Prefeitura cria ponte provisórios na Avenida Guadalupe

A Prefeitura de São José deve concluir em até 15 dias a construção de uma ponte provisória para permitir o tráfego de veículos que cruzava a avenida Guadalupe, na zona sul da cidade. A obras emergenciais da nova ponte, que estão sob a responsabilidade da empresa Empav Construtora e Pavimentação Ltda., começaram há duas semanas. O custo da ponte provisória não foi divulgado pela prefeitura. Para se ter uma ideia, somente com o estaqueamento da ponte da Guadalupe o gasto previsto era de R$ 443,7 mil.

A ponte provisória ligará a rua Galícia à rua Rosário, em um trecho alternativo aos veículos. Pontos de ônibus devem ser instalados na via para facilitar o transporte dos passageiros. Enquanto acontecem as obras de construção da nova ponte, já foi iniciado o processo de demolição da Guadalupe.

Segundo a Secretaria de Obras, a Copav Construtora e Pavimentadora Ltda., antes responsável pela reforma da ponte, está realizando a demolição. O valor pago a empresa será o mesmo do contrato inicial: R$ 443,7 mil. “Após a conclusão da demolição veremos se o valor corresponde ao trabalho realizado. Há a possibilidade dela receber menos, de acordo com o que for feito”, afirmou Rene Mina Vernice, diretor de concessionárias da Segundo o diretor, a estrutura não pode ser implodida. “Pela própria urbanização local, isto não é possível. A demolição da ponte é quase um trabalho manual. A lateral, que dava sustentação aos serviços públicos, como água, luz e telefonia já foi derrubada.”

Na sequência, será feito um enfraquecimento das cabeceiras da ponte para a demolição. Segundo o documento produzido por técnicos após a queda da Guadalupe, os pilares de sustentação ficaram expostos devido às chuvas, o que ocasionou a queda da ponte. “Nós sabíamos do problema. No entanto, tecnicamente era possível fazer a recuperação da via. No entanto, quando as obras começaram, os pilares não aguentaram e cederam”, afirmou Rene.

De acordo com a Secretaria de Obras, a ponte cedeu mais meio metro no último final de semana por causa das chuvas. “Não houve problemas porque ela já estava completamente interditada”, afirmou o diretor de concessionárias. Outra empresa especializada será contratada de forma emergencial para construir a ponte definitiva no local. A prefeitura não informou prazos para o término dos serviços de demolição.

Pessoas que moram próximas à ponte da avenida Guadalupe reclamam da demora da entrega das obras. “Parece que não tem ninguém trabalhando. Desde que a Sabesp Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo esteve aqui religando a água, parece que ninguém mais tem trabalhado por aqui”, afirmou a diarista Áurea de Souza e Silva, 50 anos. A teleoperadora Talita Guimarães, 22 anos, passa pelo local todos os dias.

“Parece que isso aqui está esquecido. Às vezes vemos duas ou três pessoas trabalhando, mas não é sempre”, afirmou a moça. Ainda segundo ela, a ponte de madeira que foi construída para a passagem de pedestres, paralela à ponte da Guadalupe, é perigosa. “Tenho receio de passar ali. As tábuas balançam. Passo porque não tem jeito. E a noite é horrível. Tenho receio de assalto”, disse Talita. Segundo a Secretaria de Defesa do Cidadão, o policiamento com guardas civis está sendo realizado diariamente para evitar ocorrências no local.

O Vale

Publicado em: 09/05/2013