Ovos de Páscoa este ano pesarão mais no bolso na cidade

Pesquisar preços e antecipar as compras. Essas são as dicas de economistas para quem estiver atrás de produtos de Páscoa, como ovos de chocolate, e peixes. Os preços subiram na comparação com o ano passado e as diversas marcas oferecidas, com brindes e promoções, podem confundir o consumidor.

De acordo com levantamento do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), órgão da Unitau (Universidade de Taubaté), o ovo de chocolate de 250 gramas está 3,87% mais caro na região neste ano ante o mesmo período de 2012. Em média, o produto subiu de R$ 22,48 para R$ 23,35. A pesquisa foi feita entre 13 e 17 de março em supermercados da região.

O quilo do bacalhau também está mais salgado, literalmente. Foi de R$ 29,37 para R$ 30,68, alta de 4,46%. A explicação é a desvalorização do real frente ao dólar. Segundo o economista Luiz Carlos Laureano, pesquisador do Nupes, a variação do preço dos ovos de chocolate foi causada pelo aumento do valor das matérias-primas, como cacau e açúcar, durante o ano passado.

“O aumento do consumo nessa época também reflete no crescimento dos preços”, disse Laureano. “A dica é pesquisar bastante, fugir dos produtos mais caros, que normalmente dão brindes para as crianças, e não deixar as compras para a última hora.” Para quem for pesquisar o preço dos ovos de Páscoa, Laureano orienta que não se deve comparar pelo número do produto, mas pelo peso. “A numeração é diferente nas diversas marcas e se relaciona a pesos diversos. Só se deve comparar ovo pelo peso.”

Na região, comerciantes apostam em vitrines e prateleiras decoradas e promoções para fisgar o consumidor. As opções ainda são fartas nos supermercados, mas a situação vai mudar ao longo da próxima semana. Segundo o empresário Dorival Benito, dono de um comércio de varejo em Taubaté, a procura por ovos de chocolate e peixes tende a aumentar muito neste final de semana. “Quem deixar para a última hora pode não encontrar algumas marcas, que estão entre as preferidas do público”, afirmou Benito. “Por outro lado, há marcas menos procuradas que estarão em promoção.”

Laureano sugere que os pais evitem levar os filhos ao supermercado quando forem comprar os ovos. “Gasta-se sempre mais quando as crianças estão juntas. As embalagens, os brinquedos e o tamanho dos ovos influenciam na escolha delas.” É o que fez a secretária Matilde Couto, 32 anos, de São José. Ela deixou os dois filhos pequenos em casa e foi pesquisar o preço dos ovos ontem. “Encontrei muita diferença, o que permitiu comprar com o melhor preço”, disse ela.

O Vale

Publicado em: 21/03/2013

Custo de Vida está se tornando um desafio para moradores

É mais caro viver em São José do que em São Paulo e outras capitais. Moradores da maior cidade do Vale pagam mais caro pelo táxi, pelo transporte público e para comer fora. Em uma média estimada junto a entidades dos setores, de São José e capitais, pode-se dizer que o joseense gasta como um morador de uma grande metrópole.

É ‘chique’ andar de táxi pela cidade, que tem a bandeirada mais cara R$ 4,50 comparada com outras quatro grandes capitais: São Paulo (R$ 4,10), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG) R$ 3,90 cada uma e Salvador (BA) a R$ 3,75, e com Campinas (R$ 4,40).

Segundo Carlos Moura, presidente do Sindicato dos Taxistas, está sendo implantado um sistema que vai funcionar via internet, que deve facilitar a vida do cliente. “Procuramos sempre modernizar o produto oferecido para buscar novos clientes e satisfazê-los. Dessa forma, vale a pena pagar o preço”, afirmou.

De acordo com Moura, esse valor, que não é reajustado há dois anos, deve subir no segundo semestre. Ainda na lista dos mais caros, o usuário de transporte coletivo na cidade está tendo que desembolsar 17,86% a mais desde 11 de fevereiro, quando o valor foi reajustado para R$ 3,30. Essa é a passagem de ônibus mais cara do Brasil, ao lado de Campinas, Osasco, Santo André e São Bernardo.

O VALE fez uma comparação. Se você estiver acompanhado de mais três pessoas e precisar percorrer um caminho equivalente do Jardim Paulista até o centro de São José, vale a pena chamar um táxi. Quatro passagens de ônibus: R$ 13,20. Táxi: R$ 9, dividido por quatro: R$ 2,25 para cada um.

Em 2012, pesquisa da Assert (Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador) apontou São José como a segunda cidade mais cara do país para comer fora, em média, R$ 26,34 a refeição completa. Segundo Arthur Almeida, presidente da Assert, um novo estudo, que será divulgado ainda este mês, deve mostrar aumento em torno de 10% na alimentação.

Para Joelma Barros, funcionária pública, 44 anos, São José é uma cidade para todos os gostos e bolsos. “Sempre encontro o que quero. Não preciso sair daqui.” Para o economista Luiz Carlos Laureano, do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), da Unitau, a característica industrial gera melhores salários, impulsiona o consumo e alavanca os preços.

Prefeitura Municipal de São José

Publicado em: 04/03/2013