Desafio define estudantes que vão conduzir Tocha Olímpica em São José

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Os estudantes que vão participar do ‘Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016’, durante percurso em São José dos Campos, serão definidos nesta quinta-feira (29). Os nomes dos vencedores sairão de um concurso promovido pela Coca-Cola, o Festival das Escolas, das 12h às 19h, no Ginásio do Tênis Clube (Avenida Nove de Julho, 23), na Vila Adyana, região central.

O desafio final, sob o tema “Espalhar a Felicidade através do movimento”, definirá 11 condutores da Tocha Olímpica durante passagem em São José, sendo um estudante de cada uma das escolas públicas participantes.

Os vencedores serão escolhidos entre cinco pré-selecionados de cada escola, que produziram na primeira fase material sobre a importância de uma vida ativa. Além disso, as 11 escolas irão disputar o título de campeã do Festival Coca-Cola, que premiará a unidade vencedora com um valor significativo em materiais esportivos.

Da rede municipal, participam quatro Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs): Professora Maria Aparecida dos Santos Ronconi, região central, Professora Maria Amélia Wakamatsu, região leste, Professora Dosulina C. Chaves de Andrade, região norte, e Professora Elza Regina F. Bevilacqua, região sul.

São José mobiliza mais de 150 mil pessoas e vence Dia do Desafio

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Exatamente 152.993 joseenses participaram na quarta-feira (27) do Dia do Desafio e ajudaram a cidade a vencer a competição contra Barcelona, da Venezuela. O número foi registrado por meio de ligações para o telefone 156 feitas por pessoas que fizeram um mínimo de 15 minutos de atividade física, individualmente ou em grupo.

São José mobilizou 24,29% da população, vencendo a cidade adversária que mobilizou apenas 20,09%, conquistando assim seu 15º título do dia do desafio.

O objetivo da disputa amistosa entre cidades, realizada anualmente na última quarta-feira de maio, é tirar a população do sedentarismo e incentivar a prática esportiva e o iniciar uma pratica de esporte para levar a uma vida mais saudável.

Custo de Vida está se tornando um desafio para moradores

É mais caro viver em São José do que em São Paulo e outras capitais. Moradores da maior cidade do Vale pagam mais caro pelo táxi, pelo transporte público e para comer fora. Em uma média estimada junto a entidades dos setores, de São José e capitais, pode-se dizer que o joseense gasta como um morador de uma grande metrópole.

É ‘chique’ andar de táxi pela cidade, que tem a bandeirada mais cara R$ 4,50 comparada com outras quatro grandes capitais: São Paulo (R$ 4,10), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG) R$ 3,90 cada uma e Salvador (BA) a R$ 3,75, e com Campinas (R$ 4,40).

Segundo Carlos Moura, presidente do Sindicato dos Taxistas, está sendo implantado um sistema que vai funcionar via internet, que deve facilitar a vida do cliente. “Procuramos sempre modernizar o produto oferecido para buscar novos clientes e satisfazê-los. Dessa forma, vale a pena pagar o preço”, afirmou.

De acordo com Moura, esse valor, que não é reajustado há dois anos, deve subir no segundo semestre. Ainda na lista dos mais caros, o usuário de transporte coletivo na cidade está tendo que desembolsar 17,86% a mais desde 11 de fevereiro, quando o valor foi reajustado para R$ 3,30. Essa é a passagem de ônibus mais cara do Brasil, ao lado de Campinas, Osasco, Santo André e São Bernardo.

O VALE fez uma comparação. Se você estiver acompanhado de mais três pessoas e precisar percorrer um caminho equivalente do Jardim Paulista até o centro de São José, vale a pena chamar um táxi. Quatro passagens de ônibus: R$ 13,20. Táxi: R$ 9, dividido por quatro: R$ 2,25 para cada um.

Em 2012, pesquisa da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) apontou São José como a segunda cidade mais cara do país para comer fora, em média, R$ 26,34 a refeição completa. Segundo Arthur Almeida, presidente da Assert, um novo estudo, que será divulgado ainda este mês, deve mostrar aumento em torno de 10% na alimentação.

Para Joelma Barros, funcionária pública, 44 anos, São José é uma cidade para todos os gostos e bolsos. “Sempre encontro o que quero. Não preciso sair daqui.” Para o economista Luiz Carlos Laureano, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau, a característica industrial gera melhores salários, impulsiona o consumo e alavanca os preços.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 04/03/2013

Moradores da cidade ainda tem o desafio da Casa Própria

O sonho da casa própria alimenta um dos motores da economia de São José. Não à toa, a construção civil mais do que dobrou sua participação no total de empregos formais da cidade em duas décadas. Passou de 3% em 1991 para 7% em 2010 de 3.202 empregos para 14.517.

“A indústria da construção teve um forte crescimento em todos os ramos: residencial, comercial e industrial”, reconhece o secretário de Planejamento Urbano, Oswaldo Vieira de Paula Júnior. Então, a situação está sossegada? Nada disso.

Segundo o presidente da Aconvap (Associação das Construtoras do Vale do Paraíba), Cleber Córdoba, a perda de 1.500 postos de trabalho no setor em um ano e a retração dos novos empreendimentos acenderam a luz de alerta.

“Há vazios urbanos para se construir na cidade, mas falta a infraestrutura necessária. Tudo isso não pode cair nas costas dos empresários”, diz ele, que defende a flexibilização das atuais regras do zoneamento da cidade, “para que o crescimento não seja paralisado”.

A questão principal em São José é o custo dos empreendimentos. O terreno é considerado caro, o tempo para aprovação de projetos é longo e a ousadia acaba sucumbindo às regras do mercado. “Poucos empresários apostam em projetos inovadores”, afirma Rubengil Gonçalves, arquiteto que receberá o primeiro selo ‘Arquitetura Notável’ na cidade. O prêmio foi criado pela prefeitura para estimular novos projetos arquitetônicos.

Para a arquiteta Lívia Toledo, analista de gestão de projetos do Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), o selo pode ajudar para virar esse jogo. “Não queremos só criar uma identidade e mais um atrativo ao tornar fascinante as construções verticalizadas, mas também pela sustentabilidade e acessibilidade”, diz ela.

A pergunta que arquitetos e empresários se fazem é: como criar projetos inovadores em que o custo não inviabilize os empreendimentos, principalmente os populares? A resposta pode estar na sugestão de Gonçalves de criar um banco de ideias de projetos de arquitetura na cidade, estimulado por prêmios.

“Ideias não têm preço e mudam a cara de uma cidade”, afirma o arquiteto, que pede para que os prédios não sejam encarados como vilões. “Eles são importantes para o crescimento, sem bem planejados.” Vice-presidente da AEA (Associação de Engenheiros e Arquitetos) de São José, Giuliana Fiszbeyn aposta no potencial da cidade. “Temos tudo para ser uma cidade modelo. Nossa vocação tecnológica poderia e deveria ser aplicada em nossas construções.”

O Vale

Publicado em: 22/10/2012

Novo Prefeito analisa soluções para a cidade

O discurso oficial ainda tenta fugir de datas, custos e meios para consolidar a solução. O motivo? “Precisamos de diagnósticos, estudos”, afirma o prefeito eleito de São José dos Campos, Carlinhos Almeida (PT). Os problemas da cidade, contudo, são reais. E precisam de planos detalhados e bem elaborados para que sejam resolvidos.

Presentes nas promessas de campanha e também na ponta da língua dos moradores de São José, cinco gargalos da cidade se colocam como desafios imediatos ao novo prefeito eleito. Saúde e Segurança Pública lideram as queixas entre os moradores da cidade. Transporte público aparece logo abaixo, como um dos grandes gargalos de São José.

O risco iminente de demissões na GM e a queda de investimentos que geram empregos na cidade são outros dois assuntos que influenciam diretamente a vida do cidadão. Uma outra discussão vital para definir os rumos de São José é o zoneamento.

Todos os temas foram amplamente debatidos durante a campanha. As promessas foram diversas. Eleito, Carlinhos firmou compromissos em todas as áreas. Na Saúde, prometeu um mutirão para zerar as filas por cirurgias e consultas.

Na área de Transportes, 100% de integração –ou seja, permitir que um usuário se utilize de mais de um ônibus em qualquer sentido, dentro de uma carência de duas horas, pagando somente uma tarifa. Para garantir empregos, promete facilitar a vinda de empresários a São José.

No zoneamento, diz que defende mudanças. “Hoje, você tem comércios e indústrias com dificuldade de se instalar em São José por conta da lei de zoneamento”. Porém, afirma que será a sociedade que decidirá ou não por mudanças. Por fim, defende novas parcerias com comunidades terapêuticas para retirar usuários de drogas das ruas.

Na última semana, O VALE cobrou do prefeito eleito detalhes sobre suas propostas. Carlinhos evita comentar números. Mais concretamente, dois compromissos: em janeiro, no seu primeiro mês de governo, os mutirões para zerar a fila por consultas e cirurgias começam. Integração 100%? “Ao longo do primeiro ano”, afirmou.

SAÚDE
Benedita Quintino dos Santos Fernandes, 66 anos, desde 2009 esperando por uma operação para corrigir um erro médico na retirada de dois nódulos. Maria do Rosário Faria Sales Leite, 50 anos, também há quase quatro anos esperando por um procedimento cirúrgico para diagnosticar por que sofre fortes dores abdominais. Um quadro preocupante, segundo os moradores de São José. Para eles, a Saúde é o principal problema da cidade, conforme pesquisa O VALE/Mind realizada no final de agosto –40% dos entrevistas responderam que a Saúde é o primeiro gargalo a ser enfrentado pelo novo prefeito. Atualmente, segundo números da prefeitura, são pelo menos 2.000 pessoas na fila por uma cirurgia na cidade.

TRANSPORTES
Com 630 mil habitantes, São José tem aproximadamente 350 mil veículos em circulação, entre carros, motos e caminhões. Os números retratam a opção do joseense pelo transporte individual no veículo automotor: dos mais de 1,2 milhão de deslocamento diários feitos na cidade, 49% são realizados por carros. Nesse universo, o transporte coletivo é a opção em 25% dos deslocamentos, enquanto 22% são feitos a pé. Por quê? Um dos motivos, conforme debatido na campanha, é a falsa integração do transporte coletivo. Na existente, o usuário pode se utilizar de mais de um ônibus, dentro de uma carência de duas horas, pagando só uma passagem apenas em sentido único. Em São Paulo, o roteiro é livre.

EMPREGOS
O começo do ano que vem promete um cenário preocupante. Quase 2.000 trabalhadores da GM, em São José, podem ser demitidos em janeiro quando finda acordo entre a montadora e o sindicato para garantia dos empregos considerados como excedentes na planta. Para alguns, o caso GM é só a ponta de um iceberg. Durante a corrida ao Paço, não faltaram afirmações por parte dos candidatos de que São José é, atualmente, uma cidade engessada para o crescimento. Verdade ou não, também não faltam empresários reclamando das burocracias oficiais para a abertura ou ampliação de empresas. Nos últimos anos, ainda, a cidade deixou de gerar empregos ao ver indústrias optando por outras cidades.

ZONEAMENTO
Construtores veem uma cidade engessada por causa da Lei de Zoneamento de 2010 que restringiu a construção de empreendimentos em áreas já adensadas de São José. Especialistas, contudo, defendem que o município adote medidas severas para parar o crescimento, pensando na qualidade de vida. Empresários do setor afirmam que o setor está retraindo, deixando de gerar empregos. Moradores de áreas com muitos prédios temem a ampliação zonas com pouca iluminação e ventilação, aumentando riscos de problemas sanitários. O assunto é controverso. Cresce ou não? As críticas se estendem ainda aos critérios da lei que estabelecem contrapartidas viárias aos empresários, que seriam subjetivas.

SEGURANÇA PÚBLICA
Fantasmas, aparecem e somem num piscar de olhas. Magros e maltrapilhos, podem ser vistos em qualquer horário do dia, principalmente na região central. À noite, multiplicam-se, ao se espalhar ao longo da orla do Banhado. Admitem sem pudor: “É o crack”, aos mostrarem as pontas dos dedos carcomidas e dispararem frases rápidas e desconexas. A polícia afirma: 70% dos homicídios são causados por causa das drogas. Só em São José, foram 48 de janeiro a agosto. A violência, inclusive, é o segundo problema mais preocupante da cidade, segundo os moradores afirmaram em pesquisa O VALE/Mind, atrás apenas da Saúde. Para especialistas, combater as drogas e tratar os dependentes é de suma importância.

O Vale

Publicado em: 15/10/2012

Trânsito na cidade será um desafio para o novo Prefeito

São José tem uma malha viária (conjunto de ruas e avenidas) de 1.800 quilômetros o suficiente para ir de São José a Salvador. São José tem 56 quilômetros de ciclovias pouco mais da metade do caminho entre a cidade e Caraguatatuba. O espaço destinado para as bicicletas, normalmente contíguo às ruas, representa 3% de toda a malha viária e suas 7.449 ruas em São José.

O engenheiro mecânico Luiz Ishii, 47 anos, traduz os números: “É bastante complicado andar de bicicleta em São José.” Ele explica: “Quando a gente está na ciclovia, é uma beleza. Mas não existe continuidade entre elas. Todo cruzamento é muito complicado, já que as bicicletas nunca têm prioridade”, afirmou.

O engenheiro, que começou a andar de bicicleta há três anos e sempre quando possível deixa o carro na garagem para pedalar, mesmo que seja para ir trabalhar, aponta outro problema. “Se você quer ir da zona sul para o centro, por exemplo, não existe ciclovia. Você tem que dividir espaço com os carros na Dutra ou no Anel Viário. Quem sai perdendo é o ciclista.”

Só no primeiro trimestre deste ano, foram 49 acidentes envolvendo ciclistas em São José. Com 630 mil habitantes, São José também tem aproximadamente 350 mil veículos em circulação, entre carros, motos e caminhões. Os números retratam a opção do joseense pelo transporte individual no veículo automotor: dos mais de 1,2 milhão de deslocamento diários feitos na cidade, 49% são realizados por carros. Nesse universo, o transporte coletivo é a opção em 25% dos deslocamentos, enquanto 22% são feitos a pé.

O índice de uso do transporte coletivo em São José fica abaixo do registrado em capitais, em que até 65% da população opta pelo modelo para deslocar, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado no ano passado.

Para os candidatos à prefeitura, não há outra alternativa senão investir maciçamente no transporte coletivo público. Pelo menos em suas propostas, é essa a promessa. Todos também afirmam que investirão em ciclovias. Enquanto isso, entre os usuários do transporte coletivo sobram reclamações. “O grande problema é o que o ônibus está sempre cheio. Quase sempre tenho que ir em pé, seja para ir ao centro ou voltar”, afirmou a dona de casa Virgínia Gonçalves, 50 anos.

O percurso entre sua casa, no Campos São José (zona leste) e o centro costuma durar 40 minutos. “Problema não é preço nem integração, que às vezes não funciona. O problema principal é que ficamos muito tempo no ponto. Os horários são muito espaçados”, disse a dona de casa Andréia Marcia Gonçalves dos Santos, 43 anos, moradora do Monterrey, na zona leste.

Atualmente, São José conta com 382 ônibus. Os veículos não contam com faixas exclusivas a promessa é de que a primeira seja entregue ainda este ano. A velocidade média do sistema de transporte público é de 25,5

O Vale

Prefeitura terá muito trabalho para revitalização do Centro

A transferência dos ambulantes do centro de São José para os camelódromos construídos pela prefeitura devolveu as praças da região para a população?

Quem percorre as ruas e praças do centro antigo de São José logo percebe que o governo do prefeito Eduardo Cury (PSDB) ainda terá muito trabalho para revitalizar a área. Enquanto os camelôs se adaptam aos Centros de Compra Popular da praça João Mendes (Sapo) e da Rodoviária Velha, na praça Padre João (Matriz) é visível o comércio informal que resiste em uma pequena ‘feira do rolo’.

Em um canto da praça, um grupo de pelo menos 20 pessoas comercializa relógios, aparelhos de som, telefones celulares e outros objetos.

Discretamente, para não chamar a atenção da fiscalização, o grupo troca informações e faz negócios. Em meio ao vaivém de pessoas que atravessam a praça, também resistem os andarilhos, que teimam em permanecer na Matriz e ‘brincam’ de ‘esconde-esconde’ com a ronda social da Secretaria de Desenvolvimento Social.

Nesta semana, a fiscalização da prefeitura coibiu a primeira tentativa de invasão da Matriz por ambulantes clandestinos, após a remoção dos camelôs antigos. Fiscais da Secretaria de Defesa do Cidadão fizeram operação ‘pente-fino’ e não permitiram que novos camelôs ocupassem o local.

Na praça João Mendes, quem domina um canto do local são os mendigos e pedintes, que permanecem na praça o dia todo a pedir dinheiro e ingerir bebidas alcoólicas. Quem passa pela praça Afonso Pena, a maior do centro antigo, não deixa de reparar na presença diuturna das garotas de programa que se espalham pelo logradouro.

Além delas, a praça acolhe informais que aproveitam para ganhar dinheiro com apresentações exóticas, como um senhor que diz ‘encantar’ uma serpente que estaria escondida em uma sacola. Para a diretora do Ipplan (Instituto de Pesquisa, Administração e Planejamento), que coordena do projeto de revitalização do centro, Cynthia Gonçalo, um conjunto de intervenções programadas para as praças do centro vai coibir tudo isso.

“À medida que as praças forem sendo revitalizadas, a comunidade irá ocupar os espaços”, afirmou Cynthia.

O Vale