Prefeitura dá inicio a obras da Ponte Definitiva da Guadalupe

A ponte definitiva da Avenida Guadalupe já começa a sair do papel. Através da empresa Construções Engenharia e Pavimentação Enpavi, a Secretaria de Obras iniciou a execução das fundações, o primeiro passo para a construção definitiva da ponte sobre o córrego Senhorinha, que foi levada pelas águas em 22 de março deste ano. Conforme a Secretaria de Obras foi necessária a elaboração de um projeto adequado àquelas condições de solo, que ficou a cargo da empresa Enescil. O diferencial entre a ponte que ruiu e a que está sendo construída está na concepção da obra.

“O sistema de fundação será diferente da anterior, feita agora através de estacas hélices, que é mais apropriada para o local do que as estacas pré-moldadas de concreto, utilizadas na construção da ponte que caiu”, disse a Secretária de Obras, ressaltando que a estaca hélice – por ter uma profundidade maior – atinge solos mais resistentes. Para o prefeito de São José, o mais importante é garantir uma obra que seja definitiva. “Determinamos um estudo sério que nos permita fazer uma ponte duradoura. Assim, a comunidade não vai mais sofrer com soluções paliativas como ocorreu nos últimos anos”.

A Secretaria de Obras informou ainda que a largura da passagem de água sob a ponte ficou maior para facilitar a vazão e proteger as margens em ambos os lados. Com isso, mesmo nas chuvas intensas, a lâmina d’água será menor assim como a velocidade da água, exercendo menos pressão sobre as estruturas.  Na ordem de serviço autorizada pela Secretaria de Obras, constam várias exigências do contrato, como a tomada de medidas de segurança tais como escoramentos, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e outros que garantam a integridade física dos funcionários envolvidos nas obras e usuários do local.

A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos até o final de outubro de 2013. O custo total da obra está avaliado em R$ 3.284.749,66. “Nosso esforço é para concluir a ponte antes do período crítico das chuvas”, finalizou a secretária de Obras.

Prefeitura cria ponte provisórios na Avenida Guadalupe

A Prefeitura de São José deve concluir em até 15 dias a construção de uma ponte provisória para permitir o tráfego de veículos que cruzava a avenida Guadalupe, na zona sul da cidade. A obras emergenciais da nova ponte, que estão sob a responsabilidade da empresa Empav Construtora e Pavimentação Ltda., começaram há duas semanas. O custo da ponte provisória não foi divulgado pela prefeitura. Para se ter uma ideia, somente com o estaqueamento da ponte da Guadalupe o gasto previsto era de R$ 443,7 mil.

A ponte provisória ligará a rua Galícia à rua Rosário, em um trecho alternativo aos veículos. Pontos de ônibus devem ser instalados na via para facilitar o transporte dos passageiros. Enquanto acontecem as obras de construção da nova ponte, já foi iniciado o processo de demolição da Guadalupe.

Segundo a Secretaria de Obras, a Copav Construtora e Pavimentadora Ltda., antes responsável pela reforma da ponte, está realizando a demolição. O valor pago a empresa será o mesmo do contrato inicial: R$ 443,7 mil. “Após a conclusão da demolição veremos se o valor corresponde ao trabalho realizado. Há a possibilidade dela receber menos, de acordo com o que for feito”, afirmou Rene Mina Vernice, diretor de concessionárias da Segundo o diretor, a estrutura não pode ser implodida. “Pela própria urbanização local, isto não é possível. A demolição da ponte é quase um trabalho manual. A lateral, que dava sustentação aos serviços públicos, como água, luz e telefonia já foi derrubada.”

Na sequência, será feito um enfraquecimento das cabeceiras da ponte para a demolição. Segundo o documento produzido por técnicos após a queda da Guadalupe, os pilares de sustentação ficaram expostos devido às chuvas, o que ocasionou a queda da ponte. “Nós sabíamos do problema. No entanto, tecnicamente era possível fazer a recuperação da via. No entanto, quando as obras começaram, os pilares não aguentaram e cederam”, afirmou Rene.

De acordo com a Secretaria de Obras, a ponte cedeu mais meio metro no último final de semana por causa das chuvas. “Não houve problemas porque ela já estava completamente interditada”, afirmou o diretor de concessionárias. Outra empresa especializada será contratada de forma emergencial para construir a ponte definitiva no local. A prefeitura não informou prazos para o término dos serviços de demolição.

Pessoas que moram próximas à ponte da avenida Guadalupe reclamam da demora da entrega das obras. “Parece que não tem ninguém trabalhando. Desde que a Sabesp Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo esteve aqui religando a água, parece que ninguém mais tem trabalhado por aqui”, afirmou a diarista Áurea de Souza e Silva, 50 anos. A teleoperadora Talita Guimarães, 22 anos, passa pelo local todos os dias.

“Parece que isso aqui está esquecido. Às vezes vemos duas ou três pessoas trabalhando, mas não é sempre”, afirmou a moça. Ainda segundo ela, a ponte de madeira que foi construída para a passagem de pedestres, paralela à ponte da Guadalupe, é perigosa. “Tenho receio de passar ali. As tábuas balançam. Passo porque não tem jeito. E a noite é horrível. Tenho receio de assalto”, disse Talita. Segundo a Secretaria de Defesa do Cidadão, o policiamento com guardas civis está sendo realizado diariamente para evitar ocorrências no local.

O Vale

Publicado em: 09/05/2013

Ponte da Avenida Guadalupe afunda novamente

Em obras desde o dia 10 deste mês, a ponte da avenida Guadalupe, que liga o Jardim Satélite ao Parque Industrial, região sul de São José dos Campos, cedeu ontem novamente e terá que ser refeita por completo. A parede de concreto que sustenta a ponte na cabeceira da rua Lira cedeu.

O incidente aconteceu por volta das 10h. Um caminhão e uma máquina da empreiteira que trabalhavam na recuperação do local afundaram junto com a ponte. O prefeito Carlinhos Almeida (PT) esteve no local e afirmou que terá que ser construída uma nova ponte. “Não é possível mais recuperar, vamos ter que fazer outra.”

Segundo ele, as obras anteriores feitas no local foram todas paliativas. A prefeitura não tem previsão para a construção de uma nova ponte. “Vamos ter que fazer novo projeto”, disse o secretário de Transportes de São José, Wagner Balieiro. A Sabesp interrompeu o abastecimento de água em vários bairros da região para analisar se não houve comprometimento da adutora que passa ao lado da ponte. A previsão da empresa é de normalização do abastecimento a partir das 10h.

O Vale

Publicado em: 22/04/2013

Obras da Avenida Guadalupe será liberada em 45 dias

A secretaria de Obras de São José deve liberar em 45 dias o trânsito avenida Guadalupe, no Jardim Satélite, zona sul da cidade. As obras de recuperação da ponte – que começaram ontem – estão sendo realizadas em caráter emergencial. Segundo a prefeitura, o trabalho será realizado pela empresa Copav Construtora e Pavimentadora Ltda. e está orçado em R$ 443.737,14.

A reforma da ponte, cuja estrutura da cabeceira ficou comprometida com a enchente do córrego Senhorinha no último dia 22, ocorrerá em duas etapas. A primeira delas será o estaqueamento da ponte. Na sequência, será feita a contenção do córrego. “A capacidade da ponte será aumentada, o que irá ampliar a vazão do rio e evitar novos desmoronamentos”, informou em nota oficial a secretária de Obras, Soraya de Paula Rosário.

A ponte da avenida Guadalupe ficou comprometida após a forte chuva do em 22de março. O temporal elevou o nível do córrego Senhorinha em seis metros e comprometeu parte da estrutura da cabeceira da ponte. A Sabesp realizou uma obra emergencial na rede de abastecimento para garantir que não falte água para a população da região. Já a prefeitura fez uma limpeza ao redor do córrego para a retirada de entulho.

Apenas pessoas e motos podem circular sobre a via. Automóveis devem evitar a área. Ônibus estão fazendo um novo caminho. Segundo a prefeitura, o trânsito no entorno da Guadalupe está sendo monitorado diariamente por agentes para evitar a ocorrência de congestionamentos.

Outras três pontes, além da Guadalupe, têm apresentado sinais de erosão em São José. Na Maurício Cardoso, no Jardim Oriente, um trecho da parede lateral do córrego Senhorinha desabou. A via parece não ter sido afetada. Já na Shigemasa Ota, no Jardim Terras do Sul, uma faixa de grama rente à ponte cedeu, formando um buraco de cerca de um metro de profundidade. Na Frei Galvão, um buraco foi aberto no terreno que fica ao lado da parede de sustentação do viaduto. Segundo a prefeitura, uma equipe está sendo formada para vistoriar as pontes da cidade.

A demora da Prefeitura de São José na conclusão das obras e liberação do tráfego na ponte da avenida Guadalupe atrapalha a vida de comerciantes locais, que reclamam de prejuízos. Os mais afetados são aqueles que dependem do tráfego de automóveis no local. Esse é o caso do funileiro Valter de Santana, 51 anos, proprietário de uma oficina.

Santana disse que a demanda por serviço caiu tanto que foi obrigado a dispensar funcionários. “Tive de dispensar dois funcionários. Não tinha mais serviço para eles. Como não sei quando ficará pronta a via, não pude mantê-los aqui”, afirmou Santana.

Segundo ele, aos sábados, quando o movimento de clientes era maior, a funilaria chegava a fazer até oito orçamentos. No último dia 6, nenhum carro entrou no estabelecimento. “É complicado porque tenho de pagar o fornecedor de peças e funcionários. Além disso, tenho a minha casa. Preciso pagar pensão, fazer compras e pagar as contas”, afirmou o funileiro.

Quem mora na região também reclama. “Passo por aqui todos os dias, levei um susto quando vi o estrago que a chuva fez. A prefeitura tem de agir logo, antes que novas chuvas acabem com o que restou”, afirmou a babá Katia Santos, 48 anos. Segundo ela, São José está como um “pão bolorento”. “Por fora a cidade é linda. Quem transitava por aqui não via qualquer problema com a avenida Guadalupe. No entanto, em torno dela havia diversos problemas estruturais.”

O Vale

Publicado em: 11/04/2013

Ponte da Região Sul é liberada pela Prefeitura

A ponte Misuhiko Yoshinaga, na região sul de São José dos Campos, foi liberada para o tráfego de veículos nesta semana. O acesso estava interditado para obras de aterramento da cabeceira da ponte sobre o córrego Senhorinha, que apresentava erosões em decorrência das chuvas.

Mesmo com a conclusão do aterramento, a equipe do setor de saneamento da Secretaria de Serviços Municipais (SSM) prossegue no local executando a colocação de gabiões nas margens do córrego. Posteriormente, serão construídos lançamentos de águas pluviais.

Considerada uma técnica artesanal, a ação é necessária para conter as paredes que escoram o leito do córrego, bem como o processo erosivo que vier a se formar no local.

A contenção das margens do córrego Senhorinha envolve 5.500 metros cúbicos de pedras do tipo pulmão que formarão 126 metros quadrados de muro, por 5 metros de altura. A conclusão desses trabalhos está prevista para meados de março de 2013.

Essa técnica pode ser observada também nas margens do Córrego Vidoca, na Avenida Eduardo Cury. Na faixa da esquerda (sentido Urbanova-Centro), outra equipe da secretaria finaliza os trabalhos de colocação de gabião.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 30/11/2012

Prefeitura da cidade realiza obras no Terras do Sul

Por medida de segurança, a Defesa Civil pediu que fosse fechada a Rua Shigemasa Ota, no bairro Terras do Sul, por 40 dias para que a Prefeitura faça obras no local. A área está sendo monitorada por agentes de trânsito foi sinalizada com faixas para orientar os motoristas.

A rua está interditada por causa do deslizamento de solo perto da cabeceira da ponte sobre o Córrego Senhorinha que liga a região do Jardim Oriente ao Bosque dos Eucaliptos, na zona sul. Nesse período, a melhor opção de acesso entre os dois bairros é pela Rua Maurício Cardoso, que será utilizada também pelo transporte público.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 29/10/2012

Prefeitura já programa obras para evitar que ponte caia

A ponte Mitsuhiko Yoshinaga, que liga bairros da zona sul de São José, como Bosque dos Eucaliptos ao Jardim Terras do Sul e Jardim Oriente, ameaça ruir. A ponte fica no cruzamento da avenida Salinas com a rua Shigemasa Ota.

O assoreamento da encosta do córrego Senhorinha tem deixado exposta uma das bases de sustentação da ponte. O pintor Paulo Nascimento, 32 anos, morador do Bosque dos Ipês, passa pela ponte todos os dias e teme que ela possa cair a qualquer momento.

“A ponte é bastante movimentada e muitas pessoas tem medo que ela caia um dia, com uma chuva forte”, afirmou.  Segundo a aposentada Maria Fernandes Sijiani, 59 anos, moradora do Jardim Oriente, uma boca de lobo foi obstruída para impedir que a água da chuva fosse para o córrego, o que piorou a situação no local.

“Quando chove, a ponte alaga e não dá para passar a pé. Vários moradores reclamam, mas a prefeitura não resolve”, disse dona Maria, que também teme passar pelo local quando o tempo está chuvoso. A dona de casa Teresinha Fátima Lourenço disse que passa na ponte à noite e também tem medo da ponte cair.

A Secretaria de Obras da Prefeitura de São José informou, por meio de nota, que está acompanhando o caso da ponte Mitsuhiko Yoshinaga. Com o início da erosão da encosta, técnicos estiveram no local e a SSM (Secretaria de Serviços Municipais) aterrou o lugar, deixando as casas do entorno fora de perigo.

Segundo a secretaria, foi contratado um serviço de sondagem de todo o terreno, com a qual foi desenvolvido um projeto de contenção e estabilização da margem do córrego. A pasta está concluindo uma planilha orçamentária para avaliar uma data para o início das obras.

O Vale

Estrada da Água Soca recebe reparos da Prefeitura

A Secretaria de Serviços Municipais (SSM) vem fazendo a manutenção da ponte de madeira na Estrada da Água Soca, área rural da região norte. A manutenção envolve a troca das longarinas, recomposição do piso e corrimão.

A ação tem como objetivo garantir a segurança daqueles que utilizam a ponte para fazer os trajetos. A passagem pelo local já está liberada, porém a finalização dos serviços está prevista para esta sexta-feira (4). Depois que o serviço for concluído, a equipe de manutenção e reparos em pontes de madeira da regional norte executará os trabalhos 5 km à frente, numa outra ponte, da mesma estrada.

Prefeitura Municipal

A História de São José dos Campos – Capítulo II

No final do século XVIII, José Arouche de Toledo Rondon, no livro Memória das Aldeias de São Paulo, narra a extrema pobreza da Vila de São José. O grande problema era o fato da Estrada Real, que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, passar fora do povoado. A produção de algodão teve uma rápida evolução, quando São José obteve destaque, tendo a safra atingido o seu nível máximo em 1864.

No dia 22 de abril de 1864, através da Lei Provincial nº 27, a Vila de São José foi elevada à categoria de cidade e a Lei Provincial nº 47, de 4 de abril de 1871, mudou-lhe a denominação para São José dos Campos. Pela Lei Provincial n° 46, de 6 de abril de 1872, foi criada a Comarca de São José dos Campos.

A partir de 1871, São José atravessou duas épocas diferentes:
1 – Desenvolvimento agrícola – com predomínio da cafeicultura.
2 – Criação da estância climática – resultado do seu excelente clima.

Escravos transportando sacas de café em fazenda do século XIX (gravura da época).

 

Ao mesmo tempo, aconteceu o desenvolvimento da cultura cafeeira no Vale do Paraíba, que começou a ter expressão a partir de 1870, com a participação produtiva de São José. Mas foi em 1886, quando já possuía uma estrada de ferro, ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, que a produção cafeeira joseense atingiu o seu desenvolvimento máximo, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura naquela região. A estação ferroviária ficava no cruzamento da Rua Euclides Miragaia com a Avenida João Guilhermino, tendo sido transferida, em 1920, para o seu lugar atual.

Trecho da primeira estrada de ferro em 1887 (foto da época).

 

Na manhã do dia 15 de dezembro de 1909, a cidade em peso foi receber, na antiga estação ferroviária, o candidato à presidência da república Ruy Barbosa, na campanha civilista. O livro “Excursão Eleitoral pelo Estado de São Paulo”, conta que o candidato foi saudado pelo Dr. Francisco Rafael e Araujo e Silva e que a banda “Euterpe Santanense” executou o Hino Nacional. Diz o texto da época:

“Às 5:30 silvou na subida do Lavapés (próximo ao atual Paço Municipal) a máquina comboiando o trem especial que conduzia a São Paulo o Conselheiro Ruy Barbosa. Um frêmito de contentamento e agradável emoção agitou a multidão que prorrompeu em vibrantes e entusiásticos vivas ao eminente brasileiro. Sua Excelência foi coberto de flores por um grande número de meninas trajadas de branco, postadas em alas na plataforma. Durante os cinco minutos de demora do especial na estação desta cidade, a aclamação ao candidato civilista não se interrompeu por um instante sequer, até que o trem partiu, conduzindo o ilustre itinerante, saudado por vivas patrióticos levantados à sua personalidade emérita por milhares de vozes que se agitavam num burburinho indescritível de satisfação e contentamento, vitoriando sempre e mais o preclaro compatrício.”

Ruy Barbosa, candidato civilista à presidência da república em 1909 (foto da época).

 

A primeira ponte sobre o rio Paraíba foi inaugurada em 1910. Era uma estrutura metálica de 80 metros d comprimento, que ligava o centro da cidade e o bairro de Santana à zona Norte e a Minas Gerais. A ponte foi grandemente elogiada com o uma obra “moderna”, durante o I Congresso Paulista de Estradas de Rodagem, realizado em 1917.

Primeira ponte sobre o rio Paraíba (foto de 1912)

 

A inauguração da primeira rodovia, em 1924, deu grande impulso ao desenvolvimento da região. Era a Estrada Rio–São Paulo, construída pelo presidente da província de São Paulo, Dr. Washington Luís. A rodovia ainda existe e tem várias denominações: SP-62, SP-64, SP-66, SP-68 sendo também conhecida como Estrada Velha.

Não perca, na próxima edição, a continuação dos capítulos da História de São José dos Campos Capítulo III

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