Gravação de programa de TV na feira noturna será nesta quarta-feira

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Os mais de mil frequentadores da Feira Noturna, montada no bairro de Santana (zona norte), poderão acompanhar nesta quarta-feira (4) a gravação da segunda temporada do programa Food Truck, a Batalha, produzido pela Moonshot Pictures e veiculado pelo canal GNT. O caminhão da equipe de produção ficará estacionado na entrada principal da feira, onde ocorrerão as filmagens, das 16h às 20h, aberta ao público.

A Batalha é o primeiro reality show brasileiro de competição entre food trucks (comidas vendidas em pequenos caminhões), que tem participantes envolvidos com o mundo gastronômico. Eles são desafiados a criar ou adaptar receitas para a realidade desse tipo de comércio e são auxiliados por dois mentores, ambos pioneiros do mercado brasileiro no segmento.

Além de acompanhar a gravação do programa, os frequentadores da Feira Noturna poderão comprar o prato preparado pelos competidores do reality show. A recomendação dos organizadores é para chegar cedo ao local, pois as porções colocadas à venda serão limitadas. O funcionamento das barracas da feira será mantido, das 17h às 22h.

São José dos Campos foi escolhida pela produção do programa por estar próxima da capital paulista. A primeira temporada do programa foi realizada em São Paulo e a segunda edição está percorrendo o interior do Estado. Esta semana, a produção do Food Truck, A Batalha está em São José para fazer imagens de pontos turísticos, como o Mercado Municipal, o Parque Vicentina Aranha e o mirante da Avenida Anchieta.

Inscrições para Batalha de Breaking no Coletividade Hip Hop estão abertas

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O evento Coletividade Hip Hop está com inscrições abertas para a Batalha de Breaking, que será realizada no dia 15 de novembro na Casa de Cultura Eugênia da Silva (Rua dos Carteiros, 110 – Novo Horizonte). Os interessados devem se inscrever até o dia 28 de outubro no site da FCCR, acessando o link e preenchendo os dados solicitados.

Serão selecionadas 16 duplas. A lista com as escolhidas será divulgada no dia 4 de novembro. As duplas terão dois dias para confirmar a participação. A relação com a seleção final sairá no dia 10 de novembro.

A competição será feita no formato de quartas de final, semifinal e final. As duplas serão julgadas pelos B.Boys Dedeu (São José dos Campos), Shoock (Jacareí) e pela B.Girl Bia (Pindamonhangaba).

Novas batalhas são travadas com a crise da GM na cidade

Com capacidade para produzir 25.900 carros mensais, o setor denominado MVA (Montagem de Veículos Automotores) do complexo da General Motors de São José dos Campos está praticamente ocioso, segundo dados do Sindicato dos Meta-lúrgicos de São José, que planeja iniciar campanha contra a desativação dessa linha, prevista pela empresa para dezembro deste ano.

Até o ano passado, eram produzidos no MVA quatro modelos de carros: Meriva, Corsa, Zafira e Classic. Atualmente, o setor produz apenas o Classic, a uma cadência de 160 carros por dia, ou 3.000 mensais, informa a direção do sindicato. Dos 1.800 empregados do setor, permaneceram na ativa 950, que têm emprego garantido somente até o mês de dezembro. Nos próximos dias, pelo menos 500 dos 739 operários do setor que estavam afastados devem ser demitidos. O clima é de apreensão na unidade.

A situação atual desse setor retrata a queda-de-braço que ocorre entre a GM e o sindicato desde 2008, quando foi pactuado acordo para a produção do nova S10 em São José. De lá pra cá, não foi firmado nenhum acordo que resultasse em investimentos na planta de São José. A GM levou novos investimentos para outras unidades da montadora no país.

O embate está centralizado em questões trabalhistas. A montadora condiciona a produção de novos modelos em São José se houver flexibilização da jornada de trabalho e redução salarial, pontos considerados “intocáveis” pelo sindicato. Em janeiro deste ano, sob a ameaça de demissão de cerca de 1.500 operários, o sindicato concordou com flexibiliza-ções trabalhistas. A GM decidiu manter o MVA ativo até dezembro e prorrogou por mais 60 dias a licença dos operários afastados.

O presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, afirma que a entidade vai continuar sua batalha pela manutenção dos empregos na montadora, mas o foco principal será contra a desativação do MVA.
“O nosso foco até dezembro é encontrar alternativas para manter o MVA”, afirmou.

Ele relatou que o setor é o maior do complexo da GM e tem capacidade para produzir 300 mil carros por ano. “É o dobro da capacidade que terá a Chery em Jacareí”. O dirigente afirmou que o sindicato vai lançar campanha pela manutenção do setor. “Queremos negociar coma empresa a produção de novos modelos nessa linha, que é uma das mais modernas que existem no país”, afirmou. Segundo ele, o sindicato planeja mobilizar os trabalhadores da GM, a comunidade e procurar esferas governamentais para evitar que o MVA seja fechado em dezembro.

O Vale

Publicado em: 25/03/2013

PMs em 40 minutos dominaram área do Pinheirinho

A desocupação do acampamento sem-teto do Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos, teve início às 6h10 de ontem e mobilizou um contingente de mais de  2.000 policiais. O clima de guerra tomou as ruas que dão acesso ao acampamento e bairros da zona sul. Uma pessoa foi baleada e internada no Hospital Municipal. Pelo menos, mais duas sofreram ferimentos leves. Dez veículos foram queimados.   Até as 18h, 18 pessoas haviam sido detidas.

A PM chegou em comboio por volta das 5h30 e cercou todos os acessos ao Pinheirinho. Os sem-teto anunciaram a chegada da polícia com fogos de artifício. Estrategicamente, ao invadir o acampamento,  a PM prendeu quatro lideranças do sem-teto e encaminhou ao plantão do 3 Distrito Policial, na região sul.

A Tropa de Choque rapidamente foi dominando as quadras dentro do acampamento, isolando as ruas. As pessoas foram orientadas a ficar em casa. Numa tentativa de reação, alguns moradores atearam fogo em barricadas, mas foram rendidos com bombas e balas de borracha.

Segundo a PM, a ocupação teria sido feita em 40 minutos. A reportagem estima que o domínio do acampamento teria ocorrido por volta das 7h30, uma hora e 20 após a chegada. Moradores afirmaram que policiais foram violentos e atiraram bombas de efeito moral dentro das casas, colocando as crianças em risco. Alguns moradores afirmaram ainda que os dois helicópteros que participavam da operação também arrremessaram bombas de efeito moral.

“Ficamos rendidos dentro de casa. O choque ocupou todas as ruas. Nem deu tempo para a resistência. Levaram o meu pai e mais cinco pessoas presas”, disse a estudante Milena Pereira, 19 anos. Por volta das 9h30, alguns moradores começaram a deixar o Pinheirinho. “Jogaram bomba de gás perto do meu bebê, saímos correndo”, disse Larissa da Silva, 19 anos.

O Vale

Famílias resistem e enfrentam PM na batalha do Pinheirinho

Os sem-teto do acampamento do Pinheirinho, na zona sul de São José, montaram uma operação de guerra para resistir à possível reintegração de posse da área, ocupada desde 2004. Ontem, um oficial de Justiça notificou os moradores a deixarem a área imediatamente. Mas, no acampamento, a ordem é resistir.

O entorno do acampamento foi cercado com lanças de bambus e o único portão de acesso ao local foi mantido trancado, com dez homens controlando a entrada e saída de moradores. Atualmente, cerca de 5.500 pessoas vivem no Pinheirinho.

Todos os acessos às ruas do acampamento foram bloqueados com trincheiras construídas com chapas de madeira, telhas, pneus e tambores. E para dificultar ainda mais a ação da Polícia Militar, algumas vias internas foram fechadas com sofás e cadeiras. A entrada em cada um dos setores do local tem que ser autorizada.

Por todo o acampamento era possível observar moradores com armas improvisadas, como porretes de madeira com prego nas pontas, barras de ferro, facões, espetos, enxadas, machados, pedras e estilingues.
No local, o clima é tenso. E a presença da polícia no entorno fez algumas famílias deixaram a área, levando apenas os filhos e alguns pertences.

Um grupo de moradores realizaria rondas pelas ruas do acampamento durante toda a madrugada. Líder dos sem-teto Valdir Martins, o Marrom, afirmou que o único plano é a resistência. “As famílias não têm para onde ir. Nenhuma opção de moradia foi oferecida a elas”, disse.

Ele acredita que se a polícia invadir a área haverá derramamento de sangue. “As famílias irão resistir até o fim. Marrom descartou utilizar crianças, idosos e mulheres como barreira humana. Segundo ele, todo o grupo será alojado em uma igreja construída no acampamento. A estimativa é que cerca de 350 pessoas articulam a resistência.

O clima de guerra não assusta a maior parte dos moradores. “Eu acho que temos de insistir, porque pobre precisa de moradia. Eu mesmo não tenho para onde ir se a polícia me mandar embora”, disse a dona de casa Maria Gonçalves de Jesus, 75 anos.

A dona de casa Joelma Almeida Silva, 22 anos foi uma das primeiras a chegar ao alojamento improvisado, junto com os dois filhos. Chorando, ela disse que não tem para onde ir com sua família. “Aqui igreja eles tem que nos respeitar, e não podem nos atacar. Não tenho para onde levar os meus filhos.”

O Vale