Cidade produz mais de 6 toneladas de lixo eletrônico

Cerca de 6,4 toneladas de aparelhos eletroeletrônicos e eletrodomésticos foram recolhidos entre os dias 13 de abril e 5 de maio, nos postos de coletas de lixo eletrônicos montados no Vale Sul Shopping, no Jardim Satélite, e no Parque da Cidade, em Santana. O material recolhido faz parte do projeto piloto de logística reversa, que visa descartar de forma correta esses aparelhos.

A campanha atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que tais aparelhos – que não tem mais utilidade às pessoas – devem voltar para as suas fábricas de origem. “A nossa ideia é devolver o material para quem o produziu. Isso desonerará a prefeitura, porque quem arcará com os custos dessa ação será a indústria”, afirmou Boanésio Cardoso Ribeiro, diretor de operações da Urbam.

A próxima etapa será catalogar esse lixo recolhido de forma a determinar o que foi jogado fora, quais marcas e de quais anos. A partir de então será calculado o custo desse descarte. “Quando formos implantar esse sistema como um trabalho rotineiro, teremos de fazer um processo de licitação da empresa que será contratada”, afirmou Luiz Carlos de Lima, presidente da Urbam.

Ainda que a vida útil do aterro esteja com os dias contados, a possibilidade de criação de uma termelétrica – opção sugerida no governo anterior – está descartada. “Estamos estudando as possibilidades – do ponto de vista tecnológico – de eliminarmos o uso do aterro. A queima do lixo não é uma opção. Mesmo os restos de alimentos podem ser transformados em biodiesel”, disse Lima.

O Vale

Publicado em: 07/05/2013

Cidade tem mais de 4 toneladas de lixo eletrônico

Época de fim de ano, época de comprar e ganhar presentes. Período onde as pessoas aproveitam para renovar os aparelhos de casa, principalmente os eletroele-trônicos. Porém, com a chegada dos novos, os velhinhos, muitas vezes, acabam descartados e passam a ser meros “lixos eletrônicos”.

Isso pode ser percebido na prática. A coleta de lixo eletrônico realizado pela Urbam (Urbanizadora Municipal) de São José aumenta em 20% nesta época em relação ao restante do ano. De janeiro a novembro, a Urbam já coletou 41 toneladas de lixo eletrônico, uma média de 3,7 toneladas por mês. Entre eles, os mais comuns são os televisores, aparelhos de som e computadores.

O recolhimento desses materiais é feito pode meio um serviço especial da Urbam. O serviço é gratuito para as residências. A pensionista Conceição Matias, 76 anos, agendou uma coleta para retirar uma televisão e dois aparelhos DVDs. Após uma chuva forte, um raio queimou os três eletrônicos. Segundo ela, o custo para o conserto não compensava.

“Custava R$ 300 para eu arrumar só a televisão. Com esse preço, eu consigo comprar uma mais nova e melhor.”
Após a coleta, o lixo eletrônico é vendido à empresa Alto Tietê de Jacareí. O preço do quilo custa R$ 0,20. O gerente de tratamento de resíduos da Urbam, Dênis Roberto do Rêgo, explica que “se manipulados errados, os lixos eletrônicos podem causar dano à saúde e contaminar o meio ambiente”. Ele aconselha a nunca descartar os resíduos eletroeletrônicos junto com o lixo comum.

O Vale

Publicado em: 17/12/2012

Queda no número de passageiros em vans alternativas

Criado para complementar o sistema de ônibus na periferia da cidade, o transporte alternativo de São José dos Campos está à beira de um colapso. O problema é resultado da demora de mais de um ano da prefeitura em instalar nas vans o sistema de bilhetagem eletrônica que permite ao usuário pagar uma única passagem por um período de duas horas mesmo usando diferentes linhas.

A Secretaria de Transportes também decidiu proibir a venda do passe de papel que era a principal forma de pagamento dos usuários ao sistema de transporte alternativo. Hoje, quem pretende usar a van só pode pagar pela tarifa em dinheiro.

Sem o benefício do bilhete único e sem passe de papel, os passageiros foram obrigados a migrar para os ônibus que são mais lentos e tem uma abrangência de atendimento menor nos bairros da periferia. O pedido da categoria para ser incluída no sistema eletrônico de cobrança foi feito em abril do ano passado quando a prefeitura instalou o bilhete único em 100% das linhas de ônibus.

O reflexo é que os motoristas amargam hoje uma queda de 60% no faturamento e alguns colocaram até seus veículos à venda por não conseguirem pagar as prestações de compra. A queda é comprovada pelos números oficiais da prefeitura. Em abril de 2011, o transporte alternativo transportava 17 mil passageiros por mês. Hoje, ele atende cerca de 12.900 pessoas redução de 24%.

“Todos os dias escuto reclamação de passageiros, mas nossa parte já fizemos”, afirmou Pedro Macedo, 68 anos, motorista de Van há 18 anos. O prefeito de São José, Eduardo Cury (PSDB), chegou a prometer resolver o problema em agosto de 2011. Na época, a prefeitura informou que não havia como implantar o sistema porque os motoristas não tinham CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).

O advogado dos motoristas, Lélio Nogueira, disse que o problema foi resolvido. “Atendemos todos os pedidos da prefeitura, não sei o que está faltando para resolver a questão”.

O Vale

Destinação de entulho sera monitorado eletrônicamente

Com a finalidade de monitorar a geração, transporte e destinação final de resíduos da construção civil, o prefeito de São José dos Campos sancionou a lei 8696/12, que regulamenta a utilização do Sistema de Controle de Resíduos da Construção Civil.

Com a lei, todos os envolvidos, na geração, transporte, transbordo e destinação final de resíduos, deverão se cadastrar em um sistema eletrônico, que vai permitir à Prefeitura acompanhar o volume e todo o tráfego de resíduos gerados no município e identificar se estão sendo levados para os locais apropriados.

A utilização do sistema pelos grandes geradores de resíduos é obrigatória, desde pessoas físicas ou jurídicas (geradores), empresas de caçamba (transportadoras), áreas de transbordo e triagem (ATT), recicladoras e aterro de resíduos da construção civil.

Cada vez que uma empresa de caçamba é acionada ela emite uma guia de transporte no sistema, dizendo de onde será retirado, o volume, e para onde será destinado. Quando a caçamba chega ao local de descarte (ATT, recicladora ou aterro), que também possui cadastro no sistema, este efetua a baixa da guia no sistema. As caçambas que estiverem sendo transportadas sem guia poderão ser multadas. A multa para quem não cumprir a lei ou contratar transportadores irregulares, é de R$ 5 mil.

O sistema eletrônico foi implantado há dois anos pela Secretaria de Meio Ambiente como parte do Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, mas até então não havia obrigatoriedade. Neste período, o sistema tem no cadastro 3.914 empresas e pessoas físicas, sendo 3.809 grandes geradores, 82 transportadores e 23 destinos finais.

O Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos representa um conjunto de soluções para garantir a destinação adequada dos resíduos da construção sem dano ao meio ambiente. Assim como a implantação dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), a partir de 2009, que atendem aos pequenos geradores (usuários domésticos), recebendo gratuitamente até um metro cúbico de entulho (ou seja, o volume de uma carroça pequena ou de um porta-malas de carro de passeio) e outros resíduos volumosos, como sofás e eletrodomésticos.

Segundo dados da Secretaria de Meio, São José dos Campos produz diariamente cerca de 2 mil toneladas de resíduos da construção civil, sendo 70% vindos dos grandes geradores e 30% de pequenos geradores, estes atendidos pelos PEVs.

O município tem sete PEVs nos bairros Campo dos Alemães, Galo Branco, Parque Interlagos, Conjunto 31 de Março, Novo Horizonte, Altos de Santana, Jardim Satélite. Até o final deste ano serão abertos mais quatro postos nos bairros Dom Pedro II, Residencial Gazzo, Vila Progresso e Vila Jaci, na Zona Norte.

Prefeitura de São José