, a iniciativa foi elogiada pelo governo do Estado. O dirigente regional da CDHU, Francisco de Assis Vieira, o Chesco, afirmou que tem incentivado a criação desses grupos em toda a região.

“Grupos e fóruns de debates são sempre bem-vindos. Esse intercâmbio de informação é extremamente nobre e pode dar resultado”, afirmou Chesco à reportagem. De acordo com o dirigente, a situação do Conjunto Dom Pedro 2º, na zona sul, é um dos mais complexos da RMVale. “Esses conjuntos antigos são os que mais nos dão problemas. Os novos já saem com o projeto aprovado, com tudo certinho”, disse. “Este grupo tem todo o nosso apoio na tarefa de eliminar essas pendências históricas. Porque, o que costuma acontecer, é os prefeitos irem deixando de lado, só porque não foram os responsáveis”, declarou.

Tido como prioridade no Vale do Paraíba, o Conjunto Dom Pedro 2º, na zona sul de São José dos Campos, enfrenta um processo burocrático para ser regularizado. A CDHU iniciou no ano passado o processo de averbação, que consiste em encaminhar todas as plantas dos imóveis do bairro para gerar uma matrícula individualizada para cada proprietário.

Embraer cria laboratório de materiais sustentáveis

A Embraer inaugura na semana que vem, em São José dos Campos, um laboratório para desenvolver produtos a partir de materiais sustentáveis e usá-los no interior das aeronaves. Trata-se do Material Concept Lab, que será instalado na unidade da empresa no distrito de Eugênio de Melo, na região leste de São José. De acordo com a Embraer, o espaço permitirá a fornecedores o contato com materiais inéditos que possuem potencial de utilização na indústria aeronáutica. Primeiro do gênero no país, o acervo reúne 150 referências e amostras de materiais de origem nacional, selecionados com foco na sustentabilidade e na adequação ambiental. Para tanto, a Embraer contou com consultoria da Matéria Brasil, que tem escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo e que pesquisa materiais sustentáveis. A empresa mantém uma “materioteca” com mais de 800 produtos responsáveis fabricados prioritariamente no Brasil. Há itens como palha de seda, lâmina de bambu para revestimento e malha de algodão orgânico.

O laboratório, segundo a Embraer, é resultado de um estudo que selecionou materiais de baixo impacto ambiental, naturais e sintéticos, de diversas características, como metais, cerâmicos, polímeros, têxteis e compósitos. Destes, alguns já foram pré-validados pelo Centro de Validação de Interiores da Embraer, tendo passado por diversos testes necessários para compor o interior de uma aeronave. “O laboratório apresenta novas oportunidades para quem deseja fornecer para a indústria aeronáutica” disse, em nota, Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “Mais do que pelo acervo, o espaço é importante porque ajuda a estimular a cultura de explorar materiais inéditos, que não estão prontos ou disponíveis no mercado, aumentando o potencial de inovação de toda a cadeia.” Além de servir como referência para fornecedores, que poderão acessar o laboratório, o Embraer Material Concept Lab será utilizado para pesquisas em parceria com o meio acadêmico e outras indústrias, como a automobilística.

Na avaliação do geógrafo Thiago Vedova, coordenador das áreas de Comunicação e Educação da Matéria Brasil, o uso de produtos ambientalmente adequados pode aumentar ainda mais o valor de mercado da Embraer. “Há uma corrida verde no setor e a Embraer está dando um passo muito positivo. Para ela e para os fornecedores”. Em parceria com a Boeing, a Embraer lançou no último mês de junho um plano de ação para desenvolver a indústria do biocombustível para a aviação no Brasil, o bioQAV. O país já tem algumas linhas de pesquisa para o desenvolvimento do biocombustível, tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar, a soja, o eucalipto ou o pinhão manso. A questão é criar escala para que esses produtos cheguem na bomba de abastecimento dos aeroportos a um preço competitivo com o QAV (querosene de aviação). Já há algumas refinarias certificadas para vender o bioQAV, mas os custos são de três a 10 vezes mais do que o combustível de petróleo. Além das duas empresas, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) também é parceira no plano de ação.

Embraer tem plano para Desenvolvimento Ambiental

A Embraer e a Boeing lançaram hoje, em parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), um plano de ação para desenvolver a indústria do biocombustível para a aviação no país, o bioQAV.

“O Brasil tem uma grande vantagem competitiva para desenvolver essa indústria, com toda a experiência do Pro Álcool e do biodiesel”, afirmou a presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinack. O país já tem algumas linhas de pesquisa para o desenvolvimento do biocombustível, tendo como matéria-prima a cana-de-açúcar, a soja, o eucalipto ou o pinhão manso. A grande questão é criar escala para que esses produtos cheguem na bomba de abastecimento dos aeroportos a um preço competitivo com o QAV (querosene de aviação).

O presidente da Fapesp, Celso Lafer, afirmou que a entidade do governo paulista está aberta a receber propostas de financiamento por parte do setor privado e universidades para o desenvolvimento de pesquisas na área. As companhias aéreas do mundo todo estão sendo pressionadas a reduzir as emissões de CO2. A meta é reduzir pela metade as emissões em 2050, tendo como base de comparação as emissões realizadas em 2005. Já há algumas refinarias certificadas para vender o bioQAV, mas os custos são de três a 10 vezes mais do que o combustível de petróleo.

“Como fabricantes, estamos concentrando esforços para fazer aviões mais eficientes. Mas a única forma de atingir a meta é com o combustível alternativo”, afirmou o vice-presidente executivo de engenharia e tecnologia da Embraer, Mauro Kern. Para o especialista em aviação Adalberto Febeliano, falta uma política governamental para o fomento do setor. “A companhia aérea já está pressionada pelos custos do combustível e ela só vai trocar pela alternativa verde se o custo for o mesmo ou mais barato”, diz Febeliano. “Mas o petróleo um dia vai acabar e não podemos ser pegos de surpresa, precisamos começar a viabilizar essa indústria hoje.”

Para ele, o Brasil tem todas as condições agrícolas para produzir muito bioQAV. “Mas é preciso coordenar esforços e dar uma diretriz. Sem isso a gente não avança.” Um dos pleitos do setor seria a redução de impostos sobre o bioQAV.

Vagas de empregos disparam no mês de Abril na cidade

A chegada de novas empresas a São José dos Campos neste ano foram mais de 10 desde janeiro ajudaram a cidade a reverter o saldo negativo do emprego. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, a cidade teve um saldo positivo de 1.197 postos de trabalho no último mês de abril, bem diferente da perda de 1.224 empregos registrada em março.

O setor que mais contratou em abril foi o de serviços, com saldo de 546 novos empregos. Em seguida, aparecem a indústria, com 322 vagas, a construção civil, com 255 empregos, e o comércio, com 47. No ano, o saldo de São José é de 648 empregos gerados, que caem para 290 vagas levando-se em consideração o resultado dos últimos 12 meses.

Em 2013, a indústria e o comércio registram perda de emprego na cidade, de 306 e 645 vagas, respectivamente.
Para contrabalançar o mau resultado entretanto, o segmento de serviços e a construção civil registram a criação de novas vagas no ano, de 1.031 e 542, respectivamente. “As indústrias ainda precisam de um impulso maior para reverter o resultado negativo”, disse Almir Fernandes, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em São José.

Segundo o Caged, Taubaté registrou saldo positivo de 194 vagas de emprego em abril deste ano. No acumulado de 2013, a cidade tem 102 novas vagas, que sobem para 840 nos últimos 12 meses. O segmento que mais gerou empregos em abril foi o de serviços, com 275 vagas. O saldo de empregos também foi positivo em Jacareí, com 169 novas vagas, sendo 119 na indústria e 86 em serviços, os melhores resultados. No ano, a cidade acumula 86 empregos.

São José

  • Saldo em abril: 1.197
  • No ano: 648
  • Últimos 12 meses: 290
  • Serviços: 546 vagas
  • Indústria: 322 vagas
  • Construção Civil: 255 vagas
  • Comércio: 47 vagas

Taubaté

  • Saldo em abril: 194
  • No ano: 102
  • Últimos 12 meses: 840
  • Serviços: 275 vagas
  • Comércio: -42 vagas
  • Indústria: -41 vagas
  • Construção Civil: -36 vagas

Jacareí

  • Saldo em abril: 169
  • No ano: 86
  • Últimos 12 meses: 1.073
  • Indústria: 119 vagas
  • Serviços: 86 vagas
  • Comércio: -32 vagas
  • Construção Civil: -16 vagas

O Vale

Publicado em: 22/05/2013

Ipplan cria selo de sustentabilidade para prédios na cidade

O Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento) criou em São José dos Campos o ‘Selo de Arquitetura Notável’, prêmio instituído por decreto municipal e que visa destacar projetos arquitetônicos ousados, sustentáveis e que valorizem a estética urbana.

Serão certificados empreendimentos residenciais, comerciais e industriais que seguirem padrões definidos e se destacarem pela arquitetura diferenciada, conforme critérios de originalidade, beleza, acessibilidade, sustentabilidade ambiental e contemporaneidade.

Os projetos serão julgados por uma comissão formada por sete integrantes, que representam o Ipplan, prefeitura (secretarias de Planejamento e Meio Ambiente), Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), AEA (Associação dos Engenheiros e Arquitetos), Fundação Cultural Cassiano Ricardo e Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano. mDesde que o selo foi criado por decreto, em 14 de julho deste ano, um projeto foi pré-aprovado para receber o selo, que só será oficializado após o término da construção da obra.

Trata-se do prédio comercial ‘5ª Avenida’, que está sendo construído no Jardim Esplanada, região central de São José. Em fase de fundação, o empreendimento tem previsão de ficar pronto até o final de 2014.  Para o arquiteto e urbanista Rubengil Gonçalves, responsável pelo projeto, o selo é uma forma de incentivar o mercado de trabalhos diferenciados na cidade, além de conciliar os interesses dos empreendedores com os do poder público.

“Os prédios deixarão de ser os vilões da cidade para se tornarem os ‘mocinhos’, com a beleza, sustentabilidade e a inovação premiados pela prefeitura”, disse ele, que já inscreveu outros dois projetos.  Podem se inscrever edificações de uso residencial multifamiliar, com no mínimo 20 unidades em três ou mais pavimentos, ou de uso comercial e de serviços, com no mínimo 20 salas, ou institucional e industrial, com área construída acima de 1.000 m².

Para concorrer ao selo, os profissionais ou empreendedores deverão inscrever os projetos na Secretaria de Planejamento, no sexto andar do Paço Municipal, na região central. Valem projetos já aprovados na prefeitura, que estejam ou não em fase de obra, ou aqueles que já tenham sido objeto de alvará de construção.

“Além da preocupação com o meio ambiente, que é valorizada com esta iniciativa, a estética urbana nos edifícios também é fundamental”, disse Cynthia Gonçalo, diretora geral do Ipplan. “O selo cria uma identidade e mais um atrativo para São José ao tornar atraente as construções verticalizadas.”

Segundo o presidente da Aconvap, Cleber Córdoba, a análise da comissão avaliará se a obra “está contribuindo de forma harmônica com o desenvolvimento do município” e, de quebra, com a valorização do setor. Também serão averiguadas a compatibilidade com edificações do entorno e se a obra “agrega valor artístico ao local, se atende ao conceito de desenvolvimento ambiental e sustentabilidade e se acompanha as inovações nos processos construtivos”.

Para o presidente da AEA, Carlos Eduardo Vilhena, o ‘Selo de Arquitetura Notável’ irá provocar a valorização dos profissionais envolvidos na criação dos projetos. “Trata-se de um prêmio que ressaltará a ousadia dos projetos, o que é bom para toda a cidade.” Em nota, o arquiteto Cândido Malta Campos Filho destacou a iniciativa. “É elogiável a iniciativa de premiar a boa arquitetura edificada. É assim que se construirá uma cultura própria joseense.”

O Vale

Publicado em: 16/10/2012

Moradores da cidade protestão contra novas Cadeiras

A sociedade civil começou a reagir contra a ofensiva da Câmara de São José dos Campos de tentar retomar a discussão do aumento do número de cadeiras, que pode pular de 21 para até 27 a partir de 2013. O empresário Almir Fernandes, coordenador do Gedesp (Grupo de Estudos do Desenvolvimento Econômico, Social e Político), que reúne entidades de classe de São José, postou ontem mensagem nas rede sociais em que pede para a comunidade ficar atenta à qualquer manobra para aumentar as vagas no Legislativo.

“Temos que ser absolutamente contrários ao aumento da quantidade de cadeiras de vereadores, devendo permanecer o atual número de 21 para não onerar excessivamente e desnecessariamente os cofres públicos”, afirmou o empresário em sua mensagem postada no Facebook.

Fernandes, que também é diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em São José, frisou ainda que “temos que fazer uma campanha contra a reeleição dos vereadores que querem aumentar o número de cadeiras, porque estes vereadores só pensam em si próprios e não estão preocupados com os gastos do município”.

Fernandes disse que a sua intenção foi lançar uma alerta para a cidade. “Se realmente os vereadores tentarem ampliar o número de cadeiras, a cidade tem que reagir contra”, declarou o empresário. “Estamos atentos. Acho que os estudantes também devem se posicionar, como aconteceu em outras ocasiões como na votação do reajuste dos salários dos vereadores”, destacou Fernandes.

Os vereadores, oficialmente, não admitem a possibilidade de revisão, mas o assunto voltou a ser tema de conversa nos bastidores do Legislativo. O vereador e pré-candidato do PP a prefeito, Alexandre da Farmácia, também confirmou ontem que o assunto vem sendo comentado por seus pares.

“Estão comentando, mas quero deixar claro que sou contra o aumento de cadeiras, posição que assumi desde que o assunto foi tratado na Casa pela primeira vez”, declarou. A bancada do PSDB, a maior, com cinco vereadores e de onde teria partido a iniciativa de retomada da questão, divulgou nota se posicionando contra o aumento das vagas.

O assunto foi alvo de comentários na sessão de ontem. Os dois vereadores do PSB, Valdir Alvarenga e Walter Hayashi, apresentaram moção em que rechaçam qualquer tentativa de aumento. A revisão das vagas pode ser feita até 30 de junho, conforme Resolução editada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Para efetivar a mudança é necessário alterar a Lei Orgânica do Município com pelo menos 14 votos favoráveis (dois terços do total).

O Vale

Embraer cria na cidade empresa de Criação de Satélite

Embraer e Telebras formalizaram ontem a criação da Visiona Tecnologia Espacial S.A., empresa que será responsável, inicialmente, pela produção do satélite geoestacionário que será lançado em órbita pelo governo brasileiro em 2014.

A Visiona será sediada no Parque Tecnológico de São José dos Campos e terá composição de 51% da Embraer e 49% da Telebras. Estimado em R$ 750 milhões, o satélite geoestacionário terá finalidades civil e militar, transmitindo imagens para monitoramento de fronteiras, informações sobre condições climáticas e disponibilizando internet banda larga.

“Este projeto representa um passo histórico para o avanço da prontidão tecnológica e industrial do setor espacial no Brasil, e a Embraer tem satisfação e orgulho de ser a parceira estratégica da Telebras e do Estado brasileiro”, disse em nota o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado.

No mesmo comunicado, o presidente da Telebras, Caio Bonilha, disse que “o satélite brasileiro permitirá a ampliação do acesso à internet a milhões de lares”.

O Parque Tecnológico, também por meio de nota, informou que “a chegada da Visiona constitui passo estratégico para a implantação e consolidação do Parque Tecnológico, que ora ingressa em sua fase de expansão, sempre em linha com o objetivo permanente de propiciar às empresas nele instaladas um ambiente sinérgico e estimulante para a geração de conhecimento, tecnologia e inovação”.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, José de Mello Corrêa, salientou que é um privilégio de poucas cidades no mundo a construção de um satélite. No Parque, a Visiona será empresa âncora do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais, ainda a ser construído. Num primeiro momento, a empresa poderá se instalar provisoriamente na atual estrutura do parque.

O Vale

Prefeitura decide criar novo SubDistrito na cidade

O prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB), deve anunciar hoje a criação da subprefeitura da região norte, que será implantada na sede regional da SSM (Secretaria de Serviços Municipais), localizada no bairro Jardim Telespark.

O anúncio será feito na audiência pública que o governo tucano promoverá à noite em Santana. A criação da subprefeitura vem sendo negociada por moradores da zona norte, com apoio de vereadores com base política na região, há mais de dois anos.

O governo tucano inclusive mencionou a criação da subprefeitura nos panfletos que distribuiu em Santana para convidar a comunidade a participar da audiência. Hoje, já existem subprefeituras em Eugênio de Melo e São Francisco Xavier.

Serviços. “Pelo menos no panfleto da prefeitura já está sendo divulgada a criação da subprefeitura”, disse José Amaury Delfino, coordenador da comissão de moradores que tratou do assunto. O grupo vai se reunir com Cury no evento para sugerir que a oficialização da subprefeitura seja feita no próximo dia 14 de maio.

“É uma conquista importante para toda a região”, afirmou Delfino. Para o vereador Miranda Ueb (PPS), a subprefeitura da zona norte irá facilitar o acesso da comunidade aos serviços municipais. “É uma reivindicação antiga da região e que irá ajudar muito a comunidade”, disse o parlamentar.

Também trabalharam no projeto de criação da prefeitura os vereadores João Tampão (PTB) e Renata Paiva (DEM). Inicialmente, a subprefeitura oferecerá apenas serviços da esfera municipal, mas o governo tucano pretende fazer esforços para que concessionárias de serviços públicos, como Sabesp e Bandeirante Energia, e os governos federal e estadual ofereçam serviços na unidade, que servirá de modelo para outras regiões.

A região norte reúne 71 bairros, tem 59.800 habitantes e ocupa área de 70,52 quilômetros quadrados. Cury planeja implantar a unidade até fim do ano. Segundo ele, ideia é verificar funcionamento da subprefeitura para criar serviços similares em outras regiões da cidade.

O Vale

Projeto Executivo para criação de Parque no Banhado

A Câmara de São José dos Campos começou a analisar ontem o projeto do Executivo que cria o Parque Natural do Banhado, um dos cartões postais da cidade. O projeto foi encaminhado pelo prefeito Eduardo Cury (PSDB) ao Legislativo em dezembro do ano passado em regime de urgência, com prazo de 40 dias para votação, mas ontem a proposta passou a ser apreciada em rito normal e foi distribuída às comissões temáticas da Casa para análise.

O prazo para apresentação de emendas dos vereadores vence no dia 26 de abril. O presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB), e o líder do governo, vereador Fernando Petiti (PSDB), afirmaram que o projeto deve ser aprovado até o final de abril. “A preservação do Banhado é uma proposta importante para a cidade”, disse Juvenil.

A concha do Banhado possui 5,1 milhões de metros quadrados, mas inicialmente o núcleo da nova unidade de conservação e proteção natural terá apenas 1,515 milhão de metros quadrados. A proposta exclui áreas que estão em litígio judicial.

Do total da gleba que forma a concha, o município é proprietário de apenas 532 mil metros quadrados. Outros 4,639 milhões de metros quadrados são áreas pertencentes a particulares. O perímetro proposto para criação da reserva é uma faixa contínua que se estende da ponta final da avenida Borba Gato, no Jardim Esplanada, até as proximidades do Altos de Santana, na região norte da cidade.

Na gleba está localizada a comunidade da favela do Banhado, denominada Jardim Nova Esperança. Pelo menos 90 famílias em área pública terão que ser removidas, além das que moram em propriedades particulares.

O Parque Natural do Banhado será criado com recursos da Petrobras, como contrapartida pelas obras de ampliação e modernização da Revap (Refinaria Henrique Laje). O total dos recursos é de R$ 10,3 milhões. A verba destinada para o Banhado é de R$ 9,2 milhões.

O restante dos recursos da compensação ambiental, R$ 1,1 milhão, foi destinado para a criação do Parque Natural Augusto Ruschi, conhecido como Horto Florestal, no bairro do Costinha, região norte.

Favorável à criação do parque natural, o vereador Wagner Balieiro (PT) afirmou que é preciso conciliar a preservação da área com a presença as famílias que moram na gleba. “Há seis anos o governo estuda a criação do parque, mas ainda não chegou a um consenso com os moradores.”

A Prefeitura de São José dos Campos prevê destinar este ano uma verba de R$ 1,072 milhão para a implantação do Parque Natural do Banhado. A partir do próximo ano, a verba anual para a manutenção e continuidade do programa de criação da reserva será de R$ 686,4 mil. Esse valor poderá ser suplementado em até 20%, se necessário.

O Vale

Prefeitura criará megacreche para a população na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos começou na última terça-feira as obras da nova creche do Jardim Paulista. A creche, destinada à educação infantil, será construída pelo Consórcio SJC e está estimada em R$ 7,3 milhões. A previsão é que as obras sejam concluídas em 18 meses.

A creche terá seis salas para berçário, cinco salas para atividades, além de espaço para leitura, sala de informática, sala de multimeios, pátio coberto e área de lanche e merenda. No total serão 4.660 m² de área construída, em um terreno de 6.500 m² localizado na esquina das ruas Ana Gonçalves da Cunha e Valdir Gaioso, ao lado da escola estadual Profª Maria Aparecida dos Santos Ranconi.

“A nova creche deverá atender de 300 a 350 crianças. O critério utilizado para conceder as vagas são para mães trabalhadoras e com a menor renda familiar”, disse o Secretário de Educação de São José dos Campos, Alberto Alves Marques Filho.

Para Maurílio de Oliveira, coordenador da secretaria de comunicação do Sindicato dos Servidores Municipais de São José dos Campos, a nova creche não atenderá a demanda da cidade. “A educação infantil é um ponto falho na atual administração. Os professores estão sobrecarregados e as creches lotadas”, disse. Mas, segundo Marques, a nova creche vai sim praticamente zerar a demanda de vagas na região do Jd. Paulista.

O Vale