Hospital Municipal da cidade é alvo de críticas

A quebra de três máquinas de raio X no hospital Municipal de São José tem deixado pacientes a espera de exames que necessitam do aparelho. Ao todo, o hospital conta com seis máquinas de raio X. Segundo a Secretaria de Saúde, dois deles foram comprados há um mês.

Na semana passada, dois dos aparelhos apresentaram defeitos e, no final de semana, um terceiro equipamento também quebrou. Durante a campanha pela disputa à Prefeitura, o candidato Cristiano Ferreira (PV), alertou sobre o problema dos equipamentos. “Na madrugada de quarta para quinta-feira, um conhecido, que tinha sofrido um acidente, me ligou. Fui até o hospital e ele estava há quatro horas esperando para fazer um exame de raio-x”, afirmou o atual vereador.

A Prefeitura de São José mantém há cinco anos contrato com uma empresa terceirizada. A SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) é responsável pelas visitas técnicas mensais, que têm o intuito de evitar pane nos aparelhos.

Além de fazer a manutenção preventiva, a empresa é também a responsável pela correção dos equipamentos, quando necessário. Contra a terceirização, Ferreira afirma que a SPDM pode causar prejuízo ao município. “Recebo diariamente ligações de munícipe reclamando da situação do hospital. A quebra dos equipamentos de raio X é só mais um dos problemas”, afirmou.

A diretora do Sindicato dos Servidores Municipais, Zelita Ramos, concorda que os problemas sejam nítidos.
“Desde o início, a tercei-rização é ruim para a população. A empresa sempre visará lucro. Não há interesse em consertar os aparelhos nem de contratar mais funcionários. Quem sofre com isso é quem precisa do serviço”.

Segundo nota emitida pela SPDM e assinada pelo diretor técnico do hospital, Carlos Alberto Maganha, a previsão é de que duas das máquinas quebradas voltem a funcionar hoje. Segundo o hospital, a maioria das peças para o conserto dessas máquinas é importada, por isso o reparo não é feito de imediato ou em poucos dias.

Parte dos exames estão sendo feitos no próprio hospital. O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e o hospital de Clínicas Norte estão auxiliando em dias de grande demanda. Serão investigadas as causas desses aparelhos terem apresentado problemas técnicos quase ao mesmo tempo, fato que nunca aconteceu no hospital.

Fonte: O Vale / Foto: N/A, Licença: N/A

Publicado em: 10/10/2012

Prefeitura prorroga para agosto novo contrato na cidade

A Prefeitura de São José dos Campos prorrogou para 3 de agosto o prazo para receber a documentação das duas empresas interessadas em fazer o inventário de emissões de poluentes atmosféricos do município. É a segunda vez que a administração tenta contratar o inventário da poluição, promessa da campanha à reeleição do prefeito Eduardo Cury (PSDB), em 2008.

No ano passado, a licitação foi finalizada sem nenhuma empresa interessada em participar da concorrência.
Após revisão do edital e esclarecimentos mais detalhados sobre a proposta, o governo lançou novo processo licitatório neste ano.

Desta vez, a Secretaria de Administração classificou duas de cinco empresas, mas precisou mexer nas regras para atender às concorrentes, que alegaram dificuldades de entender a metodologia exigida para o trabalho. A pasta usou um artigo da lei de licitações para permitir o reenvio das propostas, agora em conformidade com o edital, o que deve ser feito até o dia 3 de agosto.

A estimativa de custo para o inventário é de R$ 200 mil e o prazo é de 180 dias. O serviço irá identificar as fontes fixas e móveis emissoras de poluição na cidade, como poluentes dos transportes rodoviário, ferroviário e aéreo, do parque industrial e do setor agrícola, além de queimadas e biogênicas.

O edital prevê levantamento das emissões de gases de monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre, material particulado e compostos orgânicos voláteis. Trata-se da primeira vez que o município irá inventariar a sua poluição do ar. Os dados atuais disponíveis têm como fonte principal a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado), que apontou melhora na qualidade do ar em São José em 2011.

“O inventário é uma ferramenta de planejamento urbano”, disse o secretário de Meio Ambiente, André Miragaia. “Os dados mostrarão as regiões com mais ou menos poluição na cidade, além dos tipos de poluentes no ar.” O inventário permitirá direcionar o desenvolvimento da cidade sabendo em quais regiões se deve ou não liberar empreendimentos. Um dos problemas atmosféricos de São José é o excesso de ozônio. Em 2009, segundo a Cetesb, a cidade ultrapassou o padrão de ozônio em sete vezes. Em 2011, o gás esteve mais controlado.

O Vale

Imagem: UOL